Eu Quase Namorei o Ídolo da Minha Irmã escrita por Vlk Moura


Capítulo 11
Cinema


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora >3< minhas aulas da faculdade voltaram, então meu tempo ficou curtíssimo, ma tentarei postar com maior frequência...
Mais cap da Yara ;D



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Depois que minha tia finalmente foi expulsa conseguimos viver em paz no apartamento, ou quase. Yeva ainda estava estranha, ma fiquei feliz em saber que mesmo com a minha tia ela preferia ficar ao meu lado do que ao lado daquela bruxa. E minha prima então? Que coisinha era ela? Enfim, agora não importa mais, o importante é que eu estou ferrado com algumas matérias, preciso muito estudar, mas Yeva parece estar ocupada demais com a ONG, o jeito é estudar sozinha, então, quando ela saia correndo dizendo estar indo ao trabalho voluntário, eu corria para a biblioteca para pegar mil e um livros para poder estudar.

Eu estava fazendo um resumo para poder devolver o livro quando senti duas mãos tocando meus ombros, um arrepio percorreu minhas costas, mas eu o contive. Os dedos apertaram minha clavícula, olhei para cima, Vlad me olhava por trás daqueles óculos e sorria, não contive o sorriso.

– Precisando de ajuda? - ele perguntou meio interessado em ver o que estava escrito nas folhas de fichário.

– Não... na verdade, sim, mas não a sua - falei e percebi que soou meio grosso eu o olhei, eu sentia minhas bochechas coradas - Desculpa, eu não queria ser tão grosa, apenas estou...

– Esqueça - ele sorriu mais uma vez e eu o respondi com um sorriso amarelo. - Você está muito concentrada esses dias, eu a via aqui todos esses dias e achei que você ficaria doente de tanto estudar.

– Acho que não, pelo menos, minha irmã nunca ficou - rimos.

– Venha - ele me puxou pelo braço -Vou te levar para se divertir.

– Vlad... digo, professor, não posso, tenho mesmo que estudar, mas prometo que quando eu terminar faço o que você quiser - ele olhou em volta e deu um sorriso que pareceu soar malicioso.

– Tudo o que eu quiser? - ele não tinha mais o braço esticado e o meu, dobrara o cotovelo e se aproximara de mim - Tudo mesmo?

– Ei! - eu entendi o que ele queria dizer - Para com isso.

– Não se preocupe, não farei nada que você não queira - ele riu e parou, me olhou, minha cara deveria ser muito engraçada porque ele voltou a rir - Estou brincando - ele parou de rir e arrumou os óculos - Estarei te esperando cinco e meia no estacionamento 4.

Confirmei.

Ele se afastou e eu voltei ao meu resumo, mas não conseguia parar de pensar no que ele pretendia fazer comigo, meus dedos estavam cruzados para que ele não fosse um tarado ou tivesse algum distúrbio sexual, se fosse isso eu estaria ferrada. Mandei uma mensagem para minha irmã avisando que eu não tinha hora para voltar para casa, ela disse que também não fazia ideia de horas chegaria, no dia seguinte era feriado, então poderíamos dormir até quando quiséssemos.

Quando terminei o resumo meu pulso doía, olhei as horas exatamente 17h. Devolvi o livro a bibliotecária, guardei todo meu material e saí, já fui até o local de encontro marcado pelo Vlad, ele estava sentado em um dos muitos bancos dali e parecia anotar algo, ao me ver fechou o caderninho com a caneta marcando a página que havia parado. Sorriu caloroso na minha direção.

– Vamos assistir um filme - ele anunciou e me puxou para um carro.

– Filme? - eu o olhei, ele confirmou enquanto colocava a chave na ignição - Qual filme?

– Na verdade, não sei, mas espero que você não queira ver nada de romance, odeio romances - eu o olhei e ri, o autor não entendeu.

