Will stumble and fall

I'm still learning to love

Just starting to crawl

Say Something - A Great Big World ft. Christina Aguilera (Boyce Avenue ft. Carly Rose Sonenclar)

***

Damon olhou através da janela do avião, apreciando aquela bela paisagem das nuvens. Sem dúvida, era uma das coisas mais bonitas que já tinha visto.

Tirando Elena.

Ele não entendia o por quê de estar pensando nela, a garota só seria mais uma pra ele, a iludiria, levaria para a cama e acabou. Era esse seu fetiche depois que conhecera Rose.

Rose.

Rose era uma das modelos de Isobel, todos pensavam no começo que a madrasta dele não a aceitaria, por conta de ser de uma de suas modelos mais importantes. Isobel sempre disse à suas modelos que a vida pessoal delas, seria comandada por ela. Todos se espantaram quando a dona do Ateliê disse que apoiava aquele relacionamento. Dizia que Rose era perfeita para Damon. Por conta dela ter classe, dinheiro... Mas ao contrário de Isobel, ninguém gostava de Rose. Apenas ela. Giuseppe e Davina não suportavam a namorada de Damon, ela de fato era refinada, rica... Mas era esnobe. Muito esnobe.

Mas ele provou do próprio veneno quando esteve com ela. Namoraram sério um ano e meio, Damon estava certo de que queria casar com Rose. Então, em uma tarde ensolarada de New Orleans, passou em uma joalheria e comprou o anel de noivado mais caro e belo.

Foi determinado a pedi-la em casamento quando deparou que havia um carro a mais na garagem de sua casa. Estranhou de principio, e tocou a campainha da casa. Ouviu risadas e assobios, foi quando Rose abriu a porta:

— Damon? — Rose perguntou, pelo que ela lembrava ele estaria em Nova Iorque em uma reunião — Eu... — Damon a olhou dos pés a cabeça, notando que ela estava apenas enrolada no lençol.

Ele empurrou a porta deixando uma Rose gritando para trás. Damon abriu a porta do quarto dela, vendo um homem em sua cama.

Naquele dia ele jurou que jamais amaria nenhuma mulher. Não até certificar-se que seria a garota certa pra ele.

Balançou a cabeça para afastar-se daqueles pensamentos, e voltou a olhar para o mundo afora da janela.

***

Elena estava sentada na frente de uma escrivaninha enquanto olhava a seção de Locação, à procura de um apartamento para alugar. Ela queria sair daquela Casa de Assistência o mais rápido possível.

E também estava olhando cursos de modelo. Claro que não iria virar uma supermodelo com apenas um cursinho, mas era o começo para esse grande sonho de sua vida.

Ser uma modelo.

Foi quando achou um apartamento bom e barato, dois quartos, um banheiro, uma pequena cozinha e sala. Estava bom de começo.

Riscou o anúncio com caneta e pegou sua bolsa. Indo para o endereço indicado pelo jornal. Pegou um táxi e chegou no lugar em questão de minutos.

Saiu do carro e olhou para o pequeno lugar, era um sobrado vermelho com duas sacadas na frente apenas no primeiro andar, haviam três. Várias janelas. Era um lugar confortável. Foi para frente da porta, abriu-a e foi no "apartamento" 102, o qual era dona da propriedade que iria alugar.

Rapidamente foi atendida por uma mulher:

— Oi — disse Elena — Eu vim para olhar o apartamento... Eu liguei mais cedo... E... — a mulher a interrompeu alegremente:

— Ah claro, claro! Elena, não é? — Elena assentiu com a cabeça — Oh, sou Liz Forbes. Entre! — ela disse, puxando a garota para dentro da casa — Caroline! — a mulher berrou — Sente-se ali, por favor — e Elena a obedeceu, sentando. Foi quando uma bela loira de cabelos louros encaracolados, pele branca, olhos azuis apareceu na sala de estar.

— Você deve a garota que vai alugar o pequeno apartamento, não é? — Elena assentiu, Caroline estendeu a mão para ela — Sou Caroline, e seja bem vinda — Elena levantou a mão direita, a cumprimentando.

— Sou Elena. Elena Helpless.

