Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 9
Capítulo 9




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Ária acordou sentindo um peso em cima de si. Quando ela abriu os olhos viu Esmeralda com a cabeça em cima dela. Ela afastou Esmeralda e se levantou. Ária foi para a cozinha preparar algo para comer. Esmeralda estava querendo sair. Ária fez um sinal para ela que rapidamente tirou a cabeça de dentro de casa e saiu. Ária saiu da casa e pegou uma cesta de peixe para Esmeralda que estava esperando ao lado do poço. Depois Ária pegou uma fruta e comeu. Ela pensou em preparar alguma coisa, mas não estava com muita fome.Como no outro dia ainda não tinha amanhecido. Ária decidiu treinar um pouco. Ela pegou seu arco, e suas flechas, depois de anda um pouco ela encontrou uma árvore perfeita para o que ela queria. Ária passou algumas horas treinando a sua mira. Depois foi andar um pouco. Quando ela estava voltando para a casa, ela encontrou uma caverna. Depois de olhar e analisar um pouco, achou que era perfeita para fazer de forja. Ela voltou a andar e quando chegou a casa ela encheu a banheira e tomou banho. Ela estava terminando de se vesti quando escutou alguém batendo na porta.

– Quem é? – perguntou tentando fecha a Tonga.

– Eu e o Soluço. – ela escutou a voz do Stoico.

– Entrem.

Os dois entraram na casa. Esmeralda que estava com a cabeça deitada perto da porta foi até eles e os chegou, depois voltou para o seu lugar.

– Bom dia. – ela disse se virando para ele. – Stoico você pode termina de fecha, por favor?

– Claro.

Stoico foi até ela e fechou os dois últimos botões. Ária se afastou dele e foi até a mesa da sala, onde tinha uma escova.

– Então, o que fazem aqui tão cedo? – ela perguntou passando a escova nos cabelos.

– Eu vim falar sobre a academia. – Soluço disse. – Meu pai veio te ver.

– Eu vim ver como está a sua casa. – Stoico disse olhando em volta. – Nem parece com o que era antes.

– Não ficou tão diferente. Apenas mais arrumada e com um cheiro melhor. – Ária se olhou no espelho e mordeu os lábios. – Deixo solto ou prendo?

– Preso. – Soluço disse.

– Solto fica mais bonito.

– Então os dois. – Ária pegou um pouco de cabelo e prendeu. – Pronto. Stoico eu encontrei uma caverna aqui perto. Quero saber o que você acha se eu fizer uma forja lá. Assim podemos fazer armas com ferro de Gronckle e assim teremos armas mais poderosas.

– Claro. Posso falar com o Bocão. Ele pode te ajudar. – Stoico disse sorrindo.

– Obrigada. – ela respondeu.

– Ária podemos falar em particular? – Stoico disse. – Vai ser rápido.

– Claro. Soluço tem um pouco de mingau na panela. Fique à vontade.

Os dois saíram da casa e foram para perto do poço.

– Eu passei muito tempo pensando no que você me disse. Sobre contar a verdade para o Soluço. Ele me pediu para que você jantasse hoje lá. E quero que você me ajude a contar tudo para ele.

– Por que eu? – ela perguntou. – Bocão estava com você. Deveria se ele.

– Soluço gosta de você. Você é mulher. Acho que com você lá será mais fácil. Você entende de sentimento. Eu e Bocão de força. Acho que seria melhor se você estiver lá.

– Se você acha. – Ária disse levantando os braços, se esticando. – Eu sempre pensei que vocês fosse tão felizes juntos. Eu me lembro que sempre pensava que queria ter um casamento com o de vocês. Eu sempre pensei: Quando eu crescer quero ter um marido com Stoico, para ser tão bondosa quanto Valhalarama.

– Eu também pensei que tudo estava bem. – Stoico passou a mão na barba. – Eu vou indo.

– Certo. A gente se ver mais tarde.

