California Girl escrita por Mellie


Capítulo 7
Welcome to Hell


Notas iniciais do capítulo

Vocês não acreditam oque eu fiz.
Eu estava lá, bonitinha, terminando um cap. de 10(DEZ) paginas, tipo gigantesco, e estava indo salvar e tals...então o computador resolve desligar...simplesmente desligar!!!!! ISSO ACONTECEU DUAS VEZES!!! Então se estiver uma droga culpem o computador!
:3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523139/chapter/7

"Don't wanna be a victim of authority
I'll always be a part of the minority
Save me from who I'm supposed to be"

–Charlie! Acorda!

Abri os olhos meio sonolenta, Thomas estava em pé na minha frente.

–Ahn...

–Levanta menina!

–Não quero!

–Eu vou ter que te levar no colo?

Ergui os braços e ele me ergueu como um saco de batatas.

–Pra alguém do seu tamanho, você até que é bem pesadinha.

–Ah, cala a boca!

–Mas é verdade!

–Fica quietinho aí vai.

Chegamos no carro e ele me largou no banco traseiro, ninguém falou nada o trajeto inteiro, como na ida. Já eram quase seis horas.

Chegamos em casa e eu já estava subindo as escadas quando meu pai me chamou.

–E ai, o que achou?

–O que eu achei do que?

–Do passeio.

–Ah, foi legalzinho...

–Só?

–Só.

Ele fez uma cara de decepção.

–Eu acho que você deve ligar pra sua mãe, ela deve estar com saudades.

–Boa ideia.

Subi as escadas e fui até meu quarto, liguei pra minha mãe e ela logo atendeu.

–Alô?

–Oi mãe.

–Charlie! Que saudades.

–Também estou com saudades mãe.

–Você não sabe como essa casa fica silenciosa sem você aqui.

–Você deve estar aliviada. Eu era um pé no saco de vocês.

–Era mesmo.

–Mãe! Era pra você dizer que não, e que me amava!

Ela deu risada.

–E como estão as coisas com seu pai?

–Na mesma, nem conversamos direito.

–Você vai ver, tudo vai ficar bem no final.

–Vai sonhando.

–E com os outros, tudo bem?

–Jake é um fofo, mas Thomas é um demônio.

–Não fale assim.

–Você tem que ver mãe...

–Ele é bonitinho?

–Que pergunta é essa?

–Só responde.

–É, ele até que é bonitinho.

–Charlie...

Minha mãe sabia quando eu estava escondendo o jogo.

–Tá! Ele é um gato. Mas por que você quer saber? Está interessada?

–Charlotte! Como você pode dizer uma coisa dessas?

–Estou só brincando...

–Hum! É bom mesmo. Só estou falando isso porque você pode estar interessada.

–Eu? Poupe-me! Eu quero é distância de pessoas do tipinho dele!

–Depois nós vemos isso.

–Credo mãe! Você ‘tá parecendo uma adolescente desse jeito, faz isso não!

–Ai Charlie, como você é chata.

–Eu sei, muito obrigada.

–Quando começam as aulas?

–Amanhã.

–Nada de bagunça, ouviu?

–Mãe, Becca não veio junto.

–Talvez você ache outra Becca por aí.

–Não existe outra Becca, você ainda não aprendeu isso depois de todos esses anos?

–É, você tem razão.

–Eu sempre tenho razão.

–Filha, tenho que ir, seu irmão precisa de ajuda.

–Pra que?

–Já que nossa chef particular foi morar do outro lado do país, estamos revezando na cozinha.

Sim, era eu quem cozinhava lá em casa, minha mãe ficava até tarde no trabalho e meu irmão não sabia fazer nem miojo, então, á menos se eu quisesse passar fome, eu tive que aprender a cozinhar.

–Cuidado, ele pode pôr fogo na cozinha!

–Por isso mesmo eu tenho que ir. Tchau Charlie, me ligue qualquer dia, qualquer hora.

–Claro, tchau mãe.

Ela desligou e eu fui até a cozinha ver se tinha alguma coisa pra comer.

–Pai! Posso pedir uma pizza?

–O número está na porta de geladeira.

–Valeu.

