O Diário de Pandora Hiatus escrita por laritopolski


Capítulo 1
Capítulo I - Pilot




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Ahh qual é? Eu não mereço isso. Mereço? Ok sei que sou uma menina muito má. Quer dizer. É normal para a minha raça eu ser má, mas não é por alguns litros de sangue que eu tenho que receber um castigo desses.

- Louis, eu tenho mesmo que entrar nesse lugar?- Perguntei para o meu irmão.

- Dora, eu sei que é estranho para você, mas logo se acostuma. Veja, eu estou na faculdade, já passei por isso. Não morri. – Louis e suas piadas infames. Bufei.

- Ok, lá vou eu matar alguns, como é mesmo o nome deles? –

- Playboys? – Louis riu.

- É, playboys. Arg! – Peguei a minha mochila, e abri a porta. Inspirei aquele novo ar, não que eu precisasse inspirar alguma coisa, mas meu nariz precisa se acostumar.

- Vai logo sua loser! – Louis me empurrou pra fora do carro. – Vai perder a primeira aula.-

Mandei o dedo para o meu irmão, que riu alto e arrancou com a sua bmw fazendo muitos alunos olharem pra ele, e logo depois para mim.

Provavelmente nunca tinham visto uma pessoa igual a mim naquele lugar. Claro que nunca tinham visto. O estereotipo da minha raça era totalmente diferente de qualquer um. Eu sou uma vampira, é daquelas que chupam sangue e não têm reflexos. Mas, o nosso clã consegue driblar essas questões. Pois é, os Geisterfahrers tem uma espécie de amuleto que quebra esses tabus, nós podemos ver o nosso reflexo, podemos sair no sol, dormir, comer e conviver com humanos, graças a um anel ou medalhão que usamos. Somos legais, eu sei. Só não nos transformamos em morcegos, o que é uma pena.

Voltando ao meu martírio. Lá estava eu, Pandora Marie Klauss, parada na frente da escadaria do St. Mary sem saber o que fazer, quando meu celular toca.

- Hey!- atendi.

- Você tem que entrar nesse prédio e ir até a secretaria pra pegar a grade de horários. – Louis riu.

- Seu babaca, onde está? – Me virei para a rua. E lá estava o protótipo de vampiro que eu chamo de irmão, acenando igual a um retardado.

- Quer ajuda? – Ele perguntou sorrindo.

- O que acha?- bufei.

- Acho que você está parecendo uma humana na cova do Vlad. – Ele gargalhou.

- Idiota, vem aqui me ajudar! –falei desligando o celular. E comecei a subir a escadaria.

Logo Louis estava do meu lado subindo a escadaria do St. Mary. Quando entramos no corredor principal, muitas pessoas paravam o que quer que seja o que estavam fazendo pra nos olhar. Muitas meninas suspiravam quando Louis as olhava. Ta, vou admitir, meu irmão é lindo mesmo. Louis tem 19 anos, é loiro, cabelo curto apontando pra tudo quanto é lado, olhos verdes, e um corpo de dar inveja a qualquer garoto. Se não fosse meu irmão...

Quanto a mim? Eu sou normal. Ta é mentira. Eu sou morena, tenho mechas roxas e rosas no meu cabelo, que é longo, meus olhos são mais verdes do que os de Louis. Todos nós temos uma palidez incomum para uma pessoa normal. E temos que ser lindos e perfeitos para podemos atrair as nossas vítimas. Quero dizer antigamente era assim, agora como disse temos o medalhão. Ah é, nós crescemos, graças ao medalhão, se pararmos de usá-lo, ficamos ‘presos’ naquela idade.

Louis abriu a porta da secretaria.

- Louis, minha criança!- Uma mulher gordinha e baixinha saiu de trás do balcão.

- Sra. Goffman, quanto tempo. - Ele abraçou a mulher. Eu estava me segurando para não rir.

- É depois que o Senhor passou na faculdade, não aparece mais aqui. Olha vejamos o que temos aqui. – A mulher soltou Louis e me olhou de cima a baixo.

- Sra. Goffman, essa é a minha irmã Pandora. –

- Oi!- falei tentando sorrir, mas acho que não convenci.

- Ah, então é a nova aluna. Bem, venha aqui vou te dar os horários, e o mapa da escola. - Ela voltou atrás do balcão, e me entregou uns papéis.

