POV Melody
Acordo com o som estridente do despertardor, eu mereço, primeiro dia de aula! Levanto/me arrasto da cama, indo em direção ao banheiro.

Resolvo tomar um banho rápido, logo em seguida colocando uma roupa.

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Prendo meu cabelo em rabo de cavalo alto, pego minha mochila e saio do quarto. Descendo as escadas pude ouvir minha mãe conversando no telefone:

— Ahh claro, eu adoraria tomar café em seu programa, daqui a 10 minutos estou ai. — Dizia, antes de sair pra fora, sem ao menos notar minha presença.

Sim, essa é a minha realidade. Sou praticamente invisível pra ela.

Ignoro esses pensamentos, e vou em direção a mesa de jantar, que estava farta por sinal. Tony sempre capricha nos cafés da manhã.

Como tudo como uma leoa, sem fazer frescura, depois, me despeço de Tony e saio. Pra ir pra escola, eu geralmente uso o carro reserva, já que ninguém o usa. Praticamente é meu, mas como minha mãe não liga pra mim, ainda não decretou oficialmente.

Não demoro, e já chego no colégio. Estava uma bagunça, era alunos novos chegando, amigos se reencontrando, pessoas se conhecendo.... vocês sabem do que eu estou falando. Mas, meu olhar foi somente pro meu namorado, Mike Collins, o capitão do time de basquete, e MEU namorado. É.. eu sou possessiva.

Vou até ele, mordendo os lábios de forma sensual, e ele me encontra no caminho, me puxando assim, pra um beijo. Estava tudo muito bom, quando ouvimos um pigarro atrás da gente. Nos separamos, e descobrimos que se tratava da diretora Marley, ela estava com uma das suas típicas caras de bosta, ou seja, sinal que estamos ferrados.

— O que eu disse sobre ficarem se agarrando na escola? — Ela pergunta, séria, a essa altura Mike já estava cagando de medo.

— Bom, a gente não estava se agarrando, era só um beijo. Mas acho que como você não tem costume dessas coisas, não sabe diferenciar. Segundo, não estamos na escola, estamos no pátio, e não estamos em horário de aula. Terceiro, você deveria cuidar da vida da sua filha, que ela está realmente se agarrando. — Falo, olhando diretamente pra Rachel e Percy, que estavam quase tirando as roupas, vejo que a diretora vira um tomate. Deu certo, já que ela foi correndo em direção a eles, esquecendo-se de nós.

— Você é uma genia! — Mike diz, antes de me puxa pra mais um beijo.

Aos poucos os alunos iam chegando, assim como Clhoe. Depois o sinal tocou, e formos todos pra nossa primeira aula do ano. Geometria.

POV Liza

Meu primeiro dia de aula até que estava sendo “normal”, geralmente os meus primeiros dias de aulas são um horror, do tipo de eu cair na frente de todos, pagar um mico com o Peter, ser humilhada pela Jennifer, e é claro, do professor tentar me fazer de nerd na frente de todos.

Até agora, eu só cai na frente de todos, mas já estou acostumada com isso, sou muito desastrada.

Agora estávamos tendo aula de História, Lori estava dormindo do meu lado, assim como metade da sala. Eu estava tendo ao máximo não fechar os olhos, mas estava sendo difícil. O professor é o meu tio, Geoger, ele é casado com minha tia Melissa, então, o considero meu tio.

Por isso, estava tentando ficar acordada, porque sei que ele é um cara legal. Graças a deus, o sinal tocou, informando que estava na hora do almoço. Praticamente a sala toda correu pra fora, já eu fui que nem uma lesma.

— Vamos Liz, tenho que conseguir sentar perto do Tyler! — Me apressa Lori, roendo as unhas.

— Pra que? Ele vai se sentar com a Clare, você só vai ficar lá morrendo de ciumes. — Digo, pegando minhas coisas e saindo da sala, junto com Lori.

— Olha quem fala, você faz o mesmo com o Peter. — Provoca, me fazendo corar.

— É diferente, o Peter não namora a Jennifer, eles... só são amigos. — Me defendo, logo indo em direção a fila.

— Amigos coloridos né? Mas enfim, não vou discutir com você. — Ela fala, logo em seguida enchendo a bandeja com tudo que tinha direito, Lori sempre foi assim, come, come, e nunca engorda. Na minha, só tinha uma fruta e um suco.

Depois que pegamos nosso lanche, formos nos sentar em uma das mesas. Sentamos perto da mesa dos populares, onde ficavam Jennifer, Peter, Clare, e Tyler. Peter estava estremamente lindo...

— Quem está babando por quem agora? Eu pelo menos não fico secando o Tyler.... — Provoca Lori, e em resposta lhe taco suco na cara.

* * *

Guerra de comida! Isso que um simples suco causou no refeitório todo! Estava uma tremenda bagunça, era comida pra tudo que é lado, todo mundo sujo, uma gritaria danada!

Lori estava até se divertindo, já que ela entrou na brincadeira também, mas como tudo que é bom acaba, o diretor Garret apareceu no meio do pátio, com um megafone, gritando pra até marte ouvir.

