Infiltrates (Os Infiltrados) escrita por Rachel Di Angello


Capítulo 19
Colina? Colina!


Notas iniciais do capítulo

Oioi gennte.... estão reclamando [ Sarah ] que minha Fic está sem romance... eu quero a opinião de vcs...... de qualquer jeito, aproveitem o capítulo....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523914/chapter/19

—Aonde vamos? — eu finalmente perguntei. Estávamos a mais ou menos uns cinco minutos dentro do carro, e nem eu nem ele havíamos tentado quebrar o silêncio que havia se infiltrado aqui, mas eu já estava ficando incomodada em não saber para onde estamos indo.

—Vamos para um centro de treinamento da Delta em Long Island, lá com certeza você estará segura. Não podemos deixar nada acontecer com você. Preciso informar o que aconteceu com seu pai, para que eles possam arquitetar um plano de resgate.

—Mas quanto tempo isso vai durar? — eu perguntei.

Eu tenho apenas uma semana, não podia esperar que pessoas ficassem discutindo jeitos de libertar meu pai, enquanto eles o têm em mãos.

—Eu não sei — ele disse parecendo cansado, e devia estar mesmo. Ele não parece ter dormido na noite anterior, e já estava de madrugada e nenhum de nós havia dormido ainda — Pode demorar dias.

—Dias? — eu sobressaltei — Não temos dias!

—Eu sei — ele disse me olhando pelo canto dos olhos brevemente e depois voltando seu olhar para a estrada — Precisamos da autorização de Partenos normalmente ele demora dias pra responder e sua resposta é imprevisível. E você ainda precisa de treinamento se quer realmente ir nessa missão de resgate. Não podemos apenas te deixar ir para salvar alguém se você não pode se autodefender.

Eu bufei. Eu sei que não tinha treinamento, mas mesmo assim, eu não gosto que as pessoas pensem que eu sou uma garotinha indefesa.

—Eu sei me defender — eu disse.

Ele pareceu que ia protestar, mas se conteve.

—Eu sei, — ele disse — Mas ainda precisa de treinamento.

Eu não tinha argumentos para isso. É claro que eu precisava de treinamento. Eu não podia, e nem iria, discutir sobre isso. Então eu fiz a única coisa que eu podia fazer no momento. Fechei meus olhos e dormi.

Eu devo ter acordado umas duas ou três vezes enquanto Percy dirigia. Ele parecia extremamente cansando, eu queria saber dirigir assim nós podíamos trocar, eu já havia visto meu pai dirigindo umas cem vezes e nunca achei que fosse tão difícil assim. Mas eu não tinha nem dezesseis anos ainda, sendo assim eu não tinha carteira, e é claro que eu não queria mais problemas pra mim, o que com certeza eu arranjaria se eu fosse pega dirigindo sem carteira de habilitação por aí.

—Acho que você precisa de descanso — eu disse finalmente — Você não dormiu até agora.

Ele me olhou de soslaio.

—Eu vou ficar bem — ele disse — sou treinado para aguentar até quatro noites sem dormir. E nós estamos praticamente chegando.

Eu olhei ao redor. Já estava praticamente de manhã e eu podia ver onde estávamos. Já estávamos em Long Island. Nosso carro prosseguiu andando pelas ruas que eram bastante conhecidas por mim.

Ele continuou indo para o norte de Long Island onde normalmente ficavam as colinas que quase nunca eram visitadas. Eu nunca havia vindo para esses lados. E não achava que tinha algo tão grande quanto a central de uma organização secreta lá. Mas é claro, com tudo o que eu tinha visto essa semana poderia ser bem capaz dessa central de treinamento ser subterrânea ou algo assim.

O carro parou, mas Percy não desceu do carro, ele abaixou o vidro da janela e em seguida passou um cartão, que eu não havia notado que ele havia pegado, em uma máquina. Um portão a nossa frente se abriu. Estávamos em uma grande garagem. Ele não parecia estar procurando por uma vaga, eu notei o porquê, havia uma vaga que tinha uma plaquinha escrita: “PERCY JACKSON”. Olhando ao redor reparei que nem todos os espaços tinham nomes. Só alguns. Pelo visto ele era um pouco mais importante do que eu havia imaginado. Ou ele talvez pague pela vaga permanente.

