Eu Quase Namorei o Ídolo da Minha Irmã escrita por Vlk Moura
Notas iniciais do capítulo
Yeva
Minha irmã estava radiante, brilhava naquele palco e literalmente, usara uma maquiagem que brilhava era linda. O cabelo ruivo balançando, ela poderia se ruma princesa com tamanha facilidade, mas parecia que ela não via isso em si mesma.
Citro estava sentado na varanda VIP podia ver o palco, mas do palco não era possível vê-lo, eu observara aquilo no ensaio e o avisara, ele estava feliz por Richard, na verdade todos nós estávamos. Ele estava fantástico, desafinava ainda em algumas notas, mas era algo tão leve que seria impossível ser criticado e se alguém o criticasse eu mesma bateria na porta dessa pessoa e lhe daria um belo chute no estômago, ninguém poderia falar mal dele, ninguém mesmo.
– Que chato - olhei Vladimir.
– O quê? - eu o olhei - Como assim chato?
– Chato, sabe, entediante, as mesmas músicas dos outros shows, isso já me encheu, vou para o hotel.
– Ei, Vladimir! - eu o paire - Você não irá apoiá-lo? Ele precisa de você.
– Eu precisei dele e ele não compareceu.
– Vladimir, você me falou que entendia a razão dele de não ir apoiá-lo.
– Pois é, eu menti, você se sentiria melhor se eu mentisse, mas quer saber - ele sorriu e me puxou para a varanda.
– E essa é a última música que dedico a você, Yeva - ele apontou para a área VIP, eu me assustei, Vladimir sorriu - Espero que goste.
Ele começou a cantar olhava, todos olhavam par a área VIP, no meio da música se voltaram par ao palco, Vladimir me beijou, eu o beijei, mas percebi a voz de Richard falhar, eu me afastei de Vlad e o olhei e depois para o palco. Minha irmã me olhava, eu a fitei, ela não estava mais tão alegre como antes, eu saberia o que ela diria depois.
Vê-la com Alexander me deixava feliz, ela finalmente encontrara alguém que gostava dela e tinha os mesmos interesses, sem falar que ele parecia disposto a ajudá-la a decolar, todos ali pareciam e isso fora o que me deixara feliz. Ela estava em boas mãos, independente do que aconteça do Brasil ela conseguira superar sei disso, de nós ela sempre foi a mais forte, sempre conseguiu dar a volta por cima e agora ela conseguiria, eu me sentia mal, minha irmã crescera e eu não estava ali para te apoiar.
A música acabou, eu fui para dentro da área VIP, não me despedi de Vladimir ou qualquer outra coisa, apenas corri para os bastidores.
– Richard, você foi fantástico! - eu falei, ele passou reto por mim, foi para o camarim dele. - Yara, você foi incrível e... O que é esse olhar?
– Todos viram o que aconteceu - ela suspirou e sorriu para mim - Ele não sabia de vocês, ninguém tinha contado e agora acho que ele descobriu.
– Eu vou falar com ele.
– Não - ela me parou - Deixe-o pensar, não sei o que aconteceu ali em cima, mas por favor, deixe-o pensar.
– Você tem razão. - eu sorri e dei as costas - Diga a ele que foi um ótimo show.
Fui para o hotel, passei pelo quarto de Vladimir, bati em sua porta, ele abriu, estava com os olhos inchados.Entrei, ele se deitou, deitei ao seu lado, apoiei sua cabeça em meu ombro.
– Me desculpa. - ele sussurrou.
– Eu não sei o que aconteceu entre vocês antes, mas você precisa saber que eu não o vejo mais como antes - ele me olhou, eu sorri de leve, tirei meus óculos e me deitei ao lado dele - Eu gosto de você Vladimir.
– Mesmo? - ele se ajeitou, me apoiou em seu ombro e me abraçou.
– Mesmo.
Dormimos.
Acordei antes de Vlad, coloquei meus óculos, e saí, fechei a porta.
– Então vocês dois... - Eu dei um pulo de susto Richard saia do quarto, eu o olhei, parecia exausto.
Acenei em resposta.
– Podemos tomar café? - ele passou por mim, colocou as mãos nos bolsos, eu o segui.
Escolhemos uma mesa, pedimos o que queriamos e ficamos nos encarando por muito tempo.
