At first sight escrita por BrunaBarenco


Capítulo 7
Capítulo 7: Like you wanna be loved


Notas iniciais do capítulo

HALLO!
Eu ia postar ontem, de verdade, mas esse site me irritou profundamente ao me dar uma ADVERTÊNCIA, porque por culpa única e exclusiva do site, as notas do capítulo passado tiveram que ser incluídas na história (e sim, espero que leiam isso aqui). Mas ainda dentro do padrão de uma semana, here we go de capítulo novo (eu uso estrangeirismos demais, socorro). Imagino que vocês vão AMAR esse capítulo, hahahaha se o título já não der nenhuma dica... Pelo menos quem já leu o comecinho ficou curioso :).
Então, sem mais enrolar vocês (porque ninguém liga, Bruna), até as notas finais e... ENJOY IT!



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Kiss me like you wanna be loved

You wanna be loved

You wanna be loved

This feels like falling in love

Falling in love

We're falling in love

James sentia-se nervoso como há muito tempo não experimentava. A vasta experiência de festas na casa de Kim Chang e a necessidade constante de sumir durante esses eventos para evitar Jane e seus namorados o levou a conhecer a casa muito bem. Ele só não sabia por que estava levando Dominique até um de seus cantinhos.

Ela não fazia muitas perguntas. Era uma das coisas que ele tinha gostado nela. Em vez da tagarelice habitual das garotas adolescentes, Dominique se prendia em perguntar o necessário. Nenhum comentário parecia ser em vão. Ele finalmente parou. Dominique estava com os braços cruzados, mas a boca levemente aberta de surpresa.

–Eu nunca ia imaginar que Kim Chang teria um lugar desses em casa. - ela passou as mãos pela madeira escura da estante. – É lindo.

Dominique tentava evitar sorrir para James, mas era um tanto quanto mais forte do que ela. Ele olhava para o chão agora, como se não quisesse encara-la. Era fofo, muito mais do que ela gostava de admitir.

–Como encontrou aqui?- ela perguntou, espalmando as mãos na mesa e inclinando a cabeça.

James pensou nunca ter visto nada mais bonito na vida do que aquela garota, parada ali, com seus gestos exagerados e as perguntas sempre prontas, mas nunca exaustivas. Dominique era o balanço perfeito entre inteligência e beleza.

–Digamos que às vezes é bom fugir da loucura a que essas festas chegam. - ele respondeu, e Dominique riu.

–Bom. – ela girou os dedos na mesa, apenas para ter o que fazer. – Bom, eu concordo com você James Sirius Potter.

James sorriu quando ela disse seu nome completo. Ele imaginou se tivesse conhecido Dominique em uma festa de família. Como teria sido. Talvez diferente para o pior, e ele gostava de qualquer que fosse o que estivesse acontecendo entre os dois. Ela se sentou na borda da mesa, balançando os pés.

–Você vem muito aqui? Com a Jane?- Dominique perguntou, apoiando o queixo nas mãos.

James ficou em pé, na frente dela. Dominique encarava os olhos dele como se tentasse ler seus pensamentos. Talvez ela nem tivesse consciência de como seus olhos azuis pareciam perfurar as almas das pessoas, no bom sentido.

–Um pouco. Ela sempre me arrasta para as festas, e sempre some com algum cara.- ele suspira. – Costumava me incomodar mais. Na verdade, hoje eu não estou dando a mínima.

Dominique empurrou James de leve.

–Seguindo meus conselhos, hã? Tirando a Jane do pedestal. Isso mesmo. – ela sorriu. Todas as esperanças momentâneas que tivera com James tinham sido dissipadas depois de ver como ele olhava para Jane. Se aquilo não era paixão, Dominique não sabia o que era.

James encostou-se a mesa, ficando ao lado dela agora.

–Eu não sei. Estou começando a pensar que você tinha razão.

–Eu sempre tenho razão.

–Wow, que modesta- ele riu e Dominique deu de ombros, rindo também. – Eu acho que nunca tinha reparado nos defeitos dela. Talvez eu não goste de Jane tanto assim. Quer dizer, eu não sei.

