Pertenço a ti escrita por MaluPierce


Capítulo 10
Capítulo 10 — Demitida


Notas iniciais do capítulo

Após um ano fora, decidi retomar ao Nyah. Porém, espero que os leitores antigos, e novos (se tiver) querem mesmo que eu continue a história. Postarei esse capítulo para ver se tem um bom retorno de vocês. ♥



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   Damon olhou a sua roupa molhada e o balde no chão. Virou-se para os violinistas e disse que eles poderiam ir embora. Eles sorriram e foram embora. Não deram muita bola para o acontecimento — deviam estar acostumados com esse tipo de reação das moças.
       — Você devia ir conversar com ele depois dessa humilhação — disse Bonnie à Elena. — Acho que ele aprendeu a lição. — Ela cruzou os braços.

— Eu adorei! — interrompeu Vicki. — Ele tem que aprender mesmo!

Elena riu e respondeu:

— Está bem. Eu vou lá.

Bonnie sorriu e Vicki bufou, como se não concordasse com a resposta da morena. Elena saiu e encontrou Damon sentado na calçada com o balde vazio ao seu lado. Ela sorriu e sentou-se ao seu lado.
        — Elena, — ele começou — peço desculpas por ter mentido pra você. Quero que me perdoe. Por isso vim aqui.

Damon virou seu rosto para ela e prosseguiu:

— Nunca mais mentirei para você.

Elena olhou nos olhos dele e foi impossível não acha-lo bonito mesmo molhado, foi inevitável ela rir dele naquele estado. Ele franziu o cenho e sorriu:

— Você acha engraçado? — Ela concordou com a cabeça e ele chegou mais perto dela: — Me perdoa então?

Ela mordeu o lábio inferior e virou o rosto para outra direção que não seja o rosto dele. Acabaria cedendo, sabia disso.

— Não. — respondeu.

— Você não consegue olhar pra mim? — Damon pegou o balde e colocou na cabeça. — Pode me responder? Me perdoa? — Ela riu.

— Eu posso te dar uma segunda chance. Mas tem que me prometer que não mentirá mais pra mim. E é sério.

Ele tirou o balde da cabeça e sorriu após a resposta da morena.

— Eu prometo. — Damon puxou uma mecha do cabelo dela para trás, e pegou na ponta do queixo dela, fazendo ela olhar nos olhos dele. — Eu realmente gosto de você e quero que me perdoe de verdade. Posso te levar pra jantar amanhã?

Elena assentiu.
***

No dia seguinte, no mesmo horário...

Elena estava pronta para sair com Damon, tal como foi combinado no dia anterior. Estava vestindo seu vestido preto e o cabelo solto, sem as tranças. A campainha tocou e ela caminhou-se até a porta. Primeira coisa que viu foi um buquê de flores. Logo após o rosto de Damon apareceu.

— Pra você.

Ela sorriu e pegou o buquê, encarou Damon que estava incrivelmente belo naquela camisa social meio aberta, e uma calça jeans. Diferente do smoking que ele vestia todo dia para ir trabalhar no Ateliê.

Após chegarem no restaurante, ela se assustou do quanto o lugar era chique e refinado; certamente ela não estava acostumada a ir nesse tipo de lugar. Damon percebeu a insegurança de Elena e abraçou por trás antes de entrarem no restaurante. Ela sentiu arrepios mas não disse nada.

— Se quiser ir para outro lugar, eu entenderei perfeitamente, Elena. — Ele disse no seu ouvido; e ela nunca havia ouvido uma pessoa falar o nome dela tão sensualmente.

— E-Estou bem — Gaguejou. Não por estar com frio ou nervosismo, mas por ele estar tão perto de seu corpo. Aquilo lhe causou sensações que nunca havia sentido por alguém antes. Ela fechou os olhos por alguns segundos.

— Mesmo? — Perguntou ele, achando graça do nervosismo dela; por isso puxou o corpo dela para mais perto.

— Mesmo. — Ela soltou-se dele e foi andando em direção ao restaurante, Elena percebeu que ele não a acompanhava; estava muito abismado por Elena não querer beijá-lo. Definitivamente ele não estava acostumado com esse tipo de garota certinha. Gostava disso. — Não vai vir?

Eles entraram e pediram a janta.

— Sei tão pouco sobre você — disse ele — Como você foi parar no orfanato?

