Never Say Never escrita por Nalu Wonderland


Capítulo 2
Neverland


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo ta prontinho.
Espero algumas reviews.
Tchau!!!



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Muitos de vocês vão morrer sem saber. Seja por um atropelamento, ou por causas naturais, sem saber o momento certo, ou se isso ira realmente acontecer. Eu não.

Muitos de vocês nunca saberão o que significa saber que não lhes resta esperança, que tudo vai acabar tão rapidamente como começou. Mais eu vou.

Agora vocês se perguntam: “Do que você está falando afinal?”

Ola, sou Alexia Robinson, tenho leucemia, e acabei de descobrir que não a mais nada a fazer para me salvar. Hoje eu descobri que não importa o que eu faça, eu vou morrer e, ironicamente, hoje também completo dezesseis anos de vida.

Nesse momento, eu me encontro sentada no murro que separa minha casa do central parque, ouvindo minha doce mãezinha falando com o Dr. Collins pelo telefone.

Mordo o lábio e olho para um pássaro azul que acabou de pousar em uma arvore, tentando imaginar como seria se eu pudesse voar e fugir de tudo isso: Da doença, de minha mãe... Da vida.

Por mais incrível que pareça, eu não estou chorando, nem com medo e só estou triste pela minha mãe. Ah, minha querida mãezinha, como eu a amo, como eu queria que ela não tivesse que passar por tudo isso, que tudo fosse apenas um sonho ruim e ela logo iria acordar e descobrir que eu na verdade eu não existo.

Mas, infelizmente, agora, o remédio é partir discretamente, sem palavras, sem lágrimas, sem gestos. De que servem lamentos e protestos, contra o destino?

– Alexia, filha, vem cá- Ouço uma voz rouca pelo choro me chamar.

– To indo mãe- Digo, pulando o murro e entrando em casa.

Assim que entro em casa, vejo Miguel, meu irmãozinho de apenas cinco aninhos. Então me pergunto: Será que quando eu me for, ele se lembrara de mim? Ele um dia saberá que teve uma irmã que morreu de leucemia? Ao pensar nisso, sinto meus olhos se encherem de lagrimas.

– Tá tiste lele?- Perguntou-me meu doce irmãozinho.

– To bem docinho, só tava pensando.

–ALEXIA- Grita minha mãe.

– Na cozinha mãe.

– Oh, Alexia.

– Mãe, eu sinto muito eu... - E de repente, minha mãe da um sorriso fraco.

– Alexia, querida, não seria eu que deveria está te consolando?

–É –Digo sorrindo também- Era você que deveria.

– Ora, vamos parar de conversar, venha comigo Alexia, não temos muito tempo.

– Mamãe, do que a senhora...

– Sem discussões Alexia, só venha, venha e traga o Miguel. Rápido- Diz minha mãe balançando as mãos insistentemente. Sem pensar, eu pego Miguel e corro atrás dela.

Entrando no carro, vejo uma mochila no banco da frente.

– Vamos a algum lugar especial?

– A campina perto da cidade.

– A campina? E que faremos na campina?

– Nos... Você vai visitar alguém querida.

– Quem?

– Humm... Um amigo meu.

– Que amig...

– Sem mais perguntas Alex, venha, nos chegamos.

Saiu do carro e olho o lugar ao meu redor. A campina. Quando tinha três anos vinha aqui com meu pai, antes dele abandonar a mim e a minha mãe. Fazíamos piqueniques aqui todos os sábados. Essa campina me lembra The Hunger Games. Fecho os olhos e respiro fundo, aspirando o delicioso perfume das flores ao meu redor. Talvez essa seja minha ultima oportunidade.

– Alex, querida, eu te amo- Minha mãe me da um abraço tão forte que me deixa sem ar por alguns segundos- Bem, agora leia isso- Diz minha mãe enfiando um papel em minhas mãos.

– Eu acredito na esperança e em Neverland?- Pergunto, franzindo o cenho para as palavras escritas no papel que seguro.

Minha mãe sorri, e sem ao menos saber por que, pego Miguel no colo e o abraço fortemente. Minha mãe o toma dos meus braços e olha para um ponto atrás de mim. Viro-me e vejo a sombra de uma pessoa, provavelmente um homem, seguindo em minha direção.

