Era assim que recuperávamos nossa vida de casados, eu continuava a cuidar dela, e ela continuava cuidando de mim.
Só que não estava tudo indo de acordo com o jeito simples e fantasioso que eu havia imaginado, pelo contrário, e na verdade eu é que havia deixado algo passar, algo que para mim parecia apenas um detalhe, mas para Rose não... Para Rose passava longe de ser só um detalhe.
Nós, aos poucos, havíamos recuperado nossas noites de paixão, e quanto a isso nada havia mudado, eu ainda a amava da mesma maneira, e ela retribuía em pé de igualdade, mas havia algo a incomodando, e eu havia demorado a perceber.
Em uma de nossas tórridas noites, eu beijava sua barriga quando a reação de Rose mudou, ela havia ficado mais vaga, e eu imediatamente me culpei por isso, porque era assim que eu fazia quando ela estava grávida, e eu não podia pedir para que ela esquecesse tudo... E havia algo mais.
Foi nessa mesma noite em que eu me dei conta, hora depois, quando Rose já dormia abraçada a mim, eu não havia conseguido fechar os olhos. Pareciam flashes refrescando minha memória, e, de repente, eu havia voltado a nossa primeira vez, naquele natal nevado, nessa casa... Então tudo fazia sentido. Naquela noite havia ficado o medo de eu tê-la engravidado, e toda a noite se repetia a mesma sensação, mas nós não nos importávamos se, de verdade, acontecesse... Mas não acontecia.
Como eu havia me esquecido disso?
A possibilidade de engravidar ficava sempre no ar, e demorara tanto a acontecer. Então tudo fazia sentido.
Eu acariciei seu cabelo e rosto dando-me conta, finalmente, do que a perturbava, e, mais no fundo, ainda sentia-me culpado por não pedir para que ela se abrisse comigo, em verdade eu tinha era medo dela voltar a se afastar.
No dia seguinte mesmo, pela noite, eu havia ido buscar Rose na casa de seus pais, e a senhora Hale comentara comigo, em particular, que Rosalie havia voltado a se afastar, mesmo que não fosse tanto quanto após a perda do bebê, mas era o início.
Assim que chegamos em casa eu a aninhei em meu peito e comecei, lentamente, a retirar sua roupa. Nada de pressa, em momento algum, eu queria lentamente, do nosso jeito. Eu a queria comigo.
Naquela noite nosso êxtase pareceu ainda mais intenso, e quando Rosalie me perguntou o que estava acontecendo, porque, de algum modo, eu também estava me comportando de um modo diferente, eu apenas acariciei seu rosto para tê-la em meus braços.
- Eu só estou tentando te dar tudo que você quer – eu murmurei quando ela adormecia.
E, confesso que a partir daquela noite eu passei a me empenhar, cada vez mais, queria prolongar o momento, manter nossos corpos cada vez mais unidos. Não importava que houvesse alguma daquelas crenças de avós no meio, eu faria o que fosse preciso para vê-la grávida novamente, porque eu sabia que isso a faria completamente feliz novamente.
Tudo para te fazer feliz, querida.