Pertenço a ti escrita por MaluPierce


Capítulo 6
Capítulo 6 — Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Eu disse no outro capítulo que iria voltar quarta-feira. Porém como não houve muitos comentários, não me deu animo pra postar =(
Ta ai, um novo capítulo novinho p vcs!
Boa leitura!



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I need a light, I need to know when I can break out
Tell me it's safe now
Tell me it's safe now

Cary Brothers - Ghost Town

 

...

Elena inalou o cheiro das rosas e logo um sorriso se formou nos lábios da morena. Aquilo não passou despercebido por Bonnie que comentou:

— Que flores lindas! E esse sorriso aí... — Bonnie riu — Tá apaixonada, é?

Elena balançou a cabeça negativamente, e respondeu:

— Claro que não! Que besteira Bonnie! — Elena caminhou até a cozinha e pegou um vaso de dentro do armário, o encheu com água e em seguida arrumou as rosas dentro dele.

— Quem era aquele na porta, Lena? — Vicki chegou comentando: — Que gatão hein... — Bonnie fuzilou a garota com o olhar — Mas ele é todo seu... - as três riram — Que tédio...

— Ah! - Bonnie exclamou, lembrando-se de algo —tenho um convite para o teatro... Sabe... Eu não gosto de sair... Se quiser pode ir no meu lugar — pegou a sua bolsa e em seguida o convite, estendendo-o para Vicki.

— Oh! Obrigada baixinha! — Vicki agradeceu, pegando o convite e indo para o quarto se arrumar.

...

Giuseppe estava pronto para sair. Só esperava a sua esposa chegar do trabalho para ir. Escutou a porta ser aberta e se levantou da cama, olhando para uma Isobel com a afeição de cansada:

— Nós vamos... Não é? — Giuseppe perguntou.

— Oh meu amor... — Isobel aproximou-se do marido e colocou a sua bolsa em cima da cama - Eu estou muito cansada... Vá você...

— Está bem — Giuseppe respondeu, se esquivando da esposa e pegando os ingressos — Bom descanso, querida.

O homem saiu do quarto esbarrando a porta e indo em direção ao carro.

Para ir ao teatro.

Giuseppe e Isobel já haviam combinado de sair algumas vezes, mas a esposa sempre dizia que estava cansada do trabalho e aconselhava-o ir sozinho.

Ele já estava ficando cansado disso. Com esses pensamentos nem percebeu quando uma moça sentou-se ao seu lado no teatro e disse:

— Posso sentar aqui? — perguntou a moça, sorrindo para Giuseppe.

— Claro... — ele pôde notar que a garota usava uma saia curta preta, camiseta vermelha e casaco de couro preto com os cabelos soltos.

— Sou Vicki. E você é o famoso Giuseppe... Não é? — Vicki perguntou ainda com o sorriso nos lábios.

— Sim... Muito prazer, Vicki.

...

Elena abriu os olhos e estranhou estar em um lugar desconhecido, mas rapidamente se lembrou que aquele espaço se tratava do apartamento novo alugado. Sentou-se na beirada da cama e esfregou os olhos.

Levantou-se e foi ao quarto das garotas, deu uma rápida olhada nelas que dormiam no beliche. Bonnie embaixo e Vicki em cima.

Foi no banheiro e fez sua higiene matinal, tomou uma ducha rápida e escovou os dentes. Ainda vestida com o pijama, foi até a cozinha e preparou o café-da-manhã com algumas torradas, doces, suco de laranja, pães e geleia. A morena folheava o jornal enquanto Bonnie apareceu sonolenta na cozinha, cumprimentando-a:

— Bom dia, Lena — disse Bonnie com um sorriso no rosto, se sentando na mesa, de frente para a morena — O que está procurando?

— Um emprego... — respondeu.

Certamente Elena já havia contado a Bonnie que seu sonho era ser uma modelo, e que por intuições, conseguiria logo, logo.

— Ah sim... — Bonnie concordou se lembrando da conversa do outro dia.

Bonnie falava algo sobre a faculdade quando Elena achou algo de seu interesse: "Testes para modelos de comerciais." A morena ficou superfeliz ao encontrar aquilo no jornal, deu um beijo no rosto de Bonnie e foi para seu quarto se arrumar.

...

Bernarda estava ajoelhada na capela, rezando, quando um Grayson furioso entrou pela porta, o homem respirou fundo fez o sinal da cruz e disse:

— Eu preciso conversar com a senhora — Bernarda olhou assustada para Grayson que estava com a afeição de braveza: — Agora!

— Como ousa me interromper nesse momento tão glorioso? — perguntou Bernarda — A hora da minha reza...

— Eu quero que você me diga, Dona Bernarda — começou o homem, com o tom de fúria: - Por que você me escondeu que Isobel teve uma filha minha!

Bernarda latejou diante daquilo, levantou-se e deu dois passos para trás.

— Eu... Eu não tenho que falar do passado, Grayson — foi tudo o que Bernarda disse.

— Não tem?! — o homem disse, em fúria — Você fez Isobel perder a minha filha, uma pobre criatura que está perdida pelo mundo! Nós temos que encontrá-la!

A mulher colocou a mão em cima da mesinha da capela e disse:

— Senhor, desculpe-me pelo meu filho... Ele não sabe o que faz e nem o que diz...

— Muito pelo contrário! Eu sei muito bem o que estou fazendo. Nós temos que ajudar Isobel a encontrar essa menina!

— Por que? - Bernarda perguntou, virando-se — Ela foi a serpente entre o bem e o mal! Ela deu a maça envenenada para você morder, e você mordeu! E agora ela pensa que tem direito a minha compaixão?