- Obrigada Senhora Goffman, eu volto pra visitar a senhora! – Louis falou. Acenei somente. - Dora, agora eu vou. Tenho aula. Sabe como é né? Manter a fama! – Ele disse me dando um beijo na testa. – Qualquer coisa, sabe onde me encontrar! –

Pois é, fui abandonada pelo meu irmão. Olhei no meu horário, primeira aula biologia. Procurei no mapa onde ficava o laboratório de biologia, é não parecia ser tão longe. O sinal já tinha batido, e os corredores começavam a se esvaziar. Segui o mapa, e logo achei o laboratório. O professor já estava lá dentro. Droga!

- Com licença? – perguntei da porta. O professor se virou pra mim e pediu para que eu entrasse.

- Ah, você é a aluna nova, a Sra. Goffman lhe deu um passe? – ele perguntou me estudando. Sou um sapo agora? To mais pra morcego.

- Ah deu sim. – Tirei um papel do bolso do meu moleton.

- Ok, Pandora Marie Klauss? – É, tem outra por aqui?

- Sim. – falei baixo.

- Por favor, se apresente. – Ele pediu. Como é? Apresentar-me?

- Bem, meu nome é Pandora, tenho 16 anos, vim da Alemanha. E é só. – Falei sem emoção alguma.

- Ok, pode se sentar ao lado da Srta. Johnson. -  Assenti silenciosamente. Quando vi quem seria a minha companheira de mesa, quase voltei. Minhas botas de combate pareciam pesar mais de 2 kg. A Srta. Johnson era aquelas típicas patricinhas que vestiam rosa de doer os olhos. Comecei a me arrastar, literalmente, até o lugar determinado pelo professor. Quando cheguei perto ela me analisou de cima a baixo. Como se eu me importasse com o que ela pensasse de mim. Rá! Ela quem pensa.

- Oi. Sou Ashley Johnson. Como líder das Cheerleaders do St. Mary, espero que seja bem vinda no nosso colégio, e que goste muito daqui. – Ela disse com aquela voz irritante.

- Tanto faz. – Falei em resposta.

Ela ficou quieta e eu pude prestar atenção na aula. O sinal bateu logo. Olhei no meu horário. Era aula vaga. Comemorei internamente.

Saí andando pelo corredor, com os meus fones de ouvido estourando um Korn. Não estava prestando atenção, quando esbarrei sem querer em alguém. Minha mochila foi parar no chão junto com as coisas da outra pessoa, abaixei para pegar as minhas coisas.

- Droga! Desculpe-me, não te vi! – falei pegando uns livros que estavam espalhados.

- Não foi nada! Você só precisa cuidar do volume do brinquedinho! – Olhei para a pessoa que fazia piada. Pelo menos não era a única que tinha cabelo colorido na escola. – Oi sou Alex Sterling, e você é? – Caramba!!! Que olhos! São verdes, não, não são azuis! Putz, olha esse cabelo dude! Hey, ele falou comigo.

- Ahh, oi, sou Pandora Klauss. – sorri.

- Pandora não é um nome comum por aqui! – Ele disse sorrindo. Se eu fosse humana, já tinha ido dessa para uma melhor.

- É, é diferente!- conclui analisando o Sterling. Alto, cabelos bicolores, olhos azuis, sorriso perfeito! Oi, vem cá! Vamos lá em casa que eu te mostro meu caixão. Há! Há! Há! Tô andando demais com o Louis.

- Bem, acho que isso é seu! – Ele segurava algo que eu nem notei que tinha caído. Meu medalhão!

- Nossa que sorte! Valeu! – suspirei aliviada.

- Por nada! A gente se vê! – Ele disse sorrindo. É, a gente se vê!

Corri para o banheiro para poder colocar meu medalhão e ligar para Louis. Abri meu celular e o número da praga piscou no visor. As vezes é ruim ter comunicação por pensamento.

- Hey dentinho. – Louis riu. Cada apelido que eu ganhava que meu Deus.

- Fala mongol! – respondi.

- Te amo também! Sei que queria falar comigo! –

- Ah é! Lou, quase perdi meu medalhão hoje. Se não fosse um cara ter achado e me devolvido, eu estava perdida! –

- Mas é uma otária! Já falei pra prender no pescoço. –

- Bem capaz que eu vou andar com isso no pescoço! –

- Pelo menos você não o perde! –

- Louis, vou embora! Não to a fim de ter aulas! –

- Certo vou te buscar Nightmare! –

- Ok, Lou! – desliguei. Meu irmão era pior que eu. Ele vai sair da faculdade pra me pegar. Louis, mais um ponto positivo.


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Notas finais do capítulo

N/A: Esse capítulo é só um teste, se tiver comentários, eu conitinuo. Se não eu vou postando de pouquinho em pouquinho. Então comente!



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