Eu fiquei paralisada na porta daquela sala deslumbrada com aquela música, foi quando eu ouvi a música parando. Como reflexo me retirei rapidamente da porta e voltei para a minha sala. Quando me sentei no meu lugar novamente vi que estava sem meu desenho, por Zeus onde eu tinha deixado aquilo, foi quando ouvi o sinal tocar e me retirei da sala. Na porta da sala estava Simon me esperando, quando me aproximei dele ele disse:

– Tenho uma surpresa para você Clarynha! – então ele me virou e eu dei de cara com o meu amigo Magnus Bane.

– Ai minha santa purpurina, Clary cabeça de fósforo que saudades.– ele disse me abraçando, Magnus era um amigo de família e eu não o via a tempos, sabia que ele tinha vindo para New York, mas não esperava ver ele aqui.

– Que saudades meu macumbeiro preferido, quanto tempo.– eu disse enquanto olhava para ele.

– Pois é, eu te larguei la em São Francisco a 3 anos e você não teve nem a cara de pau de crescer 1 cm? – ele disse enquanto andávamos para o refeitório onde eu finalmente conheceria a tão famosa Izzy.

– Quando que a graça de eu ser baixinha vai passar, sério?

– Quando você crescer nem que seja um pouquinho. – ele disse enquanto pegávamos nossa comida na fila da cantina. – O ratinho já te falou sobre os gatos que tem nesse colégio? Tem cada um mais perfeito que outro!

– Ele só sabia ficar falando de uma tal de Izzy e de uns irmãos dela

– A Barbie de cabelos pretos, amor da vida dele, mas o irmãos dela são uns deuses de outro mundo, tem o Alec minha madonna do céu que deliiiiiiiicia!

– Agora vocês não precisam ficar falando dela por que a Clary vai conhecer ela e vai ama – la! – ele disse enquanto nos dirigíamos a uma mesa, quando fui me aproximando eu não acreditei em quem estava sentado na mesa, sério eu devo ter pregado chiclete na cruz e feito uma Rave com judas pra esse demônio me seguir até New York, eu reconheço aquele inferno até depois de anos.– Clary essa é a Isabelle, mais conhecida como Izzy, esse é o Alec e esse...

– Jonathan, é eu conheço esse dai! – eu disse o interrompendo.

– Clary é você mesmo? Nem acredito nisso. – disse Jace com cara de espanto.

– Não não, é sua mãe, você acha que eu esqueci? Nunca. Nem vem de gracinha.

–Como assim vocês já se conhecem? – perguntou o Simon pra mim.

– Já estudei com essa peste e pelo que eu me lembro você era o inferno na minha vida.– Eu disse enquanto sentava.

– Bons tempos, mas você não deve esquecer que as pessoas mudam com o tempo sabia? Raiva e discórdia são coisas péssimas pra você carregar nesse coraçãozinho seu Clarynha. – ele disse enquanto comia uma maça.

– Raiva? Haha, se fosse só isso eu estaria de boa, eu te odeio entendeu? O que você fez foi imperdoável. – eu disse enquanto o encarava com ódio.

– Gente isso daqui é um refeitório relaxem, mas mesmo você odiando meu irmão, isso não vai influenciar no nosso convívio? - disse Izzy tentando impedir que a gente se matasse ali.

– Claro que não, você não é responsável pelas proezas de seu irmão. - eu disse enquanto relaxava na cadeira.

No resto do almoço ficamos conversando sobre lugares em que eu devia ir visitar aqui na cidade. Eu estava começando a gosta da Izzy, ela era bem gentil apesar do irmão idiota dela. O Alec e o Magnus ficavam se olhando e eu vi que tava rolando alguma coisa entre esses dois. Mas a coisa que mais estava me irritando era o Jace que ficava me encarando, eu não entendia o que ele tanto olhava e como ele me olhava, não era olhar de ódio, mas era de algo que eu não entendia, mas ignorei. A minha próxima aula eu teria com Izzy, então a conheceria melhor. Enquanto estavamos no caminho para sala Izzy me pergunta:

– Me explica direito o que foi aquilo no refeitório? Eu não entendi até agora.

– É que eu já estudei com o Jonathan ou Jace como vocês chamam ele, naquela época ele brincava muito por eu ser baixinha, na real ele falava mal de todo mundo em todas as oportunidades, mas teve uma vez em que ele fez uma coisa terrível comigo e eu nunca vou perdoá-lo. - eu disse enquanto sentávamos nos nossos lugares na aula de Química.

– E eu posso saber o que foi isso? – mas o professor falou para todos ficarem em silencio e que quem fosse pego conversando seria mandado a diretoria.

– Um dia eu te conto – disse sussurrando para ela