Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 42
Vida nova


Notas iniciais do capítulo

Oiii minha gente!! Que saudade de vocês!
Nossa tenho muitas desculpas a pedir pelo fato de não ter postado o capítulo dessa semana. Eu não esqueci de vir postar, mas estava complicado. Minha semana foi de novidades: provas... D: Mas deixando isso de lado vamos ao que importa!
Capítulo novo!! o/
Não tenho informações adicionais para comentar então vamos começar a leitura!!
Imagem: não me lembro em que tumblr tirei, mas foi de lá. Todos os direitos para a pessoa que a fez.
Músicas: Lá em baixo.
o/



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A pequena e brilhante Lua segue seu percurso pelo negro céu.

Grande parte dos soldados dorme dentro de barracas improvisadas a frente do destruído Distrito, outros, incluindo Hanji, permanecem acordados, pois suas mentes ainda encontram-se perdidas e surpresas.

É fato, mas um fato difícil de acreditar. A humanidade tinha ganhado ali algumas horas atrás. Entretanto, sabendo dessa vitória o medo parecia estar maior, o sinal de alerta para qualquer movimento ou surpresa está a mil.

Hanji, que aparentemente está muito cansada, continua ativa resolvendo o problema de estranhos titãs que não atacaram os humanos durante a batalha. Os gigantes encostados contra a Muralha Sina ali permanecem até depois do fim da batalha.

A cientista não sabia como lidar com eles. A semelhança com a habilidade de seu pai é explicita e com certeza tais titãs conseguiriam compreender aos humanos e entender a gravidade da situação.

Em cada parte do Distrito, seja: fora, dentro ou ao redor. Um momento acontece.

Fora

Vê-se ao horizonte o negro cavalgar até o seu desaparecimento. O grupo da Tropa Estacionária havia partido para alertar as demais regiões sobre o acontecido de mais cedo.

Erwin e Adrian conversam próximos a uma fogueira presenciando o seu fim. Ali se aquecem do frio da noite.

Adrian conta sua história para Erwin e dos motivos que o levaram a matar Aragon.
Seu rosto é manchado pelo fogo que clareia sua pele na escuridão. Seus olhos vazios acompanham uma expressão fechada e séria. Sua voz seca parecia não engolir a história que explica a Erwin.

– Apesar de ter vindo de uma linhagem de Reis invencíveis ele nunca honrou a glória de seus antepassados. Aragon teve a oportunidade de sair dessa tempestade, mas preferiu continuar destruindo vidas – Adrian conta olhando a brasa – Seus antepassados queriam o fim dessa guerra, eles eram uma das famílias que iam contra a criação de uma arma humana. Todos pensavam que Aragon seguiria os mesmo passos e muitos acreditaram que ele conseguiria colocar um fim. Mas nossos sonhos foram arrasados quando ele declarou lealdade à família Reiss. Meu pai foi um dos homens que ansiava e lutava pelo fim dessa arma, um homem bom... – as veias de suas mãos são notadas – Ele morreu por causa de Aragon. Entende Sr. Erwin – olha para o loiro que acompanha sua história – Por isso eu deveria ser o único a retirar a vida desse homem insano!

– Os outros? – Erwin refere-se ao grupo de Aragon.

– Eles também perderam parentes por conta de Aragon, mas alguns o seguiam por acreditar nas palavras daquele homem – mira-os dormindo atrás de Erwin – Nós todos vivemos uma dura vida. Guardando sentimentos, escondendo verdades e excluindo ao resto da humanidade como se fossem lixo. Não sou um bom homem Sr. Erwin, mas me arrependo profundamente dos atos que cometi contra vocês que vivem aqui dentro. A morte de Aragon não será suficiente para pagar meus pecados... Nada será suficiente. – suspira olhando para o céu.

Dentro

Poucos soldados caminham entre os destroços daquela região. Esses homens procuram amigos e amigas que foram mortos e não encontrados durante o fim da tarde.