Ária sorriu para ele e se afastou dele indo em direção a casa. Quando ela entrou, encontrou Soluço sentado na mesa esperando. Ária apenas sorriu para ele e depois se sentou ao seu lado.

– Então, o que você tem em mente? – ela perguntou pegando um prato de mingau. – Como você quer fazer com os treinamentos? Podemos fazer uma listra de coisas que você acha prioridade. E acho que seria legal saber o que vocês aprenderam até agora.

– Bom, basicamente aprendemos a conhecer nossos dragões. Saber como domar outros. Eu tento fazer com que eles entendam que os dragões vão ajudar eles, se eles deixarem o orgulho de lado e entender o que eles sentem e pensam. – Soluço disse. – Ás vezes acho que é uma missão impossível. Astrid e Melequento vivem brigando. Os gêmeos não ajudam e nem prestam atenção no que eu falo. Perna-de-Peixe pensa que tudo se resume a livros. Tento o meu melhor. Meu pai me pressionar, por que os outros o pressionam. E eu sempre fico no meio do fogo cruzando. E ainda não sei o que posso fazer para virar o viking que meu pai quer que eu seja. Eu não sei lutar, não sou bom com arco e flecha.

– Eu acho que posso te ajudar. Sabe, eu aprendi que o melhor treinamento que você pode ter vem dos dragões. Eu aprendi a lutar, correr e principalmente sobreviver sem qualquer outro ser humano por perto graças a ela. – Ária se levantou e pegou uma peça de metal na parede. – Eu fiz essa espada quando eu tinha quinze anos. Na verdade, eu também nunca fui muito boa com as armas viking. Acho que ela seria ótima para você.

– Para mim? – perguntou pegando a espada.

– Sim. – Ária tronou a se sentar. – Afaste ela do corpo e aperte aqui.

Soluço fez o que ela disse. Na hora em que ele apertou a espada começou a pegar fogo.

– Nossa.

– Eu a chamo de espada de fogo. Agora ela é sua.

– Eu não posso aceita.

– Claro que pode. – Ária sorriu e passou a mão pelo cabelo dele. – Soluço você pode ser humano, mas sua alma é de um dragão. Você os entende, sabe o que eles estão pensando. Uma arma de fogo, para quem tem fogo nas veias.

– Obrigado.

– E quanto ao resto, podemos falar com seu pai e treinar todo dia de manhã. Vou te ensinar tudo o que sei sobre luta. E tenho umas idéias bem legais.

– Certo. Podemos falar com meu pai hoje à noite. – Soluço colocou a espada em cima da mesa. – Eu falei com ele ontem e queria saber se você não quer jantar lá em casa hoje.

– Vou poder levar alguma comida? – ela perguntou apontando sorrindo.

–Claro.

– Então estar marcado. – ela sorriu. – Quanto ao seu problema com a academia. Podemos fazer atividades diferentes, que chame a atenção de todos, de formas diferentes. Por exemplo, podemos fazer trabalho de busca. Pega um de vocês levar para uma ilha e os outros tem que resgata.

– Já fizemos algo parecido com isso.

– Com seus dragões atacando?

– Como assim?

– Podemos colocar você na ilha com o Banguela. Você encontra um lugar e deixa um boneco te representando. Quando os outros chegarem para te ajudar, você tem que dificultar o resgate. E para isso você vai precisar conhecer a ilha. Podemos dá para você uma hora antes de irmos atrás de você. Você disse que tem problemas com todos, começamos com vocês separados...

Ária e Soluço passaram algumas horas trocando idéias sobre o que melhorar na academia. Eles até mapearam uma rota e fizeram um plano de estudo.

– E quanto a Astrid e o Melequento? – Soluço perguntou.

– Podemos colocá-los de castigo. Sempre que eles começarem a briga, eles saem da atividade.

– Isso não é errado?

– Ou é isso, ou tiramos os dragões deles.

