MARVEL: Legião Vermelha escrita por Beyond B Nat


Capítulo 30
Situações


Notas iniciais do capítulo

Três meses sem capítulo, eu sei, eu sei, foi mal ç_ç (mas, ao menos, fica aqui o meu presente de natal :v)

Bom, uma coisa que adianto dizer é que a fic está perto da sua rota final, daí começarei a escrever o reboot, do qual avisarei quando sair no suposto "ultimo capítulo" daqui =D (pode ser ou não que demore muito, pois tenho em mente adiantar vários capítulos antes de começar a postar) Essa versão atual da fic não será deletada, mas vou renomear como "versão piloto" ou algo assim... e_e

LV a partir daqui seguirá mais focada no trio, mas colocarei alguns momentos dos secundários só para não ficar tão em branco alguns pontos, pois há treta que se eu parar agora ficará mal resolvida. Bem, é isso que eu tinha pra avisar. Aproveitem o capítulo o/



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Jenny

Se passou mais um dia de aula. Até que estão tranquilas as coisas, só é um saco eu não estar saindo tanto de casa no meio da noite para agir como Latro para descobrir quem é o tal do "Rei do Crime". Sair aleatoriamente não vai resolver mesmo, estão estou dando um tempo nisso, aí quando posso pesquiso sobre (apesar de nem assim eu estar conseguindo alguma coisa). Fora que Mike está ajudando o quanto pode.

Após o fim da última aula, que era de educação física, fiquei conversando com Mary na porta do vestiários depois de nos trocarmos:

Mary: Nem acredito a nota que tirei na ultima prova de química, meus pais vão pirar.

Jenny: Ora, a nota foi boa.

Mary: Sabe como são meus pais. Na média, pra baixo: "Horrível, baixíssima". Acima da média, porém abaixo de A: "Poderia ter ido melhor". Se eu tiro A e fico feliz então, "Não fez mais que sua obrigação". Aff, assim não dá, né!?

Ri da maneira que ela tava imitando a fala dos pais. Sei um pouco que eles são rígidos com ela quanto a notas, mas são boas pessoas.

Mary: Aliás, e minha falta de coragem de treinar violino hoje, fica como? Levar tanta bolada no vôlei me deixou com preguiça... E meus braços estão doloridos.

Jenny: Se fosse queimado, você seria a isca. Ha ha ha!

Mary: Besta.

Jenny: Vamos logo sair. Depois os garotos abandonam a gente, he.

Mary: Não duvidaria disso. Um "amor" os dois. Aliás, até achei milagre o Mike ter jogado bem hoje. Ele muitas vezes se dá mal.

Jenny: É, talvez ele hoje estivesse num dia bom.

Bem que também estranhei isso. Será que ele estaria "trapaceando"? Não que eu pense que Mike seja do tipo que tira vantagem das coisas, mas descobrir um poder daquele tipo e assim de repente, mesmo não sendo algo justo, não seria de se estranhar este ser usado vez ou outra.

Pegamos nossas coisas e seguimos para a saída. Próximo de lá estavam os rapazes conversando. Eu e Mary acenamos e eles acenaram de volta.

Jhonny: A gente já tava indo embora.

Jenny: Eu já suspeitava.

Mike: Tão a fim de dar uma saída, ver aquele filme que lança hoje? Eu e Jhonny tavamos agora combinando isso.

Mary: Assim de última hora?! Tenho treino de violino...

Jenny: Eu te cubro, a menos que você esteja ansiosa pra mostrar sua nota.

Mike: Ué, mas não tinha tirado um B?

Mary: Sabe como meus pais são.

Mike: Esqueci.

Johnny: Bora logo, se a gente perder tempo, só vai ter sessão tarde da noite.

Jenny: Oh exagero...

A gente foi, conversando, pegar um ônibus para o shopping e cada um mandou mensagem pros pais avisando que chegaria em casa mais tarde. Até que é boa essa tranquilidade ás vezes.

