A Descendente do Leão escrita por Aquarela


Capítulo 4
O Trem para Minha Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura :)



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Eu passei o restante das férias inteira pensando como seria o mundo bruxo. Eu estava tão ansiosa que eu li meu material umas 300 para eu saber mais sobre a sociedade bruxa.

Eu passei as piores noites da minha vida eu queria que chegasse 1 de Setembro logo, e todas as noite eu tinha dificuldade de dormir por causa do meu nervosismo e da ansiedade, o que eu acho era normal para qualquer pessoa quando começa numa escola nova, mas acho, não, tenho certeza, que para mim era pior, porque eu não estava indo para uma escola normal.

Essa noite não foi diferente. Eu dormi, mas acordei de madrugada, olhei para o meu celular 05h06min da manhã. Nossa que sorte a minha, pensei. Desde que o professor foi embora, eu peguei um calendário, e coloquei em cima da minha cama, e toda manhã eu marcava um X de mais um dia que ficou para trás e mais um dia mais perto de eu ir para a minha nova escola. E foi isso que fiz, marquei um X (finalmente) no dia que estava circulado de vermelho e fui arrumar o malão, sabia que não ia conseguir dormi mesmo.

Eu passei as férias inteiras também tentando arrumar meu malão, eu colocava as coisas então depois de 1 hora eu tirava, no outro dia era a mesma coisa. Então eu desisti, e resolvi arrumar na manhã de ir para Hogwarts. Claro que não estava programado eu acordar essa hora, mas como eu disse, o nervosismo e a ansiedade não deixavam eu dormir.

Lá pelas 09h30min, tudo já estava arrumado e posto no carro. Meus pais não paravam de lançar sorrisos para mim, eu sabia que eles estavam orgulhosos, mas esses rostos sorridentes estavam me irritando, mas não falei nada, não queria tirar a felicidade deles, eu mesma estava me sentindo super feliz.

Depois de uma 1h e 15min de viagem, chegamos à estação de King Cross. De acordo com meus pais, o professor disse para eles no almoço que tínhamos que encontrar a plataforma nove e dez e passar pelo meio das duas. Eu fiquei tipo, ahn?, mas depois que pensei até que fazia sentido, eles não podiam simplesmente colocar um trem que leva a uma escola mágica no meio de trens normais.

Então, meu pai pegou um carinho para levar meu malão e fomos procurar as plataformas. Na hora que encontramos, não esperei meus pais dizerem nada e corri para a parede que separava as plataformas 9 e 10, antes que eu perdesse a coragem. Assim que cheguei olhei para trás para ver meus pais chegando atrás de mim. Eles nem olharam para mim, eles ficaram olhando para frente, olhei para onde eles estavam olhando e meu coração parou.

Havia centenas de pessoas correndo para lá e pra cá, conversando, pessoas com malões igual ao meu, mas com uma coruja, um gato ou um sapo neles. E todos eles estavam de frente para um trem gigante vermelho. Olhei para cima e vi que havia uma placa escrita: plataforma nove e meia, expresso de Hogwarts 11:00.

Recuperado do choque antes dos meus pais, empurrei eles para fora do caminho, e fomos até uma parte longe daquela multidão. Olhei para eles e vi que minha mãe estava chorando e meu pai piscava muito, me senti culpada, eu queria tanto ir para lá que eu esqueci que eu ia deixar meus pais sozinhos, peguei uma mão de cada olhei para seus olhos e falei:

– Calma, eu sempre vou precisar de vocês. Ai gente, não chora - acabei de falar e dei um abraço neles.

Quando estava indo deixar meu malão, percebi que havia mais muito mais adultos do que adolescentes, olhei para o meu pulso onde ficava o relógio que eu sempre uso e vi que era 10:58, apressei em colocar o malão dentro do trem, então meus pais e eu nos abraçamos uma última vez e eu entrei dentro do trem, para ver que cada vez eu estava mais longe de meus pais e mais perto da minha nova casa.

Comecei a andar no trem para achar um compartimento vazio, não queria entrar num compartimento cheio de pessoas, não que eu tivesse com vergonha, mas eu odeio quando alguém fala sobre um assunto e todos comentam e eu sou a única lá sem saber o que falar. Quando andei quase o trem inteiro eu vi um compartimento quase vazio, só tinha uma menina lá olhando as paisagens pela janela, bati na porta e entrei falando:

–Posso me sentar com você?

Ela olhou para mim e senti um arrepio na minha espinha, tudo em mim falou para eu sair dali correndo sem olhar para trás, mas devia só ser nervosismo. Ela tinha os olhos escuros, tão escuros que eram quase pretos, cabelos castanhos escuros também, uma pele muito clara. Sorri, e ela falou:

–Sim – e voltou a olhar a paisagem.

Ok, eu estava estranhando a atitude dela, deve ser porque ela não me conhece, se ela me conhecer vai que ela relaxa, pensei. Então perguntei para ela:

–Qual seu nome?

–Samantha.

– É seu primeiro ano?

–Sim – e continuou a olhar a paisagem.

Não me dando por vencida falei:

–É, o meu também, fiquei muito animada quando o Professor Longbottom me falou que eu era bruxa, meus pais são trouxas sab..

