Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 115
Capítulo 115


Notas iniciais do capítulo

ouçam a música!



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Broken – Amy Lee feat. Seether

http://www.youtube.com/watch?v=AKGpZuadMsA

 

Os olhos dela se arregalaram quando eu estacionei o carro na garagem, e seu rosto empalideceu quando eu desci do carro. Abri meus braços, porque depois do pico de adrenalina eu me sentia fraco e derrotado, mas não arrependido. Eu só precisava saber que valia a pena. Com um suspiro ela correu até mim, seu corpo pressionando contra o meu, seu rosto contra meu peito.

- O que houve? – ela perguntou com a voz abafada, ergueu o rosto vendo o meu avermelhado. Mas não por ter sido atingido, só pela raiva que havia me dominado.

- Meu pai – e isso dizia muito.

Ela suspirou novamente me levando para dentro de casa, e quando me joguei no sofá ela pode ver o estado de minha mão.

- Minha nossa – seus olhos se arregalaram, e rapidamente ela se afastou para buscar um pano e água para limpar. – O que você fez Emmett?

Sua mão tocou meu rosto, seus olhos procuraram pelos meus, porque ela sabia que quando me olhava nos olhos eu não podia mentir, eu não conseguia pensar em nada que pudesse mudar a história. E era isso que ela queria.

- Eu vou para Guerra – comentei com um tom amargo e ela abaixou a cabeça.

Isso provavelmente significava bastante também.

Pequenas palavras que já iam indicando todo o resultado.

- Quando? – ela voltou a me olhar nos olhos, seu dedo dedilhando sobre meus lábios.

- Logo – eu dei de ombros. – E ver meu pai todo orgulhoso disso, e iludindo todos aqueles que acham que essa guerra não vai mesmo machucar ninguém – dei de ombros sentindo-me derrotado. – Eu não sei. Eu o odeio tanto, que eu não pude me conter.

- Emm...

- Não – neguei com a cabeça, porque eu sabia o que ela iria dizer. E eu não queria ouvir, não naquele momento. – Eu só perdi o controle...

- Isso pode te afastar – ela disse, e algo em meu interior percebeu como ela parecia esperançosa.

Há se pudesse ser simples assim.

- Não – neguei com a cabeça. – Eu sou o melhor atirador deles – completei zombando de mim mesmo. Zombando das palavras de meu pai. – No final das contas era tudo que ele sempre quis, um filho que soubesse atirar melhor que os outros e fosse para a guerra.

- Ele é seu pai... – ela disse novamente tocando o meu rosto, e eu podia entender o ponto dela, porque ele era biologicamente o meu pai, mas há anos que eu não o considerava assim.

- Não. Não mais – eu respondi tocando seu rosto com a mão que não estava arrasada. – Nunca mais. E eu agradeço por isso, assim Victor e Elle nunca vão ter de encará-lo, eles nunca vão precisar ouvir mentiras nem ver as falsidades dele.

- Ainda assim... – ela tentou argumentar, mas não havia como.

- Não – eu disse, temendo ter sido bruto demais, mas eu queria dar o assunto por encerrado de uma vez por todas.

- O que foi? – ela perguntou, porque eu era um maldito livro aberto para ela, e obviamente Rose saberia que não foi só pela guerra.

- Ele disse outras coisas – eu dei de ombros –, mas não vale nem a pena mencionar. Não importa mais, e eu acabei perdendo o controle...

- E quando você ia me contar da guerra? – ela perguntou erguendo minha mão machucada, e envolvendo-a em uma atadura depois de limpar. – Não pense que eu não sei das noites que você tem passado acordado, nem de como você anda calado... Desde quando?

- Eu só tive certeza essa semana – deixei minha cabeça pender sobre o encosto do sofá, exausto demais e derrotado.

- E eu só estou sabendo disso agora por quê? – ela não parecia irritada, e isso foi um alívio para mim. Só chateada, talvez.

- Porque eu não podia assimilar nem para mim mesmo, muito menos para falar com você – abaixei o rosto procurando pelos olhos dela, ela precisava ver que eu não mentia. – Porque eu não queria acabar com nossos dias de felicidade, porque você tem estado tão tranquila cuidando dos nossos filhos e eu não queria ver seus olhos assim – toquei suas bochechas, passando o dedão debaixo de seus olhos. – Você está se controlando para não chorar, pensa que eu não percebo? E é isso que eu venho tentando evitar todos esses dias... Eu só queria adiar o máximo possível a dor que eu sei que estaria causando a você.

- Você vai voltar – ela disse tocando meu rosto.

- Mas eu vou estar distante por sabe-se lá quanto tempo – suspirei, porque eu nunca diria que não iria voltar. – Eu vou perder os primeiros momentos da nossa menina, eu vou deixar você sozinha com dois bebês... Você vai estar sozinha, isso diz tudo.

- Eu não vou estar sozinha – ela disse aconchegando-se contra meu peito, e só esse simples gesto já pode me acalmar. – Eu tenho a minha família, eu tenho os seus filhos, eu não vou estar sozinha.

- Mas se algo acontecer...

- Eu posso me virar muito bem – ela disse me interrompendo. – Você me ensinou a atirar – eu ri – e a dirigir, não poderia estar melhor instruída. – maneei a cabeça desejando poder ver tudo pelo lado positivo assim como ela. – E quando você voltar nós vamos estar aqui esperando por você...

- Pode demorar – beijei sua testa abraçando-a novamente contra meu corpo.

- Eu posso esperar – ela respondeu dedilhando sobre minha camisa manchada. – Você pode esperar por mim – ela suspirou – eu posso esperar o tempo que for por você. E quando você voltar, nós vamos continuar de onde nós paramos, e vamos matar a saudade, e esse pesadelo vai ter acabado.

- Eu mal posso esperar por isso – confessei fechando meus olhos. Porque era tudo que eu queria.

- E você vai levar isso com você – ela disse tirando o colar que eu lhe dera no dia em que Victor nascera, para por em meu pescoço.

Abri o pequeno relicário e sorri abraçando-a mais forte.

- Essa é a versão atualizada – ela disse com um tom infantil, apontando para a foto de nossos dois bebês.

- Nós temos filhos lindos – eu disse encarando a foto. – E você é linda – completei encarando seu rosto.

- E para sua sorte, eu amo você – ela respondeu beijando meus lábios.

Eram gestos assim que me davam a confiança necessária para seguir em frente, e me faziam acreditar que nós realmente seguiríamos em frente e tudo daria certo.

- E eu amo você – murmurei contra seus lábios.

- Agora me deixe cuidar de você – ela falou olhando em meus olhos, sua mão contra minha bochecha. – É minha vez de cuidar de você – eu assenti. Porque eu não poderia desejar nada mais.

- Eu realmente amo você – completei beijando-a novamente.

 

 


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Notas finais do capítulo

n/a: espero que gostem!
no final de semana não deve ter post, mas ai eu apareço segunda!

comentem, não sumam e deixem reviews.
bom feriado meninas
:*



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