Liguei, pedi e esperei. Meia hora depois a bendita chegou. Eu já estava morrendo de fome, peguei uma latinha de coca e fui até u meu quarto (acabei de me tocar que o lugar onde eu mais fico é no quarto...) comecei a comer e um tempo depois alguém bate na porta.

–Pode entrar.

Thomas entrou e fechou a porta.

–Posso comer com você?

–Não sei se sua namorada vai gostar disso.

–Que namorada?

–Jenny.

–Jenny disse pra você que era minha namorada?

–Disse, e soou muito verdadeiro, ela disse algo como ‘se eu souber que estão saindo juntos de novo, eu vou acabar com você’ ou algo assim.

–Aquela maluca age como se fossemos namorados desde o primeiro ano.

–Por que?

–Problemas mentais, coitada.

–Você até que é engraçado pra um jogador de basquete.

–Ainda não entendi se foi um insulto ou um elogio.

–‘Tá mais pra elogio.

–Então...obrigada.

–Não foi nada.

(...)

Acordei com meu celular apitando, seis e quarenta, eu não estava nem um pouco afim de levantar da minha cama quentinha, mas era preciso, eu também não quero chagar atrasada no primeiro dia de aula. Levantei e me arrastei para o banheiro e fiz tudo que tinha que fazer lá.

Voltei ao quarto e coloquei minha roupa, eu não queria mudar em nada do que eu era em LA, então me troquei como se fosse pra minha antiga escola. Suéter branco e azul, calça jeans e tênis. Óculos e meu colar, eu não saia sem ele, significava muito pra mim. Terminei de me arrumar já eram 7:10 e as aulas começavam 7:30, desci pra tomar café.

–Bom dia.

–Bom dia querida.

Só Tiffany e Thomas estavam na mesa, meu pai deveria estar dormindo ainda. Me sentei e comecei a comer, logo Thomas me diz que já devemos ir, nos despedimos e andamos até o carro.

–Você não vai ser todo legal comigo em casa e na escola vai fingir que não me conhece, vai?

–Por que você acha isso?

–Bom, porque você é ‘o capitão do time de basquete’ e eu sou...eu.

–Eu não vou fazer isso, prometo.

–Que bom, por que iria ser uma droga.

A escola era perto de casa era muito bonita.

Harrison High School aí vamos nós.

–Não precisa ficar com medo.

–Eu não estou com medo.

–Até parece.

–Só estou...com sono.

Ele estacionou e nós dois saímos do carro, todo mundo parou pra olhar, sério, foi assustador! Eles devem estar pensando que somos namorados, isso era tudo que eu queria...

–Você tem que ir na secretaria pegar seu horário e sua senha do armário.

–Onde é a secretaria?

–Eu te levo.

Andamos pelos corredores e aconteceu a mesma coisa do estacionamento, isso está começando a ficar ridículo.

–As pessoas ficam me olhando estranho.

–Finge que não está vendo.

–É meio difícil, sabe?

Finalmente chagamos numa salinha com uma senhora com aparência amigável sentada atrás de um balcão. Thomas ficou me esperando na porta.

–Com licença, sou a Charlotte, sou nova aqui e não tenho meu horário e do número do meu armário.

–Ah, você é a famosa Charlotte!

–Famosa?

–Todos sabemos das suas notas, você é uma menina brilhante!

Era por isso que eu era tachada como ‘nerd’, eu era meio que um gênio...

–Oh, por isso, você é a senhora...- li numa plaquinha na mesa seu nome-... Robinson?

–Sim querida, sou eu, você precisa dos seus horários, não?

–Isso. E do meu número.

–Aqui está. –ela me deu uma folha de papel com os horários- seu armário é o- ela mexeu em algumas folhas- A1156. É melhor anotar em algum lugar.

–Certo. –peguei uma caneta de sua mesa e escrevi na folha. –E a minha senha?

–Sua data de nascimento.

–Muito obrigada sra. Robinson.

–Disponha querida, agora vai porque o sinal já vai bater.

Saí da sala e dei de cara com Thomas.

–Você não me disse que era inteligente.

–Você não perguntou.

–Então você é um tipo de gênio?

–Não sou um gênio. Só sou mais inteligente do que a maioria das pessoas.

–Isso meio que é ser um gênio.

–Podemos, por favor, não falar disso?

–Tudo bem. Qual sua primeira aula.

Dei uma olhada no meu horário e fiquei aliviada.