– Você, um escritor de romances que não gosta de romance, é isso mesmo? Acho que você nasceu bugado, seus pais não perceberam isso antes do prazo de troca vencer?

– Ha-ha-ha - ele falou sem-graça me fazendo rir ainda mais - Muito engraçadinha você, mas escrever e ler romance é um coisa, assistir a filmes é outra completamente diferente.

– Se você diz - eu ainda soltei um riso - Mas então, senhor escritor romântico odiador de romances, gosta de que tipo de filme?

– Ação, aventura, as vezes comédia, suspense, terror, pensando bem, todos, menos romance. - E você?

– Sci-Fi, de heróis, amo heróis - ele me olhou e riu - Qual a graça?

– Você não tem cara de que gosta desse tipo de filme.

– E precisa ter cara? - ele pensou e deu de ombros.

Ficamos em silêncio até chegarmos ao shopping que ficava a quinze minutos da faculdade, compramos bilhetes para um filme de ação que tinha um história fraca, mas os efeitos e a violência gratuita eram bons e pareciam agradar muito Vlad. Compramos pipoca, eu comprei a pipoca, ele pagou os bilhetes apesar de eu ter brigado falando que tinha dinheiro para aquilo, mas ele disse que queria ser um cavalheiro comigo naquela tarde, eu bufei e aceitei que pagasse contanto que eu pagasse a pipoca, ele não se opôs.

Escolhemos a última fileira, a mais alta, onde ninguém ficaria chutando nossas costas, por ser meio de semana e anterior a um feriado a sala estava vazia, provavelmente as rodovias estavam paradas, mas ainda assim achei que teria mais gente, não que eu esteja reclamando porque assim eu consigo ouvir ao filme e não as conversas das pessoas ou as telas dos celulares.

O filme começou, eu adoro o elenco. Fiquei prestando atenção em cada detalhe das cenas, apoiei minha mão no descanso de braço e fiquei assistindo ao filme e me esqueci da pipoca. Vladimir foi apoiar o braço e colidiu com o meu, eu o olhei, sorri e me apoiei do outro lado, ele sorriu e puxou de leve meu braço para ficar ao lado do seu. Eu o olhei, ele tinha um sorriso tímido em seu rosto, voltei a olhar par ao filme, senti sua mão cair sobre a minha, ele a apertou levemente, contraí involuntariamente meus dedos, ele apertou ainda mais o dele, agora minha mão está envolta pela dele que tem a pele bem macia, eu o olhei, ele olhava para o tiroteio do filme. Endireitei minha postura, ele apertou um pouco os dedos, ele me olhava, mas eu não queria olhá-lo, ele tirou a mão de cima da minha me forçando a olhá-lo, sua mão foi tão rápida que apenas a senti em minha nuca e quando seus lábios tocaram o meu, inspirei fortemente, ele pressionou ainda mais seu rosto ao meu, prendi a respiração, aos poucos ele soltou minha nuca, mas não o beijo, sua mão correu pela minha bochecha e parou, abri meus olhos, não que eu fosse conseguir ver algo ou assim entender alguma coisa, mas ele se afastou.

– O q... O que... O que foi isso? - perguntei um pouco atordoada.

– Um beijo - ele falou como se aquilo fosse uma coisa simples, que na verdade era, mas eu não esperava um beijo vindo dele, assim não era algo tão simples, não para mim.

Os créditos começaram a subir, eu estava parada o encarando no escuro, ele sabia que eu o olhava, mas não era como se o incomodasse.

– Vladimir! - eu exclamei, ele me olhou como se me visse pela primeira vez.

– O quê?

– O que foi isso? - eu repeti a pergunta.

– Um beijo, olha - ele me beijou outra vez.

– Para - falei entre seus lábios - Mas que droga! Para! - eu o afastei, ele me olhou parecendo ofendido. - Para com isso.

– Não vai me dizer quê... Oh! Esse foi seu primeiro beijo?

