Memories escrita por Meg M


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas estava sem imaginação. Este capítulo foi escrito com o objetivo de dar a conhecer um pouco mais tanto a Meg, como o Kentin. Não se esqueçam das notas finais! Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/524073/chapter/3

Meg´s POV:

– Pai, vou sair. Não contem comigo para o almoço! – Gritei antes de sair disparada pela porta do apartamento. O meu pai nem teve tempo para dizer o que quer que fosse. Hum… é melhor assim. Ao menos não se põe a inventar coisas!

Dei uma pequena corrida até ao lago que estava perto do meu prédio, pois foi o sítio onde eu e o Kentin combinámos nos encontrar. Ele ainda não chegou e eu começo a ficar nervosa… Demorei cerca de uma hora só para saber o que ia vestir. O meu habitual são 10 minutos, mas considerando que isto é um encontro tive que me esforçar. Escolhi um vestido branco de alças, que vai até um bocado antes dos joelhos. É muito simples, porém bonito na minha opinião. Pus também um colar ao pescoço, cujo possui a inicial do meu nome, umas sandálias e uma mini carteira. Por fim fiz um rabo-de-cavalo com o meu cabelo e aqui estou eu.

– Espero que se mantenha o bom tempo de agora durante o resto do dia. – Suspirei. Ao longe vi o Kentin a aproximar-se com a sua mota. Chegou perto de mim e travou a mesma.

– Fiz-te esperar durante muito tempo? – Perguntou enquanto tirava o capacete. Ele vestia uma t-shirt branca, um casaco de cabedal preto, umas calças de ganga e umas botas pretas. – Estás muito bonita. – Sorriu.

– Obrigada... – Sorri de volta.

– Sobe. – Fez-me sinal para subir e eu assim o fiz. Contudo tive que por as duas pernas para o mesmo lado por causa do vestido. – Toma, põe isto. – Ele deu-me um capacete e ambos colocámos cada um o seu. – Agarra-te bem. – Disse, voltando a sua face para a frente. Eu coloquei os meus braços em volta da sua barriga com alguma força.

– Estou pronta! – Respondi. Ele destravou a mota e partimos.

****************************************************************************************

Kentin’s POV:

Chegámos ao Parque de Diversões e eram 09.15h. Estacionei a mota e ajudei a Meg a descer da mesma. Ela estava muito bonita, para não falar do cheiro do seu cabelo. Cheira a… talvez pêssego? Maçã? Não faço ideia, mas que é bom, é!

– Onde vamos primeiro? – Perguntou a Meg ansiosa.

– Hum… montanha russa? – Sugeri.

– Vamos lá então! – Disse enquanto caminhava até à bilheteira da montanha russa.

– Meg, eu pago. – Ela fez cara feia. – Fui eu que te convidei. Não fazia sentido seres tu a pagar. – Arqueei a sobrancelha.

– Ok… Mas eu pago o próximo! – Resmungou com os braços cruzados. Eu concordei. Peguei nas duas senhas e entreguei uma à Meg. Sentámo-nos nos assentos da frente, ou seja, os piores para quem é fraco. Tenho pena da Meg…

– Tudo pronto! – Afirmou o senhor que nos acabara de retirar as senhas. Foi então que a geringonça começou a mover-se. Iniciámos lentamente, mas depois…

– AAAAAAAAAAAH! – Todos gritaram devido à adrenalina, que é produzida pelas glândulas supra-renais. Wtf? Ok, acho que vou vomitar.

A Meg estava com os braços no ar e feliz da vida… e eu aqui com os olhos fechados, todo encolhido e a gritar como uma menina. É vergonhoso. Passado 3 minutos saímos daquele inferno.

– A tua cara estava hilária! – Gargalhava a Meg.

– Eu comi antes de entrar lá dentro. Não devíamos ter ido. – Refilei olhando para o lado.

– Mas foste tu que sugeriste! – Provocava a Meg, piscando-me o olho.

– Se não parares com isso vais-te arrepender!

– Ora Kentin, que mau humor. – Gozou. – Quero ver isso.

– Está prometido então. – Sorri maleficamente.