Leon

Eu não devia ter tacado o foda-se naquele dia que briguei com o Antony, digo, sei que ele estava mal e não tava pensando direito e poderia até mesmo querer fazer a idiotice de ir atrás do Rei do Crime, mas eu não devia ter dito aquilo quando ele falou que era por causa "daquele cara" que o pai dele morreu. Fui bem idiota, mas não tinha nem como eu tentar esfriar as coisas depois que ele fez aquele corte no meu braço, pode parecer algo "fútil", mas fiquei bem puto. Já estou a uns dias com uma bandagem no local, então tá tranquilo. Bom, não "tanto" por que não falo com Antony desde aquele dia...

Bem, não quero ficar brigado com ele pra sempre, então segui pro apartamento dele. Só fica a questão dele querer me ouvir, vou entender se ele não me perdoar ou continuar bolado, mas sei que eu não fazer nada não vai arrumar coisa alguma.

Ao chegar no prédio, subi para o andar do apartamento dele. Toquei a campainha, mas ela parecia estar quebrada de novo (o prédio não é tão novo, aí esse tipo de problema acontece ás vezes). Bati na porta e nada... Dei uma olhada na fechadura. "Ótimo", a chave  não está aí...

??????: O que está fazendo, meu rapaz.

Levo um susto e na hora me afasto da porta. Era só a senhora que mora no apartamento do lado...

Leon: Ah, olá, dona Lee... A senhora por acaso viu se Antony saiu a muito tempo, ou algo assim? (bem que, se ele tiver saído pela janela, duvido)

D. Lee: Antony? Que morava aí? Ele se mudou tem quase uma semana.

Leon: Quê?

D. Lee: Estranho você não saber, aparece aqui várias vezes...

Leon: É que... Tem rolado umas coisas, aí a gente não tem se falado muito. Bom, valeu por me informar.

D. Lee: Disponha.

Acenei para ela e desci as escadas para ir embora.

Antony se mudou? Tá falando sério? E "quase uma semana"?! Provável de ter sido antes da nossa briga. Nem sei, mas acho que ele teria falado naquele dia se não tivesse rolado treta... E agora?

Nem tenho certeza, ele a essa hora pode estar trabalhando, ou não, mesmo assim, ele nem comentou onde, eu devia ter perguntado antes... Tá, não vale muito esquentar a cabeça com isso, mas, na boa, só não quero que ele faça besteira, caramba. Se meter com o Rei do Crime é pedir pra morrer.

Acho que ele vai ignorar, mas vou fazer isso mesmo assim. No meio do caminho pra casa, mandei umas mensagens pro celular dele. Mesmo se ele não quiser mais falar comigo, espero que Antony repense e não vá  fazer algo que se arrependa.

Aaron

Estou um tanto irresponsável ultimamente por chegar atrasado no trabalho pela segunda vez seguida. Falta de costume por que nas ultimas "vidas" eu era o meu próprio chefe? Talvez. Entrei na loja e no segundo que abri a porta, Kevin já disse do outro lado da bancada, e sem tirar os olhos do mecanismo que estava mexendo:

Kevin: Está atrasado.

Aaron: Foi mal.

Kevin: Só por que para boa parte do Mercado Negro sou "uma criança", não quer dizer que vou pegar leve com as pessoas. Não me faça tirar um ou dois bitcoins do seu salário.

Aaron: Eu já... BITCOIN*?! Tá falando sério?!

Kevin: Não, mas essa sua reação é a melhor, he. Mas não repita isso de novo, com minha irmã no hospital, só eu estou cuidando das montagens e concertos, no mínimo faça o seu trabalho e ajude com a loja.

Aaron: Ok. E o que está montando?

Kevin: Estou concertando uma perna biônica para cachorro, um dos pedidos feitos via internet. Quando terminar, se não for muito tarde ainda, vou ter que ir pra casa do cliente colocar a perna e ver se está tudo ok.

Aaron: Ah, tá.

Kevin: Nunca fui muito fã de cães, sabe? Ainda mais os de pequeno porte, irritantes de mais pro meu gosto.

Aaron: Já teve algum animal?

Kevin: Uns anos atrás eu e Khate tínhamos dois esquilos voadores, cada um com o seu. Tem um processo de criação para fazer, tem que ter o animal desde filhote, bem novinho, e ficar com ele no bolso, para ele te reconhecer como "mãe" e criar afeto. Era divertido ter eles, tinha vez que eles "voavam" de algum canto da casa pra cima da gente, he he. Pena que roedores vivem pouco. Pra se ter ideia, a gente nem havia tomado conta dessa loja ainda quando eles morreram. É uma pena.

