Matt Knight: A Volta do Esquecido escrita por Matheus Rabelo


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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A luz e os movimentos bruscos, faziam Matt se acordar aos poucos. Relutantemente, seus olhos dourados estavam abertos e tentando entender aonde estava. Um carro. Um gemido escapou de sua boca e o motorista do carro deu um leve sobressalto, então, ainda olhando em frente, disse:
– Boa tarde, Matt.
Era sua mãe. Isso de certa forma, o acalmou. Estava no assento ao lado do motorista e então, sua cabeça foi regulando e por fim, teve consciência de tudo.
– Mãe...- ainda era difícil falar, mas ele conseguia- o que aconteceu?
– Você desmaiou na escola, ontem, se lembra disso?
"Ontem? Eu estava desacordado desde ontem?", pensou Matt.
– Me lembro e me lembro também que estava com uma dor de cabeça horrível e antes de demaiar- ele hesitou, se contasse isso a sua mãe, provavelmente pareceria um louco, mas decidiu contar- ouvi vozes na minha cabeça.
Carolyn apertou o volante tensamente.
– Como assim vozes, Matt?
– Não sei, é como se eu pudesse ouvir pessoas falando mas sem mexer a boca ou produzir som algum.- ele ficou um pouco tonto.
– Tome isso, vai ficar melhor.- Carolyn entregou um líquido num frasco para Matt.
Matt pegou e tirou a tampa. Instantaneamente um cheiro bom saiu do frasco e envolveu Matt. Ele sem demorar, bebeu o frasco e um gosto maravilhoso explodiu em sua boca, depois que acabou o líquido, Matt se sentiu bem, muito bem, como se nunca tivesse desmaiado.
– O que é isso?- ele não pode conter o entusiasmo na voz.
– Um remédio, ora essa.- Carolyn sorriu de lado.
– Que remédio é esse?- indagou Matt.
– Bem, vou te explicar isso, daqui a pouco, quando chegarmos.
Foi então que Matt olhou ao redor e percebeu que estava em um lugar que nunca havia estado antes.
– Que lugar é esse?
– Aqui é uma cidade e se chama Misty.
– Nunca ouvi falar, em que estado que fica?
Sua mãe respirou fundo, tensa.
– Quando chegarmos em casa, explicarei tudo.
– Que casa?
– Em casa explicarei sobre a nossa casa que você não sabe que temos.
Matt assentiu. Enquanto andavam pela cidade, uma coisa que não poderia ser ignorada era a vegetação. Em todo lugar tinha alguma árvore ou plantas, mas o estranho era que as plantas tinham uma cor vibrante e viva, coisa que não se via nas cidade normais. As casas eram coloridas e acolhedoras, com cores nada casuais, mas nada que dasse a impressão de que algo estivesse deslocado. Parecia que a cidade era feita no meio de uma floresta, mas não do jeito sombrio e perigoso, mas do jeito de contos de fadas onde tudo era mágico e bom. Carolyn entrou numa estrada onde não se via muitas coisas, além de árvores e depois de alguns minutos, não muito longe da cidade, via- se duas casas, ou melhor, duas mansões. A da direita era uma mansão branca e de três andares e a da esquerda, era uma mansão com a mesma tonalidade, mas diferente em sua construção e aspecto.
Carolyn se dirigiu a casa da direita, estacionou e abriu o portão de metal com um grande "K" na frente, em seguida colocou o carro para dentro. Tinha um grande jardim antes da porta da frente, que era simplesmente lindo, com árvores com cores harmoniosas e frutos. Depois de subir poucos degraus largos, chegaram a porta dupla da frente. A mansão parecia um internato mas de um jeito mais caseiro e bom. Quando Carolyn abriu as portas duplas, Matt não conteve sua boca de despencar. A mansão era deslunbrante e luxuosa. A sala de visitas era enorme e ocupava uma grande parte do primeiro andar, as paredes tinham a cor branca, em alguns lugares tinha carpete vermelho e alguns rodapés eram dourados.
Carolyn e Matt começaram um pequeno tour pela mansão, e no primeiro andar estavam somente a sala de visitas, a cozinha, alguns banheiros e a sala para assistir televisão. No segundo andar, era uma ala de lazer, com uma sala "mini- cinema", outra para jogos de todos os estilos e uma livraria. Tinha uma varanda que dava para ver os fundos da casa, em que se encontrava uma piscina e um parque infantil.
No terceiro andar tinha vários quartos, com quatro camas, e várias coisas tecnológicas, desde televisão a jogos portáteis e um banheiro. Todos os quartos eram assim, com a mesma cor de paredes, mesmo piso e tudo. Somente uns dois quartos eram diferentes. Um possuia a tonalidade da parede dourado extremamente claro, com uma cama única grande e as mesmas tecnologias dos outros quartos, e o banheiro era mais luxuoso, também. O outro quarto, possuia uma cor harmoniosa de azul bem clarinho e somente uma cama. Ambos os quartos, possuiam um closet enorme e ja abastecido com roupas, e o estranho era que todas as roupas, sapatos e acessórios, cabiam perfeitamente em Matt e Carolyn.