– Muito bem, é a minha vez de escolher. – Ela olhou em volta e finalmente decidiu. – Aquele! – Apontou para o “chapéu mexicano”, que é muito conhecido. Comprou as senhas e sentámo-nos em assentos separados, visto que não podia haver mais que uma pessoa num assento.

**************************************************************************************

– Foi realmente divertido! – Disse ela entusiasmada.

– Sim! Agora é melhor irmos almoçar. Estou faminto. – Indiquei com a barriga a roncar.

– Por mim pode ser. – Sorriu.

Movemo-nos em direção a uma barraca que havia ali perto. Eu pedi um cachorro quente com ketchup e maionese e uma coca-cola. A Meg preferiu um Wellington Beef* e um sumo de laranja natural.

– Meg, queres falar de alguma coisa? – Perguntei.

– Hum… Fala-me de ti.

– O que queres saber?

– Tudo! – Sorriu.

– Por onde hei de começar? – Pensei alto. – Gosto de bolos, doces e tudo o que seja porcaria. – Ela riu. – Pratico bastante exercício físico. Hum… quero iniciar a carreira militar quando me formar. Os meus gostos musicais… prefiro electro house, mas também gosto de rap, hip hop e detesto aquelas músicas latinas. Sou filho único… – Ela olhava seriamente para mim. – A minha mãe e o meu pai estão divorciados e eu estou a viver com a minha mãe… Já me habituei com isso, portanto é-me indiferente. Raramente vejo o meu pai… mas também não importa. – Sorri forçadamente. Acho que ela deu conta… - Filmes de terror e ação é comigo e… Ah! E amo olhos castanhos! – Pisquei-lhe o olho. Ela corou, que fofa! Esperem… eu acabei de dizer que amo os olhos dela e pisquei-lhe o olho… O QUÊ?! Sinto as minhas bochechas arderem. Devo estar mais vermelho que um pimento! Muda de conversa Kentin, muda de conversa! – E-então e tu? – Tentei não olhar nos seus grandes e lindos olhos castanhos. Ela sorriu.

– Ora, eu sou uma rapariga simples. Tenho as minhas manias, como observar demais os outros, estar constantemente a mexer no cabelo, ouvir música quando tomo banho… – Eu ri pelo nariz. – Prefiro comida picante e não aprecio muito os salgados. A minha cor preferida é o azul do céu. Gosto de dançar e a minha grande paixão é pintar. Eu costumava pintar com a minha mãe, mas… - o seu olhar tornou-se triste e magoado. – Depois de ela falecer, há três meses exatamente, deixei de pintar. Porém no primeiro dia de aulas, quando cheguei a casa, por alguma razão senti-me inspirada e… voltei a pintar. – Sorriu. – Acho que foste a razão da minha inspiração. – Sorriu novamente. De seguida corou e pareceu muito atrapalhada. Eu fui a razão da sua inspiração?! Ok, bochechas a arderem mais uma vez… - M-mas continuando… v-vivo com o meu pai e o meu irmão. Só de pensar em filmes de terror arrepio-me toda. Adoro os de romance, aventura e também os de comédia. Ouço todo o tipo de música e a minha banda preferida são os Muse… Não me lembro de mais nada. – Ambos sorrimos. Ela é uma rapariga interessantíssima.

– Obrigada por partilhares tudo isso comigo Meg.

– Igualmente.

– Parece que quem escolhe o próximo local sou eu. – Ao longe avistei a casa assombrada e logo apontei para lá.

– Nem penses!

– Anda lá. Não sejas medricas. – Levei-a para lá mesmo com ela a contorcer-se e a fazer de tudo para que eu a largasse.

*******************************************************************************************

– Estás tão pálida Meg, parece que viste um fantasma. – Provoquei.

– A culpa é tua por me teres arrastado até lá dentro! – Gritou irritada.

– Vá, desculpa. Foi uma pequena vingança. Sabes, aquela tão prometida? – Ela olhou para cima (para mim) e eu pus a mão na sua cabeça, despenteando-a um pouco.

– Tudo bem. – Ela suspirou. – E que tal irmos àquela barraca? – Sugeriu.

– Vamos.

Quando chegámos notei que havia um monte de peluches, brinquedos, pulseiras e outras coisas parecidas. A Meg começou a ver umas pulseiras e de seguida foi falar com a vendedora. Aproximei-me delas.

