Time Well Spent escrita por Arabella


Capítulo 2
di-Lua. Não, Luna


Notas iniciais do capítulo

EEEI, gente! Capítulo novo fresquinho, espero que gostem! P.O.V DRACO! UHUU



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Pansy ainda me encarava incrédula quando peguei a pena, a penugem esvoaçando no meu nariz e fazendo cócegas.

–Você não está fazendo isso, Draco Malfoy. –Ela falou em seu pior tom de repreensão.

Me espreguicei, de modo que meus pés esbarram “sem querer” na cadeira de Pansy, a afastando um pouco.

–Ah, pare de ser tão estraga-prazeres. –Disse quando ela fez menção de abrir a boca. –É apenas uma brincadeirinha com a di-Lua. –Estendi a mão para brincar com os cabelos lisos dela, os quais escorreram por meus dedos.

Ela apenas suspirou alto com um ar irritado. Era praticamente um milagre fazer uma puxa-saco como Pansy ficar com raiva, por isso comecei a refletir se estava mesmo fazendo algo tão errado assim. “Não, Pansy é apenas uma garota com ciúmes, com certeza. Afinal, é apenas uma pegadinha. E, pelas plicas de Merlin, estamos falando de Luna Lovegood.” Reviro os olhos para os meus próprios pensamentos, riscando acidentalmente parte do meu trabalho já feito no pergaminho.

Grunhi alto, chamando a atenção de Pansy. Ela apenas deu um meio-sorriso, olhando para o pergaminho.

–Talvez seja um sinal. Sabe, “não mexa com isso, seu idiota.” –Ela falou imitando uma voz sinistra como a Trelawney às vezes faz. A repreendi com um olhar de desprezo.

–Com que você acha que está falando, Parkinson? –Falei, fingindo descontração e erguendo os olhos da carta.

–Calma, Draquinho. –Ela cantarolou, a voz incrivelmente desafinada. –Estava apenas brincando. Você não é o mestre das brincadeiras? –Ela ergueu as sobrancelhas por baixo da franja reta e sem-graça fazendo ar de desafio.

–Ora, cale a boca. –Pedi enquanto arrancava outra folha de pergaminho e recomeçava a escrever.

Vamos lá...

“Querida di-Lua... Não, Luna. É... Gostaria de ir ao baile de inverno comigo? Bem, parece ótimo. E depois mencionaria algo publicado no Pasquim.”

No final, o pequeno bilhete com não mais de três linhas me havia rendido vários pedaços de pergaminho desperdiçados. Pansy ria sempre que eu errava algo e sua risada me fazia ansiar cada vez mais que ela acidentalmente caísse da sacada da sala.

–Está pronto, eu acho! –Anunciei. Ela me olhou, o semblante divertido repentinamente tomado por algo aproximado de indiferença.

–Que seja. –Ela murmurou e lhe fiz carinho em uma das bochechas.

–Fica mais legal brava, Parkinson. –Falei e saí pelo portal da sala de troféus.

Como estávamos no terceiro andar, eu tinha à disposição um longo caminho até encontrar e intimar alguém a entregar o convite para Luna.

Esbarrei então com um garoto esguio e de aparência anêmica devido ao tom branco da pele. Até eu seria meio bronzeado colocado ao seu lado. Como havia perdido de vista Crabbe e Goyle, eu não tinha muita opção de alunos para intimidar. Suspirando, eu entreguei o convite prateado para o aluno, quem fez uma careta realmente indescritível.

–Draco Malfoy está me convidando para o baile? –Ele disse, o tom híbrido de uma risada cruzada com indignação.

Senti o rosto arder em rubor e bati o pé impacientemente, olhando ao redor.

–Não, seu grande idiota. –Falei em um sussurro encharcado de ultraje. –Quero que entregue isso por mim.

A tensão pareceu se esvair do rosto do garoto.

–Graças à Deus. Não sou muito bom em dar foras, sabe? –Ele disse, tomando o convite. –Para quem é?

Soltei um forte pigarro antes de falar:

–Luna Lovegood. –Meus dentes travaram.

–É... Quem? –Ele se aproximou de mim.

–Não fique perto, as pessoas –Olhei ao redor, mas não tinha gente alguma em um raio de quatro metros de nós. Provoquei uma falsa tosse antes de repetir: -Luna Lovegood.

O rosto dele se avermelhou completamente e ele ficou ereto. Olhou para mim e depois para o convite, como se a qualquer momento fosse enlouquecer, abrir o envelope e sair contando a novidade por aí. De quem fora aquela ideia de gênio de chamar a di-Lua pra sair, mesmo?

–A... Corvinal? –Ele perguntou e eu assenti. –Filha... Pasquim? –Assenti novamente, um pouco irritado.

–Apenas faça o trabalho e me conte depois a reação dela. –Falei, já impaciente.

Olhando ao redor, achei um vaso de plantas repleto de flores amarelas que fazia parte da decoração ao lado de uma gigante estátua de cera.

–Um segundo. –Pedi e andei até lá, arrancando com efeito um punhado de flores amarrotadas. –Entregue junto com o convite. Acho que ela curte amarelo. –Afrouxei um pouco a gravata ao redor do pescoço antes de sair praticamente marchando pelo corredor.

Acho que minhas mãos nunca tremeram tanto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço uns reviews? Não? Ok.
Até a próxima



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