–OLHA AQUI SUA SANGUE RUIM, SAI DAQUI AGORA! - ela disse se levantando.

Ela me insultou. Mesmo eu não sabendo o que era exatamente o que ela quis dizer com sangue ru.., perai, ela ficou assim por que meus pais são trouxas? Não podia ser. Mesmo ela gritando, eu tentei manter a calma, me levantei também, então eu falei bem devagar:

–Olha, eu não sei o que eu te fiz, pra do nada você ficar ass..

–NÃO SABE O QUE FEZ? VOCÊ NASCEU SEU PROJETO DE BRUXA.

Antes, que eu pudesse fazer ou falar mais alguma coisa ela puxou sua varinha. Quando ela ia falar o feitiço, alguém na porta falou com confiança:

–Abaixa essa varinha.

Tive vontade de pular no pescoço da voz da pessoa, que pelo som, era uma menina. Virei para ver minha salvadora, e vi que ela não estava sozinha, estava com um menino, mas não dava para prestar atenção nisso agora, pois vi que os meus salvadores estavam com as varinhas estendidas para frente, então também olhei para frente.

Samantha estava super vermelha, e seu rosto mostrava uma expressão de puro ódio, então falou:

–Potter, Weasley, claro que são vocês, pais “heróis” “heroizinhos” são. – sempre que falava a palavra heróis ela colocava aspas. Então o menino disse:

–Você conhece a gente, mas nós não conhecemos você. Abaixa a varinha.

Com uma grande hesitação, ela abaixou a varinha e saiu do compartimento. Então virei para agradecer quem quer que fossem meus salvadores e vi que a menina era mais alta que eu, mas parecia ter a minha idade, seus cabelos eram ruivos e seus olhos eram castanhos, virei para ver o menino e fiquei hipnotizada por seus olhos eram verdes, desviei o olhar, limpei a garganta e falei:

–Obrigada. Sou Emily Grant. – e estendi a mão para os dois, os dois guardaram as varinhas e sorriram para mim, então a menina respondeu:

–Prazer sou a Rose, esse é meu primo Alvo.

–O que aconteceu aqui? – ele perguntou- Nós só ouvimos uns gritos no nosso compartimento que é aqui do lado, e então corremos para cá.

Não queria falar, mas eles meio que acabaram de me salvar de uma menina louca, então eu acho que eu devia a eles a verdade.

–Eu estava procurando um compartimento, e eu achei esse, então eu entrei e perguntei o nome dela, que é Samanta, ai eu falei se era o primeiro ano dela assim como o meu, então ela respondeu que sim. Eu pensando que ela só estava agindo de maneira estranha porque ela não me conhecia, falei para ela que eu era filha de trouxa, ela surtou, me chamou de sangue ruim, e depois puxou a varinha, ai vocês sabem o resto.

–Como eu odeio essas pessoas, se nós não tivéssemos entrado.. – Rose falou.

–É, mas nós entramos, já foi, Rose – Alvo disse. – Então, Emily, quer se sentar com nós no nosso compartimento?

–Claro. – respondi.

Saímos, então Alvo entrou em seu compartimento, no momento em que Rose entrou comigo seus amigos, que uma era loira muito bonita e um menino de cabelos ruivos igual o da Rose, voltaram seus rostos para nós, enquanto sentávamos Rose dizia:

–Pessoal, essa é a Emily. Emily, esses são Dominique, Fred e..

–Emily! - disse uma voz entrando no compartimento.

–James? – o que ele estava fazendo ali?

–Vocês se conhecem? – Todos que estavam ali dentro perguntaram ao mesmo tempo.

–Sabe aquela vez que eu fui ajudar na loja do Tio Jorge? – ao que todos assentiram com a cabeça e ele continuou – Então, eu a conheci naquele dia, quando ela foi à loja. E vocês como vocês conhecem ela?

Enquanto todos se arrumavam no compartimento para se sentar, Alvo contou a história para todos, o que me fez lembrar de uma coisa que Samantha falou, então perguntei:

–Quando ela falou o nome de vocês ela falou ‘pais “heróis”, “heroizinhos” são’, o que isso quis dizer?

–Assim, anos atrás quando nossos pais estavam em Hogwarts tevê uma guerra com um homem muito do mal, ele matava milhares de pessoas, ás vezes era só para se divertir, os pais de Rose e o pai do Alvo ajudaram o pai do Alvo a matar essa pessoa, enquanto o resto da população bruxa que estava do nosso lado lutava com os aliados desse homem. – Fred respondeu.

–E todos vocês se conhecem assim? Por que seus pais estavam na guerra?

–Não, na verdade, todos aqui são primos, menos o James e o Alvo que são irmãos.

E passamos a viagem inteira conversando, Alvo e James me explicando sobre quadribol, depois Rose falava comigo sobre a sociedade bruxa, e conheci um pouco de cada e sobre a família deles, que a propósito era bem grande.

Quando vimos umas luzinhas de longe, o que James disse ser o castelo, nos trocamos e enquanto estava me trocando pensei que se minha vida a partir de agora fosse igual essa viagem, com amigos e com risadas e mais risadas, eu estava pronta para minha nova vida.


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Notas finais do capítulo

Se tevê algum erro de português, me desculpem :)
Espero que tenham gostado.