Dominique abriu um sorriso pequeno, que envolvia muito mais do que ela iria admitir.

–Você não sabe de muita coisa, sabe, James?- ela disse, como se lembrava de ter dito no seu quarto, na noite anterior. Antes deles quase se beijarem. Tudo bem que devia ter sido delírio dela.

Mas James pareceu lembrar também. Ele abriu um sorriso.

–Na verdade, não. Não esse tipo de coisa.

–Pessoas são complicadas- ela afirmou, balançando a cabeça.

–Pessoas são complicadas. - James fez coro, acrescentando em seguida. – E eu nunca fui bom com pessoas mesmo. Eu até tento. Não sou um Fred ou um Teddy, que fazem esse sucesso absurdo com as garotas.

Dominique colocou a mão no ombro dele. Ela inclinou a cabeça para olha-lo, imaginando se no dia a dia ele usava óculos. Algo dizia a ela que sim. James totalmente fazia o tipo nerd estilo Peter Parker em O Espetacular Homem Aranha. Ela poderia ser a Gwen Stacy? Oh, Deus, o que ela estava pensando mesmo?

–Eu acho você ok.

James riu.

–Ok? Isso seria para me consolar?

Dominique deu de ombros de novo.

–Também sou péssima com pessoas, James.

Ele pareceu discordar. Tinha relaxado um pouco, a alguns centímetros de distância dela, os ombros quase se tocando.

–Não, não, você é boa. De um jeito estranho, mas é boa.

–Isso seria para me consolar?- Dominique brincou, repetindo a fala dele, uma sobrancelha meio erguida.

James pensava que se qualquer outra garota repetisse falas assim, tão perto uma da hora, seria falta de assunto. Ou criatividade, o que fosse. Mas em Dominique, soava inteligente. Como se o mundo fosse uma peça e só ela tivesse o roteiro.

–Não mesmo. – ele disse, olhando para o rosto dela.

Dominique queria ficar assustada com a aproximação repentina, ou o tom decidido e baixo com que James tinha falado. Ela tinha consciência que parou de balançar os pés incessantemente. Ela tinha consciência da proximidade deles. Parte de si gritava para mergulhar nisso, enquanto a outra a chamava de estupida. Dominique sentia como se tivessem fadinhas no seu estomago, batendo as asas sem parar. Ela, impulsivamente, lambeu e mordeu o lábio inferior.

–Não faz isso. - James pediu, com a voz carregada. Estavam quase encostando as testas agora.

–Por quê?

–Porque me faz querer te beijar, e eu não devia querer isso.

–Por quê?- ela repetiu.

Não obteve resposta. Não na forma de fala, pelo menos. Numa fração de segundos, com uma coragem vinda ele não sabia de onde, James grudou seus lábios no dela. Dominique não se fez de tímida, como ele esperava, e logo passou os braços pelo seu pescoço. Ele segurou a cintura dela, se colocando de novo a sua frente. Talvez fosse o melhor beijo que James dera na vida, e apesar da pinta de nerd ele não era tão inexperiente assim. Nem ela, ao que parecia.

Como sempre, tudo que dava certo para algum deles tinha que começar a desmoronar. A porta foi aberta com um estrondo, e um casal levemente conhecido entrou ali, ambos entretidos demais em se pegarem para notarem que já tinha gente lá dentro.

Dominique riu, pulando da mesa, e James a puxou silenciosamente para fora.

–Aqueles eram...

–... Teddy e Victorie?- Dominique completou, gargalhando. – Oh Meu Deus. Eu sempre soube que o tanto que a Vic reclamava dele, tinha que ser amor reprimido.

James concordou.

–Teddy sempre teve um precipício por ela. Só não entendi o que Victorie estaria fazendo aqui.

Dominique andou de costas para poder olhar para James enquanto respondia.

–E alguém entende minha irmã? As meninas devem ter mandado mensagem. Ás vezes Victorie aparece em festas onde nós estamos, porque ela acha engraçado dar esperança para garotos do ensino médio e não os deixar avançar.

