Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 24
Nova vida sem você


Notas iniciais do capítulo

Desculpa!!! Eu deveria ter entrado para postar o capítulo de terça, mas acabei me esquecendo. Minha semana foi focada nos últimos estudos para o ENEM, evitei o contato com a internet e me preparei mentalmente para aquilo. Por favor, me desculpem, não era a intenção. Eu tenho capítulos prontos e poderia postar, mas realmente não lembrei T.T ~rola uma certa pressão dos pais e eu acabei esquecendo ~. Sério mesmo, o único problema foi esse!! Espero que me perdoem pelo enorme atraso, eu prometo que nunca mais farei algo do tipo. Qualquer evento inesperado que possa acontecer irei avisar ou se for esperado irei postar antes!! Afinal: Eu volteiiii, agora pra ficar (8 ~ preguiça de pegar o simbolo de música ~

Bem, espero que me desculpem e vamos ao que interessa. Capítulo novo e como eu disse a duas semanas atrás, nessa semana sai o capítulo tão esperado por vocês - e sim, ele vai ser postado. E amanhã!
Espero que vocês gostem desse capítulo. Lembrando que frases entre aspas são os pensamentos do lindoso Rivaille e caso não seja nome da personagem estará na frente da frase.
Agradeço a compreensão de vocês e espero agradar com esses capítulos - até para vocês não ficarem tão bravas comigo por conta do atraso e talz T.T.
Enfiim, desejo uma boa leitura e se divirtam!
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=8hSgD7iYPz8 (acredito que a música não de o tempo da leitura, tendo assim que repeti-la mais uma vez) - Espero que gostem >.<
Novamente, agradeço a todos que acompanham a história.
Imagem: Natsuki-3 DevianArt



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“Essa dor vai continuar? Seus sorrisos insanos ainda perturbaram e brincaram com minha cabeça? Irei lembrar-me de sua imagem borrada sendo escondida pela escuridão... Até quando?”.

O pequeno capitão foi levado às pressas para a sala de operações do médico oficial da Tropa. Erwin, um dos acompanhantes, recebia ordens dos auxiliares para não entrar na sala médica. Mesmo que muito relutante ele obedece. Era incerto dizer, pelo menos naquele momento, o que se passava na cabeça do Comandante. Querendo ou não ele tinha certo apego com Rivaille, uma relação de irmandade que construíram ao longo dos anos que trabalharam juntos.

Os segundos, os minutos e por fim as horas passaram.

O garoto ainda inconsciente recebia os últimos cuidados. Os médicos não esperavam que os graves ferimentos conseguissem manter o pequeno vivo, mas pensaram o contrário quando viram uma pequena reação. Ainda inconsciente, algumas lágrimas escorreram por seu rosto ferido. Uma pequena e engraçada curiosidade passava pela cabeça de quem conhecia a história fantástica do homem mais habilidoso da Tropa.

Quem dera soubessem seu verdadeiro passado. Entre muitas batalhas até mesmo o homem mais forte poderá cair sob seus pecados e padecer ao peso que tanto carrega.

Rivaille está com sua mente sendo perturbada pelos assombros das batalhas. Na espera de acordar daquele terrível lugar ele luta para manter-se estável.

Sem saber o médico ofereceu a liberdade daquele horror quando é distraído pelo comentário importuno de um dos seus auxiliares. – O bom médico segura uma pequena tesoura, utilizada para cortar algumas faixas para enrolar a mão de Rivaille – . Está com ela certeiramente apontada para o braço do pequeno. O efeito anestésico começa a passar aos poucos. Foi quando o distraído homem virou-se e sem a intenção raspou, com certa força, a ponta da tesoura no decorrer do braço de Levi.

Toda ação tem sua reação.

Um sorrateiro grito foi escutado apenas pelos presentes na sala. O médico assustado ficou alguns segundos sem reação até retomar, normalmente, seu trabalho que agora é cuidar do novo ferimento que ele causou.

Os olhos de Rivaille piscam diversas vezes. Com certa dificuldade a forte luz da sala entra em seus olhos, o cegando por algum tempo, até acostumar-se. Na tentativa de impedir, com mais eficácia, a entrada da luz ele tentou utilizar seus braços, mas nada sentiu senão o incrível peso que eles estão. Parecia carregar alguns sacos de arroz em cada braço. Apesar de ser apenas a fraqueza do seu corpo.

Sua mente começava a reorganizasse e boa parte do temível pesadelo já tinha sido esquecido.

Lembranças

Se passaram três semanas desde a morte de Hanji.

Os aparecimentos de titãs tornaram-se muito menos frequentes e as saídas em busca dos mesmos tornaram-se mais rotineiras. Muitos titãs que ficaram presos entre as Muralhas foram exterminados e estão sendo caçados para o mesmo fim. Alguns titãs foram capturados de acordo com a escolha do Esquadrão de Pesquisa – que adotou a incrível determinação de investigação da falecida Hanji Zoe – em torno de 10 titãs raros já foram capturados. A capacidade da pesquisa e de apoio para o esquadrão aumentou significantemente nos últimos dias.

