Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus escrita por cardozo


Capítulo 37
Capítulo 13 - A Aura, Parte I




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A Aura...

 

         Os três chegaram ao salão, confirmando o que Arão dissera, o cristal não estava mais no espelho e este se encontrava  com o vidro quebrado.

-É uma pena. Lamentou Bal.

-Quanto maior o espelho, maior é sua capacidade. Perdemos muito sem esse aqui.

-Ora Bal, temos muitos espelhos.

-Você não entende Arão, com a capacidade deste  espelho,  poderíamos até conseguir nos comunicar com os outros reinos. Com  o que temos em nosso quarto é impossível.

Saíram do salão. O amanhecer do dia se anunciava, caminhavam se escondendo pelos cantos para chegar ao quarto sem serem vistos. Havia uma grande agitação nos pátios, provavelmente a notícia sobre o que ocorrera na noite já era de conhecimento de todos. Uma procissão passava. Viram um grupo de seis pessoas com batinas brancas levando uma maca, três de cada lado. Nela um corpo jazia sob um lençol branco, o cabelo longo do cadáver quase roçava o chão. Logo atrás  uma pequena multidão cantava salmos. Algumas pessoas levavam velas, outras carregavam livros e por fim uma grande maioria somente acompanhava a passeata. Os três  pensaram imediatamente em Etality. Mais  uma  perda no santuário.

Arão estava perdido em seus pensamentos, distante e triste quando Bal o chamou.

 -Arão! Arão! Olhe...

Um grupo isolado estava chegando à procissão, Medar, Amagus e Inimis acompanhavam uma garota enrolada em um grande cobertor branco. Ele se animou, não podia acreditar, era Damira. Não sabia o que tinha acontecido com ela, mas estava contente só de poder vê-la com vida. Logo seu entusiasmo sumiu, Empoly e os outros dois que se reuniram  à noite, caminhavam junto deles fazendo comentários entre si. Arão quis ir ao encontro do grupo, no entanto foi impedido por Bal.

-Onde você pensa que vai?

-Temos que avisar Medar sobre o que está acontecendo. As duas candidatas que restam correm perigo, que existe um plano para...

Ele não conseguiu terminar a frase.

-Mais uma vez a insanidade te invade. Você perdeu a razão.  Repreendeu Bal.

-Sei que suas intenções são as melhores. Mas como  explicaremos que sabemos disso? Vamos dizer: Olha Medar nós saímos mais uma vez sem permissão, mesmo depois de você interceder por nós perante o conselho todo. Descobrimos um plano para organizar uma revolta, vão tomar o poder e ainda querem matar as candidatas... Nós seríamos punidos e eles dificilmente acreditariam na gente. Ele está com Inimis que quer nos ver fora do Santuário... Ou seja, nada conspira a nosso favor ...

-Acho que Bal está certo. Apoiou Dafne.

- Precisamos de provas. Arão ficou em silêncio, sabia que Bal tinha razão.

 -Já sei o que vou fazer. Disse Arão entusiasmado enquanto seus amigos o olhavam sem compreender suas intenções.

-Vou falar com Damira,  avisá-la sobre o que descobrimos. Ela poderá falar com Medar,  não  precisaremos contar nada, a palavra dela deve ter um peso maior que a nossa. Com certeza nela eles acreditarão

-Você deve estar mesmo maluco Arão. Concluiu Bal.  -Como você pretende fazer isso?

-Ela provavelmente irá para seu quarto depois que tudo isso acabar. Eu vou, converso com ela rápido,  voltando a tempo de ir para os treinamentos.

-Mas você nem sabe se ela estará sozinha.

-Bal eu vou dar um jeito, deixe comigo. Vão para o quarto e me esperem para irmos juntos ao treinamento hoje.

-Tudo bem, mas acho que está se arriscando demais.

Dafne concordou com as últimas palavras de Bal.

-Vai ser fácil. Vocês vão ver.

Bal e Dafne ficaram vendo Arão se afastar.

-O que uma mulher não faz com um homem. Comentou Bal para si mesmo.

-O que faremos? Perguntou Dafne.

-Você não ouviu o que ele disse? Vamos para o quarto esperá-lo para ir aos treinamentos.

Arão estava escondido observando todos passarem, ele esperava que aquilo acabasse logo. Queria conversar com Damira, mas não tinha muito tempo precisa voltar antes dos treinamentos começarem. Não conseguia imaginar um jeito de ficar a  sós com ela, todavia esperava que a sorte estivesse ao seu lado.

A procissão parou, Medar tomou a atenção de todos e foi à frente. Começou a falar sobre como era difícil  perder mais uma candidata à deusa. Ao mesmo tempo tentava animar as pessoas a lutarem juntas para vencerem esta batalha que estava se iniciando. No final ele dizia:

"Nós superaremos o mal e conseguiremos sair vitoriosos".