Aaron: É.

Kevin: E você, nos seus mais de cem anos, já teve algum?

Aaron: Francamente não. Animais, pessoas... No meu caso, dá na mesma.

Kevin: Saquei.

Aaron: Não entendo por que você e ela não ligam pra isso.

Kevin: No lado negro de Nova York tem todo tipo de gente. Pessoas perigosas, humanos, mutantes, aliens... Se fosse pra me incomodar com esse tipo de coisa, preferiria trabalhar numa lanchonete. Bom, pra minha idade é isso que dá.

Aaron: Entendo.

Kevin: *suspiro* Rodam boatos de que algo, provavelmente o que atacou minha irmã, está por aí fazendo vítimas. Até o momento ninguém viu o que é, apenas o resultado do estrago. O jeito é só deixar rolar até que algo mate essa coisa ou este dê um tempo. É um saco não poder fazer muita coisa. Beleza, acho que acabei.

Aaron: Vai entregar agora mesmo? 

Kevin: Quanto mais rápido melhor!

Ele pegou uma bolsa com uma alça só, alguns papeis para enrolar em volta da perna biônica, colocou o objeto numa caixa e esta dentro da bolsa.

Kevin: Não saia daqui, se eu tiver sorte de pegar o metrô na hora certa... Levo menos de uma hora pra voltar.

Aaron: Ok, vou ficar aqui.

Kevin: E não vá se meter em briga e destruir a loja! - ele falou saindo.

Ótimo, já tou marcado.

Mike

Depois de ver o filme com o pessoal, comemos algumas besteira e fomos todos pra casa. Eu e Jenny fomos juntos, como sempre, já que moramos perto um do outro.

E aquilo que a gente conversou? Rola ou não rola? (e.e)

Quê? Ah, eu ainda não sei.

Você seguiu minha sugestão de pegar talento emprestado pra ganhar no jogo hoje. (u_u) 

Nem devia ter feito isso, não vou ficar roubando mais. Foi só dessa vez. Não vou ficar usando seu poder pra tirar vantagem.

Faça como quiser  ¯_(ツ)_/¯

Isso é sério...

Jenny: Ei, Mike - Jenny chamou minha atenção - está meio quieto, assim andar até em casa fica meio entediante.

Mike: Foi mal, só estava pensando numas coisas (Joker: Só uma conversa interna (^^))

Jenny: Tá. Seja sincero comigo com uma coisa. Durante a educação física, Você usou seu poder, não foi?

Mike: Você percebeu, né...

Jenny: Não acho muito justo isso.

Mike: Sei disso. Eu não devia ter feito, mas acabei tirando vantagem. Eu poderia fazer isso até pra me dar bem em tudo que normalmente sou ruim, mas esse não sou eu e sim "o Joker".

Ei! Você levou na boa antes! ლ(ಠ▃ಠლ)

Jenny: Prefiro você só sendo o Mike. Pode fazer o que quiser com os seus poderes, mas terão consequências.

Mike: É, mas não tenho muito o que fazer com eles. A menos que eu decidisse combater o crime por aí.

Jenny: Não diga isso nem brincando, isso é perigoso.

E  a indireta não colou, kkkkk (^^)

Mike: Pra você também é, oras. 

Jenny: *suspiro* Não gosto de ter te envolvido nisso.

Mike: Mas o lance "Das Cartas" também é o meu problema, além disso, você teria morrido se eu não tivesse te ajudado, qual é?

Jenny: Eu sei, só que acaba sendo algo que eu estava tentando evitar. Só não quero riscos pra quem é próximo de mim.

Mike: Relaxa. Posso dar um jeito pra conseguir me cuidar. Aliás, mudando levemente de assunto, quanto ao Rei do Crime, descobriu alguma coisa?

Jenny: Quase nada. E você? 

Mike: Nada.

Jenny: Terei que pensar melhor como devo procurar respostas. Descobrir por onde devo procurar...

Mike: Alguma hora acharemos algo.

Jenny: Tomara. Sendo o Rei do Crime o chefão da criminalidade de Nova York, sem dúvida descobrir seus planos ilegais e fazer ir a tona pode alertar a polícia e levar ao seu fim. Bem, não acho que vai ser algo TÃO simples assim, mas vou ver o que consigo.

