Give Me Love escrita por Novaes


Capítulo 3
But I think she refuses to believe


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAAA! Continuação do capítulo anterior, e eu decidi que ele vai ser dividido em 3 partes. Tô meia sem ideia, os dias estão dificeis demais.
PS: não sei quantas vezes eu mudei o nome do cap, então saiu isso



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P.O.V Katie

– Você vai sentar ou prefere, sei lá – Emma ofereceu, acho que ela estava incomodada com algo. Claro, Katie, você está encarando ela demais. Ela não sabe quem você é, se controle, pensei comigo mesma.

– Eu não acho que...

– Por favor, fique – Henry me implorou, me interrompendo e como sempre eu achava que eu já tinha feito demais com aquele garoto então eu disse para ele que ficaria, ele lançou um sorriso esbanjado em seu rosto, aquele garoto era engraçado. Eu simplesmente não conseguia dizer não.

– Eu acho que você vai ficar – Emma comentou se sentando em uma mesa e me convidando para sentar, dei um ar de sorrisinho e me sentei. Era engraçado aquilo, eu estava com minha mãe biológica mas ela não sabia que eu era filha dela, era engraçado tudo para mim mas como toda piada tem seu fundo de verdade, ela me abandonou. Eu tinha de me lembrar daquilo. Essa afirmação na minha cabeça me fez viver, essa verdade me fez enfrentar o mundo, pois se não fosse essa verdade eu estaria morta, provavelmente.

– Mãe, Katie e eu fomos a praia ontem – Henry contava. E eu sorria, estava sentindo a empolgação de Henry, eu tinha medo de, de repente, me dar um surto e eu contar tudo para ela e ainda por cima jogar as verdades que sempre quis, em sua cara.

– Você é bastante folgado garoto – Ela comentou e Henry deu uma gargalhada, eu dei um pequeno sorriso mas nada comparado a gargalhada de Henry. – Então, Katie... Você conhece Henry faz um tempo? – Perguntou Emma.

– Não, na verdade eu o conheci ontem – Respondi e vi que eu estava tensa, droga, odiava o fato de ficar tensa porque estava falando com ela.

– E o quê te traz a cidade? – Ela perguntou e eu a olhei meia tensa, sem saber o que responder, claro que eu sei mentir mas foi tão repentina e direta a pergunta. – Eu quero dizer, Storybrooke é uma cidade tão pequena – Ela amenizou.

Procuro por alguém – Resolvi jogar verde.

– Seu namorado? – Ela perguntou e vi que uma garota na qual se chamava Ruby veio deixar nossos pedidos.

– Não, na verdade, eu não tenho namorado – Respondi e vi ela rir.

– Oras, então eu irei corrigir minha perguntar, quem te traz aqui? – Ela perguntou gargalhando e gargalhei junto.

– Minha mãe – Respondi dando de ombros.

– O quê houve com ela? – Emma perguntou interessada.

– Nada – Respondi meia incerta.

– Então o que te traz a cidade se não é nada? – Perguntou ela mais uma vez.

– Eu sou órfã – Respondi e ela me olhou atônita e pude ver logo uma mistura de sentimentos se exaltando em Emma. – Tem algo de errado? – Perguntei hesitante mas precisava perguntar, Henry me olhava chocado, vi o medo em seus olhos, pensei que Emma havia desvendado o quê eu havia dito, droga Katie, você estragou tudo. Ela descobriu. Mil sentimentos se passavam dentro de mim, mil pensamentos estavam na minha mente, e eu era pessimista, ah, por quê tanto silêncio?

– Eu sou órfã também – Ela falou e eu acho que quis mudar de assunto, tudo que pude falar era um “ah...”. Emma tinha os olhos distantes e tristes, me lembrava alguém que eu conhecia bastante: Eu. Queria tanto poder falar o quanto eu procurei por ela, o quanto eu odeio o fato dela nunca ter me procurado ou pesquisado sobre mim, odeio o jeito que eu fui jogada. Queria gritar com ela, queria falar que eu me odeio, que eu fiz coisas que não deveria, que ela tornou minha vida uma grande porcaria. Odiava tudo.

