– Hanji. – engole sem mastigar – Hanji. – tenta acalmar a garota – Me escute filha. – fecha a boca.

– O que foi? – olha para cima.

– Você deve ter notado que o efeito em você não foi o mesmo que seus amigos. – sorri – Estude isso. É uma grande sorte ver que a cura está em boas mãos.

– Cura? – pergunta duvidosa.

Hajime desvia sua atenção para a titã.

– Espera!

– Não se esqueça de sempre acreditar no seu potencial. Proteja as pessoas com seu conhecimento, ele é o nosso único aliado. – sussurra ao vento.

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Os soldados que ainda restam lutam com todas as forças para derrubarem os titãs. Já evitando em desgastar a grossa pele dos gigantes, os soldados tentam imobilizá-lo na maior quantidade possível.

Eren e Mikasa continuam dormindo.

Levi seguindo o fluxo dos titãs acabou aproximando-se mais do centro. Sua energia não é mais suficiente para que continue, mesmo assim ele luta contra seu corpo para continuar.

Entretanto, o pequeno acaba cometendo um deslize e isso custa a ele toda a energia que restava. Um titã atrás de si interrompeu a continuidade do fio do DMT fazendo Levi desequilibra-se e atingir o chão. Apesar de ter conseguido se safar a tempo de um impacto maior tal ato fui suficiente para esgotá-lo.

O pequeno está encostado contra a parede de uma das casas destruídas, entre destroços e carcaças. Tentando buscar algum tipo de recuperação para sair daquele lugar.

“Parece que essa coisa não vai sair daqui.” – encara com desprezo o titã que havia o derrubado – “Estou ferrado.”

Insano é o olhar do titã que mira sua próxima vitima sem saída.

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– Você continua com a mesma força que um humano, apenas muito maior que o normal. Sua força e habilidade não são diferentes de um ser humano normal Aragon. – retira as lâminas – Ao contrário de quem sofreu com experimentos você sequer passou por isso. Preferiu inventar uma nova maneira para se transformar em um titã, mas será que pensou tão bem nessa fórmula? Afinal, você está cego agora. – apoia sua cabeça sobre o nariz do gigante que ainda agoniza – Esse sofrimento jamais chegará perto do qual meu irmão e muitos outros inocentes passaram em suas mãos. – mira as lâminas no pescoço do gigante.

O titã sofrendo pela dor cai ao chão.

– Essa é a vingança pelo irmão Senhor Aragon. – as lâminas perfuram a pele e rasgam o pescoço do gigante.

A Virada

“Todas estão acabadas...” – pensa deitado sobre o telhado marrom de uma casa – “Quantas devo ter utilizado para matar tamanha quantidade de titãs?” – levanta o que seria uma espada ao céu – “Acho que agora não vou conseguir fazer mais nada... Mas, o que será que está acontecendo ali?” – vira sua cabeça para Hajime – “Ele está vivo até agora.”

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Na dura batalha travada entre dois fortes titãs a violência parecia não ter fim. O corpo sofrido pelas marcas e graves ferimentos causados por ambos. O sangue corria pelo rosto de Hajime e sua sanidade já não mais o comandava. A estranha titã espelhava cansaço e ódio.

Pronto para finalizar Hajime segurou a mão da titã e impediu que a mesma o acertasse. Aproximou-se do rosto da gigante e com a outra mão segurou seu pescoço na tentativa de sufoca-la.

Perdendo o ar a titã ficou menos violenta colaborando para a deixa de Hajime. O gigante titã mordeu sem piedade a nuca da titã que logo gritou pela dor. Apertando seus dentes contra a grossa pele, ele anseia e deseja loucamente em matar a jovem garota alojada ali. O sangue espirra e seu rosto fica desenhando pelo vermelho vivo.

A titã agonizou até seu fim, seus olhos mostravam a dor e lágrimas pareceram cair de seus olhos. Hajime controlou a força da gigante o que favoreceu seu ataque. E espremeu com toda sua força o que antes era uma humana.

Com isso, a interligação entre os titãs e ela foi desconectada, acabada, finalizada. A força brutal que eles tinham sumiu e muitos foram abalados tombando uns contra os outros e contra as casas na procura do equilíbrio.

O momento exato para que o contra ataque fosse eficiente e concreto.

