Malfoy, Crabbe e Goyle se dirigiram ao sétimo andar vagarosamente para não levantarem suspeitas. Os dois cabeças de minhocas (apelido que Draco inventara para Crabbe e Goyle) ficaram tagarelando por todo o caminho, deixando Malfoy entediado o bastante a ponto de inventar uma música sobre os dois que ele ficava cantando em sua cabeça:

"Crabbe e Goyle,

tão ignorantes.

Não são espertos

nem por um instante.

Sempre acham

que são importantes,

mas estão...

enganados como antes!"

– Fiquem cada um em uma ponta do corredor montando guarda- disse Malfoy à Crabbe e Goyle quando o trio finalmente chegou ao seu destino- Se o Potter, Weasley, aquela Sangue-ruim da Granger ou qualquer professor aparecer, façam o que sempre fazem...

–Corremos?- perguntou Goyle

–Não, seu idiota! Gritem um com o outro fingindo que estão brigando!-Falou Draco visivelmente irritado.

–Mas nós nunca fazemos isso- protestou Crabbe.

–Agora fazem.

Crabbe e Goyle assentiram, mas continuaram parados encarando Malfoy:

–Vamos seus molengas! Não temos o dia todo.

–Mas...- começou Goyle- O que nós temos que fazer mesmo?

Draco bufou de indignação e depois falou:

–Não sei porque ainda ando com vocês dois. Apenas fiquem de guarda e comecem a brigar se alguém aparecer.

Os cabeça de minhoca se dirigiram cada um à uma ponta do corredor enquanto Malfoy andava de um lado para outro concentrado em apenas uma frase: "Preciso achar o lugar onde está o armário sumidouro". O garoto andou para lá e para cá três vezes e abriu os olhos. Não tinha funcionado. Então pensou em outra frase: "Preciso do lugar onde o par do armário sumidouro está escondido". Andou de novo para lá e para cá no corredor três vezes e abriu os olhos. Uma porta surgiu. Crabbe e Goyle, que estiveram observando a cena, arregalaram os olhos de espanto. Draco abriu a porta e entrou na Sala Precisa.