As palavras saíam com energia era incrível como mesmo na situação que se encontravam, ele conseguia contagiar todos os presentes. Os rostos  não pareciam mais aqueles assustados e inseguros que cantavam salmos no começo da procissão. Pelo contrário à multidão gritava ovacionando Medar.

O próximo que começara a discursar foi Empoly, falando sobre as mortes e como  elas foram misteriosas. Seu discurso se concentrou mais em encontrar e punir os culpados. Ele não causou tanto alvoroço como Medar, mas conseguiu levantar as vozes da pequena multidão. Arão sentia raiva ao ouvir cada palavra dele.

Damira parecia atônita. O garoto  não via um modo de se aproximar sem chamar a atenção, foi então que notou que muitas pessoas usavam batinas  com capuzes que encobriam seus rostos.

"Como poderia arrumar uma  destas? ". Ele pensava, mas não conseguia imaginar como até...

''Espere estou no firmamento certo? As pessoas gostam de ajudar uma as outras''.

Aproximou-se de um homem que passava.

-Meu senhor onde consigo uma dessas.  Apontou para as vestimentas.

O homem sorriu e chamou uma mulher que tinha um saco as mãos. Ele cochichou alguma coisa com ela. A mulher tirou de dentro de um saco uma roupa idêntica  a deles e   entregou ao garoto. Ele agradeceu. A mulher deu-lhe um sorriso caloroso que animou-lhe todo. Vestiu a batina, colocou o capuz de modo que ele cobrisse todo seu rosto.

Caminhou em direção ao final da multidão, passava pelas pessoas com cuidado, aproximou-se cautelosamente até chegar onde Damira se encontrava. Inimis estava ao seu lado.

Amagus tomou a palavra,  falava ao público com muito entusiasmo tomando a atenção de todos. Arão aproveitou o momento, abaixou a cabeça com o capuz e parou ao lado de Damira. Ele esbarrou levemente no corpo da garota, ela olhou desinteressada e logo se virou para frente. Ele tocou-a mais uma vez, sem dizer uma palavra sequer a garota dirigiu-lhe um olhar  severo.

"Como conseguirei falar alguma coisa com Inimis parecendo um cão de guarda ao lado".

Foi mais ousado,  pegou a mão dela. Ela olhou-o espantada, Inimis percebeu colocou-se a frente do jovem que não ousou levantar a cabeça.

-Deseja alguma coisa?  Sua voz era áspera e  denotava uma  certa irritação.

Arão ficou sem saber o que fazer, tinha que pensar em algo rápido. Pegou a mão de Inimis virada com a palma para cima e com sua outra mão começou a fazer gestos como os dedos.

-Não quero que você leia minha mão, não acredito nessas coisas.

O Homem zangou-se, puxou a mão rapidamente  voltando-se para o lado de Damira.

– Esse tipo de pessoa sempre me irrita.

Arão pegou na mão da jovem novamente, podia sentir a suavidade dela, Damira ficou sem jeito, mas não impediu que ele continuasse.

-Dispense logo esse sujeito. Disse Inimis com desprezo. Concentrou-se novamente nas palavras de Amagus.

O garoto fazia gestos passando sua mão sobre a dela, levantou um pouco o rosto.  Damira reconheceu o rosto levando um pequeno susto. Inimis não tinha notado o desconcerto da jovem.   Ele continuava concentrado nas palavras de Amagus. Ela recolheu  sua mão.

-Obrigada, já chega por hoje.

Voltou-se para Inimis.

-Acho que vou retirar-me para o meu quarto, preciso descansar um pouco e tenho que me  vestir.

Damira falava alto para que o ser encapuzado pudesse ouvir.  Ele baixou a cabeça em sinal de agradecimento, foi-se embora.

Inimis olhou-a preocupado.

-Fique tranqüilo. Disse Damira. -Não vai me acontecer nada, afinal já amanheceu. E tem guardas em todos os cantos.

Ele fez uma cara de quem não estava nada satisfeito com a vontade da candidata, mas sabia que ela precisava descansar um pouco e suas roupas por baixo do manto estavam toda rasgada.

-Espere um pouco.  A garota parou. -Não demore muito, logo estará começando seu treinamento. A propósito o que aquele ser disse sobre sua sorte?

-Não entendi direito o que ele resmungava, mas foi alguma coisa sobre ver meu anjo da guarda hoje.

-Charlatão... Pior que ainda existem pessoas que acreditam nisso. Murmurou Inimis para si mesmo.

Damira partiu, estava quase saindo da multidão quando duas mãos a seguram de modo brusco.

-Onde você  pensa que vai?

Ela olhou para Empoly, nem reparou que ele tinha saído da frente da multidão e tinha vindo atrás dela.

-Vou me trocar! Disse se livrando das mãos dele.

