Castelos de gelo escrita por Pandora


Capítulo 11
Café barato


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas amadas!

Bem, como começar, esse capítulo foi um parto.
Reescrevi ele umas três vezes, porque tipo, não tava achando nada legal, mas gostei desse e fragmentos vão conter nos proximos e tals
Os spolers não vão se cumprir agora, mas vão se cumprir.

Obrigada a todos os comentário, obrigada mesmo, amei responder todos eles, vocês são incríveis.

Por ultimo e não menos importante quero agradecer à Lua e Luna pelas recomendações. Sério, foi combo. Pedia uma e ganhei duas, vocês tem ideia de como eu fiquei? Cara, eu chorei. Agradecerei formalmente em A Escolhida às duas recomendações mas mesmo assim agradeço previamente, cito aqui também só para não deixar passar em branco.
Rainbow Rowell? Assim eu morro do coração! Cara, eu AMO a escrita da Rowell, amo
Sabe Eleanor e Park? Pois bem, eu li em menos de um dia. Fangirl demorei um pouquinho mais mas amei de qualquer forma. E garota, eu admiro para caramba a escrita da Rowell, eu amei tanto, e você me compara a ela...uau...uau...
Quanto à Lua, uau também. "...ate a poeira que voce pensa estar no lugar errado na hora errado, no final tem um motivo por estar ali!" rsrsrsrsrsrsrs não consegui não rir nessa parte.
Muito obrigada mesmo, mesmo mesmo.
Eu REALMENTE espero que esse capítulo esteja do agrado das duas, e que gostem.
Obrigada todos os leitores que estão acompanhando Castelos de Gelo, eu também espero realmente que vocês gostem.
Um xero para todos!
E...aproveitem!

Ps: O computador ainda tá quebrado, tô postando pelo not da minha prima. A Escolhida também está sendo um parto, mas eu consigo rsrsrsrs



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—Amanda, modos.

Minha mãe disse enquanto sentava-se entre Charles e eu.

Olhei em seus olhos diferentes dos meus, contraditórios para seus traços um tanto idênticos.

Então é assim que meu pai é.

—Alamanda...filha- ele começou meio incerto.

—Amanda...-sussurro o corrigindo.

Como ele se atreve a me chamar de filha?

—Amanda, precisamos conversar- sua voz soou insegura.

Olho para as paredes familiares da minha casa antiga, observando a ausência de retratos nas paredes, sentindo o gosto amargo da sua ausente presença em minha infância.

Olhei para trás.

Não sei de quem foi a ideia de trazer ele e seu exército para minha casa.

—Não temos nada para conversar- disse olhando para as paredes brancas e com tons amarelados de infiltração. Olhei para ele com os olhos marejados e com a voz ameaçando tremer.

—A não ser o fato de você ter me abandonado quando eu era uma criança e voltar depois de anos- completei olhando-o nos olhos.

Ele torceu os lábios para o lado discretamente, imagino que seja um hábito.Ele abriu a boca como se fosse falar algo, mas pareceu mudar de ideia.

Cruzou os braços sobre a mesa parecendo frustrado, e depois de olhar para o chão, olhou para mim.

—Porque você está assim?- ele sussurrou.

Com os braços ainda cruzados, abri a boca pronta para cuspir na cara dele que ele deveria saber como me sinto sabendo que havia me abandonado quando eu era uma criança, e depois de praticamente 10 anos voltar e perguntar como me sinto. Mas então fecho a boca ao perceber que seus olhos vagueiam por minha roupa ainda suja de sangue de peixe, agora seco, com um aroma nada agradável de peixe morto e álcool impregnado à minha pele junto com lama.

Eu estava um lixo.

Precisaria nascer de novo apenas para ficar com um cheiro menos repugnante.

E olhar para ele e alguns dos guardas que estavam dentro da minha casa me deu a sensação de ser uma mendiga.

—Como é?! Você aparece depois de...olho para minha mãe querendo saber os anos exatos.

—14- ela responde com um suspiro.

14!

—14 anos! Você vem e me pergunta porque droga estou assim?!

O cara me deixou quando eu tinha só 3 anos.

—Tem razão, eu não tenho esse direito- ele suspira se recostando na cadeira enquanto ajeitava a gravata sobre a camisa social branca impecavél.

Olhar aquilo me deu mais raiva.

Sua vida deveria ser perfeita. Ele deveria ter uma casa da barbie, estilo polly pocket e as abotoaduras das mangas da camiseta deveriam ser mais caras do que toda a minha casa com tudo que há dentro dela.

Até mesmo que a mim, caso meu lindo corpinho tivesse preço. Ironia queridinha, você por aqui?

Comida perfeita.

Casa perfeita.

Tudo perfeito.

Malditas perfeições!

—Você tem 10 minutos Charles- mamãe disse com sua voz impecável.

—Ele só precisa de 5- a corrigi sem desviar o olhar dos seus olhos.

—Como explicar 14 anos de sumiço em 5 minutos?- ele perguntou mais para si mesmo.

—Abandono- o corrigi- e se continuar a reclamar vou diminuir para 2.

Tentei ignorar com veracidade o fato de estar falando assim com meu pai, ah, e o rei da Inglaterra.