Após alguns minutos de conversa, estabelecendo o pagamento, o custo do aluguel e algumas regras, Elena voltou para a Casa de Assistência para buscar os seus pertences.

— Dona Maria - Elena chamou a dona da Casa, quando a Senhora chegou, disse: — Um rapaz virá me procurar... — Eu espero, Elena pensou — Esse é o meu endereço — ela dizia enquanto escrevia em um papel — E você poder dar a ele, está bem?

— Claro, Elena... E sempre que precisar pode vir até aqui... Você sabe, não é?

— Claro que sim, Dona Maria... — Elena sorriu fechando a mala, e aproximou-se dela, dando um beijo em seu rosto, despedindo-se — Muito obrigada por tudo.

***

Elena estava deitada em sua nova cama, em sua nova cama enquanto olhava para aquele doce que havia ganhado de Damon... Será que ele vem me visitar? Será que ele não se esqueceu de mim? Elena pensava. Colocou o doce de lado e resolveu dormir. No dia seguinte teria que ver uma pessoa para dividir o seu apartamento... Já havia colocado anúncio no Jornal, e em pouco tempo aparecia alguém. Afinal, o preço era acessível, o lugar era bem localizado.

Elena adormeceu com esses pensamentos.

***

Acordou eram exatamente às 6:45 horas da manhã, deu uma limpada na casa, fez seu café da manhã e foi se vestir. Optou por um cardigã cor-de-pele, camiseta branca básica por baixo, calça jeans e uma sapatilha branca. Foi quando ouviu a campainha tocando disparadamente, e correu para atender.

Quando abriu a porta se deparou com duas garotas quase-brigando:

— Eu cheguei primeiro! — as duas disseram em uníssono — E eu vim para alugar o quarto!

Vicki era uma delas, usava uma camisa tomara-que-caia branca, shorts jeans curto, sapato vermelho e um batom vermelho para combinar. E Bonnie era a outra, baixinha, moreninha, cabelos pretos, sua roupa era simples, um moletom preto, calça jeans clara e uma sapatilha preta.

Após alguns minutos de conversa Elena não sabia quem escolher para ser sua nova colega de quarto.

Então pensou em uma ideia, começou a fuçar a sua bolsa à procura de uma moeda, e disse quando pegou uma:

— Vamos tentar a sorte - mostrou a moeda as duas — Quem é cara e quem é coroa?

— Coroa! — disse Vicki rapidamente, o que fez Bonnie mostrar a língua para ela.

— Está bem — disse Elena — Ai vai! — ela girou a moeda em cima da televisão para que caisse para um lado.

As três ficaram em volta da televisão, olhando para a moeda.

A moeda havia ficado em pé. As três sentaram no sofá ao mesmo tempo, bufando em seguida.

— E agora? - perguntou Bonnie olhando para Elena.

— Isso quer dizer uma coisa... — começou Elena, fazendo Bonnie e Vicki olharem atentamente à ela — Que as duas...

— Fala logo, menina! — disse Vicki.

— Que as duas devem ficar!

Só podia-se ouvir gritinhos de felicidade de Vicki, e as três se abraçando em seguida.

***

— Grayson... — disse Isobel espantada.

— Isobel... - O que está fazendo aqui? — perguntou ela enquanto limpava as lágrimas do rosto.

— Eu sou sacerdote desta igreja — respondeu mexendo nos cabelos.

— Saiba de uma coisa, Grayson — Isobel deu alguns passos em direção à ele, ficando de frente para o mesmo — Não vou parar de vir nessa igreja só porque você é sacerdote dela. Me entendeu? Venho aqui há vinte anos... Desde que... — ela abaixou a cabeça, olhando para o pés.

— Desde que... — Grayson incentivou-a a falar.

— Você não se importa! — ela apontou o dedo para ele, nervosa — Não se importou quando sua mãe deu a notícia à você! Por que se importaria agora?

— Do que está falando, Isobel? — Grayson perguntou extremamente confuso. — Como do que estou falando? — Isobel gritou — Eu tive uma filha sua, Grayson!

***

Damon desceu do avião e esticou o seu corpo, certamente viajar era cansativo. Depois de alguns minutos esperando a sua mala, a pegou e foi na frente do aeroporto para pegar um táxi, deu o endereço de sua casa à ele.