– Que se passa?

– Olha Kentin, mandei gravar os nossos nomes nestas pulseiras. – Disse a Meg, mostrando-me duas pulseiras, uma azul e uma verde. – Esta é a tua. – Deu-me a pulseira verde que dizia “Meg”. – E esta é a minha. – A dela tinha escrito “Kentin”. Oh meu Deus… Modo corado: ligado. – Podes pôr-me a minha? – Eu assenti e ela estendeu-me a mão para eu colocar a pulseira. – Dá-me a tua. – Ela agarrou a minha mão e colocou-lhe a minha, cujo tinha “Meg” gravado. – Este é um início de uma boa amizade! – A morena sorriu.

– Sim! - Sorri de volta.

– Vou levar umas para a Vivian, a Jamie, a Daisy e a Kira.

Depois disso fomos aos carrinhos-de-choque, ao carrossel matterhorn, ao carrossel kanguru, entre outros. Estava a escurecer. A Meg puxou de leve a minha t-shirt.

– Ainda há um sítio onde eu gostava de ir. – Murmurou.

– Onde? – Ela pegou na minha mão e guiou-me até à roda-gigante. – Muito bem, eu pago. – Ela assentiu. Entrámos e sentámo-nos.

– Obrigada por este dia. Diverti-me muito. – Agradeceu. A nossa “cápsula” já se encontrava a subir.

– Eu também me diverti, demais até. – Acrescentei. Ambos sorrimos e observámos as estrelas. O meu coração estava acelerado. Olhei para a Meg e ela sorria enquanto contemplava as estrelas. É tão bonita, inteligente e divertida. Ela reparou que eu a observava e olhou para mim. Eu desviei o olhar involuntariamente.

– Estás a olhar para onde? – Sorriu maliciosamente. Estávamos agora no cimo.

– Para as estrelas, idiota. – Ela deu risinhos.

A nossa “cápsula” desceu finalmente. Entretanto fomos buscar alguma coisa para comer. Quando acabámos saímos do Parque de Diversões e fui levá-la a casa.

– Mais uma vez obrigada! – Disse a Meg antes de entrar em casa.

*******************************************************************************************

Meg’s POV:

– Boa noite pai, vou-me deitar. – Sussurrei para não acordar o meu irmão.

– Ainda não me disseste o que andaste a fazer o dia inteiro. – Falou num tom alto.

– Fui ao Parque de Diversões…

– Com quem?

– Com um amigo! – Resmunguei.

– O mesmo que te veio trazer a casa no outro dia?

– S-sim! Porquê? – Cruzei os braços.

– Por nada. Vai lá dormir. – Enxotou-me o meu pai enquanto ria.

– Não sei qual é a piada. – Dito isto enfiei-me no quarto. Vesti o pijama e deitei-me sobre a cama. - O Kentin é tão gentil e humilde. É muito divertido. Gostei de ter passado o dia com ele. Não me arrependo nem um bocadinho de ter aceitado o convite. Mas o que ele disse acerca dos meus olhos deixou-me nervosa e sem saber o que dizer… Meg, ele só falou na cor, não foi nos teus olhos! Mas mesmo assim ele começou a corar… E o que eu disse sobre ele ser a minha inspiração?! Não devo estar bem da cabeça. Será que ele gostou da ideia da pulseira? Será que não achou exagerado? E se ele amanhã já não a estiver a usar? ... Para de pensar e dorme Meg. Mas porque raio é que eu falo comigo própria? Aff…

Olhei para a pulseira e sorri. Fechei os olhos e rapidamente adormeci.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Wellington Beef: é uma preparação de bife de filé revestido com patê (muitas vezes patê de foie gras) e duxelles, que é então envolto em massa folhada e assado. Algumas receitas incluem envolver a carne revestida em um crepe para reter a umidade e impedir que ele faça uma massa encharcada.
chapéu mexicano: http://www.diariodeviagem.com/wp-content/uploads/2012/10/41.jpg
carrossel matterhorn: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSUMuukcxsm_srtAaNLraVkrl17anP0j0TsP2S7tOW9oJWsT9EL
carrossel kanguru: http://www.adapcde.org/divertimentos/fotos/diver/aereos/Joaquim_Tavares.jpg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memories" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.