Capítulo 12: Apenas mais um dia... "normal". - Parte 1.

Ao chegar na escola, a irmã do Nathaniel vem na minha direção.
Muito irritada, pergunta:

– Onde está meu irmão?

– Sei lá... eu mandei ele pra longe, desde então, não o vi mais. – Digo, tentando passar, mas a loira oxigenada não deixava.

– Urgh, ele disse que iria na sua casa... – ela suspira e começa a me fuzilar com seu olhar de assassina, como se achasse que ainda não disse a verdade.

– Como assim? – Pergunto, com um pingo de dúvida.

– Não finja que não sabe, Nathaniel disse que estava entediado, pois não tinha ninguém para fazer experiências... então ele disse que iria até a sua casa quando tivesse uma chance. Então, seus outros amiguinhos, resolveram visitá-la e chamaram meu irmão, então... desde ontem, ele não voltou pra casa. – Gente, ela se faz de difícil, mas nem precisa se esforçar para arrancar informações.

A garota massageia as têmporas e então, Nathaniel aparece. O mesmo, dá um longo suspiro, como se soubesse o que acabou de acontecer.

– Sério, que tipo de experiência você pretendia fazer na minha casa? – Pergunto diretamente, sem rodeios. – De todas as coisas que eu já me irritei com você... essa foi a gota d'água... – Dou de ombros e vou para a sala.

Estou tão irritada, que ao chegar na sala, arrombo a porta e todos me olhavam com medo.

– O que estão olhando?!

Meu irmão, aproximou-se e com medo perguntou:

– O–O que houve? – Gagueja o mesmo.

– Sabe quando você descobre uma coisa e essa coisa te enche de raiva, aí você quer explodir a pessoa que te escondeu essa tal coisa?

– Eeh... s-sei... mas antes, você deveria rever essa sua pergunta, pois tem muita coisa. – Eu olho para o Kouta e o mesmo se encolhe. – D-Deixa quieto... e-enfim, que lhe irritou tanto irmãzinha?

– O ser mais desprezível de toda a terra... Nathaniel. – Digo, quebrando a ponta da mesa.

[...]

As aulas se passaram, Nathaniel não havia entrado na sala. Chegou o intervalo e não vi nenhum sinal dele. Bom, que seja... eu odeio ele, então não faz diferença se esse imbecil não está aqui, pouco me importo.

Estava entediada. Kim e Íris estavam ocupadas, Kentin não veio, graças ao bom Deus, Castiel não apareceu por aqui. Só me falta dizer que Lys também não...

– Ah, você veio... achei que acabaria no maior tédio. – Aparece o meu tão ama-, cof, cof... quer dizer, meu grande amigo... – E aí, o que houve? Parece estar com muita raiva.

– Bom... eu já odiava a pessoa, ela vai lá e fode mais as coisas. – Balbucio, debruçando-me na mesa. – Vontade de matar essa pessoa, é pouca.

– Está falando do Nathaniel?

– E de quem mais seria? Castiel é um dos que mais odeio, apenas perde para o palerma do filho de Frank. – Pego o meu lanche e começo a desmancha-lo. – Argh, até perdi o apetite...

– Sabe, você quer sair mais cedo da escola?

O que? Lysandre cabulando aula? Isso para mim é novidade...

– O-O que? Está louco? Se minha mãe descobre, ela me manda direto para forca! – O questiono, mas o albino sorri.

Sorrisinho irritante, viu? Apesar de eu ainda gostar um pouquinho dele, certas coisas não deixam de ser irritantes.

– Oras, não irei deixar que tal coisa aconteça.

– Ok, se ela descobrir, você vai pro túmulo junto comigo. – Levanto-me e vou para minha sala, pegar minhas coisas.

Lys, apenas me acompanha, pois já estava com sua mochila.

[...]

Muito bem, estava tãooo animada – Sarcasmo? Alô? –, que a gente parou em um parque. Sério, um parque?! Qualé, para dois alunos que nunca tiram notas vermelhas e nem sequer ouviram reclamações dos mesmos, deveríamos fazer algo mais emocionante, não?

– Jura? Um parque? – Resmungo, incrédula.

– Que mané parque, aqui é apenas um caminho. – Vejo ele levantar o cenho, como se eu tivesse cometido um crime por achá-lo tão estúpido.
Pegamos um ônibus, e fomos para o nosso destino... que eu ainda nem sei qual é.

Para minha alegria, não ficamos no parque. Fomos para o Zoo! Isso aí, zoológico! Agora, pare e pense... como tem um zoológico, sendo que somos criaturas que nem sequer existem na vida real? Bom, nossos queridinhos animais de zoológico, são exatamente iguais aos seus aí que vê um tucano ou um hipopótamo.

Agora vem a segunda pergunta! Meu Deus, parem de ser tão curiosos...
Caham... eles são exatamente iguais porque... EU NÃO SEI! YAY! VIVA A MINHA INTELIGÊNCIA MINÍMA! É sério... é como a lei da vida, você não sabe explicar de como essas coisas funcionam.

– Então... e agora? Vamos achar meus parentes? – Digo, em um tom irônico.

– HAHAHA! – Cara, que risada... escandalosa. – Não, não... vai ter um churrasco aqui com alguns amigos.

– MEU DEUS! VOCÊS VÃO ASSAR MEUS PARENTES?!

As pessoas ao nosso redor, nos olharam surpresos.

– Relaxa gente, é só zoação. – Dou uma risada forçada e todos voltam a fazer o que estavam fazendo.

Sério, parece aqueles animes onde as garotas fazem um escândalo e a pessoa que está perto, tem que arranjar uma desculpa tipo... do além. No entanto, eu não menti... é só zoação mesmo.

Lys me leva até o tal churrasco e para minha surpresa... a galerinha que eu conheço estava lá. Até mesmo o palerma bipolar estava lá. Vontade de pular no pescoço dele e faze-lo em mil pedacinhos? Sempre...