Change your mind escrita por I am Gleek


Capítulo 11
Capitulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523197/chapter/11

Rachel andava de um lado para o outro, chorando silenciosamente. Hiram acompanhava a filha com os olhos. Judy estava encolhida em uma das cadeiras, nervosa. Frannie queria bater em alguém desesperadamente. De preferência em Finn.

Estavam há quase uma hora sem noticias de Quinn.

– Como ela está? – Santana perguntou se aproximando do grupo.

– Ainda não temos noticias. – Frannie suspirou.

– O que aconteceu na escola depois que sai?

– Sue chamou a policia assim que conseguiram conter Finn. – Santana suspirou – Ele saiu de lá antes da policia chegar, ninguém sabe como. Os policiais já interrogaram Sue, Will, Beiste, eu e, quando eu sai, estavam terminando de interrogar Marley.

– Quem é Marley? – Judy perguntou, a interrompendo.

– A garota que nos avisou o que estava acontecendo.

– Certo. Continue. – Hiram pediu.

– Aparentemente o diretor está querendo manter isso entre as paredes da escola, por que os policiais estão agindo rápido. Pelo o que eu ouvi, eles olharam as câmeras de segurança que eu nem sabia que aquela escola tem e encontraram uma no auditório que deu a visão perfeita de tudo o que Finn fez. Parece que já estão com o mandado de prisão. Só falta encontra-lo.

O silencio permaneceu por alguns segundos.

– Cadê Beth? – Hiram perguntou.

– Na escolinha. Sai em meia hora. – Judy respondeu olhando para o relógio.

– Ligue para Puck e diga para ele pegar Beth e ficar com ela. – Rachel pediu – Se não ocuparmos ele, pelo que conheço, ele vai atrás do Finn, e isso não vai ser bom.

– Vai querer evitar que ele leve uma surra? – Frannie a encarou com raiva.

– Não por Finn, mas por Puck. Ele vai acabar se metendo em confusão.

– Alem disso, o garoto de cabelo morto já foi preso. Pra voltar pra cadeia não vai custar muito. – Santana suspirou.

– Mas, assim que as coisas se acalmarem, eu mesma faço questão que Puck o procure. Tenho certeza que ele o encontra em questão de minutos. – Rachel disse, com raiva.

Rachel e Santana sentaram, e ficaram em silencio por mais alguns minutos, ate verem Leroy se aproximar.

– Hey. – ele se aproximou dos cinco, que levantaram e pararam de frente para ele – Ela esta chamando por Rachel.

– Graças a Deus! – Frannie sorriu.

– Há quanto tempo ela acordou? – Judy perguntou.

– Uns vinte minutos. Apesar de muito machucada, ela esta bem. Fizemos todos os exames necessários, não tem nenhum dano permanente... Muito serio.

– Muito serio? – Frannie murmurou.

– Quinn perdeu parte da visão do olho direito. Vinte e cinco por cento. O máximo que pode acontecer é ela passar a usar óculos. O mais grave foi a hemorragia, mas já cuidamos disso. Era pequena e externa. Nada preocupante agora.

– A cabeça?

– Em perfeito estado. Pensamos que pudesse ter chegado a rachar o crânio, mas não foi tão longe. Porem, ela quebrou uma costela. Nada que vá prejudicar muito em alguns poucos meses. E também trincou o pé esquerdo.

– O que esse garoto tinha na cabeça?

– Poderia ter sido pior. Ela vai ficar bem, e é o que importa. – Leroy disse.

– Podemos ir vê-la? – Santana perguntou.

– Desculpe, apenas um pode entrar no quarto. E como ela chamou por Rachel...

– Vou ligar para o Puck. – Judy disse – Vai lá e garanta que ela fique bem.

***

O coração de Rachel falhou uma batida ao ver o estado da loira.

O olho esquerdo estava preto e inchado, o direito conseguia estar ainda pior. Os lábios ainda tinham um pouco de sangue. O rosto estava todo marcado.

Rachel desviou o olhar do rosto da namorada e encarou a perna enfaixada, assim como as costas.

Não sabia pra onde olhar sem ver uma parte machucada.

– Rach? – Quinn murmurou.

– Hey. – Rachel disse, com a voz falhando.

– Eu to horrível, não estou? – Quinn disse tentando abrir um sorriso, o que não deu muito certo. – Vem cá. – chamou – Você está bem?

– Eu quem deveria te perguntar.

– Seria estupidez. – Quinn riu fraco.

– É. Seria.

– Me conta o que aconteceu antes de eu che...

– Eu sei que ela esta ai! – a voz soou pelo quarto, fazendo as garotas se encararem – Eu quero falar com a Rae.

– Saia daqui, Hudson. – a voz de Hiram era firme.

A gritaria do lado de fora começou no segundo seguinte.

– Ele não vai chegar perto de você. – Quinn rosnou, tentando levantar.

– Não. – Rachel a impediu – Fique deitada. Sue chamou a policia ainda na escola. Acredito que logo eles estarão aqui.

De repente o barulho do lado de fora parou, e as garotas prenderam a respiração.

