A última rosa do jardim escrita por fanficfans


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, antes de mais nada, mil desculpas pelo meu sumiço.
Muitas coisas aconteceram e minha cabeça estava a mil. Realmente estava sem tempo algum pra me dedicar a fic e escrever algo pelo menos decente.
Tentei seguir a recomendação de algumas e escrever algo mais longo. Mas, eu realmente não consigo escrever tanto, porque minha criatividade é péssima!

Mais uma vez, obrigada pelos comentários, eu fico muito feliz com cada um deles, isso me motiva muito a continuar escrevendo. Obrigada por acompanharem a fanfic.

Espero que gostem do capítulo. Boa leitura =))



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–Filha, em duas horas a Marina chega, quer ir conosco até o aeroporto esperar por ela?- por mais que eu quisesse muito encontra-la logo, eu achei que nosso primeiro contato deveria ser longe de todos, só nós duas-.

–Mãe, não vai da. Eu estou cheia de coisas pra fazer, prefiro ir a casa dela mais tarde, diz que mandei um abraço, tudo bem?- minha mãe deu um sorisso fraco, ela sentia que ainda não estava tudo bem entre nós, mas não se opôs a minha decisão-.

–Tudo bem,Clara. Eu vou me arrumar –disse saindo do meu quarto em seguida-.

A Marina chega em poucas horas e tudo que eu consigo pensar é na forma como ela me tratou durante aquela ligação. Ou melhor, não me tratou, já que assim que soube que era eu no telefone, tratou de desligar e enviar uma mensagem com qualquer desculpa pra Helena.

Só de imaginar que não teria que ver, nunca mais, aquelas fotos daquela na companhia daquela ruiva, me dava um alívio tão grande.Eu não sei explicar o que sentia cada vez que via aquelas fotos.Sei que me incomodavam e muito, e estava feliz por não ter que sentir aquele incômodo nunca mais

POV´S Marina

Quando ouvi a voz da Clara, pareceu que o sangue tinha parado de correr em minhas veias, se eu não estivesse sentada, certamente cairia no chão. Depois de tanto tempo, escutar a voz dela surtia mais efeitos em mim do que eu podia imaginar. Foi como se aquela fosse a única voz que eu precisaria escutar a minha vida todo pra me sentir bem.
Mas, não tive coragem de manter aquele diálogo, e num impulso desliguei o celular. E algumas horas depois mandei uma mensagem de desculpas pra Helena, alegando que havia acabado minha bateria. Tive medo dos efeitos causados pela voz da Clara, o que posso imaginar me ocarra quando ve-la e escutar essa voz pessoalmente?

Finalmente eu estava no Brasil, não que eu quisesse muito que aquilo acontecesse, devo confessar que esta aqui me da medo. Medo das questões que deixei pendentes aqui quando fui pra Londres.
Medo, principalmente, de encontrar Clara, de não poder mais adiar aquela conversa e ignorar tudo que ela tinha a me dizer.
Eu sei que ela realmente gosta de mim, não da forma como eu gostaria, mas gosta. E sei que ela quer retomar a nossa amizade, mas eu simplesmente não posso, não conseguiria continuar vivendo com a presença da ausencia do seu amor.

Assim que desembarquei, suspirei ao fechar os olhos, que saudade eu estava desse clima, das pessoas, desse cheiro de Brasil.
Fui andando em direção a porta do desembarque e de longe pude ver meu pai, tia Chica, tio Ricardo, Helena e Felipe, não avistei Clara, e retrai meu corpo ao pensar na possibilidade dela esta ali.
Corri em direção a elas e abracei meu pai, tinha vontade de enche-lo de beijos e abraços. Que saudade eu estava do meu velho. Ao solta-lo me direcionei a tia Chica e a abracei, e assim fiz com todos. Percebi que Clara realmente não estava presente e não sei se me sentia triste ou aliviada por isso. Eu realmente não sei quando estarei preparada para reencontra-la.

– Minha filha, você esta ainda mais bonita.- disse meu pai enquando me abraçava-. E quem é essa lindeza que ta aqui tão calada.

–Me desculpa gente, fiquei tão feliz em ver vocês que esqueci de apresentar a Vanessa. Vem, Van –disse segurando sua mão-. Gente, essa é a Vanessa, minha namorada. Pude perceber a expressão de todos ali quando pronunciei a palavra “namorada”, todos fizeram cara de espanto, menos meu pai que já sabia de tudo e sempre me apoiou.