– Acho que gosto mais da segunda opção.

– Foi o que pensei. – nessa hora eles escutaram alguém batendo na porta. – Entra.

Astrid, Cabeçaquente, Cabeçadura, Melequento e Perna-de-Peixe entraram. Ária percebeu que Astrid olhou para ela e depois para Soluço desconfiada. Já os outros olharam em volta querendo ver como estava a casa. E como era o estilo da decoração.

– Bom dia. – Ária disse se levantando. – Estão prontos para plantarem algumas coisas?

– Sim. – Perna-de-Peixe disse. – Podemos fazer varias coisas com as ervas que você disse.

– Podemos. E podemos também brinca com os dragões. – Ária passou por eles e pegou um chapéu de palha que estava pendurado na parede e colocou na cabeça. – Soluço e Astrid ficam com o lado norte. Melequento e Perna-de-Peixe com o sul. Cabeças, com o leste. E eu com o oeste. Aqui estão o que vocês vão plantar. – ela disse entregando um saquinho para cada um deles. – A dupla que termina primeiro, ganha um premio.

Todos saíram correndo da casa. Ária pegou um saquinho para ela e saiu. Com a ajuda da Esmeralda, Ária terminou de plantar suas ervas antes das dez horas. Depois ela entrou em casa e foi fazer um lanche para eles. Ela pegou o pão e cortou, depois fez cortou um pedaço de frangos que Bocão tinha dado para ela no outro dia, apesar dela falar que não come carne. Ela colocou dentro do pão e colocou leite de iaque em seis copos e levou para fora.

– Pessoal venham come. – ela chamou colocando a bandeja no chão. – Como estamos? – ela perguntou para eles.

– Soluço e eu estamos quase terminando. – Astrid disse. – Tempestade e Banguela trabalham muito bem juntos.

– Fico feliz.

– Perna-de-Peixe e eu também estávamos quase no fim. – Melequento falou.

– A gente também já estamos no fim. – Cabeçaquente disse.

– Que bom. Quero só saber quem vai ganhar.

– E você Ária? Como está indo? – Astrid perguntou dando uma mordida no seu sanduíche.

– Já acabei faz tempo.

– Então você ganhou. – Melequento disse.

– Não. Não estou competindo.

– Legal, por que vou ganha. – Melequento disse.

– É um trabalho em grupo. Tem que ser os dois.

– Não vai comer Ária? – Perna-de-Peixe perguntou.

– Não como carne. – ela respondeu sorrindo. – E não estou com fome.

– Então é por isso que meu pai estava procurando as receitas de comidas vegetarianas. – Soluço disse.

– Ele ainda lembra? – ela disse sorrindo. – É por causa dele que eu não como mais carne.

– O que ele fez? – Cabeçadura perguntou.

– Ei, não posso entregar as coisas dele assim para vocês.

– O que você quer em troca? – Soluço perguntou.

– Nada.

– Serio?

– Sim. – Ária se levantou. – Bom, de volta ao trabalho.

Os outros voltaram ao trabalho enquanto Ária ia fazer o almoço. Como ela tinha mais tempo do que da última vez, ela preparou uma sopa. Com vários legumes e alguns pedaços de carne. Ária colocou alguns de suas ervas e depois foi preparar um suco. Ela estava quase terminando de por a mesa quando Soluço e Astrid entraram.

– Terminamos. – eles falaram juntos.

– Que bom. – Ária sorriu para eles.

– O que eles ganharam? – Melequento perguntou entrando atrás deles.

– Vocês vão descobri depois. – ela respondeu. – Agora vão lavar as mãos.

Todos saíram enquanto ela colocava a sopa em cima da mesa em um pequeno caldeirão. Ária estava colocando os pães em cima da mesa quando escutou a porta sendo aberta. Ela olhou para ver qual dos jovens era, mas se surpreendeu vendo que na verdade era Stoico.

