Colegas de Quarto escrita por raggedy man


Capítulo 4
Desabafos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Desculpe postar tarde, mas tive uns problemas de família e só consegui terminar de escrever hoje.
Vou dedicar esse capítulo para a Contadora de Histórias que me deu uma recomendação! Não sabe como isso me deixou feliz, então MUITO OBRIGADA.
Espero que gostem!



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A semana seguinte realmente não foi uma das melhores. Não para a Lily. A ruiva estava realmente não suportando mais aquela semana.

Todos olhavam para ela preocupados, como se estivessem esperando ela começar a chorar ou desmaiar. Eles haviam sido bem amáveis naquela semana, mas isso não a estava deixando melhor. Estava deixando-a irritada. Quando queria ir beber água, alguém sempre se oferecia para fazer isso por ela. Marlene havia parado de reclamar sobre o seu dia no emprego e de pedir sua opinião em roupas que estava desenhando. Sirius havia parado de dar em cima dela, não que ela sentisse falta, mas ele a tratava como se fosse de vidro. James era o que mais agia normalmente, mas percebeu que ele mantinha sua distancia e só falava o necessário com ela.

E isso a irritou mais que tudo.

Então, quando os encontrou na cozinha, esperando James terminar o almoço, ela resolveu confrontá-los.

– Oi Lily. – Sirius a cumprimentou. – Quer que eu mande o James fazer alguma coisa diferente para comer? Eu posso fazer um suco, se quiser.

– Na verdade, não. – Sentou á mesa com Marlene e Sirius. – Mas quero pedir que vocês parem de me tratar como se eu fosse quebrar a qualquer minuto.

Todos pararam o que estavam fazendo e a olharam. Sabiam que estavam a tratando diferente, mas não sabiam que ela se incomodava.

– Olhe, eu sei que vocês estão preocupados, principalmente você Marlene, mas eu estou bem. – Disse honestamente. Ela olhou para cada um deles e sorriu confiante. – Eu juro.

– Bem... Se você diz que está bem... – Começou James.

– Eu estou perfeitamente bem.

–... Então é a sua vez de lavar a louça.

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– McKinnon? – Marlene olhou para Amelia Bones, uma mulher ruiva um pouco mais velha que ela. Amelia trabalhava como assistente pessoal de sua chefe e, ao vir até sua mesa, sabia que nada bom sairia de sua boca. – A Srta. Sparks deseja ver você em sua sala.

Marlene suspirou e se levantou. Não sabia o que havia feito para ser chamada á sala de Katherine. Havia feito os desenhos pedidos, pegado os tecidos que ela encomendara, havia organizado toda a sessão de lingerie exatamente do jeito que ela pedira e agora estava acabando de digitar o relatório de vendas da ultima semana. Foi repassando tudo que havia feito pela cabeça, tentando lembrar-se de algum erro que cometera, mas não conseguia achar nenhum.

Ao chegar á porta dela, bateu três vezes e esperou pacientemente sua permissão para entrar. Ao ouvir, entrou silenciosamente e esperou ser convidada á se sentar. O que não aconteceu.

– Srta. McKinnon, eu estou lhe deixando ir. – Disse sem rodeios. Marlene piscou algumas vezes sem reação.

– O que? Por quê? – Perguntou confusa.

– Uma de minhas modelos se recusou a usar algumas de suas roupas e apontou um monte de falhas no tecido e na costura. – Disse como se não fosse grande coisa. – Eu gostava um pouco deles até ver como ela tinha razão. E, alguém sem talento como você não serve em minha loja.

– Não. Não, você só contrata quem acha que vale a pena. – Disse se levantando, um pouco alterada. – Por que me contrataria se achasse o contrário?

– Eu estava errada.

– Estava mesmo? – Perguntou se inclinando sobre sua mesa, nervosa. – E por que não pode estar errada sobre agora? Por que deixou uma modelo te influenciar nessa decisão?