–Menina, você é ainda mais linda pessoalmente

–E o senhor é ainda mais simpático- Vanessa disse enquanto abraçava meu pai-

–Poxa prima, eu já estava aqui na expectativa que fosse alguma amiga que você estava trazendo pra me apresentar- Felipe sempre bem humorado disse enquanto a abraçava-

–Não, essa já é minha, mas vocês ainda podem ser amigos – ria abertamente, enquanto percebia Vanessa claramente envergonhada-.

–Marina sempre me falou muito de todos vocês e são realmente como ela falou. Estou muito feliz de finalmente conhecer todos. – Vanessa falava simpática-.

–Hm, ela falou da gente ou só da Clara? Porque elas são coladas menina, daqui a pouco você vai ver o grude, já vou avisando que é pra você não ter ciumes – Vanessa olhou em minha direção e me viu engolir seco e da um sorisso sem mostrar os dentes-.

–Ela me disse sim da Clara, e estou ansiosa pra conhece-la.

–Pois é, ela não pode vir, mas disse que logo vai a sua casa, ela esta com muita saudade- Tia Chica falava enquanto me olhava de forma questionadora, como se quisesse descobrir através da minha expressão diante do que ela falava o que realmente estava acontecendo.

– Bom, então vamos pra casa? –eu disse evitando contato visual com qualquer um que fosse, enquanto empurrava o carrinho que continha minhas malas-.

Fomos pra casa e durante todo caminho eu me senti estranha. Eu não sei como será quando me encontrar com a Clara. Não sei como as coisas serão daqui pra frente. Só de estar no Brasil, eu já me sentia entregue a ela.

Assim que chegamos em casa, eu fiquei ainda mais apreenssiva, sentia medo em pensar que há qualquer momento ela poderia chegar, me olhar com aqueles olhos castanhos que tanto amo e me lançar aquele sorriso encantador, bastava pensar nisso e imaginar aquela cena acorrendo, que sentia todo meu corpo arrepiar e um medo me invadir, mais do que nunca eu precisava da Vanessa ao meu lado, precisava me apoiar no amor que ela sentia por mim e em todas as coisas que fez para que eu “superasse” a Clara. Eu não queria e nem deveria simplesmente esquecer tudo que aconteceu e sair correndo atrás dela, esperando que ela finalmente sentisse o mesmo que eu.

**

POV´S Clara

Marina chegou, pude ver da varanda do meu quarto uma movimentação na rua e podia jurar ter ouvido sua voz. Mas, era apenas o Felipe entrando e pegando alguma coisa que não soube identificar. Eu queria ir até a casa dela, na verdade, estava me segurando pra não sair correndo atrás dela desde quando minha família foi ao aeroporto encontra-la. Mas, eu serei paciente, vou esperar o melhor momento, para que possamos nos resolver de uma vez e voltarmos a ser como antes.

Esperei até todos estarem em casa e deduzi que aquele seria o melhor momento pra ir a casa da Marina. Assim que cheguei na porta da sua casa, escutei a voz dela vindo do fundo, provavelmente estaria na piscina. Marina sempre adorou piscina, mesmo a noite. Fui andando letamente e pude ve-la sentada com os pés na água, as mãos apoiadas pra trás, sustentando seu corpo, a luz da lua refletia no seu rosto enquanto ela mantinha um sorriso leve nos lábios. Aquela imagem me emocionou. Ver Marina daquele jeito fez meu coração acelerar e pude sentir um arrepio incomum.

Devo ter feito algum barulho porque ela se assustou e olhou na minha direção com aqueles olhos curiosos e ao mesmo tempo tão intensos.

–Clara, oi – Marina disse sem me olhar diretamente nos olhos, colocando-se de pé-

–Marina, que saudades! – eu suspirei enquanto caminhava em sua direção e lhe abraçava com força- Meu Deus, como você ta linda. Não acredito que passei tanto tempo longe de você – eu não conseguia parar de abraça-la, mas ela não me correspondia e nem falava nada- Ta tudo bem? – Disse enquando me afastava, um tanto sem graça pela reação da Marina.

–Ta tudo ótimo. E você, tudo bem? –ela se afastou ainda mais de mim enquanto vestia seu roupão-.

–Tudo bem. Mas, na verdade, esperava esse nosso reencontro um pouco diferente –suspirei- mas, o importante é que você finalmente ta aqui e eu não aguentava mais de tanta saudade – eu disse enquando acariciava seu rosto e ela não esboçava nenhuma reação.-. A gente precisa conversar, eu tenho tanta coisa pra te falar, pra me desculpar...

–AH, oi? – me assustei e olhei em direção ao olhar de Marina. Foi quando me deparei com a ruiva das fotos, de biquini e com duas taças na mãos. Aquilo não podia ta acontecendo.

