Passado e presente

Numa noite fria e muito chuvosa, duas crianças estavam perdidas no caminho que levava ao santuário, aonde um menino ia à frente guiando sua irmã mais nova.

— Vamos Mitia — chamou o menino. — Depois da ponte chegaremos ao vilarejo de Rodorio.

— Mitriz não consigo tenho medo. — rebateu a menina. — Sabe que altura é meu ponto fraco.

— Ninguém sabe sobre esse caminho, se não fosse aquela mulher, nós nunca chegaríamos ao santuário. — dizia o menino, quando um raio cortou o céu chuvoso.

— Vamos logo.

E assim foi feito os dois começaram atravessar a ponte, dando passos lentos e firmes, pois a mesma era feita de madeira, sua aparência apresentava uma idade bem avançada, mesmo com a chuva notava-se que não se usava aquele caminho fazia muitos anos.

Mitriz foi o primeiro a chegar do outro lado sua irmã estava bem atrás, quando um acidente aconteceu. Por ninguém usar aquele caminho há muitos anos à corda que sustentava a ponte se partiu de uma única vez, fazendo com que tudo fosse para baixo inclusive Mitia.

— Mitriz socorro. — disse a menina enquanto caia.

Com um giro rápido Mitriz conseguiu pegar em uma das mãos de sua irmã, por causa da velocidade e da altura fez com que a menina se choca contra a parede de rocha, onde descia uma quantia de água e lama por causa da chuva.

— Se segure em minha mão! — alertou o garoto. — Não importa o que aconteça nunca vou deixar você cair.

A chuva ficava cada vez mais fortes relâmpagos cortavam o céu escuro, a quantia de agua e lama aumentavam cada vez mais, o vento ficava violento o que fazia com que a menina balança-se um pouco.

— Não adianta Mitriz, você não vai conseguir me segurar por muito tempo, não tente me levantar sei que esse é meu fim. — disse a menina com lágrimas nos olhos.

— Nunca vou deixar isso acontecer, pois você é minha única irmã e só temos um ao outro. — disse o menino com um ar de desespero. — Se você morrer não me restará ninguém nessa vida, e tem mais perderei o sentido de continuar vivo.

Por várias vezes o menino tentava trazer sua irmã para cima, mas não tinha êxito, pois o vento a chuva e o peso dela não deixavam.

— Quero que continue sua vida seja feliz, torne meu sonho realidade, ou seja, vá para o santuário e vire um cavaleiro. Sabia de uma coisa te amo mais que tudo nessa vida e não posso fazer você morrer aqui, se continuar tentando pode realmente cair. — disse a menina se soltando da mão do irmão.

— Não faça isso. — exclamou o Mitriz tentando segurar a mão dela.

Como a Mitia tinha soltado a mão só o garoto não conseguia manter por muito tempo, lentamente os dedos dela foram escorregando da mão dele até que ela caiu no desfiladeiro abaixo.

— "NÃO MITIA"!!!!!

— É verdade tinha me esquecido. — disse Mitia saindo dos seus pensamentos. — Foi naquele dia que encontrei Cronos e acabei aceitando sua proposta já que não tinha mais jeito para mim.

— Do que está falando minha irmã. — perguntou Mitriz se mexendo para se libertar.

— Cavaleiros me escute com muita atenção, pois não tenho muito mais tempo. — disse Porcacis. — Toda vez que um titã ter sentimentos para um humano ele volta ao estado original.

— O quer dizer com isso? — perguntou Mhetroz. — Espere um momento, se qualquer um tiver compaixão perde a proteção de Cronos?

— Não posso te responder mais nada. — disse o titã caindo no chão.

Depois que o homem caiu no chão, sua titanium desapareceu como fumaça no ar, revelando uma camisa de cor branca onde sua composição era de ceda, uma calça azul claro, um cinto de couro laranja, sapatos de couro na cor preta, localizado em sua orelha esquerda um brinco de ametista de cor vermelha, com um formato oval e uma pequena corrente que o fixava.

O que chamava a atenção aos furos que estavam presentes nas costas, parecia que o homem tinha acabado de ser esfaqueado.

— Espera um pouco! — exclamou o cavaleiro de cães de caça. — Que diabos houve aqui, pois, já não estou entendo mais nada.