– Emmeline Vance não é só uma modelo qualquer. – Disse se levantando e aumentando o tom de voz, mostrando-se nervosa. – Ela é a principal modelo da minha linha de verão. E ela não veste qualquer coisa. Ela só veste o melhor. – Katherine sentou-se novamente. – E, infelizmente, você não tem o melhor para oferecer. Pode sair agora.

E Marlene saiu.

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Sirius estava no trabalho. Havia chegado um pouco mais cedo para poder fazer seus exercicios diários antes que alguém chegasse. Agora estava ajudando uma de suas alunas íntimas a terminar sua sessão.

– Muito bem, só mais cinco vezes e você ganha sua recompensa. – Sirius sussurrou no ouvido de sua aluna. Antes que ela pudesse terminar, seu celular tocou. – Eu já volto.

Ele saiu e foi atender seu celular na recepção, que no momento estava vazia.

– Alô?

– Sirius sou eu. – Ouviu a voz de Marlene do outro lado da linha. Mas sua voz não estava como sempre, estava com um tom choroso. – Eu preciso que venha me buscar.

– O que aconteceu? – Perguntou preocupado. Nunca a imaginara chorando e aquilo era um pouco estranho para ele. Não lidava com mulheres chorosas.

– Só venha me buscar. Por favor. – Ela lhe passou o endereço e desligou.

Sirius avisou seu chefe que havia uma emergência e saiu às pressas em sua moto em busca de Marlene.

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Lily não sabia exatamente o que estava fazendo lá. Quer dizer, havia sido convidada por Alice para conhecer seu marido, Frank Longbottom e almoçar com eles. Mas não fazia ideia que Amus Diggory estaria lá.

Ela realmente desejou estar em qualquer outro lugar. Frank havia convidado Amus e Lily não estava nem um pouco a vontade. Desde o ocorrido, ela havia o evitado no jornal. Ao entrar em uma sala, ela saia. Ao se aproximar, ela fingia que estava falando no celular. Para alguém que ela havia visto apenas algumas vezes antes, agora estava presente em todo o canto.

– Então, Lily. – Frank se dirigiu á ela sorrindo. – Como foi o encontro de vocês?

A ruiva discretamente olhou para Alice, que sorriu sem graça. Ela havia contado o que havia acontecido e Alice desculpou-se milhares de vezes. Prometeu que não iria acontecer mais e que não iria tocar no assunto. Mas também não achou que Frank o faria.

Sem ter o que falou, permaneceu quieta e um pouco sem graça, mas Amus respondeu por ela logo em seguida.

– Muito bom certo Lils? – Disse segurando a mão dela em cima da mesa. – Mal podemos esperar para repetir a dose e, dessa vez, sem sermos interrompidos. Não é?

– Claro... – Disse sorrindo gentilmente e soltando sua mão, pegando a taça de vinho á sua frente e dando um longo gole.

Frank continuou conversando animadamente com Amus, sem perceber como Lily havia respondido ou a tensão que ela estava e enquanto isso, as meninas se dirigiram para o banheiro.

– Você não contou á ele? – Perguntou à morena que retocava sua maquiagem.

– Em minha defesa, eu fiquei sabendo só hoje e eu estava ocupada demais para falar com o meu marido sobre você e Amus.

Lily revirou os olhos sorrindo. Alice não era o tipo de pessoa que guardava as coisas pessoais para si. Não hesitava em falar como o marido dela era bom na cama ou nas surpresas que ela fazia para ele sempre que podia. Aquilo incomodava um pouco Lily, mas não tanto quanto imaginava que incomodaria. Achava fascinante ver sua amiga tão empolgada e feliz pelas coisas que Frank e ela faziam entre quatro paredes.

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Sirius chegou no lugar que Marlene havia dito que estava. Estacionou sua moto e começou a procurá-la com os olhos. Estava chovendo forte, o que dificultou um pouco seu campo de visão. Andou um pouco pela rua, procurando a loira, mas não a achou. Estava prestes a pegar o celular para ligar para ela, quando viu o vermelho desbotado de seu carro. Guardou-o no bolso e andou até lá.

