Duas semanas tinham se passado desde que eu me tornei oficialmente a senhora Salvatore e não podia estar mais perfeito, Damon era um cavalheiro comigo e sempre romântico, estava sendo muito bem tratada por ele e todos os empregados da mansão. Mas parece que somente na mansão está tudo bem, pois na cidade estava tendo boatos de um assassino em serie, até agora foram encontrados seis corpos, os mais antigos e alguns loucos dizem que são vampiros, pois encontram os corpos sem uma gota de sangue, porém as autoridades desmentiram isso e afirmaram que se trata realmente de um maluco psicótico que gosta de tirar o sangue das pessoas. Confesso que isso vem me assustado e muito, principalmente por meu pai estar na cidade, mas sempre que posso vou visita-lo.

Estava no jardim cuidando das rosas quando sinto braços me rodearem e beijos no meu pescoço. Um arrepio percorre minha espinha e sem perceber já estou sorrindo feito uma idiota.

–Olá querida, posso saber o que faz aqui sozinha? – Diz Damon ainda beijando meu pescoço. Ele não é um amor?

–Sabes que gosto muito do seu jardim e como você não estava em casa resolvi vir aqui. – Digo.

Sou surpreendida quando ele me vira para ficar de frente com seu rosto e sua boca logo está colada na minha, sua língua pede passagem e suspiro quando nossas línguas se encontram. Sinto aquelas famosas borboletas no meu estomago. Ele pode me beijar mil vezes, pois sempre sentirei a mesma coisa e isso só confirma o que venho sentindo desde que nos casamos, estava perdidamente apaixonada por ele.

Não contei isso a ninguém ainda e não sei quando pretendo contar para Damon, eu sei que ele está sempre carinhoso comigo, mas nunca se abriu sobre seus sentimentos.

–Então? O que acha? – Sou tirada de meus pensamentos com a voz de Damon. Este estava olhando para mim esperando uma resposta.

–O que disse? Desculpe querido, estava com a cabeça em outro lugar. – Digo.

–Espero que esse outro lugar seja em mim, não gosto da minha mulher pensando em outros homens. – Diz ele carrancudo. Amo esse Damon ciumento, se possível fica ainda mais meigo.

–Claro que era você, sabe que só penso em você. – Roubo-lhe um beijo. Ele sorri.

–E em que estava pensando? – Diz passando o nariz no meu pescoço. Como ele quer que eu pense com ele fazendo isso?

–Quem sabe eu te falo outro dia. – Troco de assunto.

–Tudo bem espertinha, continuando, o que eu estava falando é se você quer ir ao restaurante do Dony hoje. – Diz. Jantar fora? Desde que casamos nós não saímos da mansão.

–E posso saber o porquê deste jantar repentino? – Digo desconfiada.

–Não posso querer agradar minha mulher? – Diz brincalhão.

–Tudo bem. Também tenho uma surpresa para você. – Digo decidida. Suas sobrancelhas se juntam e seu rosto é um misto de confusão e ansiedade.

–Posso saber o que é? –Conheço esse olhar travesso...

–Não, só depois que voltarmos para casa. Nem tente me persuadir. – Estou casada há pouco tempo, mas já conheço o meu marido.

–Tudo bem. – Ele levanta os braços em rendição.

Ficamos conversando por um bom tempo no jardim, conversávamos bobagens, sempre que estava com Damon, nunca faltava assunto.

Estava decidida, hoje eu me entregaria a Damon. Já estava casa a um bom tempo e ele tem se mostrado bem paciente quanto a isso, nunca me forçou a nada. Sempre me agradou. Nada mais justo que agrada-lo de volta.

Sorri com esse pensamento. Estava tudo perfeitamente bem.

O que Abigail não imaginava é que a alguns metros da li, uma pessoa os espionava e que sua, até então, vida perfeita estava a poucas horas de se acabar.