Eu Quase Namorei o Ídolo da Minha Irmã escrita por Vlk Moura


Capítulo 10
Louco


Notas iniciais do capítulo

Yeva



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Era domingo, fiquei feliz em poder acordar mais tarde, mas fui surpreendida com uma mensagem da ONG, diziam que Paloma iria lá para se despedir de nós oficialmente, eu não queria deixar Yara com aqueles monstros, mas era necessário, como ela acordou pouco depois de mim eu a avisei, ela ficou triste, mas entendeu meu problema, agradeci sua compreensão, arrumei e saí antes mesmo que o quarteto acordasse.

Cheguei até a Uma Recordação e fui recebida com um forte abraço em minha barriga, olhei para a pessoinha que me abraçava, ela sorriu com sua forma infantil e apoiou o queixo em minha barriga, baguncei seu cabelo e a abracei.

– Estava com saudade - Paloma falou com sua voz esganiçada.

– Eu também, andou se divertindo? - ela confirmou e me puxando pela mão começou a me contar que tinha voltado a escola, estava fazendo natação e que pensava em ser voluntária assim como eu.

Fomos para o jardim, Richard estava sentado em um dos bancos e ao me ver pareceu se assustar, estava sem barba agora eu via o astro mesquinho de quem eu não gostava. Paloma me olhou e depois para o astro soltou um risinho e disse que tinha de falar com Carla. Fui até o rapaz de roupas escuras, sentei ao seu lado, ele me olhou e fitou meu braço, eu estava de manga comprida, mas isso não pareceu ser suficiente para esconder, ele tomou meu braço em sua mão e me examinou, colocou os dedos sobre a marca e constatou ser de uma mão masculina, mas obviamente a mão que me machucara era bem mais grossa e rude do que aquela que agora me segurava.

– Quem foi que te fez isso? - ele me olhou preocupado.

– Ninguém - ele riu - Ninguém que você conheça - suspirei - Como foi o show ontem? Fiquei surpresa por você não ter me contado.

– Deveria?- ele riu - Desculpe, não sabia que estavamos em uma relação desse ponto.

– E eu não sabia que você já estava bom para aparecer em público.

– Foi para não perder fãs, foi estratégico. Um saco - ele jogou a cabeça para trás - Estive pensando durante o show - ele me olhou - você gosta de Star Wars?

– Para! - eu ri, ele se assustou - Vai me dizer que você gosta de Star Wars?

– Robocop, Rambo, X-Men e a lista não para, por quê?

– Meu Deus, quem é você e o que você fez com o astro de rock idiota que eu conheci?

– Você está me ofendendo.

– Não... Eu estou feliz, nunca imaginei que você gostaria dessas coisas.

– Você gosta?

– Amo! - ele sorriu.

– Tenho que te contar - ele segurou minha mão e fitou minha marca - a parir de amanhã eu só virei aqui para tratamento, não será mais integral e nem vou morar aqui - ele juntou as mãos e as sacudiu como se fosse rezar me fazendo rir - Você está aqui de segunda a sexta todas as tardes? - ele me analisou.

– Sim.

– Ótimo.

– Com isso, tive uma ideia - ele me olhou curioso - Você não nasceu com o talento - ele concordou - então, porque não contratam um cantor, quero dizer, você vai estar em casa, podem dizer que você quer aperfeiçoar para fazer algum musical ou show surpresa, o que você acha?

– Você está me saindo uma bela companheira - ele me abraçou - Paloma estava louca para te ver, acho que já te luguei demais por hoje, vá falar com ela.

Levantei e saí para encontrar a criança que me esperava, ela estava pendurada no corrimão e me observava de cima rindo, seus olhinhos brilhavam, fui até onde ela estava e sentei no degrau ao seu lado e continuei a ouvi-la contando sobre sua nova vida.