– Oi. – ele disse se aproximando. – Como vai?

– Bem. – respondeu passando a mão na roupa. – E você?

– Bem, também.

– Que ótimo. – Ária colocou os copos na mesa. – Quer come com a gente?

– Na verdade estou com o Bocão, e acho que...

– Ele também pode comer aqui. – respondeu pegando mais dois pratos. – Vai lavar a mão e mande ele também lavar.

– Claro.

Quando Ária terminou de arrumou a mesa todos entraram. Até parecia que todos tinham combinado, pois se sentaram de modo com que Ária e Stoico sentassem juntos.

– Quer que eu te sirva? – ela perguntou para Stoico.

– Claro. – disse sorrindo.

Ária o serviu, e depois se serviu, enquanto os outros faziam o mesmo.

– Ária isso está ótimo. – Stoico disse após provar um pouco.

– Obrigada. – Ária disse colocando suco no copo dele. – Eu fiz igual à daquele dia, em que você me salvou.

– Chefe, Ária nos disse que não come mais carne por sua causa. O que você fez? – Astrid perguntou.

– Ei, já disse, essa história não. – Ária falou servindo suco para si.

– Por quê? – Soluço perguntou.

– Porque histórias assim custam caro. – Stoico disse.

– Eu sabia que você queria alguma coisa. – Soluço disse sorrindo.

– Eu não quero nada. – Ária disse retirando um pedaço de carne do seu prato e jogando para Esmeralda. – Seu pai quer.

– O que você quer? – Bocão perguntou olhando para Stoico.

– Até você? – o chefe perguntou.

– Ontem vocês ficaram trocando histórias, foi engraçado. Eu pensei que sabia tudo sobre você, mas pelo jeito, não sei.

– Você sabe o que tem que sabe. – Stoico disse.

Nessa hora Esmeralda levantou a cabeça e olhou para a porta rosnando. Ária olhou para ela e depois para Soluço.

– Por que ela está rosnando? – perguntou para o filho do chefe.

– O que? – Astrid perguntou confusa.

– Soluço?

– Ela está sentindo algum cheiro diferente. – ele respondeu olhando para a dragoa. – Uma pessoa que ela não conhece, talvez.

– Muito bom. Por que os outros estão quietos?

– Ela é a dona da casa. Eles estão esperando para ver o que tem que fazer. E provável mente eles sabem quem é.

– Isso mesmo. – Ária disse com um belo sorriso. – E por que ela ainda não deu a ordem?

– Ela está esperando você. – Soluço disse sorrindo.

– Isso mesmo. Agora vamos ver quem é.

Ária se levantou e foi até a porta. Ela viu Baldão e a anciã vinham em direção a casa. Ária levantou a mão e Esmeralda parou de rosna.

– São o Baldão e a anciã. – ela disse se sentando em sua cadeira novamente.

Em poucos minutos eles escutaram bater na porta.

– Entra. – Ária respondeu. – Esmeralda quieta.

Baldão e a anciã entraram. Os dois olharam em volta percebendo as mudanças. Mas não falaram nada. A anciã olhou para Bocão e começou a escrever.

– Ela disse que viu nos ossos que uma tempestade está por vim. Em dois dias. O balde do Baldão confirma.

– Está doendo há dias. – Baldão disse.

– Temos muito que fazer. – Stoico disse se levantando.

– Pode ir sentando ai e termina seu almoço. – Ária disse calmamente. – Querem almoça com a gente?

A anciã concordou sorrindo, e fez sinal para Baldão.

– Ária uma tempestade está...

– Chegando. Sim, eu escutei. Mas você só vai sair daqui quando termina de comer. – ela disse colocando mais dois pratos na mesa. – E outra, Astrid, Soluço e eu já terminamos aqui. Podemos ajudar.

– Ária...

– Calado. Quanto mais você fala, mais vai demora a comer e quanto mais demora, mais tarde vai sair dessa mesa.