Depois do tour, Matt e Carolyn tomaram um banho e vestiram suas roupas do closet, mesmo que com receio e estranhesa, e desceram para a sala de visitas para as explicações.
– Então mãe, me diga tudo o que você tem a me dizer. De quem é essa casa? Eu fiquei com receio de usar o banheiro daqui e as roupas dos closets, é como se eu estivesse pegando algo de alguém que não é meu.
Ela respirou fundo e disse:
– A casa é nossa, Matt, pelo menos agora. Essa casa é da família de seu pai, os Knight, e passa de geração em geração para o herdeiro mais próximo. Parece que a antiga moradora era uma senhora que morreu por causa da idade, não sei qual o grau de parentesco entre vocês.
– E quando e como ficou sabendo que a casa era nossa?
– Foi semana passada, um homem veio e me disse, mas ainda estava ponderando se viríamos para cá ou não, então resolvi vir, mas com isso, terei que explicar coisas que você poderá não acreditar.
– Isso de acreditar cabe a mim. Não faça mistérios e coloque tudo na mesa.
– Se você deseja assim, então assim será. Primeiramente, quero que entenda que não somos humanos comuns. - Matt ia dizer algo mas Carolyn subiu a voz a dele- Não me interrompa, Matthew, no final irei responder todas as suas perguntas, se eu souber. Como eu ai dizendo, não somos humanos comuns, somos Elementares. Elementar são pessoas que podem controlar um elemento, entre os sete elementos: Fogo, Ar, Água, Terra, Eletricidade, Neve e Psíquico. Saiba que os elementos são como pessoas. Eles tem braços, cabeças e corpo. Digamos que são pessoas extremamente fortes. Para alguém virar Elementar, um dos Elementos precisa escolher um bebê. Bebês que possuem pais Elementares tem grande chance de ser um também, quase cem por cento. Elementares de pais humanos são poucos, porém, possíveis de se ver. Seu pai era um Elementar da Água e eu...- ela hesitou- sou uma Elementar do Ar, por isso que sei a hora sem mesmo olhar pro relógio. As cores das íris, podem dizer que Elementou te escolheu. Minhas íris são cinzas, a de seu pai eram azuis. Os escolhidos da Terra, possuem olhos verdes, castanhos ou pretos, do Fogo são um pouco laranjas ou vermelhos, mas nada de extravagante, os da Neve possuem olhos azuis ou cinzas, por isso que ás vezes são confundidos com escolhidos do Ar ou da Água e os da Eletricidade, possuem olhos violeta, roxo ou preto e o Psíquico... bem, não se sabe ao certo, porque não existiram muitos Elementares Psíquicos, parece que o Psíquico é difícil de escolher um humano. Ah- ela se sobressaltou- cada Elementar tem características próprias de seu Elemento. Geralmente, os do Ar são inteligentes, os da Terra são fortes, do Fogo são ardilosos, da Água são velozes, da Eletricidade são curandeiros e da Neve são intuitivos e, de novo, não sei sobre os psíquicos. Aqui em Misty possui uma academia na cidade para pessoas como nós, você nunca ouviu falar daqui por conta que é escondida do mapa humano. Perguntas?
Matt estava aturdido demais para falar algo, então depois de um solavanco interior, disse:
– Me prove.
Carolyn deu um sorriso. Uma pequena rajada de vento levantou os cabelos de Matt e de Carolyn.
– Mais forte?- indagou ela.
– Sim.
A raja ficou mais forte, as roupas de Matt começaram a grudar na pele. As coisas na sala estavam começando a cair, então ele gritou:
– Para!
A rajada cessou.
Depois de alguns segundo de silencio, Matt indagou:
– Eu sou um Elementar?
Os olhos de Carolyn assumiram um tom cinza escuro.
– Acredito que sim.
– De qual Elemento?
– Não sei... você fez quinze anos ontem, então era de se esperar que seu Elemento se manifestasse, mas você surtou com as vozes e isso me fez pensar que...- ela parou.
– Pensar o que, mãe? Não me esconda nada.
– Que você seja um escolhido do Psíquico entre mais de um século.
– Por que acha isso?
– Por conta de seus olhos dourados. Nenhum Elementar tem a íria assim. De ínicio achei que você era do Fogo, mas depois, fiquei sem ideia, então isso me apareceu na cabeça.
Matt se levantou da sala sem dizer mais nada. Era muita coisa para absorver e já estava de noite. Deu um tchau para sua mãe e sem mais nem menos, subiu para o quarto dourado. Ele não podia acreditar que tudo aquilo era real. Ele precisava de um tempo. Amanhã. Amanhã ele tentaria descobrir tudo o possível.


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Notas finais do capítulo

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