Desejo Duplo escrita por MegumiChan


Capítulo 17
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Aqui está um outro capítulo!
Eu prometo que não vou demorar tanto para postar o próximo.



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– Não está funcionando! – Gritei desesperada. – Meus poderes de cura não funcionam! – Holy estava cada vez perdendo mais sangue e eu me desesperava mais a cada segundo.

– Você esta transformada em demônio! É claro que não vai funcionar. Pense um pouco albina -Lupus disse isso e me deixou com tanta raiva que eu poderia até arrancar o coração dele pela boca!

– CALE A BOCA! VOCÊ É SEMPRE GROSSO E NUNCA AJUDA EM NADA!

– Calma Lin! – Azin colocou a mão em meu ombro. Seu toque me acalmou.

– Obrigada. – Voltei a minha atenção para Holy. Tinha que voltar ao normal. Mas eu estava muito nervosa para pensar.

– Sua raiva e ódio fazem com que você perca o controle. Você tem que, primeiro de tudo, se acalmar. – Edel disse aquilo no seu tom calmo de sempre.

– Certo... – Respirei fundo. Estava difícil de me concentrar.

– Agora tente reunir energia. – Fiz tudo o que Edel havia dito. Quando notei estava de volta ao normal.

– Graças a Deus! – Disse aliviada.

– Pare de enrolar e cure logo a menina! – Lupus tinha passado dos limites.

– Não fale mais assim com ela! – Azin começou a discutir.

– Não se meta, seu bostinha! – Azin foi lhe dar um soco, mas Lupus se defendeu e lhe deu uma chave de braço. – Você sabe que não consegue me vencer! Nunca conseguiu! – Lupus torcia o braço de Azin cada vez mais.

– Parem de agir como crianças! – Dio separou os dois. – Lin está tentando se concentrar e vocês ficam brigando feito duas garotinhas!

– Obrigada Dio. – Agradeci. Respirei fundo novamente e reuni energia em meus dedos. Logo os ferimentos de Holy estavam cicatrizados. Sua respiração era devagar e silenciosa. Mesmo depois de tudo ela tinha que descansar. – Vamos viajar amanhã. Holy não consiguirá ir com a gente no estado em que está agora.

– Não temos tempo. – Lupus disse ajeitando seu cabelo que havia se desarrumado por causa da briga.

– Como?

– Se você não notou temos apenas um mês até o eclipse.

Eu havia esquecido. Realmente tínhamos muito pouco tempo para reunir todo mundo. Mas não podíamos deixar a Holy naquele estado.

– Uma noite. É o suficiente.

– nem...

– Uma noite apenas Lin! – Edel colocou-se na frente de Lupus.

– Obrigada.

Levamos Holy até o quarto dela e a colocamos na cama.

– Ei albina! – Lupus colocou a mão em meu ombro, uma sensação estranha percorreu meu corpo.

– O que foi? – Disse séria.

Ele ficou me observando. Me olhava profundamente nos olhos, o que me deixou corada.

Ele abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas desistiu.

– Lupus?

– Temos que conversar.

Ele segurou minha mão e começou a me puxar.

– Espere! Azin!

Azin veio correndo.

– O que foi Lin? Tá tudo bem?

– Fica de olho na Holy, por favor?

Ele olhou para ela com incerteza, depois fez uma cara estranha.

– Tá, tá... – Ele disse aquilo de um jeito mal educado que não me agradou muito...

– Vamos agora. – Lupus me levou até o jardim e certificou-se de que ninguém estava por perto.

– Tem um lugar onde podemos reunir todos de uma só vez.

– Isso é ótimo! Onde? – Eu estava tão feliz que deixei a raiva que eu sentia dele de lado.

– Bom... Onde eu nasci.

– Espera... Você nunca me disse...

– Eu sei!

Ele segurou meus ombros e me colocou na frente dele. Ele estava nervoso podia sentir sua respiração.

– Lin, eu nunca te contei tudo o que você merecia saber.

– Você já me contou sobre seu pai e tudo o mais...

– Não te contei com detalhes, não contei tudo! – Suas mãos começaram a apertar meus braços.

– Lupus... está me machucando...

Ele me soltou. Sua cabeça estava baixa, dava um ar sombrio.

