California Girl escrita por Mellie


Capítulo 8
Think About It


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...de novo! É que eu comprei um livro e não parei de ler até ter terminado.
Talvez me entendam...huehuehue
Cap. pequeno, mas é o máximo que eu consegui fazer, desculpem



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"I ain't no angel

I never was

But I'd never hurt you"

Filosofia? Eu realmente preciso de uma aula pra me ensinar a pensar? Isso é ridículo (n/a: AMO filosofia ♥)

As carteiras estavam distribuídas como em um círculo, me sentei na carteira mais afastada.

–Bom dia turma, eu sou a Sra. White.

Sra. White era uma mulher de, no máximo, 40 anos, alta e de cabelos pretos encaracolados, tinha olhos castanhos. Parou no meio do círculo.

Ouviu-se um coro de ‘Bom dia’.

–Como hoje é o primeiro dia de aula, eu pensei em fazer uma brincadeira, estilo pré-escola.

Iupi!!

–Eu vou dizer uma palavra pra cada um de vocês, e aí vocês me falam a primeira coisa que vier na sua cabeça.

O que isso tem a ver com filosofia?

Ela apontou para uma menina que estava em sua frente.

–Amor.

–Paixão.

A menina respondeu rapidamente.

Ela se virou pra um menino do outro lado.

–Paixão.

Ele pensou por um tempo, a professora parecia impaciente.

–Coração...?

Ficamos nesse joguinho por mais uns 15 minutos, ‘dor’ ‘sofrimento’ ‘pensamento’ ‘cabeça’ (*risos*) ‘casa’ ‘lar’. Então ela finalmente parou em mim.

–Ódio.

–Razão.

Ela fez uma cara estranha, então eu percebi que tinha feito besteira.

–Razão?

–É, você precisa ter uma razão pra odiar alguém, não pode odiar só por odiar.

–Entendo...bom, turma nós já acabamos por hoje.

Até que enfim, não aguentava mais. O resto das aulas foi normal, nada de novo.

Ás três horas Thomas me encontrou na saída (sem trocadilhos!) e fomos pra casa.

Nada como chegar em casa, deitar na cama e dormir depois de um dia cheio...mas não foi isso que eu fiz. Infelizmente. Primeiro eu tive que ligar pra Becca, dá pra acreditar que ela me ligou CINCO vezes, só hoje? Liguei e caiu na secretária eletrônica.

Hey! Agora eu não posso atender, mas retorno quando possível. Se for a Charlie, me mande uma mensagem AGORA! Tchaau!

Mandei uma mensagem dizendo: “O que aconteceu?”. Mas ela não respondeu.

Tinha dever de casa pra fazer (dá pra acreditar nisso?) estava com fome (quando eu não estou...).

–Vou sair com uns amigos, quer vir?

–Nope.

–Aaah, vai ser legal!

–Tenho que fazer umas coisas...

–Tipo?

–Tarefa.

–Faz depois, vamos, agora. Estou mandando!

–Você não manda em mim!

–Você vai gostar. Por favor, você não pode ficar em casa a vida inteira!

–Eu duvido.

–Eu te pago um sorvete!

Uhh! Isso está ficando bom!

–Um?

–Dois?

–Dois e um livro novo?

–NÃO!

–Então vá sozinho.

Ele deu um suspiro.

–Um sorvete e um livro novo?

–Deixa eu pensar....

Isso soava bem, eu iria ganhar um livro e um sorvete, ficava no lucro.

–Tudo bem, eu vou com você.

–Isso!

–Por que, diabos, você quer me levar com você?

–Seu pai disse que iria me dar vinte pratas se eu fizesse sair de casa.

Ele disse isso como se falasse ‘vou comprar pão’, e isso me irritou, dos dois lados: por meu pai ter, de certo modo, me vendido. E por Thomas ter aceitado entrar nessa máfia.

–Isso não é legal, okay?

–Se eu for sair com você, é bom mesmo que me paguem.

–Engraçadinho.

