Biografia de Alguém escrita por Madu Loescher
Notas iniciais do capítulo
Estou muito animada, porque o número de lidas na história aumenta cada dia mais! Muito obrigada à todos aqueles que me ajudaram a tormat meu sonho realidade. Bjs pinguins
Quando chego, finalmente, à conclusão de que agora nada pode ser feito para voltar atrás, acho que morro por dentro. Não sei se propositalmente ou não, já que isso poderia me dar quatro resultados:
Acabar com a dor pela perda dela e do vovô;
Levar-me para perto dela e de vovô;
Matar a curiosidade do desconhecido;
Quando a lista fica pronta, Diego entra no quarto, se desculpando pelo primo.
– Não tem problema, Diego. – respondo, caindo aos prantos. Posso ter conseguido impedir o choro na frente de Lucas, mas em alguns minutos eu não teria aguentado e começado a chorar. Se ainda consigo chorar, então talvez não tenha morrido. Mas isso não muda o fato de que eu nunca mais serei a mesma.
– Se não tivesse, você não estaria chorando. – ele sorri, docemente, e me pergunto novamente o que fiz para merecer esse garoto. Ele pega meus óculos e eu os coloco. Já estou o usando mais, então não me surpreendo tanto com a beleza dele quanto antes. – Lena, eu sei que não vai passar, mas pelo menos tente sair daqui.
– Você se esquece de que eu estou de castigo e que não posso sair daqui. – sorrio fraca.
– Você não ouviu tudo porque colocou o headfone e subiu para o quarto antes de ouvir a bronca toda. Você só não pode sair daqui desacompanhada. Em outras palavras…
– Se você for comigo, então eu posso sair. Certo?
– É. Então tire o pijama porque nós vamos tomar um café.
– Isso é uma ordem ou um pedido?
– Ordem de amigo. Agora tire esse pijama!
– Você pode pelo menos virar de costas?
– Tenho mesmo que virar de costas? – ele dá um verdadeiro sorriso encapetado, como eu nunca havia visto antes.
– Tem. E isso é uma ordem. – escuto uma risada e ele se vira de costas. Abro o armário e jogo a blusa e a calça no cesto de roupa suja. Levanto os olhos para escolher a roupa e vejo, pelo espelho do armário, Diego. Virado para mim com uma cara de vitória e contentamento! Enrubesço o suficiente para bater um recorde mundial! Ele sorri ainda mais.
Corro para vestir pelo menos um short jeans. O visto o mais rápido que já vesti um short em toda a minha vida.
– Ei, não precisava disso – diz Diego. Só não fico mais vermelha, porque isso já não era mais possível. – Outra coisa: Que cicatriz é essa nos seu braço? Nunca a tinha visto antes. Como a conseguiu?
– Lembra-se do problema que tivemos com Atila no ônibus?
– Sim. Foi ele que fez isso com você?
– Ele e o grupo de luta da escola. Sabe… No começo eu era só uma iniciante idiota, mas quando nocauteei Erik, eles começaram a me ver como uma ameaça ao líder do grupo: Atila.
– O cara que atacou a gente no ônibus? Essa é a verdadeira razão para ele ter atacado a gente?
– É. Agora que você é meu amigo, ele acha que estou ficando mais forte. Mas, como você nunca foi lá lutar, então você não é uma ameaça tão grande, entendeu?
– Sim.
– Diego, eu agradeceria muito se você virasse de costas. É muito menos assustador procurar uma blusa sem um par de olhos encarando meu sutiã. Você não tem noção de como eu tenho vergonha. – nesse ponto, já saí da frente do espelho, para não ver os olhos de Diego.
Ele só fez rir.
– Não tem graça! – reclamo. – É sério! Para de me encarar! – faço uma cara emburrada e ele, após muita, muita risada, vira de costas definitivamente. Procuro no armário uma blusa que não diga que estou deprimida. Sim, eu tento usar as roupas para parecer menos deprimida. É como ouvir Heavy metal para relaxar. Faço isso com frequência.