E ela lhe contou tudo. De que com três anos apareceu no orfanato sozinha, apenas com a roupa do corpo e sua boneca de pano, e que estava em choque — ficou um mês sem falar com ninguém. Ficou no orfanato da cidade por pouco tempo, pois o mesmo teria pego fogo e foram para uma cidade próxima. Porém, anos depois voltaram para a cidade. E ela desde adolescente era uma grande fã de Isobel, e que seu sonho era ser uma modelo. E agradecia por ela ter lhe dado uma chance desse sonho acontecer.

— E a sua família? — Perguntou, depois dela falar tanto. — Como é?

Damon engoliu em seco, ele ainda não contara a ela que era enteado de Isobel. Ele iria contar quando a janta chegou. Ele sorriu e ambos começaram a comer.
***

— Quando vai contar a sua esposa sobre nós? — Perguntou Vicki enquanto acariciava o peito nu de Giuseppe.

Ele engoliu em seco; não queria contar nada à Isobel. Apesar de tudo, a amava. Mas sentia-se carente, por isso estava tendo uma relação com a Vicki.

— Não pense nisso agora — Ele levantou da cama e começou a pegar a roupa do chão e começar a se vestir — Vamos. Vou te levar pra casa.

Ela bufou e levantou da cama.
***

— Obrigada pela noite de hoje — Elena disse após ele estacionar o carro em frente ao sobrado vermelho. — Me diverti. — Terminou de dizer, de uma forma ingênua.

— Amanhã nos veremos, não é? No ateliê — Ela concordou. — Até amanhã. — Disse antes de despejar um beijo na sua testa e outro em seu rosto, não queria força-la a nada.

Ela sorriu e saiu do carro. Ele mandou um beijo no ar e foi embora.

Elena suspirou, como se estivesse apaixonada. Estava feliz. Caminhou até a porta de casa, porém parou após ver alguém se aproximando de carro; o carro de Giuseppe. Logo após saiu uma Vicki de dentro do veículo, toda desarrumada. Elena não estava acreditando no que estava vendo. Giuseppe deu partida.

— Então o homem misterioso com quem está saindo é o marido de Isobel, Vicki?!

Vicki deu um pulo.

— Isso não é da sua conta. — Respondeu.

— Claro que é! Está morando comigo, preciso saber das coisas!

Uma Bonnie cansada apareceu na sala após os gritos das duas.

— O que está havendo? — Perguntou Bonnie enquanto esfregava os olhos; estava dormindo.

— Ela está saindo com o marido da minha chefa!
***

Elena havia dormido mal. Não poderia acreditar que Vicki estava fazendo aquilo consigo mesma, sendo amante de outra pessoa e colocando-a em uma situação desconfortável. Bufou e levantou-se da cama para tomar o seu café da manhã e ir para o ateliê. Porém, estava disposta a surpreender a sua chefa. Arrumou-se de outra maneira. Fez babyliss em seu cabelo todo e uma maquiagem mais pesada. E um vestido apertado que definia seu corpo.
***

— Eu realmente gosto dela, Klaus. — Dizia Damon. — Ela é... Decente, sabe? Diferente das garotas que já conheci, e...

Enquanto Damon desabafava para o amigo, ele ria.

— O que foi agora?

— Você está apaixonado. — Disse Klaus.

— Não. Não mesmo.

Damon dizia aquilo em voz alta, mas sabia que se continuasse aquela história com a morena, o que Klaus lhe disse se tornaria verdade.
***

— Bom dia, Dona Isobel! — Disse Elena animada após entrar na sala de sua chefa. — Gostou?

Isobel levantou o olhar e semicerrou os olhos para a morena a sua frente. Respirou fundo e colocou as mãos em cima da mesa, logo berrou:

— O que você pensa que está fazendo?! — Perguntou. — Eu já não disse pra você que o seu corpo, sua aparência e sua vida pessoal é minha? Não pode fazer isso sem a minha autorização!

Elena estava abismada com a reação de Isobel. Tanto, que ficou quieta e apenas começou a chorar.

— Está demitida! Saia daqui!

Ela saiu daquela sala sem dizer nada, após sair; encontrou um Damon saindo de outra sala. Estava desarrumada, descabelada e chorando. Não foi até ele, saiu daquele prédio as pressas, não queria ficar mais um segundo perto daquela mulher que a tratara tão mal.


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