Marlene estava dentro de seu cadillac*, com o teto abaixado, chorando sob o volante. O moreno não soube o que fazer. Apenas ficou parado em frente ao carro a olhando, um pouco sem jeito. Limpou a garganta um pouco alto, fazendo com que ela levantasse o rosto.

A ver daquele jeito, o assustou. Marlene estava toda molhada, com seus cachos loiros grudados em seu rosto. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e ele conseguia ver que estava destruída por dentro. Mas seu olhar não era de triste. Não inteiramente. Era de raiva.

– O que aconteceu? – Perguntou receoso.

– O que aconteceu? – Ela riu irônica. – É mais fácil perguntar o que não aconteceu, não acha? – Ele ficou em silêncio, sem saber ao certo o que falar ou fazer. Não foi preciso, ela continuou a falar. – Bem, o que aconteceu foi que eu fui demitida por causa da vaca da Emmeline Vance, minha chefe disse que eu não tenho o melhor para oferecer para ela, meu carro tem os quatro pneus furados e eu realmente não acho que seja coincidência. – Sua voz foi ficando mais alta e com mais raiva. – Eu liguei para a droga do seguro e aparentemente, Lola é velha demais e os pneus adequados custam uma fortuna. E agora eu estou embaixo da chuva, parecendo uma louca, toda molhada e chorando.

– Vamos para casa, Marls. – Disse simplesmente. A garota não se mexeu por alguns segundos, até que saiu do carro. Sirius tirou sua jaqueta e entregou para ela, que aceitou sem dizer nada. Ambos andaram até a moto dele em silêncio. Ela colocou o capacete reserva e subiu atrás dele, abraçando sua cintura enquanto lágrimas grossas continuavam a cair.

O caminho para casa havia sido silencioso. Sirius percebeu que ela ainda chorava apenas pelo movimento que seu corpo fazia. Chegou ao prédio e guardou sua moto. Pegou o capacete de Marlene e subiu com ela para o apartamento. Ela havia parado de chorar havia um tempo, mas ainda estava quieta e com um olhar irritado. O moreno sabia que deveria falar alguma coisa, mas nada lhe passou pela cabeça. Situações emocionais não eram o forte dele. Nunca havia visto uma mulher próxima a ele chorar.

Essa era uma das consequências de ter crescido com James e ter apenas um irmão. Não sabia nada sobre garotas. Quer dizer, ele sabia muita coisa sobre garotas, mas não na parte emocional. O máximo de contato emocional que teve foi com a mãe de James, que havia aberto as portas de sua casa para acolhê-lo. Ela virara uma mãe para ele de uma forma que sua mãe biológica nunca havia sido. Mas também nunca havia chorado na frente dele.

Ao entrar em casa, ambos se depararam com roupas jogadas pelo chão. Sabiam que não era de Lily, então a conclusão mais obvia foi que Emmeline estava lá. Marlene, chegando á essa conclusão alguns segundo antes dele, saiu em disparada para o quarto de James. Tentou abri-lo, mas, como esperado, estava trancado. Isso a fez bater repetitivamente na porta.

James abriu a porta e olhou Marlene.

– Hm... Lene, estamos meio... Ocupados. Ei! – Ela ignorou o protesto do garoto e entrou no quarto nervosa e molhada. Emmeline estava deitada na cama coberta por um lençol. Ela olhou Marlene surpresa.

– O que faz aqui? Nunca ouviu falar em privacidade?! – Perguntou com um tom de voz arrogante. Porém não obteve resposta. Marlene apenas a olhou furiosa e acertou sua mão bem no meio de seu rosto com toda força que conseguiu reuinir. A marca da mão da loira ficou estampada no rosto pálido de Emmeline.

– Isso foi muito pouco pelo o que você me fez. – Sibilou. Tanto os meninos quanto ela, ficaram estáticos, sem saberem o que falar ou fazer. Ela, no entanto, apenas olhou para James e andou até ele.

– Eu não quero mais essa vadia na minha casa. – E saiu, indo para a cozinha e pegando a bebida mais forte que achou.

