Dia de chuva. Sugestivamente calmo. Sentada em sua cama, a menina observa as gotículas de água pousando delicadamente sobre a terra. Mas para ela não é apenas chuva. É chuva de ideias, de metáforas. Subitamente desesperada por preencher o vazio de sua mente, começa a imaginar uma melodia doce e suave. De repente, imagina-se nas nuvens. Uma harpa toca sua melodia. É um ambiente quentinho e aconchegante. Ela está maravilhada, mas sente falta de algo: sua chuva. Despertando do devaneio, a menina torna a olhar pela janela. As metáforas continuam goticulando. Plenitude paira pelo ar. Ela agora dorme, sonhando com a melodia que um dia há de ser escrita.