–Sua irmã é má. Espero que não seja uma característica da família. - James inquiriu.

Dominique ergueu os braços, como se para provar inocência.

–Até agora, você não tem nada para usar contra mim.

Ela encostou-se a parede, os braços cruzados como se o desafiasse a provar o contrario. James ia se aproximando, é claro que com a intenção de beija-la de novo. Era como um novo vicio, e um do tipo que nenhum deles queria se negar. Enquanto eles se beijavam de novo, o tempo parecia ter parado.

–Jayyy!- alguém gritava do começo do corredor. Dominique empurrou James para trás, erguendo a sobrancelha em questionamento. – James, Jameees! – Jane continuou gritando, cambaleando pelo corredor apoiada na parede.

–Oh, merda. - James praguejou, lançando um olhar de desculpas a loira. Ela suspirou meio que dando de ombros. James seguiu até onde Jane estava parada, meio vacilante. – Jane, eu hm...- ele olhou para Dominique, que tinha sacado o celular do bolso e parecia entretida no que estava fazendo. Ela fez uma careta, e ele adivinhou que provavelmente estaria jogando alguma coisa. – Estou meio que ocupado.

–Mas eu preciso falar com você!- Jane fez bico, cruzando os braços como uma criança birrenta. – Precisamos conversar, Jay, é muito importante.

James a segurou pelos ombros.

–Jane, você está bêbada. Bêbada. Nada de bom vêm de uma conversa com alguém bêbado. Quando estiver melhor, amanhã, nós conversamos. Pode ser? – ele olhou para trás, como se checando se Dominique ainda estava ali.

Jane o segurou pelo braço.

–Não! Não, tem que ser agora. James, por favor.

Ele olhou para trás. Dominique tinha parado de jogar. Algo nele dizia que ela escutava tudo. Ela assentiu, com o cabelo loiro meio que caindo nos olhos. Se aproximou dele e de Jane, e colocou a mão no ombro de James.

–Vai lá. Eu... Eu tenho que ir para casa mesmo. Minha mãe acha que só íamos ao cinema mesmo. Daqui a pouco vai ficar preocupada. – Dominique deu um sorriso sem graça. É claro que não tinha escolha ali. Ela era apenas uma distração para James, obviamente. Uma distração que ela pateticamente continuaria sendo pelo resto da vida se ele quisesse.

Ela se virou para ir embora, mas James a chamou.

–Hey! Dominique!- ela voltou a virar na direção deles, Jane a encarando com indiferença (ou seria desprezo?). – Me espere um pouco. Eu não devo demorar.

Dominique enrolou uma mecha do cabelo loiro.

–Dez minutos. Eu realmente tenho que ir. – e saiu andando apressada pelo corredor.

James respirou fundo. Ele adorava Jane, de verdade. A amizade dos dois era boa, e isso ele sempre teve medo de perder. Mas Jane bêbada? Ele odiava essa versão da amiga. Em geral, incluía crises de choro incuráveis e muitas lamentações sobre todas as decepções amorosas dela, que foram muitas. Jane estava sempre com o garoto errado. Não importava se James avisasse que o cara era uma furada, ou se as amigas dela avisassem. E quando ela queria se lamentar, quem melhor que o melhor amigo para isso? Mas a verdade é que ele estava ficando cansado. Cansado de sempre colocar Jane em primeiro lugar. Cansado de perder as festas e toda a diversão para cuidar dela, e da sua predisposição a beber. Cansado de estar sempre lá por ela, mas ela quase sempre estava muito ocupada para ouvir os problemas dele. Talvez, no fundo, a amizade dos dois não fosse tão boa assim.

Jane o levou por mais um corredor, dessa vez menor. James conhecia, é claro. Não ficou nada surpreso quando ela abriu a porta do quarto de Kim Chang, que era todo rosa e vermelho. Bem parecido com o de Jane, na verdade.

