- Eu prometo! – ela disse passando os braços ao redor de meu pescoço, como se não quisesse se afastar, nunca mais.
E eu não queria mesmo que ela se afastasse. Poderíamos ficar todo o dia assim, e eu não me importaria.
- Não – eu sorri pondo um dedo sobre seus lábios. – Só prometa que não vai me esquecer...
- Nunca! – ela respondeu antes mesmo que eu terminasse de falar, e, segundos depois seus lábios tocavam os meus no selinho mais longo que já havíamos trocado. – E você me prometa que será sempre meu Emmett!
- Você é minha Rose, não é? – eu perguntei e suas bochechas coraram ao assentir.
Rose. Só eu a chamava assim.
- Então sim! Eu sou seu...
Mas eu queria mais que palavras, eu a queria debaixo do meu braço para nunca mais ir embora.
E tudo que eu queria naquele instante era saber um jeito, um único jeito, para que ela não tivesse de partir. Mas não havia nada.
Seu pai buzinou de dentro do carro e os olhos de minha Rose se encheram de lágrimas novamente, havia chegado a hora. No banco de trás seu irmão acenava com a mão, e a bebê estava em seu colo. O carro estava abarrotado de coisas. Sua mãe me sorriu, seu pai acenou também, e Rosalie abaixou a cabeça.
- Espere – eu disse, num impulso, e me abaixei pegando uma das rosas vermelhas do jardim. – Para você não se esquecer mesmo de mim...
Ela sorriu, mesmo com os olhos aguados e correu para o carro. Com a flor em mãos ela abanava pelo vidro traseiro para que eu pudesse vê-la, até que o carro cruzasse a rua e então sumisse, e eu não sabia quando poderia vê-la novamente.
E a maldita dor estava de volta, ainda mais forte em meu peito.
Um grito ecoou em nosso lugar enquanto eu jogava, quantas pedras coubessem em minhas mãos, no lago. Outro grito. Mas a dor não diminuía.

Então a dor foi se transformando em saudade, e, parece, que com a saudade nós lidamos melhor.