Mike: Saquei. De qualquer forma, vou continuar te ajudando.

Jenny: Não tenho muita escolha, não é?

Mike: Não. He he.

Sendo bem franco, eu até que gostaria mesmo de me tornar um herói, não só por que não teria outra coisa boa pra fazer com os poderes do Joker, mas também por que quero fazer algo útil e quero ajudar Jenny. Ela é bem forte, me defendeu bastante um tempo atrás, mesmo assim, não é bom lidar com as coisas sozinha. É, Joker, se a gente continuar com essa ideia, ela não vai gostar.

Antony

Finalmente acabou mais um dia de trabalho. O salário nessa cafeteria não é dos melhores, fora que é de meio período, mas dá pra me manter. Se depois que eu me formar conseguir uma bolsa em alguma faculdade, vai ser ótimo. Sorte minha estar no último ano, evito parte da burocracia que teria por estar morando sozinho.

Troquei o meu uniforme por minha roupa normal, e assim que peguei minhas coisas e chequei meu celular, vi que recebi uma mensagem. Leon... Apenas suspirei e ocultei a notificação, não vou ler agora, nem sei se devo ler. Peguei um ônibus e segui direto pra casa. Estou um pouco exausto, tentei tanto conseguir informações sobre o Rei do Crime, mas só me veio coisas superficiais. Um nome, queria apenas o nome dele! Meu pai não teria morrido se não fosse esse maldito querendo me matar. Ele tem que pagar por isso.

Cheguei em casa e me adiantei preparando um café, logo em seguida peguei meu notebook e continuei tentando achar algo sobre "ele". Bater em bandidos não está adiantando, procurar na internet também, nada está dando certo. Meus Deus, o que eu faço?

Me encostei na cadeira e tentei respirar um pouco para pensar. Eu preciso fazer isso, eu tenho que acabar com o Rei do Crime. Meu pai morreu por causa daquele maldito.

Com tudo isso em minha cabeça, também veio a frustração. Não apenas por não estar conseguindo progressos, mas também por que me sinto perdido. Meu pai era minha única família e o perdi daquele jeito. Por eu não ter sido forte o suficiente, por ter agido como herói mesmo sabendo que ele não iria gostar disso, por eu ter "criado" o Devil. Uma sorte ruim usar "diabo" no nome, não é?

Fui um pouco teimoso e cabeça dura...

Me ajeitei e encarei a tela do computador por alguns segundos, logo em seguida o meu celular, que estava largado sobre a minha mochila. Pra que estou curioso quanto o que Leon me mandou? Quando era pra eu ter alguém com quem contar ele não tá nem aí. Melhor assim, ele não concorda em eu ir atrás do Rei do Crime, então o que ele faria seria só tentar me impedir.

Que pensamento idiota...

Desisti do meu conflito interno e fui logo pegar o telefone para ver o que ele mandou.
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#LEON: Tony, onde você tá? Fui no seu apartamento e fiquei sabendo que você já se mudou, COMO ASSIM?!
#LEON: Olha... Sei que você ainda deve estar chateado comigo, mas eu só queria conversar. Me desculpa... Entendo se você não quiser me perdoar, mas ao menos fale comigo.
#LEON: Não quero que você faça algo sem pensar, que vá se arrepender depois.
#LEON: Me responda quando puder, ou.. Quando estiver disposto pra conversar. Até.
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Tinha até esquecido que não cheguei a falar pra ele que me mudei. De qualquer modo, não vou simplesmente perdoar ele só por que pediu desculpas. Bem que ele estava mesmo disposto por ir até o apartamento pra conversar. Eu deveria ceder pra ver o que ele tem a dizer ou guardar rancor? Ainda me vem certas dúvidas...


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Notas finais do capítulo

*Para os que não sabem, Bitcoin é uma moeda irrastreável e muito usada na Deepy Web (principalmente no mercado negro de lá). Atualmente, um único Bitcoin vale aproximadamente $782.99 dólares.

E aí, o que acharam do capítulo? E dessa narrativa mostrando um "lado mais humano" dos personagens? Gostaria de saber se foi interessante ter isso ou pra vocês foi só algo pra "encher linguiça", kkk

Bem, me desculpem pela demora e Feliz Natal ^^



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