Capítulo 13: Apenas mais um dia... "normal". - Parte 2.

Sento perto da Stephanie, onde a mesma, usava um binóculos. Nem quero saber pra quê que ela está fazendo isso.

– Meu Deus, aqui parece o reino dos garotos de óculos... que delícia...

Eu me afasto um pouco, então eu acabo encostando na mão de alguém.

– Ah, me desculpe quem quer que você seja... – Olho para um rapaz de cabelos louros e pele bem morena, usava óculos escuros e um boné.
De repente, sinto algo se entrelaçar na minha cintura.

– Huh? Que diabos é isso? – Pergunto, estranhando tal ato.

Para minha infelicidade, são braços de um certo ruivo.

– Afe, mas que merda Castiel, me solte. – Tiro seus braços da minha cintura e me viro para lhe dar um tapa na cabeça.

– Ai, sem as unhas por favor. – Castiel passava a mão sobre a cabeça, com uma cara chorosa.

– Na próxima eu faço doer menos com o meu pé. – O ameaço, quase lhe acertando um chute.

Volto a sentar. Logo em seguida, Íris me trás um cachorro-quente.

– Está tudo bem? - Pergunta a ruiva sentando-se ao meu lado.

– Posso ser sincera? Nenhum pouco, quero ir embora... – murmuro com um semblante tedioso. Dou uma mordida no cachorro-quente, mas de repente, sinto algo espetar minha nuca. – Ai, ai, ai... o que diabos foi isso? – Passo a mão na nuca e olho para trás, levo um susto ao ver uma garota me fitando. – AAAAAAAAAAAAH!! QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?! – Grito, me espatifando no chão.

– Alvo atingido... eu sou Park Sun Jimin, venho da Coréia e sou uma cupido! – Exclama ela. A garota de cabelos roxos e encaracolados, aponta para mim e diz: – Meu alvo de hoje, era você, Momoko Yui. Sua vida amorosa irá começar! Para ser mais precisa, daqui dois dias. Agora, com quem você irá ficar... aí eu não sei, quer dizer, eu sei... mas não te conto. – E ela pisca para mim com aqueles olhos azuis. Que menininha mais impertinente!

A garotinha, vai embora saltitante.
A cada dia que se passa, minha vida fica cada vez mais esquisita.

Levanto do chão. Com cara de tacho, pego minhas coisas e vou embora.

Que mané vida amorosa... além de não haver nenhum garoto que eu realmente passe a gostar, alguns são extremamente idiotas ou são apenas para ter como amigos. Bom, apesar de eu ter me confessado para o Lysandre quando mais nova, agora percebo que a maioria das coisas nele, me irrita. Se a antiga Yui conseguisse uma oportunidade dessas, estaria dando um surto mental. É até estranho dizer uma coisas dessas... mas eu percebo que gostar do Lysandre foi uma perca de tempo.

[...]

Ao chegar em casa, recebo um telefonema da minha mãe.

– Oi mãe... onde está?

– Estou com o meu namorado... eu quero que você leve o almoço para o Nobu na faculdade. Obrigada por fazer esse favor, tchau! – Ela fala tão rápido. É o que ela faz quando se quer se livrar de alguém ou de um favor... no caso, são as duas coisas. Minha mãe é uma linda...

Eu odeio ir para a faculdade do meu irmão, os amigos deles sempre me paqueram. O que me irrita, pois eu tenho vontade de socar a cara deles, mas caso eu faça isso, é capaz de eu levar um soco na cara da minha mãe.

Se eu tenho medo da minha própria mãe? Bom, se você está querendo dizer que ela não é capaz de quebrar o braço do seu ex após romper dois anos de namoro e quase se casar e depois, você sem querer sujar o chão onde ela acabou de limpar e quase ser acertado por uma faca de dois gumes... – entre outras coisas –, magina que vou ter medo da minha mãe.

– Huh? A irmãzinha do Nobu? Veio trazer o almoço dele? – Aproxima-se um dos professores do meu irmão. O único cara decente por aqui.

– Sim, por acaso você o viu?

– Ele está na quadra de vôlei, participando do torneio...

AAAH! EU ESQUECI! MERDA, MERDA, MERDAAAAAA!
Eu esqueci completamente desse torneio, provavelmente meus outros irmãos estão lá, eu prometi para o Nobu que iria estar lá também... espero que ele não se zangue comigo. Ou eu terei de trazer seu almoço pelo resto do ano!

– OBRIGADA!

Saio em disparada, por sorte ainda não havia chegado o intervalo.

– Ah! Finalmente você chegou... sorte sua que o Nobu está concentrado no jogo, caso ao contrário... teria de aguentar os sermões dele. – Cara, Kaoru ajuda tanto...

– Obrigada, você é um irmão e tanto...

– Ai, obrigado.

Mais gay impossível...

– Ah! Falando nisso, minha namorada está para vir hoje no final do jogo. Você vai ver, ela é linda e sim, ela é de verdade. – Diz Kaoru, convicto e confiante.

Da última vez que ele disse isso, sua "namorada" não era ela. Entenderam, né?

O jogo passou, chegou o intervalo... entreguei o almoço do meu irmão, quase pulei no pescoço dos seus amigos, briguei com o Juiz por ter feito a contagem errada dos pontos, fui expulsa e quase tive um ataque cardíaco ao ver a nova namorada do meu irmão.

– V-V-VOCÊ! SUA MALDITA!

– Ei, eu sou sua cupido... não pode me tratar assim... além do mais, eu sou diva. – Diz ela, jogando seus cabelos.

CONVENCIDA! AAAH! QUERO MATAR ELA!

– Vocês já se conhecem? – Pergunta Kaoru.

– Sim, mas eu a odeio! E você não é minha cupido! Além do mais, cupido tem sexo agora?

– Eu tenho, aceite. Agora, licença que vou sair com o meu namorado... beijo no ombro.

Vou pegar esse beijo dela e enfiar onde o sol não bate!