Fico apavorada e tento correr daquele ser assustador, mas minha mãe me impede, me segurando fortemente pelos ombros.

‘Um anjo veio me buscar, ele veio e minha mãe não vai impedi-lo de me levar.

Não acredito, traída pela própria mãe. Quer saber, vou deixar todos os meus bens (que se resumem a um urso de pelúcia, CD’s da Ari, Demi e Avril, DVD’s e livros variados, um dólar e trinta cents, algumas roupas, um celular da Nokia e um iphode) para meu irmão Miguel e pro Costela, um mendigo que vive perto da minha casa’

Minha mãe coloca a mochila em minhas costas e me empurra em direção ao anjo, que me pega no colo e começa a voar.

– Adeus Alex, eu te amo.

Me ama e me deu a um anjo do mau ne?’

Olho minha mãe e meu irmão uma ultima vez antes de sumir em meio as nuvens do céu.

O anjo me leva para uma ilha e me deixa na praia, sentada sobre a areia branquinha. Por um momento me pergunto se estou no céu ou no inferno. Então um pensamento me vem a cabeça.

Oh meu Deus! Só há uma explicação lógica. Eu estou nos Jogos Vorazes. Ah, sabia que não era tudo mentira. Aqueles políticos corruptos. E minha mãe concordou com isso’

Tiro a mochila das costas e a abro, curiosa com o que pode haver lá dentro. Assim que a abro, vejo uma um papel com meu nome e o desdobro cuidadosamente.

‘Alexia, minha querida, saiba que eu e Miguel te amamos muito, e eu nunca faria nada que não fosse necessário para o seu bem estar.

Você com certeza esta confusa, imaginando se está na arena dos Jogos Vorazes. Bem, a resposta é não. Agora, Alexia, você está em Neverland.

‘WTF? O que?’

‘Deve está sendo difícil de acreditar, porém essa é a verdade. Sua avó, na verdade, era de outro mundo, o reino dos contos de fadas, mas ela fez um pacto com Rumpelstiltskin. Ele a mandou para esse mundo, mas em troca ele queria a primeira jovem que nascesse em sua família, nesse novo mundo. Porém, quem nasceu foi seu pai, e Rumpelstiltskin teve de esperar. Então, querida, seu pai casou-se comigo e nos tivemos você, a garotinha mais linda do mundo.

‘Tinha que ser minha mãe pra escrever isso’

‘Então, ele quis tomar você da gente, meu bem, mas eu não queria deixar, e seu pai, um grande covarde, resolveu que não valia à pena lutar por você e fugiu. Mas eu não, porém, não se pode enganar Rumpelstiltskin. Ele resolveu que se ele não poderia ter você, ninguém mais iria ter. Ele lhe jogou uma praga, essa doença maldita. Eu já sabia que você iria morrer mais cedo ou mais tarde, mas fiz de tudo para contornar isso, porém, eu sabia não se podia adiar o inevitável querida, então, consultei sua avó, a causadora de tudo isso, e implorei por algo que revertesse de vez isso. Então, ela me falou desse lugar, Neverland, a terra da eterna juventude, o lugar perfeito para você. Se ficares ai Alex, estará segura, livre de Rumpelstiltskin, da doença e de mim. Nessa mochila está tudo que você precisa para sobreviver por algum tempo.

‘Ou seja, eu vou morrer com ou sem a maldita doença’

‘Procure Peter Pan, ele lhe ajudara, mas...

‘Ahá, eu sabia, sempre tem um mas’

‘ ...Em troca, você deve dar a ele um embrulho que está no fundo da mochila. E então ele vai lhe dar um frasco que contem a cura para tua doença.

Beijos e carinhos eternos de sua mãe.

P.S.: Antes que pergunte, não, Peter Pan não ira lhe ensinar a voar nem lhe pedira para que você seja a mãe dele e dos meninos perdidos’

‘Hum, que pena, acabou com minha felicidade’

Levanto-me do chão e olho a floresta, imaginando o que haverá ali dentro e percebo que só a uma maneira de descobrir e de encontrar Peter Pan. Entrar nela.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Talvez demore a postar o próximo, ou talvez não, quem sabe né?
Bem, eu vou ver.
Espero tenham gostado!



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