Feche os Olhos quando Eu Mandar escrita por Luana Rosette


Capítulo 3
Café da manha em família


Notas iniciais do capítulo

Tharaaaam!!!! E eeeeis que eu volto dos mortos!!! Devo dizer que fiquei muito feliz com os reviews que recebi pelo capitulo anterior, por isso eu agradeço a Bruh M. ,Rapousa, Nex Potter, Pandora Malfoy, Rafaella Potter Malfoy, Lieny Uzumaki Malfoy, mayara malfoy dracomaniaca, Debbie, Lady Nath Black, Way, Nicky Evans, Simca, fico muito feliz que a fic tenha agradado a todos vcs

Bem, acho que já tardei de mais, não prenderei mais vocês.

Tenham uma boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52315/chapter/3

Alguma vez você já reparou com cuidado qual é o primeiro ruído que você ouve ao acordar?

Sabe? Para alguns isso meio que se torna um ritual: olhos fechados, a torpe sensação de estar entre o inconsciente e o despertar, e bem no fundo o ruído que o guia de vez para longe dos sonhos, direto para a estável realidade.

E para ser sincero eu nunca fui muito exigente quanto a isso.

Eu não pedi que esse som fosse o de passarinhos cantando ou o coral de freiras carmelitas descalças...

Não, decididamente nunca me importei demasiado com isso.

Ao menos até hoje.

Craaas.

Deus... eu também sou filho do senhor, encha-me de chagas, infeste meu quarto de sapos e gafanhotos, prega-me a uma cruz... Mas por favor... Por favor... Não me obrigue a abrir os olhos e levantar de minha amada cama, por favor.

Provando mais uma vez que antes de que através de uma prece, o desejo de um homem só pode ser satisfatoriamente atendido por sua enorme força de vontade, eu ainda consegui manter meus olhos fechados pelos vinte segundos seguintes.

Craaas.

Mas no final, como em meio a todo desastre bíblico, a curiosidade acabou vencendo a fé e a força de vontade.

Eu ainda não estava raciocinando direito quando abri os olhos, nunca fui uma pessoa fácil de levantar de manhã, o que seria mais um motivo para meu pai me criticar, e quando o fiz naquela manhã a primeira coisa que eu vi quase me fez saltar do colchão.

Uma enorme mancha de sangue cobrindo quase metade da minha cama.

A primeira coisa que eu me atinei em fazer foi apalpar meu próprio corpo atrás de algum ferimento, mas apesar de minhas roupas conterem algumas poucas manchas amarronzadas, eu não tinha nenhum ferimento.

Procurando respirar mais devagar, eu tento me acalmar, e com isso os tons vermelhos amarronzados em meus lençóis e travesseiros me fizeram recordar dos estranhos acontecimentos da noite anterior.

O carro quebrado...

O parque...

Os bandidos...

O sangue...

O beijo...

O vampiro...

DROGA!!!

Com um pulo salto da cama, eu simplesmente deixei um vampiro solto em minha casa!!!

Olhando ao redor eu não vi nem sinal do rapaz, mas em compensação eu vi varias pegadas avermelhadas andando por varias direções em meu quarto, todas provavelmente dele.

As mais recentes, assim como as mais fracas, iam na direção do banheiro, e de lá não saíram.

Ao menos ele teve a decência de se livrar de todo aquele sangue.

Dentro do banheiro, apesar de algumas manchas de sangue aqui e ali, não havia muita bagunça, sobre a privada ele havia deixado para trás suas roupas sujas e... BOTAS PLATAFORMA???

EU FUI ASSEDIADO POR UM VAMPIRO QUE USA BOTAS PLATAFORMA!!!

Hum... hum... digo... não que isso seja relevante nessa situação, mas ele tinha praticamente o meu tamanho ontem a noite, digo... era até mesmo um pouco mais alto... e... Ah!!! Esse não é o ponto, o ponto é que tem um vampiro solto pela minha casa!!!

FOCO DRACO, MANTENHA O FOCO!!!

Mas se a roupa dele esta aqui, quer dizer que ele esta andando por ai sem...

Não, francamente Draco Malfoy, é lógico que ele deve ter pegado algo do meu armário para vestir,

E não, nem por um segundo eu fiquei curioso em o ver andando nu pelos distintos e centenários corredores da mansão Malfoy, com nada mais que a sua macia e pálida pele...

FOCO!!! DROGA!!! MANTENHA O FOCO!!!

Deixando meu quarto, eu resolvo que o melhor que faço e encontrar o meu “hospede”, mas assim que eu saio vejo duas empregadas ajoelhadas no chão, catando cuidadosamente alguns cacos de vidro.