Quando fui embora não me encontrei com Richard, apenas voltei correndo para casa, me aproximei da porta do apartamento e escutei minha tia gritando com minha irmã, Yara era calma demais para brigar com os outros e quando ela tinha razão nem insistia, escutava as idiotices alheias. Aparentemente era isso que estava acontecendo. Quando abri a porta encontrei minha irmã em um canto ouvindo minha tia e minha prima brigando com ela sobre algo que me pareceu ser referente aos meus pais, minha tia se calou quando bati a porta e tranquei joguei a chave no vaso próximo a porta, fez barulho, Yara pareceu sentir alivio em me ver chegando.

– O que está acontecendo? - perguntei.

– Na.. nada. - minha prima falou assustada.

– Nada? E os gritos eram por nada? - eu questionei - Olha aqui, vocês duas, vocês estão em nossa casa e gritar conosco sob nosso teto é a pior coisa que podem fazer e ainda brigarem com a minha irmã quando não estou por perto é uma afronta, então, peço - abaixei o tom de voz - educadamente para que se retirem.

– O que é isso? Você está nos colocando na rua? - minha prima parecia não entender.

– Desculpa, é difícil para você entender, não é? Eu estou mandando os quatro par a rua! - gritei em 'rua'.

– Quem você pensa que é para fazer isso? - minha tia veio para cima de mim.

– Sou a dona dessa casa e como a senhora fez há algum tempo atrás estou fazendo com vocês, com a diferença de que vocês têm par aonde ir, diferente de mim e da Yara que só tinhamos passado na faculdade e sequer tinhamos um teto certo.

– Você tinham a casa dos seus pais, como não tinham?

– Pelo simples fato de que esse apartamento estava alugado e para nossa sorte as pessoas que aqui estavam estavam querendo sair. - Yara se meteu - Agora saiam.

– Não! - minha tia avançou sobre mim.

Olhei no sofá, meu primo e meu tio nos assitia, sorri para eles desgostosa, fui até a mala deles as puxei até a porta sobre gritos e tapas, abri a porta e a empurrei até bater na parede do corredor, Yara pegou outra e fez o mesmo, pegamos a última e jogamos, as bolsas das duas e s jogamos.

– Pronto agora só flata colocarem suas bundas para fora, porque o mais difícil já fizemos. - Yara falou.

Resmungando eles sairam. Yara e eu trancamos a porta e passamos as trancas, pelo olho-mágico observei enquanto os quatro nos xingavam e sumiam pelo elevador, Yara tremia, sentou ao sofá e eu ao seu lado, ela me abraçou e eu retribui o abraço, observei a bagunça da sala, começamos a arrumar tudo, em uma hora tudo estava em seu lugar como deveria.

Cansadas dormimos.

Acordar para a faculdade foi difícil até mesmo para mim que costumava dormir pouco. Tentei imaginar se Richard estaria na ONG e esse pensamento fez com que meu coação acelerasse um pouco, era estranho sentir aquilo por aquele idiota mimado que eu sentia prazer em ajudar. Acordei minha irmã e então fomos para a aula. Eu estava meio aérea, ainda mais quando encontrei Lúcio em um ponto próximo a ONG, passei por ele e para minha infelicidade ele me reconheceu, comecei a correr.

Quando eu ia entrar na ONG bati contra alguém, Richard me segurou quando eu bati de encontro com ele, o astro me encarou e sorriu, olhei para meu primo louco que ainda corria atrás de mim.

– Quem é esse? - Richard me olhou e depois Lúcio, viu o roxo nele e riu - Isso foi você? - confirmei - Nossa! Deve ter doído.

– Você... Você é aquele cara idiota que minha irmã gosta.

– Provavelmente - Richard falou sorrindo.

– Tanto faz, vem Yeva, eu quero conversa com você.

– Mas eu não quero conversar contigo - falei - Vem, Richard, vamos entrar.

– Claro.

– Não - Lúcio me puxou e ganhei nossas marcas, Richard me segurou e encarou meu primo.

– Solte-a. - o astro falou, meu primo o encarou, eu sabia o que era aquele olhar louco.

– Richard, venha, não brigue com ele, por favor.