Pego uma blusa do Bonded By Blood, visto os meus coturnos de estimação. Pego meu fone e seleciono uma das minhas musicas preferidas da banda: Prototype Death Machine.
– Já posso virar? – pergunta Diego, pela quarta vez.
– Vire logo antes que eu me arrependa de ter concordado em sair com você.
Diego levanta da cama de um salto e segura minha mão, praticamente me arrastando para fora de casa.
– Que musica você está ouvindo? – ele tenta puxar assunto.
– Stairway to heaven – digo, mudando de Bonded By Blood para Led Zeppelin. Diego não escuta qualquer tipo de musica, mas tem muito afinco pela musica que escuta. E, podem ter certeza, não é rock. Pelo menos, se ele gosta, ele escondeu isso de mim.
– Posso te mostrar uma musica?
– Pode. – fico desconfiada. Isso não parece nada que ele tivesse feito antes. E, sinceramente, não sou muito fã de surpresas.
Diego pega meu celular e entra no YouTube. Ele dá play na musica muito rápido e, em um instante, está tocando uma balada que eu nunca tinha ouvido antes.
– Que musica é essa?
Quando pergunto, Harry me arrasta para dentro de um ônibus. Não pergunto nada. Já me enfiei nessa, e agora não tem mais volta.
– É trilha sonora de um filme que eu queria muito assistir com você. Begin Again.
– O filme é sobre o que?
– Vai ser uma surpresa. – como disse anteriormente, não sou muito fã de surpresas, então já ia entrando na Wikipedia para pesquisar sobre o filme quando ele pega meu celular. – Achei que confiasse em mim! Vai ser uma surpresa legal! – dou língua e ele tenta pegar minha língua. Do mesmo jeito que alguém brincaria de “peguei seu nariz”. – Chegamos.
Não havia percebido que andamos tanto, mas chegamos ao shopping metropolitano!
Lá, entramos no Starbucks e nos dirigimos ao caixa. Há duas garotas na nossa frente, e aproveito para descobrir o que pedir. Nunca havia estado no Starbucks. Como não sei o que pedir quando chega nossa vez, peço o mesmo que Diego. Ele diz Harry e Anne e paga as bebidas. Nós nos sentamos em uma mesa e eu vou pegar as bebidas. Ponho um pouco de canela no copo escrito Anne. Tudo fica melhor com canela.
Levo os copos para a mesa e Diego desliga o telefone rápido demais, ao que parece.
– O que houve?
Quando ele abre a boca para responder, Lucas entra fazendo um estardalhaço e carregando um teclado e um violão.
– Diego! Então cara, aonde nós vamos… Você já falou com ela?
– O que ninguém quer me contar? – pergunto. Já estou cansando desse suspense todo.
– É que Diego teve uma ideia genial e quer te incluir nessa. Ele quer que formemos uma banda.
– Lucas! Cara, você é ótimo em dar notícias, sabia?
– Lucas falou beeeemm mais fácil do que você Diego. Vocês vão precisar de um baixo e uma bateria.
– Eu toco bateria – diz Lucas. – E o baixo ainda está em desenvolvimento. Conheci um cara pela internet e ela mora por aqui.
– Você conheceu o cara pela internet – argumenta Diego. – Ele pode ser fake.
– É por isso que está em fase de desenvolvimento.
Rio. A tal da banda pode durar mais do que eu pensei que fosse possível. Estou me dando bem com esse Lucas.
– E então, o que vamos tocar?
– Eu estava pensando em alguma coisa entre Keira Knightley e Halestorm. – responde Lucas.
– Halestorm! – me animo muito agora. – se é assim eu estou dentro!
– Diego, você está de acordo com Halestorm? Porque se não estiver não vai rolar.
– O acordo foi ENTRE Halestorm e Keira Knightley. Não é tão pesado quanto Halestorm. – é. Ele definitivamente não é fã de rock.
– Feito. É mais para Here’s to Us né?
– Exato. Então, estamos decididos?
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