– O-o que tá acontecendo Lupus? Você não me contou tudo, e daí? Eu queria saber antes sobre seu braço, o resto... Mas se eu soubesse que você ficaria assim eu...

– Lin... – Ele voltou a me olhar, de uma maneira triste. – Eu sou um demônio.

Azin PVO’s on

Estava tudo quieto. Holy dormia e eu estava sentado ao lado dela. Que saco... fiquei sozinho justamente com quem eu mais odiava. Foi quando ela acordou.

– Azin? – ela sorriu quando e viu.

– Hum?

– Por quanto tempo eu dormi?

– Sei lá. Umas 5 horas.

– Você ficou aqui comigo esse tempo todo?

– Mais ou menos. (pensamento) o que a Lin foi fazer? Quero sair logo daqui!

– O-obrigada... – Ela corou. Admito que ficou fofinha. – Ei, você gosta da Lin, não é?

– Sim. E daí?

A expressão dela mudou de garotinha feliz para garotinha tristonha.

– Nada não.

– Então tá.

Ficamos em silêncio por um tempo, quando Holy se levantou. Ela estava com uma cara estranha. Foi até uma mesinha.

– O que vai fazer? – perguntei.

Ela não me ouviu. Quando abriu a gaveta retirou de lá uma... FACA!

– O QUE ESTÁ FAZENDO?! –Me levantei rapidamente.

Ela se virou para mim chorando e apontou a faca para o coração.

– PARE!!!

Corri até ela e a segurei. Ela soltou a faca, mas perdemos o equilíbrio e eu caí por cima dela. Aproveitando, segurei seus pulsos para que ela não se movesse.

– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! VOCÊ É LOUCA??

Ela apenas me olhou. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– POR QUE VOCÊ FEZ ISSO??

– E-eu... – Ela soluçava enquanto tentava explicar. – EU AMO VOCÊ!

Fiquei sem palavras. Apenas a encarava com uma cara assustada.

– EU sempre tentei chamar sua atenção, mas você nunca notou... – As lágrimas aumentaram conforme ela falava. – Você sempre pensou que eu fosse uma criançona, uma menina irritante e chata. E quanto mais eu tentasse, mais você ficava com “nojo de mim”. Você sempre viu em mim só os meus defeitos! Sempre que eu tentava ter uma conversa legal com você, ou me respondia de um jeito frio ou virava a cara! – Ela parou para respirar, mas seu coração estava acelerado e ela estava tremendo muito. – Aí então a Lin apareceu. Fiquei muito amiga dela, achei que ela poderia me ajudar. Mas eu percebi que você e ela... Vocês dois... – Ela desviou o olhar. Seus olhos estavam extremamente inchados e ela estava ofegante. – VAI! DIGA ALGUMA COISA! ME INSULTE! FAÇA ALGUMA COISA!

Eu a envolvi em meus braços. Ela ficou sem reação.

– Me perdoe Holy.

Azin PVO’s off

– O-o quê? – Paralisei. – C-como assim um demônio?

– Exatamente como você está pensando.

Eu me afastei com medo.

– Por que não me contou antes?

– Estava com medo.

– COM MEDO? EU ESTOU MORRENDO DE MEDO DE VOCÊ AGORA! O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO? POR QUE VOCÊ ESTÁ AQUI?

– Se acalme Lin! – Ele veio pra perto de mim, mas eu me afastei ainda mais.

– NÃO ME TOQUE!

– Lin, eu...

– SAI DE PERTO DE MIM! – Ele ficou me encarando perplexo. - VOCÊ TEVE TODO O TEMPO DO MUNDO PARA ME CONTAR ISSO! TEM MAIS ALGUMA COISA QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU?

– Você e eu, nós...

– NÃO! NÃO QUERO OUVIR! EU CONFIEI EM VOCÊ!

– Lin! Por favor!

– CALA A BOCA! – Respirei fundo e me acalmei. – Você vai nos levar até sua casa e reuniremos todo mundo.

– Lin... – Eu me virei antes que ele pudesse terminar de falar.

– Depois que fizermos isso... – Fechei meus olhos e meus punhos com força.

Eu nunca mais quero te ver.


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