Eles ainda guardam a esperança de encontrar os colegas com quem batalharam lado a lado.
Demore o tempo que for esses soldados não querem abandona-los.

Ao redor

No lado esquerdo da Muralha Sina, Hanji e três cientistas escrevem detalhes, do tamanho a uma característica peculiar, sobre os titãs adormecidos contra a grande parede.

– Certifiquem-se da quantidade exata de titãs! – Hanji comenta com o grupo.

– Eles devem ser como aquele estranho titã que estava nos ajudando – um dos cientistas fala.

– Torço para que esteja certo – Hanji diz enquanto anota algumas informações – Se eles forem realmente capazes de entender será mais uma vitória para o nosso lado.

– É curioso... – comenta outro cientista.

– O que? – pergunta o primeiro cientista.

– Pela primeira vez encontramos titãs com capacidade de comunicação e todos eles estavam bem abaixo de nossos narizes. Estou pensando... O que mais vamos descobrir que ainda está de baixo de nosso nariz?

– Muita coisa – Hanji diz – Muita mais do que imagina.

Em torno de dez titãs descansam encostados à parede. Todos sem ferimento ou algo que os incrimine. Seus rostos são tampados pelo breu provocado pelo tamanho que possuem.

–- ✷ --

– Espero que esses humanos consigam usar esse recurso com mais cuidado. Passado de mão em mão por diferentes gerações isso apenas levou ao fim de diversas vidas inocentes.

Em algum lugar próximo a uma gigante Muralha um titã com estranha forma caminha.

– Um dia eu fui como vocês... Determinado, sonhador, corajoso, porém a ganância tornou-se maior. O desejo pelo elemento foi avassalador e retirou de mim o que tinha. Por isso, tomem cuidado com essa coisa. Em mãos erradas ela se torna a arma capaz de destruir o que odeiam, mas principalmente destruir o que mais amam.

O gigante aproximasse da Muralha. Pêlo é notado por seu corpo.

– Minha rainha! – mira ao céu. – Acredito que agora acertamos. Nosso povo não mais sofrerá.

Ele flexiona seus joelhos no intuito de pular a Muralha.

– Nossos recursos estão em boas mãos. Descanse em paz Ymir.

Fora das Muralhas, o titã caminha para algum lugar incerto. Deixando que sua mente o guie.

Seus pensamentos ganharam a paz. Sente-se livre para caminhar sem desejo de parar.

Acompanhado pela brisa noturna e pelo canto de algumas corujas.

Seu vulto some ao horizonte entre poucas árvores.

–- ✷ --

Pequenos animais acordam pelo canto alegre de alguns pássaros. Eles espreguiçam-se preparados para o novo dia.

Os cavalos da tropa são preparados para a partida daquele lugar em direção a Karanese. Apesar disso, alguns já não estavam mais ali fazia alguns minutos, pois esses foram em outras direções com seus cavaleiros.

Hanji que sequer tinha dormido está levantada passando ordens a alguns grupos. A cientista tinha ouvido falar sobre Adrian, mas sequer havia tido oportunidade para conversar com o jovem rapaz.

Apressada a cientista procura uma maneira de ajeitar os últimos detalhes da viajem e a maneira de levar os titãs sem causar pânico na Tropa.

Sua cabeça atolada em ideias e maneiras de leva-los tromba contra a realidade de seus soldados. Ela sabe que eles não desejam ver algum outro titã por um longo tempo. Apesar disso sua sanidade ainda não consegue ser maior do que sua curiosidade.

–- ✷ --

Erwin está dentro da barraca onde Levi, Mikasa e Eren estão.

O garoto de olhos verdes recuperou-se muito bem dos graves ferimentos e da sua mutilação. Ele e Mikasa ainda dormem.

Levi tinha acordado há alguns minutos, mas por escolha decidiu permanecer deitado. Mesmo que seus ferimentos não tenham chegado à gravidade dos de Eren ele tinha sérias lesões no dia anterior – todas recuperadas. Seu cansaço também foi maior, pois permaneceu mais tempo em atividade na batalha.

