Marie: Filha...(S/N) acorda meu amor. – Ela me balançava lentamente para que eu pudesse despertar.

Vc: Hum – Pisquei algumas vezes para que meus olhos definissem o que eu enxergava. – Oi

Marie: Você vai viajar, você precisa ir cedo.

Vc: Eu não vou mais, desisti.

Marie: Uma pessoa não desiste antes mesmo de tentar, o que houve?

Vc: Ele jogou na minha cara todas as palavras cruéis que eu disse na nossa despedida, coisas que eu nunca deveria ter tido, ele me fez criar um sentimento de culpa dentro de mim. Ele não me quer mais.

Marie: Você esta errada. Vai desistir por palavras, palavras não importam, mas sim o sentimento.

Vc: Diga isso pra ele, dizer eu te amo pra ele não significou nada.

Marie: Ele esta testando você meu amor, ele quer que você prove que ama ele, e ficando ai deitada não vai adianta nada. Levante e se arrume, você parte daqui a uma hora.

Me sentei e fiquei parada olhando pro nada, eu estava tentando raciocinar tudo o que eu havia acabado de dizer. Ela tinha razão, se eu estivesse no lugar dele eu faria isso, eu iria querer que ele provasse, realmente ele estava certa. Olhei pro relógio eram seis horas da manha, o que significava que eu só havia dormido uma hora, peguei uma bolsa e pus umas roupas, minha câmera e algumas outras coisinhas. Olhei novamente o relógio e já havia passado meia hora, resolvi que era hora pra eu tomar banho e me arrumar.

Passei na cozinha e tomei uma xícara de café para que eu pudesse despertar de vez, já que eu teria três horas de viagem, e mais sei lá quanto tempo pra encontrar Harry, já que no orfanato ele não estava mais. Peguei as chaves do carro e minha bolsa, sim agora eu sabia dirigir e Marie e Bob me deram um carro de presente de dezenove anos. Eu nem sabia ao certo qual era o caminho, já que eu nunca tinha feito trajetos tão longos como o que eu iria fazer, mas era por um bom motivo.

Liguei o radio em qualquer estação e comecei a dirigir, a estrada parecia não ter fim. Cada minuto que se passava era torturante, era como se eles se arrastassem, como se eles não quisessem sair do lugar. Talvez fosse por que eu não parasse de olhar as horas eu devia ver de cinco em cinco minutos, resolvi para de olhar, pois eu me torturava mais ainda. Não olhando no relógio o tempo de passou mais rápido e eu já havia chego na cidade.

Tudo estava ocorrendo bem, quando do nada uma pessoa nasce no meu da estrada, algo que eu pensava que seria impossível. Pisei o mais forte possível no freio, senti minha cabeça bater em algo, talvez no volante, isso me fez eu apagar aos poucos até que minha visão fica preta e acabo apagando.