– Estão dispensados-disse Snape.-Vejo você na Segunda às dezoito horas Potter. E Draco, espere quero dar uma palavrinha com você.

O garoto assentiu e se demorou em guardar seu material até que todos tivessem saído da sala. Em seguida falou:

– Seja lá o que for que você vai falar para tentar me convencer a te contar o meu plano, esqueça, não va funcionar.

– Draco analise bem-disse Snape- Sou mais velho, mais experiente, e mais inteligente que você. Sei de muitas coisas que provavelmente te ajudariam.

Malfoy ficou tentado a deixar o professor ajudá-lo, mas não devia. Voldemort fora bem claro: o menino tinha que fazer isso sozinho.

– Não!-disse com convicção.

– Mas Draco...

– Sem mas! Eu disse não!- o menino começara agritar involuntariamente.- Sei o que está tentando fazer. Você está tentando tomar toda a minha glória!

– Draco eu fiz o voto perpétuo! E não ouse me acusar disso- o professor começara a se irritar.

Irritado, Draco saiu da sala de Snape, batendo a porta ao passar e se dirigiu à sala comunal da Sonserina para procurar Crabbe e Goyle para ficarem de vigia enquanto ele tentava dar um jeito naquele armário sumidouro. O humor do Lord das trevas estava cada vez mais instável ultimamente, era melhor fazer alguma coisa, e rápido.

Malfoy, no fundo, sabia que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado apenas estava obrigando-o a fazer isso para se vingar de Lúcio, mas Draco se recusava a assumir. Era difícil demais. Ele também sabia que Você-sabe-quem não acreditava que o garoto fosse capaz de cumprir o que lhe foi designado, na verdade, nem ele mesmo acreditava. Mas ele precisava. Ou seria morto.

Quando chegou à sala comunal, Crabbe e Goyle estavam em um canto pregando peças em uns garotos do segundo ano.

– Crabbe! Goyle!- chamou Malfoy.

Os dois se assustaram ao ouvir seus nomes, pensando ser algum professor chamando sua atenção. Malfoy nunca realmente gostou de nenhum deles, mas os mantinha por perto porque eram grandes e fortes a ponto de dar medo na maioria dos alunos, até mesmo nos mais velhos.

– Venham aqui!-continuou Draco-Tenho um pequeno serviço para vocês.

Crabbe e Goyle se entreolharam sorrindo antes de assentir e acompanhá-lo, já sabendo que tipo de serviço teriam que fazer. O quão enganados estavam.