– Sinto muito – Respondi olhando para os lados e eu me levantei.

– Espera aí! Aonde está indo? – Perguntou ela se levantando, olhei para Henry que estava já de pé ao lado dela, fiquei nervosa. Balancei a cabeça e saí correndo, não sabia para onde ir, de repente, me veio a memória do cantinho secreto do Henry, achei que seria o único lugar que ninguém me acharia realmente.

Me sentei lá, e apenas respirei um pouco, repensando sobre minhas escolhas. Será que eu estaria ali fazendo a escolha certa?

Era tudo tão estranho, eu me sentia tão estranha. Eu sou do tipo de garota que não se importa, que é um dane-se para o mundo mas... Emma, Henry, toda essa história... Trazia o melhor de mim, eu querendo ou não. Queria que ela dissesse algo sobre o assunto, ou que ao menos se importasse.

Senti alguém se aproximando, olhei pelo canto dos olhos e pude ver Emma. Meu coração doía e disparava cada vez mais forte, era um sentimento estranho mas já estava cansada de tantas mentiras, de tanta dor.

Estou cansada de mentiras– Tentei cessar aquele silêncio matador.

– Eu entendo – Emma respondeu se sentado ao meu lado.

– Não acho que entenda – Falei lembrando sobre minha vida, sobre tudo que eu tive de passar.

Parece que a vida foi bastante dura para você! – Ela exclamou e eu percebi que ela me olhava.

– E foi – Respondi, ah como eu queria que ela visse que eu sou sua filha abandonada.

– Minha vida também não foi muito fácil assim como pensa – Ela falou e eu lembrei sobre o fato dela ser órfã, assim como eu.

– Então, como foi? – Perguntei.

– Meus pais não tiveram nem a decência de me deixar num hospital – Ela falou. – Eles me abandonaram – Ela completou depois de um longo tempo de silêncio.

– A vida nem sempre é como a gente quer – Tentei falar algo.

– Nem me diga – Falou ela suspirando. Eu tinha o olhar longe.

– Eles também não se importaram comigo – Falei. – Minha mãe me deixou na porta do hospital e disse a uma mulher para me deixar lá dentro, disse que não queria mais saber de mim – Falei e vi ela se retorcer de lado. – Algo errado? – Perguntei.

Eu fiz escolhas ruins – Ela falou.

– Sobre o quê está falando? – Perguntei meia curiosa, pensei que ela já havia descoberto tudo.

– Minhas escolhas, que fizeram que sou... Mas foram escolhas ruins, destruir a vida de pessoas – Ela falou.

– Eu sei que Henry é adotado, não precisa fingir para mim – Falei.

–Não é a de Henry somente, é só que... – Ela falou mas logo parou, acho que não estava pronta para falar sobre aquilo. – Por que aqui? – Ela me perguntou me referindo ao lugar.

– Porque foi aqui que eu conversei sobre uma das pessoas mais importantes, ou talvez não, da minha vida – Respondi e ela me deu um sorriso de lado.

– Sua mãe – Ela respondeu.

Eu procurei por tanto tempo, preciso acha-la, ou acho que já achei mas ela se recusa a lembrar – Falei tentando jogar verde mas acho que exagerei.

– Você vai acha-la – Emma falou e segurou na minha mão. – Você pode chorar de se quiser, gritar, faça algo, eu não ligo – Falou ela completando.

– Não, eu não choro – Respondi.

– Já vi... Garota durona, não chora por nada, aposto que está perdida no mundo – Ela falou.

– Eu estou perdida em mim mesma, no mundo não seria diferente – Falei e ela riu, se levantando e oferecendo as mãos. – Vamos? – Ela perguntou.

– Vamos? Como assim? Para onde? – Perguntei confusa.

– Vai ter uma festa na Granny’s, sei que nos conhecemos agora, mas de algo eu sei... Henry quer muito você lá – Ela falou e eu concordei com a cabeça segurando sua mão, de longe aquela seria a conversa mais descente que iríamos ter.


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Notas finais do capítulo

é isso, eu amo vocês



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