– Não pretendo. - ele se virou, meu primo ia atacá-lo pelas costas, mas foi atingido com um soco surpresa do astro que assim que desnorteou o oponente me puxou para dento da ONG e me levou até onde era seu quarto anteriormente, ele ria - Faz muito tempo que não dou um soco como esse. Mas enfim, você está bem?

– Estou - falei levando amão até a nova marca.

– Vai fazer uma coleção? - ele riu.

Sentei em sua cama, eu tinha de começar meu trabalho, saí do quarto enquanto el arrumava os filmes que queria assistir comigo. Falei com Carla e contei o que estava acontecendo, ela me assegurou que quando eu saísse ninguém mais estaria me oferecendo perigo e falou para eu conversar com Richard e saber se ele poderia me dar carona. Contei a ela que íamos assistir filme e ela concordou com essa ação. Aproveitei para preparar pipoca, o cheiro se espalhou por todo o lugar obrigando que mais pipoca fosse feita para os outros, cheguei no quarto, o astro já estava com o filme posto, ele queria assistir aos dois primeiros filmes. Entreguei o pote com pipoca, o astro estava debaixo do cobertor, me enfiei junto dele, fazia frio apesar de tudo.

O astro já sabia as falas e vez e outra acabava falando com as personagens me fazendo rir e aparentemente o assustando por ter sido flagrado em um momento assim. Aos poucos ele foi adormecendo, até que no fim do primeiro filme ele já dormia com o pote de pipoca no colo e a cabeça caindo em meu ombro. Acabei não conversando com ele sobre a carona, mas faria isso depois. O segundo filme começou, ele acordou o filme estava no meio e a pipoca já tinha acabado, o pote repousava com grãos de pipoca no chão, ele me olhou sonolento, era encantador daquela forma, senti minhas bochechas corarem, eu não era tão fácil assim.

– Eu dormi. - ele falou sonolento.

– É o que parece - foi o que respondi.

– Desculpe, era para eu ser sua companhia.

– Acho que na verdade eu era sua companhia - eu ri - Mas não se preocupe.

– Certo, vou voltar a dormir, já que é assim... - ele fechou os olhos depois de se deitar, mas os abriu repentinamente e me puxou para perto de si, eu o olhei assustada - Vou te levar para casa, não gostei de saber que um maluco te persegue.

– Obrigada.

– Deite-se, prometo que não vou te fazer nada.

Coloquei meu celular para despertar e me deitei junto dele, o cabelo negro caia sobre seu rosto angelical, eu o observava com meus óculos tortos em meu rosto, seu ombro se movia lentamente como que passos de uma bela dança de balé, os dedos repousavam em frente ao seu rosto como se ele tivesse morrido, eu o cobri ainda mais o que o fez soltar um sorriso e abrir seus belos olhos para mim.

– Gosto de você, Yeva. - ele falou com a voz arrastada.

Eu me assustei, pude sentir meu sangue gelar, e com meu sangue gelado meu rosto aquecer absurdamente, encolhi em meus ombros e observei que ele me olhava e seu sorriso não havia se alterado, mas logo as pálpebras pesaram e ele caiu no sono, comigo não foi diferente.

Acordei com o vibrar do meu celular, olhei par a atela Yara estava pedindo para eu levar algo para comermos. Olhei para a cena em que estavamos e me senti constrangida, o astro acordou e me olhou, o filme já tinha acabado há muito tempo.

– Já está na hora? - ele perguntou.

Confirmei.

Recebi sua carona, paramos apenas em uma padaria, comprei algo para mim e minha irmã e para o astro, entreguei a ele um pacote com dois sonhos, adoro esses doces. E ele aparentemente também adorava. Fiquei sentada em silêncio sentindo o cheiro do pão tomar conta do carro, ah, ele tem um Chofer o que eu achei muito legal. Desci agradecendo a carona, ele agradeceu os doces e pediu para eu tomar cuidado.

Comi algo assim que cheguei e logo dormi mais.


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