De certo foi aquilo que me acordou.

- Menina dos céus Parvatil, onde você enfiou a sua cabeça? – quem repreendia a companheira de trabalho era Rosiberta, ela já trabalhava a algum tempo na mansão – Você sabe que a senhora adorava essa estatueta.

- Eu sei... eu sei... Mas as minhas mãos ainda estão tremendo – a suposta destrambelhada solta um suspiro – o convidado do patrãozinho olhou para mim de uma maneira tão... ai ai... intensa.

Convidado? MEU? Será que elas estão falando do...

- Ai ai ai, contenha a língua menina – Rosiberta lançou um de seus olhares severos que só perdiam para os de seu patrão – se o Sr. Malfoy descobre que você anda fazendo mexerico sobre os amigos de seu filho... Sem falar que ele apenas disse que não fazia questão de um prato. Garoto estranho, se sentou à mesa com os patrões, mas não parece querer tomar o café da manhã.

Então elas devem estar falando do vampiro mesmo, puxa, e eu pensando que iria demorar um século para acha-lo dentro dessa mansão, que sorte, fora que...

Espera ai...

ELE SE SENTOU NA MESA COM OS MEUS PAIS???

Como um furacão eu passei correndo ignorando as duas mulheres ajoelhadas no chão, e o murcho lamento que eu supus ser:

“ Sr. Draco... por favor não conte a sua mãe dessas estatuetas”.

Passei por alguns corredores e depois de descer dois lances de escadas sem diminuir a velocidade, cheguei derrapando no salão de refeições.

Maldito...

Sentado calmamente entre meus pais, o desgraçado parecia estar no meio de uma animada narração, e entre sorrisos e pequenas mesuras direcionadas a minha mãe ele parecia ter prendido completamente a atenção deles.

Ou ao menos até que finalmente notaram a minha presença estupefata na entrada.

- Draco, eu já não lhe disse que é vulgar encarar as pessoas por mais de cinco minutos sem dizer nada?

Meu pai disse sem levantar seus olhos do prato.

Engoli em seco e sem deixar de lançar olhares mortais ao meu “convidado” eu me dirijo ao meu lugar na mesa.

Que convenientemente era ao do lado dele.

Foi quando sentei que percebi o quanto essa sala estava quente. Olho ao meu redor e estranho ver as grossas cortinas fachadas e alguns castiçais acesos.

Minha mãe sempre fazia questão que as empregadas abrissem todas as cortinas de manhã.

Eu iria levantar a questão quando a risada de minha mãe me impede.

Ela tinha as bochechas ligeiramente rosadas pelo riso e uma expressão de felicidade que a muito não via em sua face.

- O senhor realmente parece ter feito muitas viagens

- De fato não tantas quanto gostaria – falava de maneira envolvente enquanto olhava fixamente para os olhos de minha mãe – devido a infortúnios do destino, não me locomovo tanto quanto gostaria, mas em compensação em quase todas as situações em que me vejo sempre acabo agraciado pela presença de beldades como a incomparável Sra. Malfoy.

ELE POR ACASO ESTÁ CANTANDO A MINHA MÃE???

Se este é o caso, devo dizer que está funcionando direitinho, pois ela solta uma graciosa risadinha e nega levemente com a cabeça.

- Um galanteador, isso é o que o senhor é.

- Oh não, essa faceta minha eu não poderia mostrar para uma adorável mulher casada, tudo o que falo é simplesmente a verdade.

Jogando meu tronco para trás eu me escoro completamente contra o apoio de minha cadeira de maneira nada elegante.

DEUS... O que eu fiz para o senhor me odiar tanto?

Abro a boca para interromper esse momento enjoativo quando sou cortado por meu pai.

- Draco, preste atenção em sua postura na mesa – me recomponho e olho para ele – hoje, quando terminar a faculdade, vá imediatamente para a empresa, graças a reunião de ontem – me lança um olhar severo – teremos muito que reformar e discutir com os funcionários.

- Mas pai, hoje vai ser a seleção para o time de bas...

- Claro – sua voz soou mortal – se você considera um bando de crianças grandes correndo atrás de uma bola laranja mais importante que o império de sua família... Não posso te impedir de se reunir com os seus – torce o roso com desagrado – amiguinhos.

- Eu... Tudo bem pai, eu estarei no escritório assim que acabar a faculdade.

Era de propósito.

Nada do que se fosse fazer na empresa não podia esperar uma ou duas horas. Ele sequer necessitasse a minha presença!!! Mas como castigo pelo fiasco de ontem o meu pai está me afastando das poucas coisas que eu gosto.