— EU QUERO SABER, QUEM COMEÇOU ISSO TUDO? — Grita, e todos os dedos do refeitório, se viraram pra mim. Eu. Me. Ferrei.

— Fui eu, me desculpe senhor diretor. — Respondo engolindo seco. Ele não fala nada, só pega meu braço e me arrasta pra diretoria.

— Estou muito decepcionado com você! Eu achei que você fosse diferente dos outros, que realmente fosse responsável, irei ligar para seus pais. Você ganhará uma advertência, e terá que ser assinada por eles. — Fala logo assim que entramos na direção, ele não estava nada calmo.

— Tudo bem, eu mereço. — Falo e noto um pouco de surpresa em seu rosto. Mas continua falando:

— E terá que limpar o refeitório todo, por isso, vai perder as próximas aulas.

* * *

Eu estava morta! Tive que limpar tudo, e depois que todos já tinham ido embora, eu ainda estava lá. Infelizmente quem veio a escola foi Mary, que encheu minha cabeça, e com certeza estava pulando de alegria por dentro. Agora já devia ser umas 14:00, e eu estava finalmente indo embora.

Melody me ligou, contei a ela sobre o ocorrido e ela simplesmente riu da minha cara, marcamos de nos encontrar na clínica as 15:00, ou seja, 1 hora pra almoçar, dar uma mini descansada, e sair. Depois ainda terei que ouvir o meu pai falando na minha cabeça, mas com certeza não vai ser pior que Mary.

Chego em casa de fininho, GRAÇAS A DEUS, meu pai deve ta na empresa. Mary deve ta torrando o nosso dinheiro, e com Mandy não preciso me preocupar.

Subo as escadas, e vou direto tomar um banho. Estava mais suja que uma não sei o que, depois, coloco uma roupa ajeitadinha, já pronta pra sair.

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Depois, saio do quarto e vou até a cozinha.

— Oi, imaginei que iria comer tarde hoje, depois daquela confusão na escola. — Fala Mandy, colocando um prato de lasanha na bancada da cozinha.

— Sim, fiquei lá até agora, eu não acredito que sujei meu histórico. — Respondo me sentando no banquinho e começando a devorar a lasanha.

— Calma, foi a primeira e última vez, pode apostar. Você ainda continua sendo querida por todos. — Ela fala me tranquilizando.

— Menos pelo diretor Garret. — Brinco a fazendo ri.

— Ninguém é querido por ele. — Fala, entrando na brincadeira.

Meu almoço foi assim, entre gargalhadas e brincadeiras com Mandy. Depois, quando deu a hora, peguei meu carro e voei dali.

POV Melody

Já estava na porta da clínica esperando a patricinha, quer apostar que ela deve está se arrumando? Meu deus... ta pior que Clhoe.

Foi só pensar no diabo que ele aparece, novamente naquele carro amarelo. Ela sai e logo vem a meu encontro.

— Olá, cópia, que agora é uma rebelde destruidora de refeitórios. — Falo ironicamente a irritando, é... aos poucos vou me afeiçoando a ela.

— Olá, xerox mal feito. Por que não cuida da sua vida? — Responde entrando na brincadeira, e depois de alguns segundo caímos na gargalhada.

Depois de muito ri, entramos no laboratório. Era imenso, se eu não tivesse com ela, teria me perdido.

Pedimos informações, e conseguimos chegar na área de teste de DNA, ela já tinha reservado um horário pra gente, então foi só esperar sermos chamadas. O que não demorou muito.

Eu fiquei em uma sala, e ela em outra. Eu tenho horror a agulhas, mas tive que superar este medo. 5 minutos depois, a enfermeira me liberou e eu encontro Liza lá fora, que estava acompanhada pelo médico.

— Vocês terão que esperar 2 horas, e aí saíra o resultado. O teste é espontâneo, mas nem tanto assim. — Brinca o médico, nos fazendo ri.

— Ok, vamos aguardar. — Responde Liza, coma quela tranquilidade dela.

Nos sentamos em um sofá, e se instalou um silêncio constrangedor. Até que eu o quebro:

— O que você vai fazer? — Pergunto, a fazendo se virar pra mim.

— Como? — Pergunta confusa, me fazendo perguntar de novo:

— O que você vai fazer, se descobrirmos que somos irmãs?

— Eu não sei, acho que... te abraçaria. — Responde, e novamente o silêncio se instala entre nós.

* * *

Essas foram com certeza as piores 2 horas da minha vinda, pra mim não foi 2 horas, foi 2 anos. Mas pra quem esperou 17 anos, 2 horas não é nada.

Liza segurava o papel tremendo, e eu não sabia se pegava dela, ou se tremia também. Até que por impulso, pego de sua mão e o abro.

Minha boca se abriu em um perfeito O, e provavelmente a boca de Liza estava igual, eu não acreditava. Eu não acreditava que em todo momento nossas teorias estavam certas.

Eu não acreditava que se não fosse pelo destino eu nunca saberia a verdade. E me pegando de surpresa, Liza me puxa pra um abraço, sussurrando em meu ouvido:

— Irmã!