Ficamos ali por minutos parados um olhando pro outro sem acreditar, sim Harry estava ali parado na minha frente sem conseguir pronunciar sequer uma palavra, igual a eu. Aquilo estava totalmente confuso resolvi virar e ir embora dali, mas algo segurou meu braço me impedindo de partir.

Harry: Espera eu preciso falar com você.

Vc: Deixa primeiro eu entender o que esta acontecendo, por que sinceramente eu não to entendendo nada.

Harry: Você disse pra eu voltar e eu voltei.

Vc: Por que você não foi falar comigo?

Harry: Por que depois de escutar você falar que amor não existe é meio difícil, não acha?

Vc: Você queria o que, faz cinco meses que eu não saio do meu quarto.

Harry: Mas isso não é motivo e você dormi em um banco, a madrugada é perigosa.

Vc: Então foi você, espera um pouco, o que você falou com Marie?

Harry: E o que te faz achar que eu falei com ela?

Vc: Eu não sou tão burra assim Harry, ela mesmo poderia entregar isso. – Mostrei a carta. – Ao menos que fosse você morando aqui.

Harry: Tudo bem eu admito, sim eu falei com Marie eu expliquei tudo pra ela.

Vc: Anda me observando também?

Harry: Só queria ver se você estava bem.

Vc: Não é legal invadir a casa dos outros.

Harry: Eu amo ver você dormindo, toda noite eu te via dormi no orfanato. – Ele sorriu lembrando-se do passado.

Vc: O que você quer falar comigo?

Harry: Vamos conversar lá dentro. – Não pude nem discordar ele já havia me arrastado pra dentro, passamos pela sala onde quatro garotos, aqueles mesmo quatro gratos que andavam com ele na escola, no qual nos fitaram ao passarmos. Ele me arrastou escada a cima, logo deduzi que ele estava me levando para seu quarto, e eu estava totalmente correta, nos entramos e ele fechou a porta e se sentou na cama e me puxou fazendo com que eu me sentasse em seu colo.

Vc: Tem algo a ver com aquele dia?

Harry: Sim. – Ficou pensativo por instantes. – Eu decidi quem eu realmente quero ao meu lado.