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Lily estava desesperada. Sua chefe estava nervosa. Alice corria de um lado para o outro. O jornal inteiro estava em um completo caos.

Tudo isso havia começado quando as meninas voltaram de seu almoço. Como de costume, o local estava barulhento, com jornalistas gritando com suas assistentes, pessoas correndo para terminar uma matéria esquecida e, é claro, o que não podia faltar. Sua chefe surtando.

Porém hoje esse barulho era por outro motivo. Minerva McGonnagal.

– Quem? – Perguntou Lily arrumando sua mesa rapidamente. Alice estava ao seu lado procurando alguns papeis para a megera.

– Ela é a dona daqui. – Explicou sem tirar os olhos do que estava fazendo. – Mas ela mora na Inglaterra, então não vem muito para cá. Achei! – Exclamou quase abraçando o papel que segurava. Ela então olhou para Lily. – Ela só aparece aqui de vez em quanto e nunca está de bom humor.

– Ótimo. Mais uma megera.

– Ah não, ela é uma pessoa excelente. – Disse. – Sempre justa e gentil, mas é rígida demais e muito séria. Gosta tudo em perfeita ordem. Por isso a redação está assim hoje. Nem a Sra. Jones aguenta a pressão.

– Sra. McGonnagal, seja bem vinda de volta! – Exclamou alguém perto dá porta. Todos se viraram naquela direção para olhar a mulher que entrava. Ela era uma senhora alta de olhos azuis e muito magra. Estava vestida como de costume: um vestido formal, hoje da cor verde, com o seu cabelo preso para trás em um coque muito apertado. Ninguém sabia exatamente sua idade e nem ousavam perguntar. Minerva era o tipo de mulher que sempre que a viam, não lhe davam nada a não ser respeito.

– Boa tarde a todos. – Cumprimentou dando um sorriso quase imperceptível. Ela passou os olhos por todos ali, que a cumprimentaram também. Alice se dirigiu para o lado da mulher e começou a andar ao seu lado até o escritório de Héstia.

Lily voltou para sua mesa e começou a trabalhar na nova matéria que haviam lhe passado. Não era nada interessante, apenas uma noticia boba sobre o Festival de Tortas que havia acontecido no fim de semana anterior.

E esse fim de semana ocorreu o Festival Anual das Tortas.Como de costume, o grande espetáculo foi o competição de quem come a maior quantidade de tortas.

No total foram quarenta e duas pessoas a participarem e mais de cento e cinquenta tortas foram consumidas no total. A grande vencedora foi uma mulher de trinta e dois anos que comeu quarenta e sete tortas em menos de uma hora.

Entretanto, várias pessoas tiveram que ir para o hospital ás pressas. Segundo testemunhas, todas elas sofreram de intoxicação alimentar devido ao lote das frutas estarem estragadas.

Haverá investigações para descobrir se o testemunho é veredicto. Segundo o Departamento de Polícia de New York, o responsável será processado.

– Quatro anos na faculdade de jornalismo para escrever isso. Grande potencial eu tenho. – Reclamou baixo um pouco desapontada. Não esperava estar fazendo matérias importantes com pouco tempo de trabalho. Mas isso também era ridículo. Depois de ter sua primeira grande matéria publicada, esperava que viessem mais. Porém estava enganada. Ela continuou fazendo o mesmo trabalho que ela fazia desde que chegava: escrever matérias inúteis.

– Concordo, Srta. Evans. – A voz a fez pular em sua cadeira de susto. A ruiva olhou para trás e viu McGonnagal parada ao lado de Alice e Hestia. A primeira sorria empolgada enquanto a chefe estava com caras de poucos amigos. – Você tem grande potencial, de fato.

– Sra. McGonnagal. – Disse levantando-se. – Eu não quis dizer... Bem, obrigada.

– Srta. Evans, eu vim para cá com um objetivo. Você. – Isso a espantou um pouco. – Vários amigos meus que moram aqui ficaram impressionado com o potencial que tem. A matéria que escreveu foi exceptional. Alguns disseram que está trazendo uma opinião mais jovem e moderna para o jornal e é isso que estamos precisando.