Me viro mais uma vez para as outras duas pessoas na mesa, mas apesar de não terem detido sua conversa fútil, pude perceber que o vampiro olhava na minha direção de rabo de olho.

Compenetrado.

Atento.

Pensativo.

Ele sempre parece saber o que eu estou pensando, mas pela primeira vez eu gostaria de saber o que ele está pensando.

- E Draco... – meu pai parecia disposto a retomar o meu calvário.

- Sr. Malfoy – a voz de meu convidado havia abandonado a maciez com que falava a minha mãe e adotou um tom mais neutro. – este quadro atrás do senhor é original?

Tanto minha mãe quanto eu o olhamos como se ele fosse louco por interromper meu pai.

Meu pai o encara pela primeira vez desde que eu me sentei a mesa e virando levemente a cabeça de lado para olhar para a obra, acena afirmativamente com a cabeça.

- Sim – sua voz era desprovida de emoção – a maioria das obras desse salão são peças originais.

- Eu notei – o rapaz contempla por alguns segundos algumas das peças ao seu redor – mas esse me chamou a atenção por que eu estive no ateliê do artista na época de sua produção. – os olhos de meu aid ganharam maior interesse – Figura excêntrica, devo dizer, mas por mais comprometedores que fossem seus atos nada afetava a beleza de sua arte. – o moreno suspirou com carinho – lembro que uma noite ambos fomos presos e antes de se preocupar com fianças e por menores, meu amigo re-decorou a parede de nossa cela com restos de carvão e barro úmido. Foi uma noite estranha.

Todos o encaramos surpresos pelo repentino rompante de nostalgia.

Mas espere um pouco!!!

Meu pai nunca comprou nenhuma obra que não tenha pelo menos algumas décadas nas costas.

Será que...

Meu pai sorriu de lado.

- Fico feliz que ao menos um dos amigos de meu filho tenha demonstrado um pouco de apego a arte.

Só isso?

O cara abertamente afirma que é um ser centenário e ele simplesmente faz um comentário depreciativo aos meus outros amigos???

Apoio minha cabeça entre minhas mãos e sinto como se ela fosse explodir.

- Draco – minha mãe chama minha atenção – preste atenção a sua postura na mesa.

Ouço uma risadinha ao meu lado e percebo o rapaz cobrindo a boca discretamente.

Canalha.

- Mas mãe – eu tento disfarçar – por que as cortinas estão fechadas hoje?

Ela me olha com se EU fosse louco, humpfh...

- Draco querido, seria muita falta de cortesia de nossa parte com nosso hospede se assim não fizéssemos.

Opa... Estou tendo uma mal pressentimento.

- Por... que?

- Ora – ela me olha um pouco irritada – como um vampiro, o rapaz pode se sentir desconfortável.

...

...

...

Ela disse o que eu acho que disse?

- Como, mamãe?

- Que como um vampiro o rapaz pode se sentir desconfortável. – dá entre ombros.

Sim, ela disse.

Olho na direção do meu pai e ele não parecia dar muita importância ao assunto, prendendo sua atenção ao jornal.

Será que todos ficaram loucos???

- Então era por isso que tomávamos esse adorável café da manhã à luz de velas? – o vampiro sorri para sua anfitriã – se era por mim, não deveria se dar ao trabalho, diferente da maioria de meus iguais, eu não sofro com algumas de suas debilidades.

- Oh, mas isso e ótimo – mamãe parecia uma menininha que acaba de ganhar seu presente de natal – amanhã podemos tomar o café da manhã no terraço – se vira para meu pai – o que você acha querido?

- O que você decidir para mim estará bem – responde meu pai sem muita emoção.

- VOCÊS AO MENOS OUVIRAM O QUE ELE DISSE? – sem poder mais me segurar eu me exalto – ELE ACABOU DE CONFIRMAR PARA VOCÊS QUE ELE É UM VAMPIRO!!!

Ambos meus pais me encaram como se eu fosse louco, e pego de surpresa eu sinto dois dedos tocarem suavemente cada lado do meu pescoço e descendo lentamente outros dedos se uniram a descida e o final duas palmas massageavam meus ombros.

- Postura Draco – uma voz sensual sussurrou ao meu ouvido – preste atenção a sua postura a mesa.

Quando ele foi parar nas minhas costas?

Quer saber? Nem faço mais questão de perguntar.

Como se desconsiderassem o recém acontecido, meus pais retomam o seu café, e o estranho rapaz mantém suas mãos paradas em meus ombros.