– Você está bem Levi? – Erwin pergunta olhando para o pequeno deitado.

– Estou me sentindo insignificante – diz lembrando-se de suas memórias.

– Por que diz isso? – estranha a afirmação do garoto.

– Esqueça. O que tem para me dizer?

– Você surpreendeu mais uma vez Levi. Nós ganhamos parte do mistério – sorri para o pequeno.

– Finalmente. – sente-se aliviado – Pensei que esse dia nunca fosse chegar.

– Muitos de nós pensamos o mesmo – Erwin ri.

O pequeno apoia suas mãos nas beiradas da cama e força-se contra para levantar seu tronco, um esforço incomodo causado pelo cansaço que ainda permanece em seu corpo.

– Vejo que não precisa muito de minha ajuda – Erwin diz contente.

– Não é dessa vez que você terá essa honra – sorri irônico.

Erwin retribui o sorriso contente pelo amigo.

– Estou feliz que esteja bem – vira-se para a saída da barraca – Tem mais uma pessoa que espera para vê-lo... – levanta sua mão e aponta para fora – Ela está mais pirada que normal então tome cuidado! – arrasta o pano da barraca e sai.

“...” – fica um pouco corado – “Ao que parece ela está bem.” – sorri disfarçadamente.

–- ✷ --

As roupas rasgadas e manchadas de sangue não haviam sido trocados.

A cientista aproximava-se dos corpos de soldados e de um lado avista uma espada ensanguentada.

– Deve ser de um deles – abaixa-se e pega o punhal da espada.

– Tenente onde devo colocar essas coisas? – uma soldada pergunta segurando diversos objetos.

– Ponha dentro de alguma carruagem vazia – levanta-se segurando a espada.

– Mas... – os olhos da garota parecem perdidos – Todas estão cheias Tenente.

– Melina! Aquela ali está um pouco vazia – um soldado grita a garota.

– Tenente! – chama um soldado atrás da garota – O que devo fazer?

A cientista se vira.

– Ajude-os ali – aponta para a direção atrás do jovem soldado.

– Tenente! – voz.

“Hoje o dia está agitado...”

– Diga! – ainda apontando para a direção, a garota se vira.

– Senti sua falta – aproxima-se repentinamente.

– Levi?! – pergunta e afirma confusa. – Oe,ooe,oe!!!

O pequeno havia decido não esperar. Não existiam mais motivos. Não tinha por que recursar-se.

Depois de suas visões do passado ele parece ter mudado. Seu coração e pensamentos não eram os mesmos. Seus impulsos alteram-se, não encontrando motivos para o contrário ele desejou obedecer a eles.

Segurando- a fortemente contra seus braços ele impulsiona Hanji um pouco para trás, o que provoca uma leve diminuição no tamanho da garota.

Deixando de lado a repetitiva ocasião do encontro dos olhos, Levi optou em pular tal etapa evitando os olhos estarrecidos de Hanji. Já não era importante vê-la e ter certeza de que ela aceitaria seu beijo. Ele tinha a certeza de que ela aceitaria de qualquer forma.

Inclinou-se junto à garota e ali mesmo, em frente de todos os soldados e Erwin, Levi impulsionou seus lábios contra os de Hanji.

Ambos pareciam ansiar por esse encontro com tamanho desejo que se tornou extremamente explicito.
Travando uma batalha entre eles, os lábios lutam pela conquista de um vencedor. O desejo pelo ato provoca uma estranha sensação jamais notada pelo casal, mas que começavam a gostar cada vez mais.

O doce e singelo toque da boca não era mais estranho ou incomum. Acostumaram-se a troca do beijo, uma sensação de naturalidade toma conta de seus corpos provocando uma recusa pela pausa.

Pela primeira vez o beijo foi dado sem medo e recebido sem receio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
Até o próximo e último capítulo! :'(



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