Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 105
Capítulo 105




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- Vovó – a voz de Victor era animada e alta, sempre era assim quando ele via os avós, tanto sendo minha mãe, quanto a família de Rose, e Rosalie ficava encantada cada vez que o via correr para abraçar alguém.

            - Ele não é todo um príncipe? – ela disse me abraçando e mordiscando meu queixo, e eu ri concordando. Ele era todo uma graça, e nós ficávamos babando em cada pequeno gesto que ele fazia.

            - O que fazem por aqui? – minha mãe perguntou abraçando a Rose, e depois a mim, mas logo parou ao lado de Rose acariciando seu ventre proeminente, e com um sorriso sentiu como o bebê chutava.

            - Viemos almoçar – eu respondi com um sorriso e minha mãe riu maneando a cabeça. – Rose tinha médico, e nós decidimos ficar por aqui – eu dei de ombros, e continuei falando porque sabia que Rose ficaria com o rosto todo vermelho se eu dissesse que, na verdade, era porque nenhum dos dois queria cozinhar.

            - E como está tudo? – minha mãe perguntou indo para a cozinha, e nós fomos atrás dela, sentando nas cadeiras da mesa quadrada que havia ali.

            - Muito bem – Rose respondeu apoiando uma mão sobre a barriga, exatamente como ela fazia quando estava grávida de Victor, e desde que sua barriga começara a distender ela ficava assim. – E muito agitado por sinal – ela acrescentou sentindo sua barriga ondular.

            - Sua barriga já está tão grande – minha mãe parecia maravilhada com isso. E em parte eu sabia que era por ela sempre ter desejado mais filhos, mas meu pai não havia colaborado nesse quesito, então com Rose ela gostava de acompanhar todos os momentos, e cuidava de Rose como se fosse sua filha, como certamente ela faria se houvesse tido uma filha.

            E de repente eu me imaginei tendo uma irmã, e confesso que foi divertido, mas talvez tenha sido melhor ser filho único, afinal se eu já era ciumento com Rose, e nós nos conhecemos quando éramos crianças, seria pior ainda com alguém que eu teria visto nascer. Maneei a cabeça afastando esses pensamentos, voltando a olhar para o meu menino que batia as portas dos armários.

            - Quer descansar um pouco? – minha mãe perguntou olhando para os pés de Rose, que estavam inchados, e eu virei para olhá-la também. Nós não havíamos caminhado muito antes de ir para a casa de minha mãe, mas tinha de concordar que qualquer pequena distância pareceria ter o dobro com o peso que Rosalie carregava.

            Algumas vezes eu não conseguia imaginar como ela conseguia sustentar o peso da barriga, e não era a toa que diversas noites eu ficara lhe fazendo massagem.

            - Não... – ela começou a falar, e eu tinha certeza de que ela diria não, e provavelmente até se ofereceria para ficar ajudando a minha mãe a preparar o almoço, mas eu não deixaria.

            - Vamos – fiquei de pé e me aproximei dela, segurando sua mão para que ela levantasse. Logo peguei Victor no colo e virei para minha mãe. – Vamos estar no meu quarto...

            - Eu chamo quando o almoço ficar pronto – ela disse me interrompendo, e eu assenti. Com passos largos, ela se aproximou e beijou a bochecha de Rosalie, principalmente para mostrar que não lhe importava no mais mínimo em fazer almoço para o seu filho e a família dele, mesmo sem ter ajuda. Pelo contrário, podia apostar que minha mãe havia adorado o fato de termos aparecido por lá. – Descanse um pouco – ela disse tocando o ventre de Rosalie e voltou a se afastar, pegando na geladeira o que seria preciso.

            Nós subimos até meu quarto com calma, e sorri abrindo a porta do cômodo que minha mãe insistia em não mudar nada. Depois que me casei com Rose e fomos para nossa casa, eu disse a minha mãe que era a oportunidade perfeita para outro quarto de hóspede, afinal com meu pai sempre viajando, várias vezes ela e as amigas da sociedade se reuniam para conversar e planejas pequenos eventos. Mas teimosa como minha mãe sabia ser, ela havia dito que era melhor não, que não lhe fazia falta outro quarto de hóspedes e que aquele cômodo tinha de ficar exatamente como estava.

            Então veio Victor e foi a oportunidade perfeita para ela não mexer em nada, dizendo que aquele quarto ficaria para quando fossemos para a casa dela e Victor cochilasse – o que sempre acontecia quando jantávamos por lá.

            Com um riso Victor passou na frente, reconhecendo o quarto que agora possuía diversos brinquedos coloridos e infantis. A minha coleção de carrinhos eu havia levado para nossa casa quando nos casamos, e depois que Victor nasceu minha mãe voltou a ocupar as prateleiras com brinquedos para ele.

            - Vem – fui com Rose até a minha antiga cama de solteiro, e ela sorriu se lembrando dos momentos que já havíamos passado naquele quarto, inclusive naquela cama.

            - Eu não estou cansada – ela resmungou com os braços cruzados, e mais um minuto e eu tinha certeza de que ela estaria batendo o pé, exatamente como fazia quando era mais nova.

            Suas bochechas coraram e eu as beijei, empurrando Rose delicadamente até a cama.

            - Não vamos discutir, sim? – disse pegando dois travesseiros que minha mantinha no armário, que normalmente eram usados para colocarmos ao redor do corpinho de Victor para que ele não rolasse na cama. Os coloquei empilhados na ponta da cama, e arrumei os outros que estavam ali, para que Rose deitasse e apoiasse os pés, de modo que eles ficariam um pouco erguidos. Segundo a médica isso deveria ajudar com o inchaço.

            - Mas sua mãe vai ter de fazer tudo sozinha – ela resmungou e eu revirei os olhos.

            - Nós não estamos em casa para você não precisar ficar se preocupando com comida, nem muito tempo em pé dando conta de tudo. Então não é aqui que você vai fazer isso – eu disse não querendo ser rude. – Não se preocupe com nada. Eu fico com Victor, e você descansa um pouco.

            - Você é um teimoso, sabia disso? – ela perguntou com um sorriso e eu assenti beijando seu rosto.

            - Mas você me ama mesmo assim – dei de ombros sentando na cama ao lado dela, e lamentei ser estreita demais para ficarmos abraçados de um modo que fosse confortável. Desviamos o olhar para ver Victor jogando com algumas peças de um jogo que ficava encaixando peças coloridas.

            - Claro, você me deu essa coisinha linda – ela murmurou em meu ouvido e eu gargalhei.

            - E logo vou te dar outra – respondi beijando sua barriga.

 


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Notas finais do capítulo

n/a: mais um saindo
segundo dicas, eu vou tentar agilizar um pouco em alguns pontos... os próximos capítulos já estão prontos, mas conforme for escrevendo mais, eu vou mudando algumas coisas.
espero que gostem e deixem reviews!

beijos.