Stoico olhou para ela e viu que não tinha escolha. O que o chefe não percebeu enquanto comia, era como todos olhavam para eles sorrindo. Finalmente encontraram alguém que não tem medo dele.

...

Depois que todos terminaram de comer. Stoico distribuiu as tarefas. Astrid e Soluço ficaram encarregados de pegar os ovos e o leite. Bocão foi avisar a todos. Ária e Stoico foram pescar. Antes de irem para o mar, Stoico deu uma carona para a anciã. Depois eles pegaram um barco e foram para o alto mar.

– Então, como vamos fazer? – Ária perguntou de cima da Esmeralda sorrindo para ele.

– Soluço geralmente manda alguém mergulhar com o dragão e os peixes vão para a reide. – respondeu olhando para baixo.

– Certo. Você quer mergulhar? – ela perguntou rindo da cara assustada dele. – O que foi?

– Da última vez que eu mergulhei com ele, quase me afoguei. – ele disse sem graça. – Ele pode prender a respiração por muito tempo.

– Por doze horas. – ela disse rindo. – Eu mergulho. Mas podemos trocar?

– Trocar?

– Sim. Você fica com a Esmeralda e eu com o Tornado.

– Ela é um dragão aquático. – ele disse assustado.

– Então, ela mergulha e assusta os peixes. Eu vou pelo outro lado com o Tronado. Você cuida das redes.

– Claro.

Eles guiaram os dragões até barco. Ária subiu no Tornado enquanto Esmeralda ajudava Stoico com a rede. Esmeralda mergulhou logo depois. Ária mostrou para Stoico o caminho que ia seguir e depois pulou na água com Tornado. Quando estava lá em baixo ela fez sinal para ele disparar. Eles conseguiram cerca três cardumes de uma vez. Eles subiram e ajudaram com a rede, antes de descerem novamente. Em duas horas eles pescaram o que normalmente levaria seis meses. Esmeralda estava animada. Ela nadava em volta do barco e ia mais longe buscar mais peixes. Depois eles voltaram para Berk. Ária foi até sua casa e viu que os outros tinham terminado. Como ela não encontrou ninguém lá ela, chegou à conclusão que foram ajudar Soluço. Ária aproveitou que alguns repolhos estavam bons e colocou-os em uma cesta. Depois de colocar comida para Esmeralda e andando até a cidade, depois de mandar Esmeralda para o mar. Stoico estava conversando com Bocão. Então Ária levou a cesta até o grande salão. Depois ela foi ajudar algumas mulheres que estavam levando água para lá. Ária passou o dia ajudando na aldeia. Antes do anoitecer Soluço e Banguela ajudaram ela a levar cobertores para o grande salão. Quando anoiteceu Stoico tomou a palavra.

– Hoje foi um dia agitado. – ele começou. – Temos os nossos dragões e se não fosse por eles não teríamos feito nem a metade do que fizemos hoje. Mas vamos descansa. Amanhã continuamos.

Todos concordaram e foram para a sua casa. Ária andou lentamente até Stoico e Soluço.

– Meu convite ainda está de pé? – perguntou sorrindo.

– Claro. Temos muito que conversar. – Stoico disse passando a mão na barba.

– Então vou para casa, tomo um banho e encontro vocês em uma hora. – ela se virou e começou a anda. – Não se esqueçam que vou levar algo para comer.

Ária assobiou bem alto e em um minuto Esmeralda estava ao lado dela. Ela montou nela e as duas saíram, em direção a sua casa. Quando chegou a casa, Ária tomou um banho rápido e depois fez uma torta de maça. Ária alimentou Esmeralda e depois guardou sua torta e montou em Esmeralda.Elas foram lentamente para a casa do chefe. Quando elas chegaram à casa do Stoico viram que Tornado não estava no seu lugar. Ela foi até a porta e bateu.

– Deve ser ela. – Ária reconheceu a voz de Soluço.