Aquilo tudo estava muito estranho.

- Eu... eu estou ido para a aula – digo morrendo de vontade de sair daquele lugar.

- Tenha um bom dia querido – minha mãe se despede.

Meu pai nem ao menos levanta os olhos.

Saindo do salão, eu percebo que meu calvário ambulante estava logo atrás de mim.

- Família interessante a sua. – ele comenta como se metade dos acontecimentos anteriores não fossem culpa dele.

Me viro com raiva.

- O que você fez com eles? – tento soar ameaçador, mas pelo olhar que me lançou creio que não deu muito certo.

- Como? – dissimulado!!!

- O que fez com eles?

- Nada.

- Por favor – rodei os olhos e volto a caminhar em direção ao meu quarto – eles acabam de tomar o café da manhã com um vampiro e nem ao menos se perguntam se estão presos em um universo paralelo.

- Bom... – ele me seguia de não muito longe pelas escadarias – talvez eu tenha feito uma coisinha, mas nada de mais – me segurando pelo braço ele me para e ainda atrás de mim ele desliza o dedo indicador pela minha testa e sussurra ao pé de meu ouvido – o cérebro humano tem como procedimento padrão adaptar informações de maneira a encontrar soluções lógicas ou ao menos comparações satisfatórias, para no final aceitar os fatos por mais...hum... chocantes que sejam. – ele beija minha nuca para em seguida me soltar e terminar de subir sozinho o restante do lance de escada que faltava – Eu apenas acelerei o processo no caso deles.

Com dificuldades eu consegui voltar a raciocinar com calma, apesar da sensação em minha nuca não desaparecer e... epa

- VOCÊ ESTEVE BRINCANDO COM O CÉREBRO DE MEUS PAIS???

Voltei a alcançá-lo e foi a minha vez de segura-lo pelo braço. Ele olha a minha mão o segurando e pareceu se conter para não rir e simplesmente respondeu dando entre ombros.

- Só acelerei o inevitável.

E uma coisa me veio à mente

Se for pensar bem, eu também estou aceitando essa historia de vampiro rápido de mais.

- E quanto a mim, você também mexeu com minha cabeça?

Sorrindo misterioso ele passou por mim novamente e entrou no meu quarto.

- Hei!!! É sério você brincou ou não com o meu cérebro???

FOQEM

Eu tomei banho e me vesti em tempo record. Tudo isso sendo seguido fielmente pelo estranho rapaz, e quando saímos de dentro da mansão eu não pude me conter mais.

- Aonde você pensa que vai? – pergunto me contendo o máximo que posso.

- Aonde você pensar ir – sorri – não pretendo passar o resto de meu dia trancado entre quatro paredes.

- Ah não, não mesmo, eu não pretendo ser babá de um...

- Não se preocupe, você nem vai perceber que eu estou lá.

Ah... eu duvido muito.

FOQEM

Ainda a mesa, o casal Malfoy aproveitava um dos curtos momentos do dia em que podia passar juntos.

- Querido, você não achou adorável o novo amigo de Draco.

- Exótico – Lucius não desgruda os olhos do jornal.

- Só uma coisa eu achei estranha.

- Diga.

- Quando perguntamos o nome dele, não achou estranho ele dizer que se esqueceu?

- Ele deve ter suas razoes.

- É mesmo, não é? Que tola eu sou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nhai nhai... oficialmente o Harry-pooh perdeu todo o seu ar sinistro... quero dizer, com esse lance de tomar café da manhã com os sogrinhos e tudo o mais. E não sei o que o Draco reclama tanto, não é como se esse morenaço de olhos verdes não “mexesse com a cabeça” de todo mundo... he he he...

Draco: Heiii, mas que papo foi aquele do Harry não ter nome???

Luana: Como? Eu nunca disse que ele não tivesse nome, apenas que esqueceu.

Draco: Mas... como se esquece o próprio nome? E você não acha estranho eu ate agora não ter nem perguntado o nome dele?

Luana: Estranho... por que será?

Draco VOCE É A ESCRITORA!!! VOCE QUEM DEVERIA SABER!!!

Ai ai.... tem gente que não sabe esperar... não se preocupem pessoal, os mistérios de nosso vampirinho vão se desvendando aaaaaos poucos.

Por hora, obrigada por lerem esse capitulo.

No próximo capitulo: Harry vai visitar a universidade de Draco, e como prometeu será o mais discreto possível. Da maneira dele. E agora que ele já conheceu os sogros, ele terá a chance de conhecer o namorado do loiro.

Até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Feche os Olhos quando Eu Mandar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.