— Bem, isso que acontece com aqueles que não seguem aos pés da letra o que Cronos manda, mas fique calmo meu irmão vou te matar de qualquer jeito.

Mitia levantou o braço e ao mesmo tempo concentrando seu cosmo nele, em sua face só se identificava raiva e sofrimento. Num rápido movimento desceu no sentido do coração de seu irmão, mas interrompeu no meio do movimento, seus olhos ficaram estáticos, o corpo totalmente parado.

— Arg não acredito. — disse Mitia arfando sangue pela boca. — Finalmente estou livre desse sofrimento.

Mhitriz mudou seu olhar e o direcionou para o peito de sua irmã, quando notou que algo tinha acertado seu coração. Mesma ferida levantou numa e partiu na direção de Mhetroz.

— Terá que usar mais que isso para realmente me matar, acha mesmo que acertou meu coração? — perguntava a mulher indo na direção do cavaleiro, com uma face vazia.

— Tenho certeza que aceitei o coração dela, como pode ainda está de pé? — pensou Mhetroz.

Quando chegou perto do cavaleiro, os anéis que prendiam o Mitriz desapareceram.

— Convergência de Anéis!

De ambas as mãos da mulher começaram sair anéis de energia, os quais seguiam na direção do cavaleiro, por onde eles tocavam no chão, nas paredes tudo era cortado ao meio. Dando salto para trás Mhetroz conseguiu desfiar de quase todos, mas acabou acertando sua perna esquerda de raspão, fazendo um corte mediando, por onde uma quantidade de sangue começou a sair do ferimento.

Quando tentou dar mais uma evasiva não conseguiu a mesma velocidade, pois o ferimento estava impedindo seus movimentos em cerca de setenta por cento.

— Creio que agora será mais fácil de te matar. — disse Mitia com uma expressão vazia.

Quando chegou perto o bastante do cavaleiro desferiu dois socos em seu rosto, depois mais três em sua barriga, e por fim usando a perna esquerda chutou contra a parede de uma loja que esta atrás do homem. A forção era tão grande que o impacto fez com que o cavaleiro adentrasse a loja, mas mesmo assim a mulher não parou continuou andando.

— O rosto dela mudou, depois que o seu coração foi atingido sua face ficou fazia. — estava pensando Mitriz. — Como que seus movimentos agora estivessem sendo controlado por outra mente.

Uma sombra cobriu o cavaleiro de cruzeiro do sul, sendo um senhor de idade bem avançada, onde estava sentado em cima do telhado de uma casa, sendo que todas as telhas eram de um tom laranja meio envelhecida, janelas pequenas onde dava para a rua, uma porta de madeira bem antiga.

— Essa garota não serve mais para o exercito, mas acho que vou brincar com seu corpo por enquanto. — disse o senhor com um sorriso. — Já que nem para matar seu irmão ele serviu, vamos ver agora que a controlo o que podemos fazer com esses dois aqui.

— Como pode falar assim da minha irmã. — perguntou Mitriz.

— Já vou avisando uma coisa se não quer morrer então vá embora! — advertiu o velho. — Quer saber de uma coisa, não vou mais usar o corpo dela, já que está morta.

O velho levantou a mão esquerda, depois uma grande quantia de cosmo surgiu na ponta do dedo indicador, onde formando uma chama na tonalidade roxa escura.

— Desapareça. — disse o homem apontando o dedo para Mitia.

Imediatamente a mulher foi consumida pelas chamas, queimavam tão intensamente que não restou nada nem mesmo cinzas.

— O que você fez com a minha irmã? — perguntando Mitriz, onde uma raiva surgia em sua face.

— Simples.! — exclamou o velho. — Usando minha habilidade de controlar matéria, destruí o corpo dela.

— Alias não falei meu nome. — disse o velho. — Sou Deltron destruidor da matéria, sou um dos servos do grande mestre M.

Com um pouco de dificuldade Mhetros estava saindo pelo buraco que tivera entrado tendo sua armadura, trincados pelas pernas, ombreiras, peitoral tudo graças à forca da Mitia.

— As coisa estão ficando mais sérias por aqui, mas não posso desistir agora. Tenho que honrar minha armadura, agora que esse cara que controla a matéria vai ser quase impossível de nós sobreviver. Não agredido que destruiu o corpo da irmã do Mhitriz tão facilmente assim. — pensou Mhetros.