– Há quanto tempo?
– Desde o falecimento da vovó.
– Ah... Entendi, não é nada sério, é só até ele se recuperar do falecimento e...
– Não, Richard, não é só até ele se recuperar, eu gosto do Vladimir.
– E o que ele fez que te fez mudar de ideia?
–Nada, porque eu não mudei de ideia, só o conheci melhor e ele é alguém muito legal.
– Muito legal? - ele riu - Eu sou um astro do Rock, posso te proporcionar uma vida cheia de aventura e fama e dinheiro e você me trocou por um escritorzinho.
– Quer saber, chega - me levantei - Se você vai ficar insultando o Vlad assim eu vou embora.
– Vlad? - ele sorriu - Já o chama pelo apelido.
– Chega! - eu me afastei.
Vladimir entrava ali, ele me olhou e depois para Richard que acenou e sorriu para ele.
– Pode ir, vou me encontrar com Yara.
Alexander e Yara estavam com o resto da banda, eu me juntei a eles e então começaram as perguntas sobre como era ficar com o Vlad, eu os fiz parar.
– Agora, como são vocês dois? - apontei para Alexander e Yara - Ele é um super baterista e ela é só uma amadora, deve ser engraçado.
– Ela não é só uma amadora - Alexander a defendeu, nós duas rimos, ele nos olhou confusos.
– Meu pai me chamava assim quando me ensinava - Yara revelou - Era a forma carinhosa de dizer que eu era boa.
– "Isso soa amador" - falei engrossando a voz - A noite passada, foi muito amadora, ele teria ficado orgulhoso - ela sorriu para mim.
– Então, o que faremos hoje? - JT perguntou me abraçando o que me assustou.
– Acho que podiamos ir a corrida - Richard apertou o ombro do amigo que me soltou - O que acham?
– Eu topo - levantei a mão, Yara me seguiu.
Vladimir foi com a gente, mas ele estava mais distante, entrelaçou nossos dedos, mas não me abraçava como costumava a fazer, achei que como tinhamos contado a Richard ele me trataria como no Brasil, mas eu me enganei.
– Ei! - eu me assustei com um abraço pelos ombros, olhei, era Richard, Vladimir nos via, eu o olhei tentando entender como ele deixava aquilo acontecer - Me solta. - ele se afastou.
– Desculpa - ele passou a mão pelo cabelo que estava preso em um pequeno rabo de cavalo. Se apoiou ao meu lado - Ms não consigo me acostumar em te ver com ele.
Fiquei em silêncio.
– Antes de virmos para cá achei que nós dois dariamos certo, quando nos entrassemos voltariamos a ficar juntos já que ele sempre perdeu para mim na arte do encanto.
– Não dessa vez. - eu torci par ao carro que passou por nós - Cara, como eu gostaria de dirigri um treco desses.
– Sério? - ele me olhou surpreso, confirmei - Vem comigo.
Richard me puxou até a área de pit stop, entrou em um carro, e me colocou ao seu lado, eu o olhava sem conseguir parar de sorrir. Dei a partida e acelerei cantando pneu, eu o olhei enquanto corria pela pista, ele parecia assutado e se segurava nas grades de proteção. Eu gritei quando passei pela banda, eles se penduraram na grade e gritaram, Vladimir apenas ficou sentado nos ignorando.
Estacionei, Richard desceu e vomitou, eu saí rindo dele, que me olhou espantado.
– Não conhecia esse seu lado - ele sorriu - Mas foi divertido.
– Concordo - eu arrumei meu cabelo - Mas minhas pernas estão tremulas - fomos até o grupo, ele me apoiava.
– Se divertiram? - Picasso perguntou.
– Muito - falei rindo, mas estou meio bamba.
Fui até Vlad e me sentei ao lado dele.
– Não gosta de automobilismo?
– Não se envolve o Richard - eu o olhei tentando entender.
– Não venha ter ciúme agora, eu já te falei - eu o beijei - Eu gosto de você.
– Eu sei - ele olhou para onde Richard estava, ele nos via.
– Certo, agora vamos trabalhar? - ele me olhou e fez cara de preguiçoso - Vamos, levante-se daí preguiçoso. - eu o puxei, avisei Yara e fomos, ficamos no quarto dele selecionando o material e corrigindo algumas escritas.
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