–Literatura, e a sua?

–Literatura.

Então o sinal tocou.

–Vamos, é melhor não nos atrasarmos.

Ele me levou até a sala e pelo que parecia o professor já tinha entrado. Thomas bateu na porta e o professor nos olhou por um tempo até abrir a porta.

–Atrasado no primeiro dia senhor Lewis?

–Me desculpe professor, é que eu tive que acompanhar a Charlie aqui –ele apontou pra mim- até a secretaria.

Ele nos olhou desconfiado mas depois nos deixou entrar.

Estávamos indo nos sentar quando o professor me chamou.

–Os alunos novos tem que fazer um apresentação.

Ah não, só pode ‘tá brincando comigo, é sério isso?

–Venha aqui na frente por favor.

Fui aonde ele mandou.

–Nome?

–Charlotte West.

–Idade?

Virou interrogatório agora?

–17.

–O que faz no seu tempo livre?

‘Durmo’.

–Leio.

Então os olhos dele se acenderam, deve ser maravilhoso para um professor de literatura ter um aluno que se interesse por leitura.

–Oh! E qual seu livro preferido?

– Com certeza ‘O Iluminado’.

–E por que você veio pra cá, aqui na minha ficha diz que você é da Califórnia, Los Angeles.

–Vim morar com meu pai esse ano.

–Pode se sentar agora Srta. West.

Me sentei no canto, perto da janela, o professor (Prof. Acker) estava falando alguma coisa sobre romantismo e eu não estava prestando atenção em nada do que ele falava.

–Srta. West, poderia falar-me um exemplo?

– O Casamento do Céu e Inferno, Willian Blake, 1793.

Ele, a sala inteira na verdade, pereceram ficar chocados. É gente, a bonitinha pode ser inteligente também! O professor continuou a aula e eu continuei não prestando atenção. O sinal bateu e eu estava me preparando pra sair com Thomas.

–West, posso falar com você?

–Claro professor – me virei pra Thomas- pode ir, eu te encontro lá.

Ele virou as costas e foi andando.

‘Eu estou ferrada’

–Então Charlotte.

–Charlie- o interrompi- me chame só de Charlie.

–Charlie, eu notei que você tem uma maior compreensão do assunto, maior do que a dos seus colegas. E, dando uma olhada nas notas da sua antiga escola, percebo que você é assim em quase todas as matérias.

Menos em matemática...

–Desculpe professor, mas aonde o senhor quer chegar?

–Eu acho, na verdade todos os professores acham, que você deveria dar aulas particulares pra alunos com uma média...como posso dizer...abaixo da média. Entende?

Mais essa agora?

–Eu tenho escolha?

–Na verdade não. Mas você só começa daqui a duas semanas, então fique tranquila.

Ah, fiquei relax agora.....

–Só mais uma pergunta.

–Pode perguntar.

–Então, a escola é grande e tudo mais...será que aqui tem, sei lá, uma biblioteca, ou alguma coisa parecida?

Ele abriu um sorriso.

–Terceiro andar, ultima porta à esquerda.

–Muito obrigada.

Estava me virando pra sair quando ouço ele dizer.

–E tome cuidado com o Sr. Lewis.

–Você quer dizer o Thomas?

–Esse mesmo.

Saí da sala e fui em direção a aula de biologia, mesmo não entendendo o que ele queria dizer com ‘Tome cuidado’.

O almoço chegou rápido, depois da aula de biologia tive história, matemática (Bleh!) e geografia. Eu não tinha conversado com ninguém, só em matemática e geografia com Thomas. Ele me chamou pra sentar em uma mesa com ele e seus amigos, mas eu recusei. Queria ir a um lugar, então comprei uma barrinha de cereal e fui até o terceiro andar.

A biblioteca era linda, grande e vazia. Tinham, no máximo, 10 pessoas, conversei com a bibliotecária (Sra. Parker) e ela me indicou uma prateleira que ela achou que eu iria me interessar, a de romances, eu realmente amo romances (quem não ama?) logo achei um que eu já tinha lido a muito tempo, mas iria ler de novo.

Passei todo o almoço lendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deem um 'oi' pra mim nos reviews, estou carente!!!
XOXO- Mellie :3 :3 :3 :3

FELIZ DIA DO AMIGO!!!!!!!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "California Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.