- Victor está cada vez mais parecido com você – Rose disse maravilhada vendo como nosso menino dava passinhos apressados pela sala.
Nós nos sentamos no sofá com um pote de biscoitos e sorrimos o encarando, logo depois ela me olhou e eu sorri. Você também se lembrou, não foi querida? Agora parecia um tempo distante, mas eu nunca me esqueceria... O natal que passamos só os dois ali com um pote de biscoitos e bebida, a noite em que ela foi definitivamente minha.
Eu a abracei e ela suspirou ajeitando-se entre meus braços, para logo voltar a encarar nosso pequeno que parecia realmente entretido com o carrinho.
- Quando ele crescer, eu queria que ele se envolvesse com as corridas – eu disse para depois ver a expressão de Rose, que me deu vontade de rir. Ela tinha os olhos meio arregalados e me encarava como se não quisesse acreditar.
- Quando você começou com isso era uma criança Emmett – ela sorriu. – E os automóveis eram inofensivos, mas estão cada vez melhores e mais rápidos – eu a senti estremecer. – Pode ser perigoso!
- Não digo mais nada – murmurei, eu certamente no queria brigar.
Ah querida, eu alguma vez lhe disse como me encantava esses momentos em que você se punha tão séria e preocupada por nosso filho...
- Vem – eu murmurei a abraçando, beijei seu rosto e logo me pus de pé para pegar meu filho que começava a fechar os olhinhos pelo cansaço. – Ta na hora de colocarmos alguém na cama...
Rose sorriu ao meu lado e se levantou, fomos juntos até o quartinho de Victor e ela logo se sentou na poltrona para amamentá-lo. Se havia algo que Rose não pensava em abrir mão tão cedo era de amamentar nosso bebê, não importava que ele já possuísse alguns poucos dentes que poderiam machucá-la eventualmente, ela se sentia tão completa naquele momento. E eu adorava vê-los.
Quando Victor adormeceu nos braços dela, eu o peguei e pus no berço, para logo abraçar minha mulher e levá-la para nosso quarto, aquele agora era o nosso momento.
- Como foi hoje lá no banco? – ela perguntou me ajudando a tirar a camisa e sorriu beijando meu peito assim que os tecidos saíram.
- Tudo tranquilo – respondi normalmente e sorri ao encará-la. – E como foi o dia aqui?
- Victor está se mostrando uma verdadeira réplica sua – ela disse divertida e ergueu os braços para que eu tirasse sua blusa. – Hoje queria por o carrinho no início da escada para vê-lo descer, e claro, ele queria descer junto – ela suspirou e eu toquei seu rosto.
Não era a primeira vez que Victor demonstrava querer aprontar, e nem seria a última, certamente, mas ainda assim, cada vez que acontecia ou ameaçava acontecer, Rose já se colocava toda preocupada.
- Sua mãe diz que você também era assim – ela disse tocando meu nariz e eu ri.
- Tá bom pequena lady – ela riu revirando os olhos antes de se jogar na cama já com sua roupa de dormir. – Como se alguma garota que ainda criança já quer atirar fosse realmente um anjo – ela soltou uma gargalhada gostosa e eu corri para o seu lado, abraçando-a por baixo dos lençóis.
Era por momentos assim que valia a pena passar o dia trabalhando, e tudo mais, para saber que mais tarde a recompensa ali estava, milha mulher entre meus braços e meu filho no quarto ao lado.