— Querendo ou não, é a minha filha que está perdida! — gritou — Sangue do nosso sangue! É a sua neta!

...

Giuseppe caminhava para o estúdio ao lado de seu empresário, John.

— Eu te vi ontem no teatro com uma mulher bem atraente... — comentou John — E vi a maneira que vocês conversavam... Imagina se a imprensa vê e poe no jornal? Imagina se Isobel visse...

— Não foi nada demais, John.

O fato é que fora algo demais, Giuseppe precisava de companhia, de compaixão, de atenção. E isso, a garota Vicki queria dar de sobra para ele. Pegou o número da garota e prometeu que ligaria para ela.

— Você não me engana, Giuseppe.

John era ganancioso, esperto e habilidoso. Era empresário de Giuseppe já fazia alguns anos, sempre estava a par de tudo do que seu amigo fazia. Sabia das amantes que Giuseppe teve.

Foi quando uma garota, de cabelos pretos, com uma trança em volta do cabelo, usava um vestido florido, casaquinho preto e salto alto preto aproximou-se de Giuseppe, e sorriu para ele:

— Doutor Giuseppe! — saudou Elena — Como vai?

— Muito bem, menina - respondeu Giuseppe, sorrindo — O que veio fazer aqui?

— Vim para uns testes...

— Oh, claro — lembrou-se Giuseppe dos testes de modelo para comerciais — Boa sorte.

— Muito obrigada — disse Elena, enquanto subia pelas escadas sumindo da vista de Giuseppe.

— Quem é essa? Bem linda, hein? — perguntou John.

— É a Elena Helpless... É uma menina orfã que conheci no desfile que Isobel deu...

— Olha, olha...

Giuseppe olhou para o amigo, fuzilando-o com o olhar. Estava definitivamente cansado das acusações de John.

...

Após Elena fazer os testes, foi para a Cafeteria do lugar e pediu um café. Ela tinha certeza que não tinha ido bem nos testes, pois o sonho dela era ser modelo de passarela. E não modelo de comerciais.

Giuseppe andava pela emissora — mais precisamente perto da Cafeteria — e avistou Elena, sentou-se junto a ela:

— Hey — chamou Giuseppe.

— Oi — disse Elena com um sorriso fraco.

— O que foi? Não foi bem nos testes? Elena suspirou fundo antes de respondê-lo:

— Não... Sabe... — ela levantou o rosto para prosseguir a fala: — Eu quero ser modelo de passarela, e não de comerciais...

— E por que ainda não utilizou o cartão de recomendação que escrevi?

— É porque... Porque... Tenho vergonha...

— Vergonha?

Eles conversavam enquanto John avistava-os de longe. Pegou seu celular do bolso e discou um número.

— Alô? — a mulher do outro lado da linha atendeu.

— Olá, Isobel — disse John com um sorriso sibilado nos lábios: — Eu fiquei sabendo que você iria almoçar com o Giuseppe hoje, não é?

— Ah sim... E ele não está atendendo o telefone... Sabe onde ele está?

— Sei, sei sim — respondeu John — Está com uma garota chamada Elena Helpless. Na Cafeteria da emissora.

...

Elena caminhava pelas ruas de Nova Orleans quando encontrou uma senhora encostada na parede, com o rosto pálido e respirando fundo, aproximou-se dela com o olhar preocupado, e

— A senhora está bem?

A senhora levantou os olhos para a garota que dizia algo, sentia sua cabeça latejar e girar ao mesmo tempo, não conseguia entender o que a moça dizia.

De tantas pessoas que passaram por ela, apenas aquela garota havia reparado-a.

A mulher enxergou tudo preto e caiu no chão.

...

Bernarda abriu os olhos e olhou ao redor: Se encontrava no Hospital.

Nesse instante Elena entrou no quarto com um copo de café em mãos, Bernarda olhou para a garota a reconhecendo:

— Oi, senhora — disse Elena abrindo seu sorriso simpático: — Como está?

— Melhor... - respondeu Bernarda.

— Oh, desculpe a grosseria... Sou Elena, eu te achei bem mal na rua... E te trouxe para o Hospital... Fiquei preocupada com a senhora e-..

Grayson adentrou ao quarto preocupado, aproximando-se o mais rápido possível da mãe:

— Como você está, o que houve?! — perguntou, aflito.

— Estou bem, Grayson — respondeu Bernarda grossa — Essa linda moça me ajudou.

Foi quando o homem olhou para trás reparando em Elena, que estava segurando um copo de café em mãos.

— Oh, muito obrigado... — disse, pegando a mão da garota. Grayson se sentiu estranho ao toque. Como se a conhecesse de algum lugar — Qual o seu nome?

— Elena. Elena Helpless.

...

Isobel respirou fundo, desligou a chamada e sentou-se na cadeira. Inspira, expira. Sussurrava ela pra si mesma.

Jenna entrou na sala, e ao perceber que a amiga estava mal, perguntou:

— O que foi, Isobel?

— Não foi nada, Jenna — respondeu Isobel.

— Tem uma garota lá fora querendo falar com você, a respeito de ser modelo... Posso manda-la entrar?

— Pode, Jenna.

Jenna saiu da sala e fez um aceno com a mão para a garota entrar na sala e ela o fez.

Entrou na sala, e disse:

— Oi, Dona Isobel.

Isobel conhecia aquela voz. Levantou a cabeça e respondeu:

— Olá, Elena.


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Notas finais do capítulo

Então galera, se tiver 13 comentários nesse capítulo eu volto quarta-feira hein!
E quem recomendar vai receber um pedaço do próximo capítulo.
xoxo