-Vai sozinha?

-Não há perigo agora.

-Sempre há perigo. Quer que eu a acompanhe?   Ofereceu-se ele.

-Não obrigado. Irei sozinha.

-Quem era aquele que estava com você e Inimis? O que ele queria?

-Nada! Apenas queria ler minhas mãos.

Virou-se,  foi embora sem olhar para trás. Empoly  observava-a de modo desconfiado. Caminhou até Inimis se encontrava.

 

         A garota andava rápido pelos corredores do Santuário, estava ansiosa para chegar a seu quarto. Depois de tudo pelo que passara nesses dias, seria bom ter um momento de paz. Dobrou o corredor onde ficava seus aposentos, um garoto a esperava. Apressou mais os passos, o garoto estava encostado na porta, olhos fechados, exibia um largo e confiante sorriso.

Damira parou insegura,  seu rosto mostrava traços de incerteza e espanto.

-Olá, Damira!  Parece surpresa em me ver?

-Teles!  Exclamou ela.

-O que você está fazendo aqui? O treinamento dos candidatos começa daqui a pouco. Se não se apressar ira chegar tarde às atividades de hoje.

-Não vou me atrasar. Eu só vim lhe fazer um convite.

O garoto tomou-lhe uma das mãos.

–Aliás, eu e seu irmão chegamos a um consenso.

-Qual?

-Que você deveria ir ao baile comigo.

"O baile! Com tantas coisas acontecendo, tinha até me esquecido dele".

 A garota parecia em dúvida.

-Eles vão fazer o baile? Mesmo com tudo o que está acontecendo? Não temos motivos para comemorar!

-Eu sei! Mas eles mantiveram a decisão de ter o baile.

-Teles não posso ir com você.

-Por quê?

O jovem parecia desapontado e espantado ao mesmo tempo, não esperava uma recusa, estava acostumado a sempre conseguir o que queria.

Damira parou para pensar por um momento,  nem ela sabia por que não poderia ir na companhia de Teles. O jovem se recompôs.

-Se você não for comigo ficará isolada. Ninguém se atreverá a chegar perto de você.

-Eu... Eu não posso.

Ele a olhou de modo ameaçador.

-Essa é sua palavra final.

-Sim é!  Ficou brava com o tom das últimas palavras dele. Devolveu-lhe um olhar desafiador.

Ele virou-se para ir embora, mas antes  sorriu sem olhar-lhe nos olhos dela.

-Você será minha e sabe disso!

Ela ficou muda, sem reação contra as palavras dele.

"Eu não posso ser sua..." Ficou pensativa. "A menos que...".

            Entrou em seus aposentos, fechando a porta atrás de si. Ele estava todo arrumado, a bagunça da noite passada  não existia mais. O cômodo estava vazio, percorreu-o todo com o olhar. Verificou embaixo da cama, foi até a janela e viu o rio correndo mansamente. Ninguém a vista. Algo a empertigava, alguma coisa estava diferente, mas não sabia dizer o quê. Sentou-se na cama um pouco desanimada, arqueou  o corpo. Teles tinha sido duro com ela e o pior era que ele sempre conseguia o que desejava. Não era a toa que todos o consideravam o melhor entre os candidatos a guardião. Talvez no fundo ela soubesse e temesse o que ele queria dizer. No final não teria como escapar de seu destino, acabaria sendo dele.

Damira sentiu um leve estremecimento.  Algo se mexeu as suas costas, retesou o corpo, mas não foi rápida o suficiente  para levantar-se. O lençol da cama ergueu-se,   dois braços saíram dele puxaram-na para o colchão. Ela tentou gritar, mas uma mão tapou-lhe a boca. Tinha medo de abrir os olhos. Tomou coragem, aos poucos a imagem de Arão foi surgindo diante de seus olhos. Ele pedia para ela não gritar, tirou a mão que pressionava a boca da garota,  saindo de cima dela.

-É assim que você diz ''oi'' as pessoas?

-Não! Foi enfático, depois ficou meio sem jeito continuou. - Eu estava esperando por você, mas ouvi um barulho alguém vinha no corredor, não sabia o que fazer, a porta estava aberta, acabei entrando no quarto. Procurei um lugar para me esconder, quando passei por cima de sua cama o colchão simplesmente afundou, então tive a idéia...

Ele viu que os olhos dela começavam a lacrimejar.

-Colchão estranho o de vocês...

Não terminou a frase e Damira o abraçou chorando. Ele sentia o corpo dela tremer todo, abraçou-a ternamente.

-Eu estou com medo. Não gosto de pensar no que está acontecendo. Etality se foi... Fecho os olhos à noite e rezo para conseguir abri-los no outro dia.

A garota soluçava muito, Arão imprimiu um pouco mais de força a seus braços, comprimindo-a mais  contra ele. Sentia o corpo quente dela junto ao seu. Sua cabeça estava encostada em seu  ombro, ele ouvia a respiração dela bem próxima a seu ouvido.

