Vidas Trocadas escrita por Ana


Capítulo 12
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas! Confesso, que não estava animada pra fazer o capítulo, mas só foi lembrar dos seus comentários lindos, que me deu forças pra escrever kkk.
Espero que gostem, esse capítulo ta um pouco dramático, Melody está em um conflito e Liza está toda meiga



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POV Melody

Estou tomando coragem pra bater na porta da casa de Peter, mas não consigo. Vou explicar na borrada que me meti: O professor lindo, maravilhoso, só que não, de matemática passou um trabalho em dupla. E qual não foi a pessoa que saiu pra mim? Peter! Palmas!

Nem comentei com Liz, porque sabia que ela ia pirar. Mas qual é, ela ta lá se esfregando no MEU namorado, e eu não posso nem fazer um trabalho com a PAIXÃO PLATÔNICA dela? Enfim, respiro fundo e bato na campainha.

Logo, a porta é aberta por Peter. Parecia que tinha acabado de sair do banho, pois estava apenas com uma bermuda. E seu peito nu, estava úmido. Seus cabelos estavam molhados, e eles estava com uma toalha na mão.

Jesus apaga a luz...

— Ér... Eu posso esperar aqui. — Sugiro meio corada. O QUE TA ACONTECENDO COMIGO? Eu nunca coro, mas, pelo menos a Liz coraria.

— Não... Pode entrar. Vou só terminar de me secar, e já volto. — Fala abrindo espaço pra mim entrar. Entro passando espremida e fazendo de tudo pra não tocar naquele peitoral definido.

Ele sobe as escadas, e eu fico sentada no sofá da sala de estar. Não demora muito, e ele volta. Agora com os cabelos mais secos, e com uma camiseta.

— Ótimo, você prefere fazer no quarto ou na biblioteca? — Pergunta casualmente, mas não deixo de pensar besteira. Gente... Eu tenho a mente poluída, e não sou inocente como Liza.

— Pode ser no quarto, não fico á vontade em bibliotecas. — Respondo, sorrindo docemente. E não deixa de ser verdade, odeio bibliotecas. Talvez, Liz goste, mas é pouco provável que ele saiba.

— Ok, pode ir subindo, você sabe o caminho. Vou fazer as pipocas, pra não ficar clima de tédio. — Ele já se encontrava na pequena cozinha, preparando a pipoca de micro-ondas.

Subo as escadas, e me arrisco a ir abrindo as portas até dar de cara com seu quarto. Afinal, eu não lembro de cor o caminho. Por engano, acabado abrindo a porta errada e dou de cara com um quarto infantil. Era todo rosa, com certeza de uma garota pequena. Ai que me toco, que é o quarto da irmã de Peter. Ai como eu sou lesada!

— Era pra ela ter voltado pra casa ontem. Mas, o estado dela piorou depois da cirurgia. Meus pais estão lá, desde ontem. — Peter chega atrás de mim, me surpreendendo.

— Eu... Sinto muito. Desculpe ter entrado, eu me confundi. — Falo, me virando e ficando próxima a ele. Nossos rostos estavam a centímetros de distância, e fui tomada por uma vontade enorme de beija-lo. E não me pergunte o por que.

— Tudo bem... Vamos? Temos que começar o trabalho. — Diz, fechando a porta do quarto, assim que saímos. Deve ser difícil encarar aquele quarto, e saber que a dona dele talvez nunca volte.

* * *

Agora não reclamo mais por ter tirado dupla com Peter, pois com certeza não saberia fazer esse trabalho sozinha. Terminamos tudo em menos de 2 horas, e ainda deu pra ver 1 filme. Peter estava bem mais relaxado, e pude notar isso em mim também. Afinal, não me sentia 100% confortável perto dele, eu tenho namorado e mesmo que não seja o amor da minha vida, eu gosto dele e não conseguira vê-lo sofrer.

Entretanto, agora entendo porque Liz está apaixonada por Peter. Ele é o garoto perfeito, que tem sua pegada bad boy, sem deixar de ser inteligente, carinhoso e atencioso. E talvez ele realmente goste de Liz, a maneira que o peguei me olhando as vezes, com certeza não é de um simples colega. Só tenho que tomar cuidado, pra EU não acabar me apaixonando.

Volto pra casa com esses pensamentos, quando chego, noto que a casa está vazia. Tomo um susto quando Mandy aparece.

— Desculpe se te assustei! Só vim te informar que seu pai e dona Mary foram jantar fora, eles foram comemorar o sucesso que a empresa de seu pai, está fazendo. Não fique chateada, seu pai queria que você fosse mas Mary insistiu em eles irem sozinhos. — Fala notando a minha cara de decepcionada. Até quando eu troco de vida, sempre sou deixada de lado. E isso não é drama.

— Tudo bem, eu vou... Dormir, estou cansada. Boa noite Mandy. — Vou em direção ao quarto, sem esperar a resposta.

Tomo um banho rápido e relaxante, e coloco um pijama. Misericórdia, até os pijamas é cheio de frescuras. Coloco qualquer um, e me deito na cama.

Não conseguindo dormir, pego o celular e disco o número de Mike, indecisa se devo ou não ligar. Estou com o telefone de Liza, ele não saberia que sou eu, mas ouviria minha voz. Quero tanto ouvir sua voz...