Ele observou Jane se jogar na cama da amiga, jogando os cabelos castanhos e tirando os saltos. Jane bateu na cama, como se o convidasse a sentar enquanto ela se ajeitava.

–Fala rápido, Jane. Eu tenho que ir.

Jane o ignorou veemente. Ela mexeu nas almofadas de Kim até revirar os olhos, irritada.

–Tem que ir? Ir para onde? Sua nova amiguinha?

–Jane...

–Sabe, eu já ouvi falar dela. Dominique Delacour, não é? De Beauxbatons. Confraternizando com os inimigos James, não não.

James pressionou as têmporas enquanto escutava a fala embolada de Jane.

–Jane, fala logo. O que você quer? Foi o Blake Newstone, certo? Bem, eu avisei. Ele não presta, mas você nunca me ouviu mesmo.

Ela soltou a almofada, se aproximando. Jane cheirava a álcool e James a afastou. Ele odiava aquele cheiro.

–Você bebeu demais.

–Não, não Jaymie. Eu tenho que falar com você. Blake foi um babaca comigo, sabe? Ele tinha ido embora antes de eu acordar. Por que eu sempre acho que vai ser diferente? Eu devia saber. O único homem que presta nesse mundo é você, James, e eu dei o azar de ser sua amiga.

James travou. Por um tempo, aquilo era tudo que ele queria ouvir. Então foi como flashes. As lembranças do passado recente, das duas últimas noites.

“-Okay, James. É que você idealiza essa garota, sabe? Você a enxerga sobre um pedestal, sem nenhum defeito. Você a enxerga como se ela não fosse uma pessoa real, uma pessoa com qualidades e defeitos. E sinceramente, não acho que ela deva estar ligando muito para o barulho. - apontou em direção à festa, com uma expressão irônica.

–Algum conselho?

–Tire-a do pedestal. Comesse a pensar nela como uma pessoa real. Supere o amor platônico. E então, talvez dê tudo certo.”

“-Você quer entrar?- perguntou. - Eu juro que não somos uma família de antropófagos, ou algo assim. – ela apontou para a porta de entrada da casa.

James engasgou sem nenhum motivo para isso.

–Como?”

“-Bem, eu posso ser a certinha comportada ou a bitch escondida.

–De verdade? Eu não faço ideia. Você poderia ser qualquer uma dessas opções. Eu nunca conheci alguém como você.

–Isso é bom?

–Eu não sei.

–Você não sabe de muita coisa, sabe, James?- Dominique perguntou, com uma sombra de um sorriso no rosto, que estava a milímetros de distancia do garoto ao seu lado.”

“-Loira! Quem diria que a amiga das primas era você.

Dominique o empurrou.

–Você sabia? Que eu era a enteada do seu tio?

–Descobri hoje de manhã. Victorie que contou. – James respondeu, colocando as mãos atrás da cabeça meio sem graça.”

“-Não faz isso. - James pediu, com a voz carregada. Estavam quase encostando as testas agora.

–Por quê?

–Porque me faz querer te beijar, e eu não devia querer isso.”

James sentiu alguém o sacudindo, de repente.

–Jaymie?- ela disse, e ele piscou. Estava com Jane ali, mas não conseguia parar de pensar em Dominique. – Eu acabei de praticamente pedir que você me beijasse sabe. Sempre achei que fosse apaixonado por mim. E finalmente quero te dar uma chance. – Jane sorriu, e James quase se sentiu mal por não ter borboletas no estomago com aquele sorriso. Ela colocou as mãos no ombro dele. – Não falo só porque estou bêbada. – ela sorriu.

James a empurrou pela segunda vez, a mente ainda girando.

–Desculpe, Jane. Timing errado. Você já perdeu todas as suas chances.

James Potter ainda era um babaca apaixonado. Mas agora era um babaca apaixonado pela loira que surgiu na sua vida duas noites atrás. A loira que nesse momento devia estar indo embora dali. E ele não ia se perdoar se a deixasse escapar.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, o Nyah não me deixa postar as notas! Espero que não me deem uma advertência de novo!



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