– Não! - eu falei sacudindo a cabeça meio desesperadamente - Eu já dei muitos outros beijos.

– Então por que a surpresa? - ele arrumou os óculos, agora sua mania fofa me irritava, eu estava brava, mas eu não sei porquê estou brava.

– Porque... porque... - as luzes acenderam - Grrr! - eu levantei e o deixei sentado.

– Yara! - depois de alguns segundos, eu já estava terminando de descer a escada quando pareceu que a ficha dele caiu. - Yara, espera, Yara! - eu continuei andando.

Saí da sala, joguei a mochila nas costas e andei rápido, o mais rápido que eu podia, eu estava surpresa, me sentindo meio idiota, mas não me importava com isso, ao fundo eu escutava o escritor me gritando e correndo, ele segurou minha mão quando me segurou.

– Desculpa - ele falou - Desculpa, eu não queria te deixar assim - ele ofegava, seus olhos pareciam suplicar por perdão - Eu não queria... Nossa! Você é rápida, caramba, estou cansado - ele inspirou três vezes com bastante força.

– Eu não... - suspirei - Eu que peço desculpa - ele me olhou - Eu fiquei muito surpresa e não sabia como reagir.

– Não, a culpa é minha por achar que a vida real é como nos meus livros - ele sorriu tímido, seu sorriso tímido me fez sorrir - Eu deveria ter te contado minhas intenções, mil desculpas.

– Não - ele me olhou - Ta tudo bem. E eu preciso de carona para casa - ele sorriu.

– Então vamos.

Um silêncio constrangedor tomou conta de nós dois, eu queria puxar algum assunto, porém eu não sabia como fazê-lo. Abracei minhas pernas e inclinei a cabeça par ao lado dele, era um dos poucos dias que eu estava de short e não de saia ou vestido. Ele me olhou rapidamente enquanto eu levantava as pernas, voltou-se para o transito e voltou a me olhar quando me pegou o olhando.

– Algo errado? - perguntou com um voz preocupada.

– Não... - falei soando meio infantil, olhei para o semáforo que ficava vermelho, ele aproveitou para me olhar novamente - Eu só... Eu só não sei como me comportar. - ele franziu o cenho - Agora, você me beijou, não sei como devo me comportar em relação a isso - ele engatou o carro e partiu.

– Quer dizer o quê?

– O que isso significou? - ele me olhou - Isso vai soar infantil, mas eu estou confusa, eu não sei se você o fez por fazer ou se tinha um significado real, entende? - ele confirmou, mas ao invés de me responder ficou em silêncio.

Eu fiquei encarando-o por alguns minutos, na verdade, pelo resto do caminho, ele estacionou de fora do meu prédio, olhei para a sacada do meu apartamento, estava apagado, minha irmã ainda não estava em casa. Olhei Vlad, ele desligava o carro.

– Então tá - falei mais para mim do que para ele - Obrigada pela distração e pela carona - falei sorrindo desajeitada.

– Eu que agradeço sua companhia. - ele sorriu e arrumou os óculos.

Eu não sabia como me despedir dele, antes eu nunca tinha pensado como me despedir, mas agora eu não tinha certeza de como me comportar. Beijo na bochecha, aceno, aperto de mão? O que fazer?

Enquanto eu pensava Vladimir parecia já ter tomado sua decisão, ele inclinou na minha direção e me deu outro beijo, novamente parei de respirar assustada, mas relaxei mais rápido do imaginei que aconteceria, pude sentir sua boca curvar formando um sorriso. Ele se afasotu.

– Tchau - sussurrou.

– Tchau. - saí do carro e olhei para o apartamento mais uma vez, a luz já estava acesa, como minha irmã tinha passado por nós e eu sequer a tinha visto?

Entrei no apartamento, Yeva tomava banho, fui para meu quarto, mas dormi antes mesmo de vê-la sair do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora, mais uma vez.



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