Marie: Por que você ainda não foi atrás dele?

Vc: Por... Você deixa?

Marie: É claro meu amor, só encontramos o amor verdadeiro uma vez na vida, não o perca.

Vc: Obrigada Marie, quer dizer mãe. – Fui abraçando ela com um belo sorriso no rosto.

Marie: Amanha você partirá cedo para encontrá-lo, hoje já esta tarde.

Marie foi saindo do meu quarto quando do nada meu celular vibra, sim eu tinha celular agora. Era um mensagem, era um numero que eu nunca tinha visto na minha vida, mas como eu sou curiosa era obvio que eu iria ver.

“Desculpa mais eu acho que é tarde de mais. – Harry x.x”

Fiquei fitando a tela do celular por alguns minutos, não conseguia entender como ele tinha arranjado meu numero. Agora eu sentia o que ele sentiu quando eu havia pronunciado aquelas palavras, eu certamente havia o magoado muito. Uma parte de mim dizia pra eu desistir, mas a outra me dizia pra continuar em frente e foi o que eu fiz.

“E se eu te provar que não é tarde?”

Logo em seguida ele me respondeu.

“Não posso ficar apaixonada por alguém que more a três horas de distancia de mim, isso é loucura.”

Senti um lagrima escorrendo no meu rosto, apenas a sequei.

“Eu sei que eu fui cruel, me desculpa. Pensei que você não guardasse rancor.”

“Não guardo, apenas estou lhe mostrando a dor que eu senti. Adeus.”

Se eu pudesse me jogar na frente de um carro ou pular de uma ponte naquele exato momento, eu me sentiria melhor. Talvez não seja uma boa idéia eu voltar, vai ver ele estava certo, já é hora de dizer adeus pro passado. Quando eu notei já estava soluçando, resolvi que não queria ficar ali chorando, talvez dormi um pouco resolveria tudo, ou não, nunca se sabe.

Me troquei pra dormi, eu não iria jantar, na verdade não estava com fome e nem animo pra jantar. Me deitei e era como se aquilo ficasse remoendo na mente, e quando se fecha os olhos era como se piorasse mais. Isso foi o que resultou em uma noite mal dormida, fiquei me revirando a noite inteira na expectativa de conseguir pelo menos dormi por alguns minutos, mas nem isso eu consegui. Aquilo ficava martelado na cabeça, talvez isso seja minha mente avisando que eu sou culpada e que cada vez minha consciência pesava mais.

Olhei pro relógio eram cinco da manha, quando finalmente as coisas dentro de mim sossegaram e minha mente me libertava de um sentimento de culpa, mas só por algumas horas, ou talvez minutos, não sei ao certo já que ela tem vida própria.