Em questão de minutos estava em casa, deixou as suas malas na sala, pegou os tecidos e foi para o seu carro.

Colocou os tecidos no banco traseiro, e foi para empresa.

Entregou os tecidos para o porteiro, dizendo:

— Mande levar isso para a sala da minha mãe, está bem? — o porteiro assentiu e saiu em seguida com os tecidos em mãos.

Damon foi para o carro, sentou-se no banco e encostou a cabeça no assento.

— Droga, Damon — murmurou para si mesmo, ligando o carro.

Parou em uma Floricultura perto da casa dela, comprou um buquê de rosas e foi para a Casa de Assistência. Apertou três vezes a campainha e foi atendido pela senhora do outro dia:

— Oi... A Elena está? — ele perguntou.

— Oh, não... - respondeu à ele — Ela já se foi... Mas ela pediu para entregar isso para você quando viesse — ela fuçou os bolsos a procura do papelzinho, e estendeu à ele - Ela está morando nesse endereço agora.

— Obrigado — Damon respondeu pegando o cartão e indo para o carro.

O lugar não era muito longe, era perto do Teatro mais conhecido da cidade.

Damon respirou fundo e pegou o buquê de rosas do banco traseiro. Entrou no pequeno sobrado e foi até a porta do pequeno apartamento batendo três vezes na porta.

Pode-se ouvir vozes:

— Eu atendo! — disse Elena, enquanto Vicki e Bonnie iam com as malas para os quartos, ela abriu a porta e deparou-se com um homem que segurava um buquê de rosas na frente do rosto, logo ele ia abaixando-o devagar, revelando quem era:

— Olá, Elena... — Damon disse, sorrindo.

— Oi... Klaus... — ela disse.

— Isso é pra você — ele entregou o buquê para Elena, ela pegou e cheirou as rosas.

— São lindas... Obrigada — Elena ergueu o rosto para ele, sorrindo.

Damon colocou ambas mãos no bolso.

— Posso entrar?

— Não — respondeu ela — Digo... Não é apropriado...

— Oh... Entendo... — Certinha demais, pensou Damon. — Então... Quer dar um passeio?

— Não — Elena respondeu novamente — Está muito tarde...

— Claro, claro... Amanhã, pode ser? — ela assentiu — Então te busco amanhã — Elena assentiu novamente — Tchau...

Damon foi em direção à saída, logo vendo a sacada do seu lado, pensou em pular e entrar pela janela, mas cogitou em não fazê-lo:

— Damon, Damon... Não se apaixone, cara — ele murmurou para si mesmo.

***

Grayson se sentou no banco após ouvir aquela notícia, levou a mão até a cabeça que girava.

— Oh meu deus... — ela disse — Ela... Ela... Não te contou? — Grayson fez que não com a cabeça e Isobel sentou no banco do seu lado.

— Eu não acredito que ela fez isso — Grayson disse após alguns minutos de silêncio - Eu não posso acreditar...

— Eu também não... — Isobel concordou.

— E como ela é? - ele perguntou — A nossa filha...

Isobel deu um sorriso e respondeu:

— Linda... Cabelos morenos e olhos cor-de-chocolate... Era linda...

— Como assim, era? - Grayson perguntou após ver a tristeza estampada no rosto de Isobel.

— Eu a perdi - Isobel começou a falar: — Ela viu uma bola no meio da rua... E quando eu vi, ela já estava lá... Eu... — lágrimas começaram a cair dos olhos de Isobel — Eu consegui a tirar de lá... Mas um carro me acertou... Quando eu acordei, ela não estava mais lá — ela fechou os olhos deixando todas as lágrimas que estavam ameaçando cair, caírem — Eu a perdi! — Isobel retomou a repetir.

Grayson sentou-se do lado de Isobel, e disse:

— Eu vou procurá-la...

— E acha que já não fiz isso? — ela levantou o rosto para olhá-lo — Eu fui trás de todos os orfanatos... Pessoas que estavam lá... Por vinte anos, Grayson!

— Mas agora eu estou com você, e nós vamos achá-la.