Ele desceu do carro e eu fiz o mesmo. Seguindo ele em passos largos fomos até a saída da garagem, assim que colocamos os pés do lado de fora o portão se fechou automaticamente.

Olhei para os lados à procura de algum prédio ou algo com uma arquitetura grande, mas não havia nada que mostrasse que lá estava uma central de treinamento de uma organização secreta. Eu tinha descartado a possibilidade de uma passagem subterrânea no momento em que saímos da enorme garagem.

—Nós vamos ter que andar um pouco — Percy finalmente disse.

Eu olhei para todos os lados. Não tinha nenhuma rua que ligasse a essa a não ser a que nós havíamos vindo, e não faria sentido voltar por ela. A única coisa que se via era a colina a nossa frente. Ao lado de nós apenas haviam casas.

—Para onde vamos? — eu perguntei.

Ele apontou para colina.

—Abaixo das colinas — ele disse — Por isso não podemos ir de carro.

Eu estava quase boquiaberta a colina não era lá muito grande, mas com certeza deveria ser muito cansativa.

—Vai me dizer que você está com preguiça de subir? — ele disse levantando uma sobrancelha.

E ergui minha cabeça, e comecei a andar com passos pesados.

—Você não vem? — eu disse olhando para trás.

Ele riu e começou a me seguir.

Parecia ter passado uma eternidade até chegarmos ao fim da colina, embora meu relógio mostrasse que haviam se passado apenas minutos. Eu estava suando e minha respiração estava pesada. Olhei para Percy de soslaio, só para ver que ele estava completamente seco e não parecia nada cansado. Ele me notou olhando.

—Acho que você precisa fazer mais exercícios físicos — o tom dele era brincalhão, mas isso não me impediu de fazer uma nota mental de correr toda a manhã a partir de hoje.

Como eu quero salvar meu pai se nem mesmo consigo subir uma pequena colina sem morrer de asfixia.

Eu voltei a andar.

—Mas você não pode falar nada de mim você treinou sua vida toda e eu... Ah — todo o que eu tinha preparado para minha defesa morreu em meus lábios. Eu estava olhando para abaixo da colina que nós havíamos subido. Eu moro em Long Island desde os quatro anos, não conseguia entender do porque nunca tinha ouvido falar desse lugar. E... Era lindo. Eu sempre quis ser arquiteta, e olhar para esse lugar era como estar olhando para a melhor obra de arte de um pintor aos meus olhos.

Era uma estrutura realmente grande. Toda branca. Mas não um branco acabado como se costuma ver. Era um branco que dava a impressão de ser renovado todo mês. Também feita de algumas colunas que me lembravam, um pouco, aquelas da Grécia antiga, ou como aquelas colunas que ficam em frente à porta da casa branca. Mas a arquitetura não era nem de longe parecida com a da casa branca, porque normalmente a casa branca te dá uma sensação de paz. Já a central de treinamento da Delta dava uma sensação totalmente contrária a essa.

—Lindo né — Percy perguntou em meu ouvido. Eu quase pulei de susto, não havia notado que ele estava tão perto.

—Sim, — eu respondi me recuperando — muito.

—Sua mãe que arquitetou — ele disse cautelosamente.

Eu olhei para ele com os olhos arregalados e depois de volta para toda aquela estrutura. E permaneci focada nela. Não sei o que eu realmente queria, mas não conseguia ver nada que ligasse a arquitetura à minha mãe. Isso apenas fez com que eu ficasse mais triste. Agora entendo porque meu pai preferiu sair de Nova York, olhar para uma coisa que ela fez, deixa agente bem pra baixo. É triste saber que sua mãe nunca vai voltar.

—Desculpa. — Percy disse — Eu não devia ter falado nada.

—Não — eu disse — está tudo bem.

Ele estudou meu rosto por um tempo.

—Não parece que está “tudo bem”.

Eu não respondi. Em vez disso eu comecei a descer a colina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso genntee...sejam felizes....amo vcs.. deixem seus comentários....



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Infiltrates (Os Infiltrados)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.