– Não importa o que vocês digam, ela me ama! – o grito do garoto explodiu pelo quarto, as fazendo estremecer – Isso de estar com Quinn... De ser gay... – a voz de Finn era carregada de nojo – É por culpa e influencia de vocês. Pensar que a vida de duas criaturas nojentas como vocês pode dar certo a fez pensar que talvez fosse à única opção.

– Eu vou resolver isso. – Rachel disse – Você fica aqui.

A garota se afastou antes que Quinn pudesse responder, e saiu quase levando a porta junto.

– Abaixe o tom Hudson! – gritou se aproximando do ex – O que você tem na cabeça, heim?

– Rae. – o garoto sorriu.

– Tire esse sorriso nojento da cara. E suma daqui! Eu não te amo. Para ser sincera, acho que nunca amei. Você me deu atenção e às vezes foi carinhoso. Eu nunca tive isso de alguém que não fossem meus pais. Pensei que era amor e que poderíamos dar certo. Mas o que tivemos... O que eu senti por você nunca chegara aos pés do que o que eu sinto pela Quinn.

– Retire o que disse! – o garoto gritou se aproximando de Rachel – Eu sei que posso ter te machucado quando te empurrei. Vim pedir desculpas. Você estava prestes a me desculpar quando ela chegou e estragou tudo de novo.

– Se afaste dela! – Leroy disse levantando e só então Rachel percebeu que seu pai estava caído, encostado contra a parede – Você não vai chegar perto da minha filha. Você já machucou minha família de mais. – disse se colocando entre os dois.

– Até onde eu sei, você não aceitava a Fabray na sua família. – Finn riu.

– Até onde eu sei, você não sabe da minha vida. Agora saia daqui.

– Fique longe deles. – a voz de Quinn só foi ouvida por que todos estavam em silencio, se encarando – Fique longe dela.

– Quinn! – Rachel correu para perto da namorada, a ajudando a se apoiar – Eu te disse para ficar deitada. Como você conseguiu andar com esse pé assim?

– Eu não... Não ia deixar ele... Ele relar em você. – a loira estava ofegante.

– Volte para o quarto. – Frannie disse se aproximando da irmã.

– Eu fiz um belo estrago, heim. – Finn sorriu – Isso é pra você aprender a não se meter com o que é meu. Vou fazer questão de te mandar um convite do nosso casamento Fabray.

O corpo de Quinn ficou tenso, e Rachel podia sentir a raiva emanando da namorada, que parou no caminho de volta para o quarto tentando se virar para olhar o menino novamente.

– Quinn, não. – Rachel pediu – É isso que ele quer.

– Ela não é sua, Hudson. – Quinn silibou entre gemidos de dor, ainda de costas, mas sua voz ainda conseguia ser firme o suficiente para fazer o garoto tremer – Nunca foi, e nunca será.

– Se engane enquanto pode.

– O único que se enganou foi você. Agora, nos deixe em paz.

– Não ate ela desistir dessa idéia ridícula de que ama você, e perceber que só terá um futuro se for ao meu lado. – ninguém percebeu ao certo como aconteceu, mas Finn se aproximou de Quinn, que ainda estava de costas, e a segurou pela cola da camisa – E não ao seu lado, achando que pode ser uma lésbica nojenta.

Finn empurrou a loira contra a parede, a fazendo gritar de dor, e já se preparava para voltar a bater na garota, mesmo que todos tentassem lhe impedir, quando seu corpo ficou tenso.

– Finn Hudson. – a voz soou autoritária atrás de si – Você esta preso por agressão e homofobia, pego em flagrante. E por perseguição, ameaça, e tentativa de abuso, com provas e testemunhas contra você.

– Vocês não têm nada disso. – Finn se virou para o policial – Eu nunca fiz nada disso.

– Diga isso ao delegado, enquanto ele te mostra todas as provas. Agora, colabore. – o policial pegou as algemas, e Finn parecia paralisado.

– Você não vai por isso em mim.

A cena que se seguiu não foi exatamente agradável.

Finn empurrou o policial, e tentou correr para longe dos outros dois, provavelmente para dar a volta e fugir pelos fundos, porem, antes de ele dar dez passos, os guardas já o seguravam com o rosto pressionado contra o chão, prendendo suas mãos para trás do corpo.

– Acho que agora podemos acrescentar desacato a autoridade e resistência ao mandato a sua lista. – o policial que Finn havia empurrado disse, o obrigando a ficar em pé – Sua ficha não esta muito boa.

O policial tirou as mãos das algemas de Finn por um segundo, e foi o suficiente para que ele se jogasse contra Quinn, que havia acabado de levantar coma a ajuda da mãe e da irmã, a jogando contra a parede, e mesmo que com menos intensidade no impacto, a fazendo gemer de dor.

Finn foi tirado do hospital aos berros, se debatendo, xingando Quinn, e prometendo para Rachel que conseguiria provar sua “inocência” e voltar para ela.

– Você está bem? – foi a ultima coisa que Quinn ouviu antes de desmaiar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Talvez tenha capitulo novo amanha! Depende dos reviews... ;)