No impulso, clico em ligar, e o telefone toca. Imagino a música Demons tocando, já que é seu toque. No quarto toque, ele atende.

— Alô? — Ouço sua voz sexy e rouca, e me derreto toda. Eu sei, estou parecendo aquelas menininhas apaixonadas, mas e se eu for? Qual o problema? E se eu realmente gostar dele, ao ponto de ir contra todos os meus princípios, e me render a todo esse fru fru? Mas, sempre tem o se, e se ele não gostar de mim? E se ele estiver comigo apenas por diversão? O que é bem a cara dele. O nosso relacionamento, sempre foi mais como Amizade Colorida, do que um Namoro. A gente sempre se ajudou, somo como melhores amigos, mas com sexo, ou seja, Amizade Colorida. Ás vezes me pergunto, se realmente é certo o chamar de namorado.

A essa altura ele já tinha desligado, e eu apenas ouvia o silêncio da noite. Sem perceber, caio no sono.

POV Liza

Acabou que não terminamos o trabalho, depois de muito beijo e quase uma transa, eu consegui me livrar de Mike. Não que eu não estivesse gostando, mas... Eu não quero perder minha virgindade. Não agora.

Já estava de noite, e mamãe disse que teria que sair para uma festa. Cada vez mais eu me surpreendo com a facilidade que ela tem de ignorar as pessoas.

Mel disse, e eu não acreditei. Mas agora eu acredito, a nossa mãe é a pior mãe de todas. Eu sempre tive Megan Moore como uma referência, eu sonhava que ela pudesse um dia ser minha mãe. Lia as revistas, e ficava cada vez mais admirada pela mulher maravilhosa que ela era. Foi só conhece-la, que tudo mudou.

Eu não consigo ver ela com meu pai. Ela é uma cópia menos pior da Mary. É difícil imaginar ela apaixonada, principalmente se for pelo meu pai. Ai que eu penso, que pode ter sido um rolo de uma noite. Mas não, papai nunca ficaria com uma mulher só uma noite. Só por diversão. Ele só se envolve com alguém, que o tenha conquistado, e que ele estivesse totalmente apaixonado. O que não é o caso de Mary, mas abafa o caso...

Agora, estou aqui passando os canais da televisão, sem nem ao menos ver o que está passando. E comendo um dos deliciosos donuts de Tony. Ele realmente sabe fazer doces. Mel disse que ele já teve uma confeitaria, e que fazia sucesso. Mas ai nossa mãe precisou dele, e como ele era melhor amigo dela, aceitou a ajudar. Eu realmente acho que ela não merecia, mas dar pra ver que mesmo ela o desprezando na maioria das vezes, eles tem uma relação muito forte. Como se sempre se ajudaram nos momentos mais difíceis. E isso é o que faz, eu pensar que talvez, lá no fundo, ela tenha um coração. E isso a faz ser melhor que Mary.

* * *

Acordo com a porta sendo aberta. Meu deus... Eu dormir. Olho pela janela, e ainda é noite. Mamãe aparece, se jogando no sofá. Ela parece está morta, deve ter bebido todas. Olho o relógio da sala, e são exatamente 1:30.

— Mãe? A senhora está bem? — Pergunto meio receosa, mas me preocupo quando vejo que ela está chorando.

— Garota, eu já disse pra não me chamar de senhora. E não, eu não estou bem. — Responde com seu humor natural.

Vou até ela e me sento ao seu lado, ajeitando o seu cabelo que estava um caos.

— O que aconteceu? Pode se abrir comigo, eu sou sua filha. — Pergunto carinhosamente, não sei se Mel faria isso, com certeza não. Ela aproveitaria o momento pra zoar nossa mãe, e seria como uma vingança pra ela. Mas não posso fazer isso, é a oportunidade que eu tenho de criar um laço com ela. E do jeito que ela não presta atenção na Melody, nem deve saber o que ela faz ou não.

— O que aconteceu? Simples, o amor é uma droga. Eu estava me divertindo, eu realmente estava feliz. Mas sempre, aquele idiota tem que atrapalhar. Sabe onde ele estava? Jantando, feliz da vida com a esposa maravilhosa dele. Comemorando o sucesso da sua empresa maldita. E o pior: Ele me viu, e me ignorou. Ele olhou no fundo dos meus olhos, e teve a coragem de desviar o olhar e beijar aquela desgraçada. — Responde chorando, e a ficha cai. Com certeza é o meu pai, eu vi em uma revista a reportagem que falava do sucesso da empresa, e até fiquei feliz por ele. Meu deus, eu não acredito que ele foi jantar com a Mary e não me levou, quer dizer, não levou a Mel.

Mas o pior: A mamãe ainda gosta dele. Melody precisa saber disso. Mas antes, vou ser uma boa filha.

A puxo pra um abraço, logo em seguida colocando sua cabeça em meu colo. Vou fazendo cafuné em seus cabelos loiros, até ela pegar no sono. A deixo lá, e subo pra meu quarto. Com muito esforço, consigo dormir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Eu queria mostrar o lado frágil tanto da Mel, tanto da Megan, elas são até que parecidas kkkk. Eu só não queria que vocês achassem que a Megan é um bruxa, porque não, ela não é. Ainda vai ter muito rolo. E agora, a Mel está em um total conflito, que até fico com pena, mas, veremos ao decorrer da história.
Beijos, e até o próximo!!!