A população ainda não sabia, mas muita coisa acontece enquanto dormem tranquilamente, passeiam descontraídos ou se divertem por ai. As controvérsias que ainda rodeiam a curiosa vida dos titãs não foram facilmente explicadas e uma boa parte ainda não foi revelada, com motivos de evitar o caos. O mistério sobre a elite, da Muralha Sina, começava a ser esclarecido e todos os podres daquela sociedade foram sendo desenterrados, e até mesmo os de dentro das Tropas estão sendo descobertos. Enfim, muita coisa, antes privada para fortalecer o domínio dos titãs, começa a ser descoberta.

Rivaille ainda está ferido. Algumas diferenças que ele se vê de Hanji é que: a garota não havia quebrado as duas pernas e lesionado parte do corpo. Ele manteve seu jeito normal de agir, mal conversava, senão para debater algo importante. Porém, estranhamente, ele passou a ler diariamente o que a garota lia.

Seus dias passavam com a adaptação de seu corpo com as diversas tranqueiras que foram embutidas nos seus gessos, tudo para manter sua boa postura e evitar que se lesiona-se mais. O pequeno passa seus dias nos diversos cômodos do QG abandonado.

Seus recrutas passaram a cuidar da limpeza do enorme local, ora ou outra viam seu capitão na tentativa frustrante de limpar algum móvel.

Atualmente. O garoto, já sem boa parte das faixas e gessos, está sentado na enorme varanda do QG. O dia quente pedia uma bebida gelada e tristemente ele teve de substituir o seu chá por um copo gelado de água.

Sentado sobre um banco de madeira, com seu copo à esquerda e um livro científico à direita, ele olha serenamente para as árvores ao seu redor que tem suas copas remexidas pelo sopro do leve vento. Até então o garoto tinha evitado, de todas as maneiras, lembrar-se de alguma imagem de Hanji. Quando seus lindos olhos acinzentados ganharam a atenção de uma singela flor avermelhada que vinha, à direita, na sua direção. Ele seguiu-a com seus olhos. O vento a levou calmamente até o lado oposto e com certa fragilidade ela toca o frio e cinza banco de concreto e lá pode por fim repousar. Alguns pássaros saíram de dentro dos seus ninhos e fizeram um pequeno barulho, o copo de água caiu para fora do banco causando um som que perturba a mente de Rivaille.

Seus olhos arregalaram-se e inconscientemente se lembrou do vestido vermelho jogado pela grama – tentou esquecer balançando sua cabeça –, o barulho de alguma coisa – fechou seus olhos e respirou – e as lágrimas que caiam – sua mente foi levada –. Finalmente obteve a sensação que relutava para não obter. Sentiu novamente o doce beijo de Hanji.

Sem forças deixou-se entregar a incrível sensação que tanto sente falta. Relaxou-se ao máximo na tentativa de imaginar com mais sensibilidade todo aquele sonho. Sua boca sente com clareza os toques que tivera contra a boca de Hanji, suas mãos tocavam novamente o rosto e macio corpo da garota, seus olhos tiveram a liberdade de presenciá-la em todos os momentos – desde o dia em que a conheceu –. Um leve sorriso passa a estampar a sua face, antes sem reação.

Com o tempo ele adormece. Pela primeira vez dormia com seus pensamentos calmos.

“Via seus olhos nocivos sobre os titãs e já sabia que eles, com certeza, não sairiam vivos. Apesar disso eu tinha medo, não de vê-la sendo morta, mas de você não conseguir mata-lo e levar consigo algum inocente que apenas estava ali para te auxiliar. Eu sequer ligaria em deixa-la sozinha, os caçando, mas levar alguém que nada tem a ver com suas loucuras já era apelação, por isso alguém sempre teve que cuidar de você para evitar isso.

Você tinha tudo para transformar essa sociedade de merda em algo bom. Transformou soldados antes covardes em homens e mulheres determinados e determinadas. E principalmente, mudou a cabeça de alguém que agora tenta transformar o seu longo caminho. Uma garota – um tanto estranha – chamada Nani. Quem diria que suas loucuras um dia iriam ser contagiosas? Como uma doença, o grande causador: você, que passou para as pessoas seu contágio e em poucos dias apareceu, sorrateiramente, até que atingiu a determinação dos soldados. Só é estranho que para esse contágio funcionar o principal componente teve que ser retirado.

.....

Agora evito, não posso olhar para trás, e me lembrar desses dias que não retornarão. Você fez o que era para ser feito, afinal não podemos ter medo todas às vezes. Mas agora fico me escondendo em meu quarto me lembrando dos dias de paz que deixaram a todos cegos. Quem sabe se eu tivesse lutado mais conseguisse voar. Você me disse, há muito tempo atrás em deixar as muralhas, fora do portão, então mais do nunca isso se tornou real. Como um pesadelo, isso está sendo doloroso para mim, porque ninguém quer morrer tão cedo. Esses dias de tristeza estão tão estranhos. Eu podia ver seu rosto, podia ouvir sua voz, me lembro do dia em que nos conhecemos, dos dias que sonhávamos, e agora tudo é tão doloroso.

Eu podia ver seu rosto e podia ouvir sua voz.”


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado e até semana que vem!! *---*



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