–Oi Van. Você demorou! – Marina foi em direção a ela e me deixou em estado de choque total quando a beijou nos lábios e a abraçou de lado - Essa é a Clara, minha prima. Clara, essa é Vanessa, minha namorada. – “ namorada” aquilo martelou meus ouvidos, por um instante me senti tonta e senti que poderia desmaiar a qualquer momento. As duas se olhavam e sorriam de uma forma tão apaixonadas que poderiam dizer que se conheciam a vida toda.


–Oi Clara – a ruiva me cumprimentou com dois beijos no rosto enquanto eu parecia estática – Que bom conhecer mais um parente da Marina. Que família linda a de vocês. Vai se juntar a nós na piscina?

–Não. Na verdade eu já estava de saida. Só passei pra da um abraço na Marina. Podem ficar a vontade

–Tchau, Clara. – Marina disse sem nem me olhar, já me dando as costas para beijar Vanessa. Pisquei várias vezes e sai correndo. Minha vontade era sumir e deletar aquela cena pra sempre da minha cabeça.

Eu queria tirar a Vanessa de perto da Marina, queria me atirar nos braços dela. Mas, a única coisa que conseguir fazer foi chorar. Eu me sentia cada vez mais confusa. Por quê eu estava daquele jeito? Por quê não conseguia ver a Marina com outra pessoa que não fosse eu? O que realmente estava acontecendo comigo?

Sai correndo da casa da Marina, sem nem olhar pra trás, podia sentir as lágrimas escorrerem pelo meu rosto e meu corpo se arrepiar sempre que minha mente insistia em vagar novamente pela cena daquele beijo. Andei rapidamente pelo condomínio, quando puder ver Felipe e alguns amigos sentados numa pracinha ali mesmo.

–Ah, o que foi hein Clara?! Nem vem me falar que a dona Chica já ta me mandando voltar pra casa porque eu sei que ela saiu.

– Posso ficar aqui com vocês? – disse já me sentando e me servindo com vodka e gelo-

–O que ta acontecendo hein? Veio pra ca me vigiar?

– E por acaso eu já fiz isso antes? Só quero ficar aqui pô, não ta afim de voltar pra casa agora- falava fime, enquanto tentava controlar minhas lágrimas

POV´S Marina

Marina, ta tudo bem? – Vanessa me fazia a mesma pergunta pela miléssima vez em menos de cinco minutos e eu já estava começando a me irritar

– Já disse que sim. Será que agora podemos subir, tomar um banho e dormi? To cansada

–Olha só Marina, chegamos hoje e estava tudo indo muito bem até você ver essa sua prima, amiga colorida, rolo, ou seja lá o que for, e eu já adianto, se as coisas vão ser sempre assim, eu to fora?

–Como assim você “esta fora”, Vanessa? Não estou te entedendo – estava ficando cada vez mais alterada e com medo do rumo dessa conversa

–Olha Marina, não tenta me fazer de idota porquê eu, mais do que ninguém sei como você ficou por causa da Clara. Você mesma me disse. E agora, você simplesmente se encontra com ela e já fica super distante e estranha comigo? Eu te amo, mas não estou disposta a ser feita de step pra ninguém. Acho que já passou da hora de você se resolver com a sua prima.

– Não fala isso, você sabe como gosto de você, Vanessa. Eu só estou mesmo muito cansada, e isso não tem nada a ver com a Clara – eu acariciava o rosto da Vanessa, enquanto tentava convencer a nós duas sobre o que eu falava.-

–Por favor, Marina, eu amo você, te quero tão bem, não faz a nossa relação se perder dessa forma.

–Ei, nada vai ser perder aqui, ok?! Acredita em mim, ta tudo bem entre a gente, e as coisas vão continuar assim. É com você que eu quero ficar.- selei meus lábios com os da Vanessa e puder sentir quando ela sorria contra meus lábios. Meu Deus, como essa mulher é especial, eu realmente não posso nunca magoa-la.- Vamos subir? Estou realmente muito cansada.

Subimos as escadas e fui direto pro banho, enquanto Vanessa arrumava algumas coisas que estavam espalhadas pelo quarto. Assim que sai ela entrou pro banheiro e pude ouvir alguns gritos vindos da janela, e quando fui ver o que era, me deparei com uma cena surpreendente e até mesmo poderia ser considerada cômica, se não fosse um tanto trágico ver a Clara gritar por meu nome, enquanto segurava em garrava de vodka, visivelmente bêbada.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? aguardo os comentários, críticas e sugestões.
Mais uma vez, desculpa pela demora.
beijos