-Ainda mais com este baile, onde temos que mostrar que estamos felizes quando realmente não estamos.  Teles...

Ela voltou a chorar.

-Meu futuro aqui é incerto, mas eu não posso fugir...

Arão  tentava entender o significado daquelas palavras,  mas precisava dar o recado  sobre o que ouvira no espelho. A sensação de tê-la em seus braços era muito agradável, acolhê-la toda para si. Empurrou-a um pouco, mesmo com ela resistindo em afastar-se dele.

-Damira eu preciso dizer-lhe uma coisa.

 -O quê? Disse ela olhando com os olhos cheio de lágrimas, frágil e meiga.

De repente  esqueceu-se o que tinha a dizer. Apenas queria olhá-la, aproximar seu rosto mais do dela, chegar mais próximo  e... Batidas violentas vieram da porta.

-Damira! A voz soou novamente.  -Damira!

Ela empurrou Arão para trás, limpando as lágrimas.

 -É meu irmão.

Ela estremeceu por dentro.

-Você precisar ir, o colchão não o esconderá uma segunda vez.

-Mas eu preciso avisá-la sobre...

Ela não deixou terminar a frase.

-Você  tem que ir agora.  Por favor, senão ambos iremos sofrer punições.

-Mas por onde vou fugir, eles estão na porta que é a única saída.

-A janela!  Disse ela.

Ele foi até ela, o rio corria embaixo dela.

-É muito alto, vou me quebrar todo.

-Não vai não. Disse ela o empurrando contra a janela.

-Como você sabe disso?

-Por que eu já pulei dela.

-Você o quê?  Arão parecia espantado com o que ela havia dito.  -Quem foi o maluco que lhe pôs isso na cabeça?

-Você! Afirmou ela. -Ontem à noite você me disse para pular pela janela, foi o que eu fiz. Como você acha que eu escapei?

Ele a olhava com mais espanto ainda, porém de um modo mais divertido.

-Depois Amagus me encontrou caída às margens do rio. Apesar de que tenho que te confessar uma coisa, no escuro a distância não parecia ser tão alta assim.

Ela o empurrou  observando o corpo do garoto cair nas águas.

-Damira! Abra a porta!

-Estou indo.

A garota abriu a porta. Odrin e Teles entraram.

-Por que você trancou a porta? Perguntou Odrin.

-Não sei, eu nem percebi que tinha trancado, foi um descuido meu.  Deu um sorriso meio sem graça.

-Eu vim saber por que você não aceitou o convite de Teles?

Enquanto Odrin fez a pergunta enquanto Teles a observava  com olhar triunfante.

-Talvez sua irmã já tenha planos para ir com outra pessoa.

-Não! Claro que não.

Tentou explicar, mas ela estava confusa.

-Então está decidido, você irá com Teles. Afirmou Odrin.

-Eu não posso. Insistiu ela.

-Posso saber o que a impede?

A voz veio da entrada da porta  onde um homem acabara de entrar. Damira virou-se, estremeceu com olhar do recém-chegado, Teles abaixou a cabeça e o cumprimentou.

-Senhor Hartch!

-Pai!

Acenou Odrin para o homem que trazia uma estola nas mãos. ele questionou novamente.

-Posso saber por que você não quer ir ao baile com Teles?

A garota ficou muda, sem reação. Seu pai parou ao lado dela, passou-lhe um braço sobre o pescoço.

-Claro que ela irá com você.

Confirmou ele. Como Damira não fez qualquer objeção  ele prosseguiu.

-É melhor irem para os treinamentos ou chegarão atrasados.

Os dois partiram, antes de sair do quarto porém Teles  sorriu-lhe, afinal ele sempre conseguia o que queria.

 O pai de Damira a olhou de modo inquisidor.

-Como você ousa recusar um convite de Teles?

-É que eu...

Não conseguiu terminar a frase. Hartch a pegou pelo braço.

-Jamais ouse fazer isso novamente.

-Mas eu não gosto dele.

Ele se dirigiu à porta, foi fechando-a devagar enquanto dizia.

-Já vi que vou ter que ensiná-la da pior maneira...

Arão ficou um tempo escondido atrás de uma árvore ao sair do rio. Queria ver se o local estava vazio. Saiu devagar,  com cuidado de trás de seu esconderijo. Dois dominações vinham em sua direção, ele foi rápido e pulou atrás de algumas moitas no jardim. Os cavaleiros passaram por ele, o jovem suspirou aliviado. Levantou-se para ir a seu quarto encontrar com Bal. Tinham  que seguir para os treinamentos daquele dia, não podia se atrasar. Sentiu uma batida na cabeça acompanhada de um baque seco. Tudo se apagou.


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