—Certo...bem, como começar...eu conheci sua mãe durante uma das minhas viagens à negócios, ela não sabia que eu era da realeza e a princípio eu não senti que deveria contar.

Olhei para a mesa castigada pelo tempo lutando contra as lagrimas.

Seria normal as pessoas chegarem e falarem que são filhos perdidos da realeza ou de parentes ricos, mas é mil vezes mais difícil vezes os mesmo irem atrás de você e falarem tais coisas.

Pois bem, isso estava acontecendo agora.

E aquele na minha frenta era meu pai, inegavelmente pai.

Como reagir.

—Sua mãe e eu nos envolvemos e ele ficou grávida de você a essa altura já sabendo do meu status social.

—E porque não renegou seu cargo como rei e assumiu o seu como pai hein?- perguntei enquanto deixava uma lágrima cair.

—Amanda...entenda, eu não era rei na época, eu era um principe ainda.

—E porque não renegou seu cago?- elevei meu tom de voz deixando mais lágrimas rolarem.

—Eu tentei...eu tentei Amanda, e eu consegui- ele parecia derrotado. -Mas algumas coisas aconteceram que me fizeram voltar ao cargo- ele continuou.

—O que aconteceu?- alternei o olhar entre minha mão e o homem a frente.

—Apareceram alguns grupos revoltosos tentando assumir o poder da coroa. Eles saqueiam, sequestram...matam.- ele bebeu um gole de seu café- E seu avô estava chegando na idade de passar a coroa, mas o fato de eu ser o filho único e o Conselho estar revoltado com a coroa sendo passada para alguém que não fosse da linhagem real causaria extrema balbúrdia. Outros parentes distantes poderiam assumir claro, mas tudo aconteceu...e, e eu não tive escolha. Se eu não assumisse a coroa toda a Inglaterra estaria acabada.

Fiquei em choque com tudo que ele havia me dito, sem saber o que dizer.

Uma parte de mim se compadecia com o fato dele ter renunciado e voltado para protejer o país, entretando outra parte de mim o desprezava por todos os anos de abandono. Já uma parte menor ainda, se perguntada o que diabos era balbúrdia, mas simplemente ignorei a mesma.

—Quem eram esses revoltosos?- consegui perguntar.

Ele deu um gole em seu café barato e curvando a coluna de maneira mais descontraída ele gesticulou com as mãos enquanto respondia.

—Não sei, é como se fosse um grupo de mafiosos, mercenários. Um tipo de máfia que vai evoluindo e não estamos acostumados a lidar. Eles são identificados por a letra “L”, mas até hoje não sabemos porque- ele respondeu com um pouco de irritação, provavelmente por saber que podia não ser páreo para a máfia.

—Mas então porque eu e minha mãe tivemos que ficar viajando por tantas cidades?- perguntei enquanto bebia um gole de café, crendo que ele teria uma explicação para isso.

O tal Charles olhou para minha mãe enquanto colocava ambos antebraços em cima da mesa. Os cabelos grisalhos e penteados para trás soltaram alguns fios em seu rosto.

—Essa é uma resposta que eu também gostaria de ouvir- Charles disse.

—Eu não queria ser princesa. Ou rainha.- ela começou olhando para a xícara com a gravura do Gumball colocada em suas mãos.

—Quando Charles voltou para gorvenar sabia que se descobrissem de você filha, estaria em perigo. Além do mais, não queria que soubese de sua linhagem real, queria que tivesse uma vida normal e que a coroa fosse uma escolha sem influências, não uma obrigação. Charles queria que você se envolvesse naquele ninho de cobras, mas você não entende filha, foi para seu proprio bem.

Quando ela terminou soltando algumas lágrimas meu queixo estava no chão.

E eu surtei.

Simplesmente surtei.

—OQUE?! Então quer dizer que ficamos mudando pra um monte de fim de mundo por nada?!

Eles se sobressaltaram mas apenas mamãe pareceu abalada. Observei de soslaio os guardas vestidos com roupas pretas se aproximando.

—Nada? Eu fiz isso pelo seu bem Amanda! Eles te procurariam para assumir sua linhagem real mas eu-

—Clear, eu sou pai dela...- Charles sussurrou quebrando nossas vozes agora ficando de pé- você não deveria ter fugido quando eu disse que queria pegar a guarda dela.

—Então a culpa agora é minha?- ela perguntou virando-se para ele exaltada- você sabia melhor do que ninguém o que viria! Trataram minha filha como uma bastarda!

—Eu sou o pai dela! Mas você me privou de 14 anos ao lado de nossa filha por causa de sua paranóia!- ele respondeu avançando um passo enquanto mamãe fazia o mesmo.

O clima estava pesado. Muito pesado.

Um guarda se aproximou de nós.

—Majestade, está tudo bem?

—Sim Marcus, está- ele respondeu voltando a ficar calmo ainda olhando para Clear.

—Eu, eu, eu...- comecei olhando para eles sem saber o que dizer.

Eles se viraram para mim, ali em pé, como se só agora lembrando que eu estava lá.

—Eu...- e sem mais delongas vomitei no chão.


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