Lily não sabia o que dizer. Olhou de relance para Alice que sorria de orelha a orelha.

– Obrigada de novo... Mas eu não estou entendo onde a senhora quer chegar.

McGonnagal então olhou para Hestia, que deu um passo a frente. Estava estampado em seu rosto que fazia isso contra sua vontade.

– Ela quis dizer que você irá produzir matérias maiores. – Disse séria. – Não como a que lhe deu tal fama, mas maiores da que está fazendo hoje. Parabéns.

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Sirius não fazia ideia o porquê estava fazendo aquilo. Mas lá estava ele, entrando no quarto de Marlene com um pedaço de pizza em um prato. A loira estava deitada em sua cama com duas garrafas de vodka ao seu lado. Uma vazia e outra na metade. Ele reparou que, apesar de usar uma roupa seca, ainda vestia a jaqueta dele. Ela o olhou sem emoção.

– Eu trouxe pizza. – Anunciou. Marlene tomou um longo gole e continuou sem falar nada. Uns segundos depois, aceitou o pedaço.

– Valeu. – Agradeceu começando a comer. Ele continuou parado olhando para ela. – O que você quer aqui?

– Eu vim ver se você estava bem.

– Por quê?

Ele não sabia exatamente o por que. Era tão fora do comum, ele fazer essas coisas. Normalmente dava espaço para os outros, até James. Mas não conseguiu se conter.

– Bem, você disse que somos amigos. Pelo o que eu sei, amigos fazem esse tipo de coisa.

Ela pareceu considerar o que ele estava falando. Pareceu. Estava tão bêbada que mal conseguia deixar seus olhos focados nele. Sirius percebeu isso e deitou-se ao seu lado, pegando a garrafa se sua mão e bebendo junto com ela.

– Não conte para Lily. – Disse um tempo depois.

– Por que não? Garotas não contam tudo uma para outra?

Ela revirou os olhos.

– Ela não pode saber que eu surtei desse jeito. Só isso.

– Precisa me dar mais um pouco se quiser que eu guarde segredo.

Marlene ficou em silêncio por um tempo antes de começar a falar.

– Eu sempre cuidei dela. Ela é durona agora, mas quando éramos mais novas nem tanto. – Ela olhou para uma foto das duas quando crianças e sorriu levemente. – Quando minha mãe fugiu com o amante e meu pai virou um idiota bêbado, a mãe dela me pegou e meu irmão para cuidar. Uma tia depois veio buscar meu irmão para cuidar e me largou lá. Não que eu reclame, eu adorava a família de Lily.

Ela bebeu o resto do líquido antes de continuar.

– Mas ai eu cresci um pouco e comecei a me odiar por ter sido largada para trás. E comecei a beber, era briguenta na escola e comecei a me odiar. – Ela suspirou. – Eu era horrível para a Sra. Evans. Chegava bebada e as vezes drogada em casa, a deixava acordada preocupada comigo... Mas ela me amava e ama como uma filha e quando eu tomei consciência disso, prometi a mim mesma que iria cuidar da Lily do mesmo jeito que ela cuidou de mim. E isso significa a não ser aquela pessoa horrível que eu era.

O quarto ficou silencioso por um momento. Até que Sirius fez o que ela menos esperava. Ele riu.

– McKinnon, somos mais parecidos que parece.

Ela levantou a sobrancelha esperando por mais.

– Eu fugi de casa aos 15 e fui morar com o James. Eu bebia tanto naquela época... – Ele riu se lembrando do passado. – A Sra. Potter quase arrancava meus órgãos fora quando me via daquele jeito. – Ele a olhou sorrindo. – Família também não era o meu forte, mas eu não me fecho para o James. Cara, como isso soou gay.

Ambos gargalharam. O que a bebida não fazia?


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Notas finais do capítulo

*Cadillac é o carro de Marlene.
E ai, o que acharam? Sinto que alegrei 99% de vocês com esse tapão da Lene, certo?
Não esqueçam de comentar.