– É. O que faço? – Stoico perguntou.

– Abre a porta.

– Por que você não abre?

– Pai o senhor está abrasando a porta para bem dizer. A cada dez segundos abria ela para ver se Ária estava chegando. E agora que ela chegou não quer abrir?

Ária riu. Stoico estava assim tão ansioso para conta a verdade para Soluço? Ou será que ele quer apenas vê-la? Claro que não, né Ária. Por que ele estaria ansioso para te ver?

– Se vocês me quiserem mesma possa abri a porta. – ela disse alto o suficiente para os dois escutarem ela.

– Viu? Ela está escutando tudo. – Soluço disse enquanto Stoico abria a porta vermelho.

– Oi. – ele disse sem graça.

– Oi meninos. – ela disse sorrindo. – Onde está Tornado?

– Aqui dentro. Achei que seria melhor se todos ficassem aqui dentro. Está esfriando.

– Certo. Esmeralda sem bagunça. – Ária disse entrando sendo seguida por sua dragoa que logo subiu nas vigas e se juntaram a Banguela e Tornado. – Eu trouxe uma torta de maça para a sobremesa.

– Obrigado, mas não precisava. – Stoico disse pegando a torta.

– Não foi nada. – Ária se sentou. – Vocês precisam de ajuda?

– Não. Você é a convidada. – Stoico disse colocando os pratos na mesa. – Você não pede ajuda para a gente e a gente não vamos deixar você ajudar.

– Como quiser.

Ária ficou olhando Stoico e Soluço arrumarem a mesa e depois colocarem a comina na mesa. Esmeralda e Banguela estavam brincando de cabo de guerra no anda de cima, enquanto Tornado pulava em volta incentivando os dois. Ária ficou feliz por Esmeralda, ela nunca se deu muito bem com outros dragões.

– Parece que eles estão se divertindo. – Stoico disse seguindo o olhar dela.

– É, parece.

– Acho que Banguela nunca brinco disso com nenhum dragão daqui. – Soluço disse olhando para seu dragão que ainda brincava de cabo de guerra com Esmeralda. – Mas por algum motivo ele adora fazer isso comigo de manhã. Acho que ele gosta muito das minhas meias.

– Ou ele está tentando te ajudar se livrar delas. Pegue uma que você não usa e dê para ele destruir. – Ária disse sorrindo. – Ele vai deixar as outras em paz.

– Eu vou tenta. Mas ele é esperto.

– Concordo. – Ária olhou para Stoico que estava em pé ao lado da mesa olhando para eles. – Quer que eu te sirva novamente?

– Bom, como eu disse você é a visita.

– E eu posso escolher se te sirvo ou não.

Ária se levantou e serviu os três. Eles jantaram conversando sobre a tempestade que estava por vim. E o que eles ainda teriam que fazer. Quando Stoico disse que talvez eles perdessem muito tempo levando metade dos homens para pegarem lenha. Ária disse que ela e Esmeralda poderiam cuidar disso, assim Stoico e os outros teriam tempo para fazer o que estava faltando. Quando eles viram já era hora da sobremesa.

– Soluço eu gostaria de falar uma coisa com você. – Stoico disse quando Ária começou a corta a sobremesa.

– O que foi?

– Eu não fui totalmente sincero com você.

– Sobre o que?

– Sua mãe. – Stoico respirou e começou a contar a história para Soluço. Em como sua esposa foi embora e ele não sabia o que fazer para impedi. Em como ele decidiu contar aquela mentira para que a imagem de sua mãe continuasse a mesma. E principalmente, em como ele tentou encontra a esposa. Durante toda história Ária segurou a mão dele.

– Por que você nunca me disse nada? – Soluço perguntou.

– Medo. Eu não sei por que sua mãe se foi. – Stoico segurou a mão livre do filho. – Eu queria-te conta, mas você sempre foi tão apegado a ela. Via ela com uma heroína e ela foi, nunca duvide disso. Eu não conseguia, toda vez que te ia conta algo me parava.