–E, por favor, troca de roupa ‘tá?’

–Ué, por que?

–Tá sol lá fora. Põe uma blusa sem manga pelo menos.

–Você quem manda. Agora cai fora!

Ele saiu do quarto e eu fui procurar uma roupa descente. Os amigos deles deviam se aqueles tipinhos de jogadores de basquete sem cérebro no maior estilo ‘High School Musical’ e isso era péssimo, pois a maioria das minhas roupas eram suéteres dois tamanhos maiores do que eu, blusas de banda, fandons tipo Harry Potter, Nárnia, Mortal Instruments, desenhos animados, frases engraçadas, etc...Não que eu me importasse com o que eles iam pensar, mas eu não queria fazer Thomas passar vergonha andando com uma mulambenta atrás dele.

Então escolhi o mais próximo de uma roupa normal: Uma blusa dos Beatles, que eu amo, uma calça jeans clara e meus tênis. Peguei meu celular e desci as escadas e vi que Thomas estava me esperando.

–Agora você está parecendo uma adolescente normal.

–Vou fingir que não ouvi.

–Anda logo.

Fomos para o carro e ele disse que iriamos ao parque.

–Mas nós vamos à livraria, você me deve um livro.

–Podemos ir depois?

–Claro que não!

–Mas já estamos atrasados.

–Não quero nem saber, você vai ficar lá com seus amigos e eu vou ficar na minha, lendo, todos saem ganhando!

– Eu não sei onde é a livraria daqui.

–Deve ter uma a cada rua, é só procurar.

Procuramos, procuramos, procuramos e procuramos mais, e nada de livraria nessa coisa!

Depois de uma boa meia hora nós achamos um sebo que, pelo que dizia o slogan, “só vendia raridades”. Eu entrei dei uma boa olhada, e quando digo olhada eu quero dizer que eu olhei em todo canto e mexi em todas as prateleiras. Quando estava pra desistir eu o vi. Era lindo, e eu me belisquei pra ter certeza de que eu não estava sonhando (ok, isso foi um pouco demais.).

–Eu quero esse.

–Tem certeza? Romeu e Julieta em francês?

–Exato.

–Você, por acaso, sabe falar francês?

–Você acha que eu compraria um livro em outra língua se eu não soubesse como falar essa língua?

–Me diga uma frase então.

Ele disse cruzando os braços.

Vous êtes réellement stupide.

Você é realmente estupido.

–Você sabe falar francês...

–Sim eu sei.

Eu fazia francês desde os 7 anos, por escolha minha, eu adorava!

Pagamos (ele, na verdade) o livro e seguimos até o parque.

–Chegamos.

–Eba!

–Nada de ironia comigo West.

–Vai sonhando...

–Certo, eles estão ali.

Ele apontou pra um ponto embaixo de uma árvore, pelo que parecia eram cinco pessoas.

–Não fale de boca cheia, não coma grama, não suba em cima de ninguém...

–Eu não tenho 2 anos se não percebeu ainda.

–É como se tivesse, então finja que é invisível, eu fui pago pra te trazer comigo, não pra me relacionar com você, portanto não encha o saco. Entendeu?

–Uhum.

–Ótimo, vamos logo.

–Espera!

–O que foi agora?

Ele me olhou irritado.

–Eu quero sorvete.

–Vá comprar então.

–Você vai me comprar um sorvete, Thomasinho.

–Não me chame mais assim por favor, e eu não vou comprar sorvete pra você.

–Ah, você vai, agora!

–E se eu não for? O que acontece?

–Eu grito.

–Duvido.

–Duvida, é?

Dei meu grito mais alto, todos pararam pra encarar e eu deu um sorriso sarcástico pra Thomas, que me encarava surpreso.

–Quer que eu grite de novo?

–Vamos, estou com vontade de tomar sorvete.


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Notas finais do capítulo

Só isso gente, criatividade nem lembranças mandou pra mim!
Tentando escrever alguma coisa descente até domingo.
Reviws #IssoMudaoMundo



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