Matt Knight: A Volta do Esquecido escrita por Matheus Rabelo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Deixem suas reviews! Desculpem se não gostarem da fic, é o primeiro capítulo ainda, e muita coisa virá!



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A cabeça de Matt latejava. "Ótimo jeito de começar o aniversário", pensou Matt. Ele não sabia o por que, mas naquela manhã que acordou para ir a escola, em pleno aniversário de quinze anos, uma dor agonizante se apoderou de sua cabeça. Ele nunca sentira algo assim antes, era uma dor extrema. Foi ao banheiro e lá, achou alguns remédio para dor e tomou, e logo tornou a dor de cabeça suportável, mas ainda assim, não tinha acabado.
Vestiu sua roupa para ir a escola- uma camiseta branca, com blusa de moletom preta, calças pretas e um par de all star pretos-, em seguida se olhou no espelho e um garoto de pele caramelo clara, cabelos encaracolados extremamente negros e olhos tão dourados, que ele não ficaria surpreso se descobrisse que eles são ouro derretido. Matt não gostava de sua aparência, ele se sentia o mais inferior dos seres humanos, poderia até dizer que ele é, relativamente, depressivo. Foi para a cozinha onde sua mãe estava na cadeira, como sempre, lendo o jornal diário. Sua mãe era bonita. Tinha cabelos negros, com grandes cachos nas pontas e olhos cinzas.
– Bom dia, filho.- disse Carolyn com seu sorriso radiante.
– Bom dia, mãe.- Matt retribuiu o sorriso. Ele se sentia confortável com sua mãe, talvez ela fosse a única.
– O café está na pia.- indicou Carolyn e com isso, Matt se serviu de café e pedaços de bolo.
Quando se sentou na cadeira, se pegou refletindo na vida. Sua mãe era a única que ele se sentia confortável e não queria se esconder. Ele não se lembra de quando suas crises existenciais começaram, mas ele sabe que foi desde que se entende por gente. Ele se sentia inferior a todos e, consequentemente, não tinha amigos. Era educado com todos, quando puxavam assunto-coisa que era rara- ele continuava, mesmo que limitado, mas as coisas complicavam quando apareciam pessoas bonitas. Ele se isolava. Matt não pensava em namorar ou coisas assim, até porque, segundo ele, ele não era merecedor de nada disso.
– Está tudo bem, Matt?- sua mãe interrompera seus pensamentos.
– Ah...- apesar de Matt se sentir confortável com sua mãe, ela não sabia nada sobre seus pensamentos depressivos- estou sim, só estava pensando.
– Sobre?- indagou ela, tomando, em seguida, café.
– Escola e coisas assim.- Matt tentou esquivar da pergunta.
– Algum problema escolar?- ela levantou uma sobrancelha.
– Não, nada demais e as coisas com a loja?- Matt tinha a habilidade de desviar a atenção dele para outra coisa, bem, na maioria das vezes funcionava, como agora.
– Ah...- o olhar dela fraquejou-, não saímos do vermelho ainda.
Carolyn tinha uma loja em que vendia tudo o que se podia pensar, que dava para pagar as contas no geral e se desse sorte, sobrava um dinheiro para lazer, mas ultimamente, a loja andava muito parada e as contas estavam acumulando. Matt perdeu seu pai quando ainda era um feto na barriga da mãe. Carolyn não falava muito sobre o pai de Matt, apenas que ele morreu em um acidente, mas ela não especificou que acidente era, mas enfim, o pai de Matt era rico, mas depois de sua morte, nada sobrou para Carolyn ou para ele mesmo, ao que tudo indica, a família do pai de Matt, os Knight, não deixaram nada cair nas mãos de Carolyn.
– Vou arranjar um emprego, então.- Matt disse afirmativamente.
– Não, você não vai.- Carolyn disse pausadamente.
– Mãe, eu não posso ficar sentado sem fazer nada!
– Matthew, você não vai trabalhar, entendeu?- ela não esperou uma resposta e prosseguiu- Não me venha com esse assunto de trabalho para perto de mim de novo, okay?
– Okay, mãe- Matt assentiu.
Sua mãe se levantou largando o jornal e caminhou até Matt e o abraçou.
– Feliz aniversário, meu filho. Saiba que é muito importante para mim e só consigo seguir em frente, porque tenho você em minha vida. Você é a minha rocha e simples palavras não podem expressar o amor que tenho por você.
Matt ficou sem palavras. Somente abraçou a mãe e a apertou gentilmente.
– Quinze anos, hein?- ela deu um riso fraco- A idade das descobertas.
– Mãe! Não me venha com aquele papo de puberdade ou coisas de adolescentes.
– Não é sobre isso que estou falando, Matt.
– É sobre o que então?
– Você sentirá. Assim como todos de nós.
– E o que seria esse "nós"?
Ela riu.
– Vá escovar os dentes que falta quinze minutos para você sair.
Matt olhou o relógio e não se espantou quando viu que realmente faltava quinze minutos para sair. Sua mãe sempre sabia a hora exata, mesmo não olhando o relógio.
Carolyn deu um beijo no rosto de Matt e mais um "parabéns". Matt escovou seus dentes e saiu de casa, mas antes pegou um remédio para dor de cabeça.
Na porta de casa, olhou para sua casa. Não era nada extravagante. Paredes que antes eram brancas, estavam bege e a porta da frente descascando. Suspirou e pegou seu caminho rotineiro para ir a escola. Não demorou muito a chegar.
Entrou pela entrada principal e rapidamente seguiu para sua sala e sentou-se em seu lugar que era no fundo perdo da janela. Ás vezes ele olhava pela janela, ele gostava. A dor de cabeça ainda permanecia, mas ainda suportável.
Depois de horários de aulas tediantes, o sinal para o intervalo soou e Matt saiu da sala. Ele não tinha aqueles grupinhos ou amigos para conversar no recreio, então ficava na área mais vazia do colégio. Enquanto andava até seu lugar a dor de cabeça voltou e ainda mais forte. Matt estava começando a pensar que estava louco, mas ele estava ouvindo vozes. A dor ficou mais intensa e sua visão embaçou. Logo se viu apoiado em uma parede e no chão. As pessoas começavam a se juntar ao redor dele e logo, Matt gritou. Um grito de dor fugiu de sua boca. Sangue saia de seu nariz e ouvido. As vozes ficaram mais altas e entre uma ou outra ele conseguia captar o que diziam. "O que está havendo com ele?" " Eu sempre soube que ele era estranho, mas isso é demais" "Aquilo é sangue?", e foi tudo o que ouviu antes de desmaiar.


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Notas finais do capítulo

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