– Por que agora?

– Ária me convenceu que era o certo. – Stoico olhou para ela. – No seu primeiro dia aqui, ela me perguntou sobre sua mãe e pela primeira vez eu contei a verdade para alguém. Ela me disse que você tinha o direito de saber a verdade.

– Ela foi embora e nem ligou para mim? – Soluço disse deixando uma lágrima escapa. – Eu sou assim tão mal?

– Ela devia ter um bom motivo. – Ária disse gentilmente. – Sempre tem.

– Eu sou o filho dela. E ela nem ligou para isso. – Soluço se levantou e saiu correndo.

– Deixa que eu vou. – Ária disse se levantando quando Stoico e Banguela se prepararam para irem atrás dele.

Ária saiu e olhou em volta. Não tinha sinal de Soluço. Ela olhou para o chão e seguiu o rastro dele. Depois de anda alguns metros encontrou Soluço sentado na beira de um penhasco. Ela foi até ele e se sentou ao lado dele. Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

– Eu sou tão ruim assim? – Soluço quebrou o silêncio. – Eu sei que não sou o filho viking que meus pais queriam, mas nunca pensei que... Se meu pai que é tão viking ficou comigo, por que ela...

– Soluço, se sua mãe te deixou foi por que teve um bom motivo. Você é o garoto mais incrível que eu já conheci. Você é esperto e especial. – Ária passou a mão no cabelo dele. – Se eu fosse sua mãe teria muito orgulho de ter um filho como você.

– Obrigado. Mas mesmo...

– Eu deixei minha família. Eu podia voltar para casa, mas Esmeralda e os outros dragões precisavam de mim. Eu também deixe quem eu amo por uma coisa que eu não podia impedir. Ás vezes sua mãe fez o mesmo.

– É. Deve ser.

– E você ainda tem o seu pai e o Banguela. Sem falar no Bocão, em seus amigos e toda Berk.

– E você.

– E eu. –Ária sorriu e olhou para o mar. – Acho que você tem muita sorte por ter seus amigos.

– Você tem razão.

–Sempre tenho querido. – Ária disse sorrindo. – O que você acha de voltarmos? Seu pai deve estar preocupado.

– Vamos.

Os dois voltaram em silêncio. Quando eles entraram Stoico levantou a cabeça. Bocão que sabia que Stoico ia contar a verdade para Soluço, foi ver com as coisas estavam indo, estava ao lado do chefe. Soluço sorriu para o pai e foi até ele. Depois de olhar um pouco para o pai, Soluço o abrasou.

– Eu te amo pai. Obrigado por ser quem você é. – Soluço disse com a voz abafada pela roupa do pai.

– Eu também te amo filho. Desculpa-me se demorei tanto para te contar a verdade. – Stoico devolveu o abraso.

– Bocão você está chorando? – Ária perguntou sorrindo.

– Não. Estou... Er... Suando pelos olhos. Quem foi fez essa torta? – Bocão disse cortando um pedaço e enfiando na boca.

Ária apenas riu e foi para perto de Soluço e Stoico que estavam rindo.

– Acho que devo ir. – disse bagunçando o cabelo de Soluço.

– Ainda esta cedo. – Stoico disse fazendo Soluço e Bocão trocarem um olhar malicioso.

– Está na hora de ir. – ela disse passando a mão no rosto dele tirando um pelo da barba. – E acho que vocês tem muito que conversa.

– Certo. – Stoico disse bobo.

– Vamos Esmeralda. – Ária disse para a dragoa. – Tchau, para todos.

Ária saiu com Esmeralda. Soluço e Bocão olharam para Stoico e depois de para o outro.

– Como quem será? Com que será? Com quem será que Stoico vai casar? – os dois começaram. – Vai depender. Vai depender. Vai depender se a Ária vai querer.


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