Estava nas primeiras filas. Hanz sabia como o concerto era importante pra mim e se ofereceu para tomar conta da peste da minha irmã. Hanz era como um anjo pra mim! Me salvava de tudo. Eu estava voando e cai das nuvens com os gritos de todas as meninas que estavam ao meu redor. Era Tom e sua guitarra tocando a entrada de Ubers ende der welt. Uma loucura! Foi daí que Georg e Gustav aparecem e Bill surge do além e começa a cantar. Foi lindo. Mais lindo ainda foi Bill tentando falar francês.
Passaram-se algumas horas e lá estava Bill e o resto da banda se despedindo de seu imenso público. Tom jogou a puta da garrafa d’água na minha cabeça. Ele viu que havia me acertado e apenas olhou para mim, deu uma risada e saiu do palco.
Havia chegado A hora, eu ia conhecê-los pessoalmente. Estava muito nervosa, mas não demonstrava nada fisicamente. Hanz levou minha irmã para casa e eu fiquei lá, sozinha, a poucos passos de trocar algumas palavras com Bill. Sim, era só o Bill que me interessava. Enfim, aquela era a hora. Criei coragem e bati na porta da sala em que estavam. Quem abriu a porta foi o próprio Bill.
- Em que posso ajudá-la?
Mostrei-lhe o crachá que haviam me dado; ele o pegou e se aproximou para ler o que estava escrito nas letras menores. Eu sentia as costas de suas mãos nos meus peitos; porem não sabia se era proposital.
- Ok, pode entrar – disse ele abrindo um sorriso muito simpático e colocando seus braço sobre meu ombro.
Poxa, como eu era menor que ele. Retribui com um sorriso. Ainda não tinha caído a fixa de que eu estava ali e aquilo não era sonho. Tom, que estava sentado em uma poltrona, se virou para ver o que estava acontecendo. De primeira me reconheceu e já foi se manifestando:
- Bill, o que ela esta fazendo aqui?
- É só uma fã, certo? – ele havia se virado para mim
Tom se mostrou um pouco aliviado mas, se levanto e foi falar comigo:

- Me desculpa! Não era minha intenção! Não me processe!!
- Do que você está falando? – intrometeu Bill
- Ele jogou uma garrafa d’água na minha cabeça
- FOI SEM QUERER – gritou Tom desesperado
- Calma, eu não vou fazer nada... – disse bem tranqüila
Naquele momento, exatamente naquele momento, a fixa caiu. Eu realmente estava cara a cara com Bill e Tom. Tive uma queda de pressão e acabei por desmaiar nos braços do Bill.

Fui acordada com um cheiro forte. Tentei abrir meus olhos, mas estava tudo embaçado. Olhei para um lado e não reconhecia onde estava. Percebi que minha cabeça estava sobre o colo de alguém. Olhei para cima, como se tentasse reconhecer quem era a pessoa.
- Você esta melhor? – disse Bill olhando nos meus olhos
“VAMOS TENTAR NÃO DESMAIAR DE NOVO” pensei. Perguntei o que havia acontecido.
- Você desmaiou, dã – disse Tom, que estava sentado no sofá da frente.
- Me desculpa – disse tentando me levantar
- Não, não, não! Você não tem que se desculpar – disse Bill
- Se alguém aqui tem que se desculpar, esse alguém sou eu! Tenho que me desculpar por ser tão sexy ao ponto de causar esse tipo de coisa em vocês, mulheres – disse Tom, convencidamente
Ficou um silêncio. Eu não sabia se era piada ou verdade. Fiquei quieta mas passou um tempo e quebrei o gelo:
- Está na minha hora... me desculpem por qualquer coisa! Er.. muito obrigada por tudo e muito bom ter “conhecido” vocês – disse isso praticamente já fechando a porta da sala
- Espera – disse Bill – Qual seu nome? – continuou ele e ao mesmo tempo me entregando um papel
- Luíza. Meu nome é Luiza – falei isso enquanto pegava o papel
Coloquei o papel no bolso e nem dei importância. Já era tarde e já devia estar em casa a muito tempo atrás.