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A noite começa a reinar. As estrelas preenchem o céu. O vento volta a soprar. Os pequenos animais noturnos saem de seus lares animados pelo fim. Na escuridão os soldados choram e se alegram, nela aproveitam para mostrarem suas fraquezas e, principalmente, a dor.

A luz do luar é o único meio de iluminação sobre o que antes era uma guerra.

O grande breu esconde os diversos corpos e as marcas deixadas pela guerra.

Descansando agora eles estão, os sobreviventes da pior e mais devastadora batalha que a humanidade viveu.

Poucos são os soldados que irão retornar para casa para abraçar e ver seus familiares. Poucos irão sentar em suas camas e retornarão em seus pensamentos para esse dia. Poucos vão visitar os túmulos de seus amigos. Poucos contarão a história desse dia. Poucos vão chorar pelas perdas e pela vitória. No fim, poucos serão marcados por esse dia.

O dia em que a humanidade foi libertada. A vitória da humanidade.

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Levi foi encontrado em cima de uma casa descansando, aparentando estar muito cansado. Foi colocado junto aos demais soldados que conseguiram sobreviver dos ferimentos.

Hanji está próxima ao corpo morto de seu pai sobre a gigante titã. Seus olhos não conseguiam segurar as lágrimas e seu coração muito menos conseguia controlar o grande aperto. Olhando para o corpo ferido de seu pai ela se lembra da sua infância ao lado do cientista, dos dias em que aprendeu e riu ao lado do seu pai, dos dias que brigou com ele e dos dias que pediu desculpas. Presa novamente a dor de perder um familiar pouco tempo antes de descobrir que era alguém importante em sua vida, assim como seus avós.

Rendendo-se a dor ela cai de joelhos ao chão chorando pela morte.

– pai! – murmura – Me desculpe por ter demorado em encontra-lo.

Faz uma pausa.

– Por favor, diga a mamãe, a Marco e a Rose que sinto muito a falta deles.

– Eu prometo ao Senhor que irei livrar a humanidade desse mal e protege-la... – as lágrimas não cessam – Tenha um bom descanso. O Senhor merece ter paz.

– Todos nós merecemos a paz. – diz olhando para as estrelas.

Passado e Futuro

Erwin chegará ao pequeno ponto estabelecido fora do Distrito para que os soldados descansassem. Ao meio do refúgio uma fogueira acessa ilumina poucos metros ao seu redor, uma claridade fraca.

Apoiado a Adrian o ferido Comandante apresentou-se ao pequeno grupo de soldados que ainda permaneciam acordados e ficou surpreso ao ver alguns titãs próximos dali.

Adrian foi questionado algumas vezes do motivo de estar junto a Erwin e como havia escapado das cordas. Respondendo a todas as perguntas ele disse ter sido o responsável por toda a confusão e que se sentia culpado por isso. Erwin também anunciou que o jovem rapaz havia matado Aragon e que sua lealdade ao louco cientista nunca foi real.

Os demais leais ao cientista ficaram surpresos pela noticia da morte, mas em parte ficaram felizes por se sentirem livres.

Eren recupera-se lentamente de seus graves ferimentos, Mikasa e Levi não são diferentes.

O soro que ainda corre por suas veias não altera o corpo humano em aparência, mas por dentro é completamente renovado por uma grande força. Hajime nunca desistiu de estudar genes humanos, com isso acabou criando uma droga de mutação sem alteração corporal.

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Anos atrás.

– Você tem certeza que é seguro Hajime? – a preocupação emana da voz da jovem mulher.

– Mas onde foi parar toda a sua confiança em mim? – olhou triste para a mulher – Não se preocupe meu amor. Isso vai protegê-la. – retira uma seringa da bolsa.

– Espero que esteja certo. – levanta a colcha da cama e se deita junto à pequena criança que está dormindo.

– A partir disso nada poderá alterar seus genes. Ela vai estar protegida a qualquer soro que conter a mutação humana, assim nunca passará pelo desprazer de ser uma titã. – aplica na veia da garota.

– Tão pequena e passando por tudo isso. – a mulher sussurra passando a mão nos cabelos da criança – Você ainda acredita na possibilidade de cura? – desvia seu olhar para o homem a sua frente.

– Claro. – beija a testa da pequena enquanto retira a seringa – Eu farei de tudo para que ela não sofra no futuro.